lgass, já tinhas aberto algum tópico pedindo ajuda? É que são tantos que uma pessoa acaba por não fixar todas as situações.
Em relação a questão dos planos de treinos, acho importante reter uma coisa. Não há planos perfeitos. Até atletas com anos e anos de experiência, acompanhados pelos melhores profissionais, volta e meia alteram a periodização, a forma como abordam a pré-temporada, entre n outros factores.
Foi aqui referido que a abordagem nesta fase "inicial" pode ser apenas um "sai e curte a bike". Eu até posso concordar. Mas o discutir e trocar ideias, não obriga a pessoa (no caso o lgass) a treinar dentro dum esquema rígido, só com séries ou saídas com ritmo controlado à x ou y% . A ideia, e na minha opinião a grande vantagem, é entender os fundamentos. O porque de ser feito isto ou aquilo. É como em tudo na vida. Podemos fazer as coisas porque decoramos ou porque alguém disse: "Faz assim!"; ou podemos realizar a tarefa entendendo a mecânica da coisa. Não tenho dúvidas que é mais prazeroso entendendo o porque das coisas. E é minha convicção que será mais fácil chegar mais longe e aderir melhor a um eventual plano de treino (ou meramente a pequenos conselhos ou ideias).
Em relação a questões concretas que apareceram no tópico, vou colocar entre parênteses a página do tópico onde está a afirmação, para não fazer muitas citações. É que vocês escrevem a um ritmo ... umas horas passadas e o tópico vai com uma porrada de páginas à mais.
@ Alberto (pág 3):
Por mim é claro que podes dizer e contribuir com aquilo que entendas. O tópico não é "meu", e mesmo que fosse gosto de interação e de discutir ideias.
@ Jorge97 (pág 4):
Eu não concordo que haja grande interesse em andar nesta fase inicial, a realizar séries de 30'' ou de 2'
Não é que não o possa fazer, mas nem de perto nem de longe tem grande interesse nesta fase. Um dia ou outro para explorar os seus limites, pelo gozo de ir à fundo tudo bem. Mas não deverá estar presente numa base semanal. Logo é algo para "mais tarde".
O Friel no livro dele deixa bem claro que este tipo de trabalho é dos que mais "marcas" deixa no atleta, e como tal, mais tempo de recuperação exige. É um tipo de trabalho mais reservado para a tentar atingir um pico, perto duma fase de tapering . Para incidir muito neste tipo de trabalho teríamos que ter um atleta tipo puncheur, um atleta que faz lead-out para um sprinter ou algo do gênero.
Mas tudo isto já são atletas maduros, com muito trabalho de base feito. Algo que parece-me não ser o caso do nosso colega lgass.
O grosso do trabalho, deve-se focar basicamente em ritmos dentro da zona tempo e limiar. As séries, no meu entender, devem ser na banda superior da zona limiar. Séries de 10, 15 ou 20 minutos seriam apropriadas. Mais tarde poderá começar a pensar em entrar com séries na zona inferior da zona VO2 e mais tarde ainda iríamos então para o tal trabalho na zona superior da zona VO2 ou até mais acima.
Mas para mim, é de reter: Primeiro construir bases sólidas; para tal o "pão com manteiga" serão as zonas tempo e limiar.
Também não concordo com os 2' de relax entre repetições de 30'' até pode ser aceitável, mas por exemplo em séries com repetições de 2' apenas 2' de repouso será curto. 4-5' serão a meu ver mais aconselháveis.
Em relação à forma de fazer as subidas, novamente não concordo. Subir com mudanças "pesadas" é trabalho de torque e baixa cadência. Sem dúvida que tem o seu lugar, principalmente no desenvolvimento de força à nível dos quadríceps. Mas isso é um tipo de trabalho avançado, para atletas com muita base, e sabendo bem o que fazer para não incorrer em lesões. E por aquilo que vou lendo (ainda há semanas um preparador físico da Thinkoff falava deste tipo de treino) o mesmo deve ser feito sentado e com uma pega relaxada, para evitar movimentos parasitas.
@ lgass (pág 5):
Pelo que percebi, fazes 3 treinos de ginásio, 2 de bike e um de corrida por semana (grosso modo). É isso?
Como a Carolina disse e bem, conciliar hipertrofia com corrida e ciclismo é complicado. Digo-te mais, será mesmo muito complicado. Muita gente mesmo só com o ginásio tem dificuldade em subir de peso em massa muscular. Muitas vezes as instruções nos ginásios também não são as melhores. Mesmo sem ciclismo, se quisesses ganhar 5kg, tinhas que comer constantemente (é claro, com qualidade) e o plano de treino ser adequado.
Mas se quiseres dar umas luzes sobre a tua rotina no ginásio, também podemos dar umas farpas.
Com bike, corrida e gym, vais ter que comer como um animal. E mais. Há questões hormonais na prática de desportos de endurance que estragam completamente o processo de hipertrofia.
Em relação a discussão sobre "picos de forma" (pág 9):
Um atleta nesta fase inicial, se estiver empenhado, irá sempre em progressão. Discutir picos de forma será para atletas "batidos", que já estão perto do seu potencial máximo.
Como não podem estar sempre a top, planeiam a época por forma a estarem nesse seu máximo (ou o mais perto possível dele) nas alturas cruciais da época. Supostamente 2 picos será o mais usual. 3 picos (reais) já será complicado. A não ser que o nosso nome seja Valverde ... eheheh
lgass, não te preocupes com os picos. Tu estarás numa fase de progressão constante por muito tempo. Tens é que fazer um tapering antes do evento e depois ... é desfrutar! e curtir os frutos do trabalho árduo realizado.
