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Treino

Matz

Active Member
Bem...

Quando alguém faz esses testes, por norma, está a fazer uma avaliação física. Portanto, a análise de lactato e VO2 são extras à avaliação física.
Se a análise de VO2 não me parece muito útil o teste de lactato tem alguma importância. Claro que já estamos a falar de níveis avançados... para o ciclista de fim de semana não faz sentido nenhum. De grosso modo o teste de lactato mede-te os níveis de ácido lático a cada intensidade e dando-te a curva de produção consegues saber quando vais começar a produzir...
O teste de Vo2max tem sentido por duas razões, curiosidade/brincadeira para veres a tua capacidade respiratória, ou para fazeres testes durante planos de treino para ver se está a haver evolução.

Lactatos tem lógica para quem treina com treinador, pois sem isso não se consegue fazer um plano de Treinos fiável.

Um teste de Lactatos não tem a ver com ácido láctico, apear dr haver essa confusão. E lactatos estamos sempre a produzir, até à dormir, mas como estes são usados também como forma de energia, interessa saber quando é que o corpo produz mais do que consegue utilizar. Aí temos o limar láctico, que é usado para planos de treino.
 

Mendas

Well-Known Member
Bem...

Quando alguém faz esses testes, por norma, está a fazer uma avaliação física. Portanto, a análise de lactato e VO2 são extras à avaliação física.
Se a análise de VO2 não me parece muito útil o teste de lactato tem alguma importância. Claro que já estamos a falar de níveis avançados... para o ciclista de fim de semana não faz sentido nenhum. De grosso modo o teste de lactato mede-te os níveis de ácido lático a cada intensidade e dando-te a curva de produção consegues saber quando vais começar a produzir...
Mas acho que esse teste, tb te avalia a tua parte genetica, ou seja a margem de progressão que podes ter, se não estou em erro, ou não ?
 

Matz

Active Member
Mas acho que esse teste, tb te avalia a tua parte genetica, ou seja a margem de progressão que podes ter, se não estou em erro, ou não ?
É impossível testar genética...

Há tabelas que dizem o que é um bom valor de vo2 ou não, mas depois ainda há os casos em que grandes testes não dão nada na estrada e vice-versa.
 

Mendas

Well-Known Member
É impossível testar genética...

Há tabelas que dizem o que é um bom valor de vo2 ou não, mas depois ainda há os casos em que grandes testes não dão nada na estrada e vice-versa.

"O teste de Vo2max tem sentido por duas razões, curiosidade/brincadeira para veres a tua capacidade respiratória"
Certo, mas essa capacidade respiratória que mencionas, é uma capacidade natural, certo?
 

Matz

Active Member
"O teste de Vo2max tem sentido por duas razões, curiosidade/brincadeira para veres a tua capacidade respiratória"
Certo, mas essa capacidade respiratória que mencionas, é uma capacidade natural, certo?
Sim, mas a capacidade de vo2 também se treina.

Obviamente que há um limite máximo que dependerá de muitas variáveis, e claro, a componente genética.

Mas dizer que se testa a genética não está correcto.
 

Mendas

Well-Known Member
Sim, mas a capacidade de vo2 também se treina.

Obviamente que há um limite máximo que dependerá de muitas variáveis, e claro, a componente genética.

Mas dizer que se testa a genética não está correcto.
Sim, eu disse testar a genética, mas no fundo estava a querer referir-me à capacidade natural....sorry

Lá está, acho que com treino tds podemos melhorar em cerca de 30% a capacidade de vo2max, agora uns naturalmente têm mais capacidade que outros.(espero não estar a dizer uma grande asneira)
 

Matz

Active Member
Sim, eu disse testar a genética, mas no fundo estava a querer referir-me à capacidade natural....sorry

Lá está, acho que com treino tds podemos melhorar em cerca de 30% a capacidade de vo2max, agora uns naturalmente têm mais capacidade que outros.(espero não estar a dizer uma grande asneira)
Podemos melhorar mais ou menos, depende de muita coisa... Não acredito em valores fixos.
 

As27

New Member
O não ter potenciómetro não é impeditivo de treinares bem, eu também nao tinha quando comecei a treinar e continuo sem ter.

