Pedro, eu tenho assistido de fora às inúmeras discussões sobre tamanhos que se têm desenrolado neste fórum, até porque não é um assunto sobre o qual considere ter um conhecimento consolidado para opinar muito. E, sinceramente, é um assunto que me aborrece, embora tenha noção da sua importância. Ou seja, nisto dos tamanhos baseio-me mais na experiência e nas sensações das várias bicicletas que já tive, que tenho ou que vou experimentando. E, verdade seja dita, as bicicletas com as quais tive mais problemas ao nível de desconforto, dores e dificuldade em arranjar posição foram precisamente as que tinham quadros mais pequenos. Fala-se muito na questão do comprimento do top tube e da facilidade de chegarmos ao guiador, às manetes, de ir aos drops, etc...Ok, concordo que uma posição mais vertical e descontraída será obviamente mais confortável. No entanto, raramente se fala no seat tube, uma vez que este também será tão mais pequeno quanto o tamanho da bicicleta. Ora, baseado apenas na minha experiência, sempre que tive bicicletas com top tube mais curtos, sentia necessidade de elevar demasiado o espigão para não me sentir encolhido em cima da bicicleta, nomeadamente ao nível do comprimento das pernas. Ao elevar o espigão, a vantagem do menor comprimento de top tube desvanecia-se pois acabava por ficar sempre muito dobrado. E, tal como disse, as bicicletas nas quais tive mais problemas com dores lombares foram precisamente as mais pequenas. Isto já para não falar dos joelhos a bater no guiador quando pedalava em pé....e isso aconteceu-me na Colnago antes de mudar de avanço.
Não ponho em causa as vossas opiniões, recomendações, conhecimentos e fundamentos. Mas onde quero chegar é que não se deve encarar isto dos tamanhos de uma forma estanque, pois o que é bom para mim pode não ser para outra pessoa com uma estatura similar. Há questões de flexibilidade, comprimento de tronco, comprimento de braços, comprimento de pernas,etc..que diferem de pessoa para pessoa e que mudam tudo. Já para não falar das inúmeras diferenças ao nível das geometrias e tamanhos dos quadros de marca para marca e de modelo para modelo. Daí considerar que nada como experimentar e encontrar o melhor compromisso baseado na experiência....e se nesse processo se der 1 ou 2 tiros ao lado em termos de escolhas acho que faz parte do processo.