Em relação a questão dos planos de treinos, acho importante reter uma coisa. Não há planos perfeitos. Até atletas com anos e anos de experiência, acompanhados pelos melhores profissionais, volta e meia alteram a periodização, a forma como abordam a pré-temporada, entre n outros factores.
Foi aqui referido que a abordagem nesta fase "inicial" pode ser apenas um "sai e curte a bike". Eu até posso concordar. Mas o discutir e trocar ideias, não obriga a pessoa (no caso o lgass) a treinar dentro dum esquema rígido, só com séries ou saídas com ritmo controlado à x ou y% . A ideia, e na minha opinião a grande vantagem, é entender os fundamentos. O porque de ser feito isto ou aquilo. É como em tudo na vida. Podemos fazer as coisas porque decoramos ou porque alguém disse: "Faz assim!"; ou podemos realizar a tarefa entendendo a mecânica da coisa. Não tenho dúvidas que é mais prazeroso entendendo o porque das coisas. E é minha convicção que será mais fácil chegar mais longe e aderir melhor a um eventual plano de treino (ou meramente a pequenos conselhos ou ideias).
Em relação a questões concretas que apareceram no tópico, vou colocar entre parênteses a página do tópico onde está a afirmação, para não fazer muitas citações. É que vocês escrevem a um ritmo ... umas horas passadas e o tópico vai com uma porrada de páginas à mais.
@ Alberto (pág 3):
Por mim é claro que podes dizer e contribuir com aquilo que entendas. O tópico não é "meu", e mesmo que fosse gosto de interação e de discutir ideias.
@ Jorge97 (pág 4):
Eu não concordo que haja grande interesse em andar nesta fase inicial, a realizar séries de 30'' ou de 2'
Não é que não o possa fazer, mas nem de perto nem de longe tem grande interesse nesta fase. Um dia ou outro para explorar os seus limites, pelo gozo de ir à fundo tudo bem. Mas não deverá estar presente numa base semanal. Logo é algo para "mais tarde".
O Friel no livro dele deixa bem claro que este tipo de trabalho é dos que mais "marcas" deixa no atleta, e como tal, mais tempo de recuperação exige. É um tipo de trabalho mais reservado para a tentar atingir um pico, perto duma fase de tapering . Para incidir muito neste tipo de trabalho teríamos que ter um atleta tipo puncheur, um atleta que faz lead-out para um sprinter ou algo do gênero.
Mas tudo isto já são atletas maduros, com muito trabalho de base feito. Algo que parece-me não ser o caso do nosso colega lgass.
O grosso do trabalho, deve-se focar basicamente em ritmos dentro da zona tempo e limiar. As séries, no meu entender, devem ser na banda superior da zona limiar. Séries de 10, 15 ou 20 minutos seriam apropriadas. Mais tarde poderá começar a pensar em entrar com séries na zona inferior da zona VO2 e mais tarde ainda iríamos então para o tal trabalho na zona superior da zona VO2 ou até mais acima.
Mas para mim, é de reter: Primeiro construir bases sólidas; para tal o "pão com manteiga" serão as zonas tempo e limiar.
Também não concordo com os 2' de relax entre repetições de 30'' até pode ser aceitável, mas por exemplo em séries com repetições de 2' apenas 2' de repouso será curto. 4-5' serão a meu ver mais aconselháveis.
Em relação à forma de fazer as subidas, novamente não concordo. Subir com mudanças "pesadas" é trabalho de torque e baixa cadência. Sem dúvida que tem o seu lugar, principalmente no desenvolvimento de força à nível dos quadríceps. Mas isso é um tipo de trabalho avançado, para atletas com muita base, e sabendo bem o que fazer para não incorrer em lesões. E por aquilo que vou lendo (ainda há semanas um preparador físico da Thinkoff falava deste tipo de treino) o mesmo deve ser feito sentado e com uma pega relaxada, para evitar movimentos parasitas.
@ lgass (pág 5):
Pelo que percebi, fazes 3 treinos de ginásio, 2 de bike e um de corrida por semana (grosso modo). É isso?
Como a Carolina disse e bem, conciliar hipertrofia com corrida e ciclismo é complicado. Digo-te mais, será mesmo muito complicado. Muita gente mesmo só com o ginásio tem dificuldade em subir de peso em massa muscular. Muitas vezes as instruções nos ginásios também não são as melhores. Mesmo sem ciclismo, se quisesses ganhar 5kg, tinhas que comer constantemente (é claro, com qualidade) e o plano de treino ser adequado.
Mas se quiseres dar umas luzes sobre a tua rotina no ginásio, também podemos dar umas farpas.
Com bike, corrida e gym, vais ter que comer como um animal. E mais. Há questões hormonais na prática de desportos de endurance que estragam completamente o processo de hipertrofia.
Em relação a discussão sobre "picos de forma" (pág 9):
Um atleta nesta fase inicial, se estiver empenhado, irá sempre em progressão. Discutir picos de forma será para atletas "batidos", que já estão perto do seu potencial máximo.
Como não podem estar sempre a top, planeiam a época por forma a estarem nesse seu máximo (ou o mais perto possível dele) nas alturas cruciais da época. Supostamente 2 picos será o mais usual. 3 picos (reais) já será complicado. A não ser que o nosso nome seja Valverde ... eheheh
lgass, não te preocupes com os picos. Tu estarás numa fase de progressão constante por muito tempo. Tens é que fazer um tapering antes do evento e depois ... é desfrutar! e curtir os frutos do trabalho árduo realizado.