Quando comecei só achei treinos baseados em hr e watts, havia sempre menções a treinar medindo tu proprio o esforço mas sempre achei a coisa complicada, então o que decidi fazer foi fazer séries em esforço máximo, não foi nada que li ou vi ou ouvi, mas o que pareceu mais lógico em termos de medição, enquanto o motor não rebenta eu sei que estou onde quero. Entretanto a semana passada vi um video no GCN a falar exactamente disto...afinal a coisa existe! Resumindo:

Só faço intervalos no máximo esforço (para a duração desse intervalo), exemplos usando as zonas do Coggan:

z7 Neuromuscular Power - Sprints até 15/20s, sprints são sprints, só precisas da bicicleta
z6 Anaerobic Capacity - Procuro rampas de 30s até 2m, bem inclinadas, depois ir ao máximo
z5 VO2 máx - Procuro rampas de 3m até 6m, bem inclinadas, depois ir ao máximo
z4 Lactate Threshold - Procuro subidas de 10m até 20m, depois ir ao máximo
Sweetspot - Aqui não faço séries, +/- 1hz2/z3 a dar-lhe perto do máximo vai lá bater
z3 Tempo - 2h30 até 3h30 a dar-lhe perto do máximo vai lá bater mas isto não faço muitas vezes poi é o que me deixa mais desgastado

Entretanto há 2 meses adquiri um hrm que tenho usado para análise pós-treino e posso dizer que os esforços acima batem certo com as zonas, ou não tissem estas uns intervalos generosos. Tenho usado também o hrm para voltas em que quero manter o ritmo em z2/z3

Quanto a planos de treino normalmente sigo os do British Cycling com algumas adaptações https://www.britishcycling.org.uk/knowledge/training-plans

Video da GCN a explicar o que faço (eles chamam-lhe máx duration to failure)

Resultados? Sinto que tenho evoluído bem, principalmente para quem normalmente anda pelas 5-7 horas de treino semanal
Boas pessoal
Mais uma semana com treinos tranquilos
Com toda esta informação (site 5*), a partir da próxima semana já começarei a inserir 1/2 treinos de séries..com todos os restantes treinos a ser feitos de forma tranquilo.
Tentarei colocar aqui que o plano e depois fazer ajustes conforme aquilo que formos aprendendo com quem for participando..
De facto penso que já foi aqui reunida muita info importante para muita gente..
 

NULL

Moderador
Staff member
Um teste de Lactatos não tem a ver com ácido láctico, apear dr haver essa confusão.

Sim... na verdade o ácido lático nem sequer existe no organismo. Para sermos rigorosos devemos falar em produção de lactato.

Todavia, o princípio é exactamente o mesmo. A monitorização dos níveis de lactato permitem definir o limite do consumo aeróbico para anaeróbico. Daí eu considerar que é mais importante esse teste do que o de VO2 que, na minha opinião, serve para pouco mais que nada.
 

Matz

Active Member
Sim... na verdade o ácido lático nem sequer existe no organismo. Para sermos rigorosos devemos falar em produção de lactato.

Todavia, o princípio é exactamente o mesmo. A monitorização dos níveis de lactato permitem definir o limite do consumo aeróbico para anaeróbico. Daí eu considerar que é mais importante esse teste do que o de VO2 que, na minha opinião, serve para pouco mais que nada.
Serve, mas não para o que a maioria das pessoas acha.

Há quem faça treinos baseados em testes de vo2, no chamado limiar ventilatorio, mas isso não tem sentido.

Vo2 tem mais sentido ser feito antes e depois de planos de treino, para ver se estão a surtir efeito.
 

Bernalve

Well-Known Member
O VO2max muito resumidamente é a capacidade máxima que o corpo tem de transportar e metabolizar o oxigénio . Basicamente é capacidade cardiovascular que os atletas têm, quanto mais alta, melhor. No ciclismo, os melhores trepadores costumam ter esse valor bem elevado. Trepadores magros, compensam a falta de massa muscular com esse valor digo eu.
 

NULL

Moderador
Staff member
O VO2max muito resumidamente é a capacidade máxima que o corpo tem de transportar e metabolizar o oxigénio . Basicamente é capacidade cardiovascular que os atletas têm, quanto mais alta, melhor. No ciclismo, os melhores trepadores costumam ter esse valor bem elevado. Trepadores magros, compensam a falta de massa muscular com esse valor digo eu.

Como já foi dito e bem, ter um VO2 alto não é sinónimo de sucesso mas pode ajudar!

Não é por acaso que em atletas de tenra idade essa análise é mais aprofundada. É uma capacidade natural que uns têm mais, outros menos. E como se costuma dizer, quem nasce jacaré nunca chega a crocodilo...
 

{the_crow}

Well-Known Member
O não ter potenciómetro não é impeditivo de treinares bem, eu também nao tinha quando comecei a treinar e continuo sem ter.

Quando comecei só achei treinos baseados em hr e watts, havia sempre menções a treinar medindo tu proprio o esforço mas sempre achei a coisa complicada, então o que decidi fazer foi fazer séries em esforço máximo, não foi nada que li ou vi ou ouvi, mas o que pareceu mais lógico em termos de medição, enquanto o motor não rebenta eu sei que estou onde quero. Entretanto a semana passada vi um video no GCN a falar exactamente disto...afinal a coisa existe! Resumindo:

Só faço intervalos no máximo esforço (para a duração desse intervalo), exemplos usando as zonas do Coggan:

z7 Neuromuscular Power - Sprints até 15/20s, sprints são sprints, só precisas da bicicleta
z6 Anaerobic Capacity - Procuro rampas de 30s até 2m, bem inclinadas, depois ir ao máximo
z5 VO2 máx - Procuro rampas de 3m até 6m, bem inclinadas, depois ir ao máximo
z4 Lactate Threshold - Procuro subidas de 10m até 20m, depois ir ao máximo
Sweetspot - Aqui não faço séries, +/- 1hz2/z3 a dar-lhe perto do máximo vai lá bater
z3 Tempo - 2h30 até 3h30 a dar-lhe perto do máximo vai lá bater mas isto não faço muitas vezes poi é o que me deixa mais desgastado

Entretanto há 2 meses adquiri um hrm que tenho usado para análise pós-treino e posso dizer que os esforços acima batem certo com as zonas, ou não tissem estas uns intervalos generosos. Tenho usado também o hrm para voltas em que quero manter o ritmo em z2/z3

Quanto a planos de treino normalmente sigo os do British Cycling com algumas adaptações https://www.britishcycling.org.uk/knowledge/training-plans

Video da GCN a explicar o que faço (eles chamam-lhe máx duration to failure)

Resultados? Sinto que tenho evoluído bem, principalmente para quem normalmente anda pelas 5-7 horas de treino semanal

Obrigado por teres postado isto :) dá-me jeito :) hj já pus em pratica ( nao foi bem bem como estava no video , pq ainda nao estou a 100% da minha perna ) mas deu para tirar algumas conclusoes :)
Infelizmente tenho 1 feitio de merda no que diz respeito ao "by-the-book" sempre fui mais pelo "by the feeling" .. fosse no que fosse.. por isso o tipo de orientaçao que eles dão vai mais ao encontro do que eu necessito :)
 

As27

New Member
Boas .
Números desta semana
9h20
223km
Mistura de BTT/Estrada/Indoor.
Esta semana que começa amanhã tenho previsto 5 dias( fim de semana pouco provável andar devido a trabalho)
Segunda: +/-1h30min de volta tranquila
Terça: +/- 1h30min séries
Quarta: +/-1h30min volta tranquila
Quinta: +/- 1h30min séries
Sexta:+/- 1h30min volta tranquila
Sábado/Domingo: indefinido
Dúvidas:
Com que séries devo começar:
Longas/curtas?
Subida/plano?
Os dias serão divididos entre BTT/Estrada/Indoor conforme a meteorologia..
Bom resto de Domingo
 

NULL

Moderador
Staff member
Longas em zonas de endurance.

Subida ou plano? O mais importante é fazeres dentro da zona/tempo certo...
 

As27

New Member
Sendo assim faço 2 séries de 20min
20 min de aquecimento
20 min 1 série z2/z3
10 min zona1
20 min 2 série z2/z3
20 min descansar..
Faço assim na terça e quinta..
 

Mendas

Well-Known Member
Boas, aproveito para perguntar, o trabalho muscular fora da bike quando é que se deve fazer, depois de treinos curtos, antes de treinos curtos, ou nos dias que não se pedala ?
 

Matz

Active Member
Há quem faça quando não pedala, há quem faça de manhã e pedale de tarde (ou vice versa)...

Na minha opino de quem não sabe nada, eu acho que tem mais sentido ser 1/2 dias em que não se pedale.
 
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