Ainda bem que gostaram. Na altura só consegui ler metade; li novamente hoje e acabei o resto.
É interessante ver um bocado da lógica embutida na planificação; não apenas da temporada, mas também pensando num período mais longo, digamos uns 2-3 anos. Dá também para ver como há que ir adaptando conforme a experiência vai dando informações nesta ou naquela direcção.
- Achei interessante a métrica "Tired 20' " algo que intuitivamente também sempre achei importante. Nunca tinha pensado em definir um patamar para definir o que seria o "tired" mas tem toda a lógica. Para nós - nabos e zequinhas amadores - faz sentido algo mais conservador como um valor de 1500-2000 kJ ... o valor dos kJ já está no meu GPS
E tem também lógica tendo em conta que um atleta mediano, mas já com algum treino, deve ter umas 1500-2000 kcal de glicose para queimar. Não esquecer que não queimamos só glicose durante a volta
- É brutal ver que segundo o Nate, o mínimo pra ser competitivo (top 10) num nível U23 num dia de chegada em alta montanha seja produzir 5,5-5,8 W/kg (durante 20') depois de um trabalho de mais de 3000 kJ ... é brutal e dá para extrapolar o que se passa no WT.
- Importante a ênfase que ele coloca na questão de conseguir ser dinâmico durante as provas; a famosa "mudança de ritmo". Não basta ter um FTP alto ou conseguir NP ou médias elevadas de power. Assim sendo, aparentemente muito do trabalho foi feito com treinos longos em Z3 e com acelerações a cada 20' ou 30' ... e de seguida continuar a manter a Z3.
- O Barta acabou por ter uma evolução grande na tal métrica dos 20' após 2500 kJ:
2016 » 323W
2017 » 348W
2018 » 367W
Realmente algo estava a ser bem feito pois o resultado foi em progressão e ainda por cima com saltos significativos.
- Média de TSS superior a 800 por semana durante o período de 1 de Janeiro até 01 de Setembro
- Interessante o treinador ter que chamar a atenção do atleta por peso excessivamente baixo e consequente impacto no ganho de novas capacidades.
- Como os resultados por vezes demoram a aparecer e há que manter o rumo e ser paciente.
- Trabalho invisível na preparação dos ITT: estudo meticulosos do percurso
- Como em 2017 os atletas da Axeon exageraram no início da época (dias de competição em excesso) e depois pagaram o preço no Tour d' Avenir.
ATL em 09 de Abril e 01 de Maio superiores a 200 por dia. Ainda por cima dois valores brutais e muito próximos. O Barta fez a prova tão "nos vapores" que mesmo com a dureza da prova não conseguiu um valor superior a 176 por dia ... ou seja durante uma prova deste calibre não conseguiu superar algo que tinha feito duas vezes no início do ano. O atleta estava limitado pela fadiga e não conseguiu atingir o seu potencial máximo.
- Como para provas de alta montanha é preciso não só altos valores em termos de W/kg, mas é necessária capacidade de repetir esses mesmos esforços. E novamente a questão da execução debaixo dum estado de fadiga: