Boas pessoal,
Acabou mais um Tour, o vencedor definido, mal ou bem conforme as nossas preferências. Embora as nossa memórias por vezes sejam curtas, por conveniência ou não, todos os anos, muita tinta corre ao longo destas 3 semanas. Ou porque isto ou porque aquilo, mas em geral são os que não gostam do detentor da camisola amarela ou do vencedor, que levantam essa poeira. Este ano foi a vez do tão falado “fair-play”, como podia ter sido outra coisa, mas como não houve essa outra coisa… A culpa dos ciclistas e a frustração dos seus fãs nunca morreram solteiras, daí serem inventadas questões que por vezes se tornam patéticas, sobretudo em adultos.
Contador vencedor: Dúvidas?? Ele deu a resposta. Para bem do ciclismo espero que a vitória seja limpa, para que de uma vez o FAIR-PLAY genuíno seja a tónica, neste desporto, que para mim é o melhor. Para o ano espero que não seja só o Andy a dar luta, mas que o Menchov, Sanchez, Van Den Broeck, e muitos mais estejam em melhor forma física para tornarem o espectáculo ainda mais empolgante. Que vencedor fique a um milésimo de segundo do 2º.
Na realidade o grande derrotado, para mim, foi o Armstrong. Tanto prometeu, e nada fez. Afinal, tal como disse o Paulo Martins, foi ele que elevou a fasquia, e todos nós ficamos na expectativa: Vai ser no Pavê, vai ser nas montanhas, vai ser no Tourmalet. Foi em lado algum. Ele já tinha atingido o patamar da “perfeição” com 7 vitórias inquestionáveis (até ver…), penso que não teria mais nada a provar. Ou tinha? Se calhar até tinha, ele é que sabe. Foi uma pena ter “borrado a pintura” com a suposta 8ª vitória no Tour, que ele deveria ter sido suficientemente inteligente para saber que não venceria. Pelos vistos a sua arrogância ainda tinha deixado alguns vestígios. Tinha necessidade de passar pela humilhação de ter ficado em 23º lugar a quase 40 minutos do vencedor? Oxalá que este facto junto com o de ter caído 4 vezes, coisa inédita no seu palmarés, o tenha ajudado a compreender que tem 38 anos, e que o tenha ajudado a pensar menos “eu é que sou bom”. Agora tem tempo para reflectir que as pedras que atirou aos outros no passado, seja por palavras ou por falta do tão falado Fair-play, fizeram ricochete. Que ao menos sirva para fazer desaparecer de uma vez por todas um dos seus lobbies, que é o Planet Armstrong, na eurosport.
Rádioshack, também foi “milho para os pardais”. Nem sei como ganhou por equipas. Parecia o Golias quando se falava dela, e até ficava a ideia que os 10ºs lugares seriam deles. Como fomos enganados!!! Os que foram. Afinal ficaram com 1 lugar nos 10 primeiros e quase nem aí.
Bom, eu gostei muito do Tour deste ano. Compara-lo com os tempos do Ulrich, Pantani, etc, etc, para mim não interessa. Está tudo no passado, embora eu tivesse um fraquinho pelo alemão e pelo elefante, mas também esses caíram aos pés do dopping. O presente é o que está aí e até prova em contrário o Contador e o Andy são os melhores, quer queiramos quer não.
Para o ano há mais. Prognósticos? Só no fim…
Boas pedaladas para todos