No manto de nevoeiro à descoberta de Brufe
Julho de 2014 – 5 de Julho – 110Kms
Sábado foi dia da terceira aventura do ano, aventura esta com algumas peripécias e alguns contratempos que não estavam nos planos, mas acabou por correr tudo da melhor forma de princípio a fim.
Este passeio teve o desafio dos meus dois companheiros de aventura, dado que na última incursão por terras de Arouca, o desafio foi lançado para se partir à descoberta do Geres.
Como o meu conhecimento do Geres é o centro e a estrada que segue para a Portela do Homem, debrucei-me aqui no fórum a ler relatos dos que por que lá passaram (principalmente o duchene) e logo aí fiquei com três pontos de interesse para traçar um percurso, que não sendo de muita dificuldade, nos levaria aos pontos chave do Geres – a fantástica estrada de Brufe, a Barragem de Vilarinho das Furnas e por fim a Calcedónia.
Não havia muito a inventar, a partida seria feita de Braga, seguindo por Terras de Bouro, Barragem de Vilarinho das Furnas, Calcedónia, centro do Geres e regresso pela N308 até Braga novamente.
Sexta-feira à noite, venho ver a meteorologia, previsões de chuva só para o distrito de Braga, torci o nariz e liguei aos meus companheiros de viagem a ver como era e a resposta foi afirmativa, era para ir… fiquei reticente dado que não ando de bicicleta à chuva nem saio para a estrada quando a meteorologia assim o diz.
Sábado de manhã, tempo encoberto, arrancamos de carro até Braga, o céu manteve-se sempre encoberto, ameaços constantes de chuva, mas apenas e só. Chegamos a Braga, somos brindados com a bela da chuva em forma de recepção, ficamos apreensivos e aguardamos uns 20 minutos, chuva passou e decidimos arrancar.
Assim sendo, eram 8H30 e estávamos na estrada para as primeiras pedaladas, primeira rotunda passada, algumas brigadas da polícia nas rotundas e achei estranho, estranheza essa que nos viria a ter alguns contratempos no regresso.
Seguimos pela M591-1, estrada mais ou menos em bom estado, sem carros. Alguns quilómetros à frente apanhamos a N205-4 e a partir daí era seguir até ao Geres.
Uma paragem na ponte que atravessa o Rio Cavado para uma foto.
Depois de passarmos por Ferreiros, apanhamos a N308 que nos ia levar ao Geres até Terras de Bouro.
A N308 é uma estrada que está em bom estado, tem uma ou duas secções de pavé, mas nada de especial, pode-se considerar um autêntico tapete.
Fomos apreciando a envolvência que a estrada nos proporcionava e aos poucos a paisagem começou a mudar para a montanha e começamos a entrar dentro do parque do Geres. Destaco aqui a imensa publicidade que se via ao evento do grandfondo do Geres.
Aproximavam-se as dez horas e como tal decidiu-se fazer uma paragem para um café comer alguma coisa. Uma breve conversa com o dono do café que nos falou de alguns locais de interesse para se ver ali por aquelas zonas e nos perguntou qual o nosso destino, acenou afirmativamente que era um bom passeio.
Após o café, retomamos a estrada, estávamos já muito perto de Terras de Bouro e aqui começava o objectivo do passeio, conhecer a subida que nos ia levar à estrada de Brufe e consequente Barragem.
O GPS indicava viragem à esquerda, ponte sobre o Rio Homem atravessada e estávamos na subida, já me ensinaram que sempre que se atravessa uma ponte, significa subida e logo este ensinamento não poderia estar mais certo.
O estado do tempo lá para cima não apresentava a melhor cara, muitas nuvens negras, muito nevoeiro, ameaços de chuva fizeram antever o pior quando chegássemos lá, estava também algum frio (quem diz que estamos no Verão, deve estar maluquinho das ideias!!!!).
Subida iniciada, se os primeiros metros são algo complicados, depois é uma subida bem agradável de se fazer, não é muito complicada, faz-se sem grande esforço, o gráfico é um pouco enganador, dado que a subida se vai fazendo um pouco por patamares, pode-se dizer que complicado será mesmo aqueles dois ou três quilómetros finais dado que a estrada inclina mais um pouco.
A subida é acompanhada por bastante vegetação nas bermas, principalmente árvores, o que torna ainda a subida mais interessante, porque a espaços parece que vamos passando por tuneis formados pelo arvoredo. Vê-se algumas casas espaçadas, mas a predominância é o agreste da serra e algumas terras de cultivo.
À medida que fomos subindo o nevoeiro adensava, por vezes parecia que estávamos dentro de um copo de leite, do pouco que se conseguia ver a paisagem prometia, mas o nevoeiro era denso e logo se ficava sem visibilidade.
Já perto do final fizemos uma paragem para vestir os agasalhos, estava bastante frio, cerca de 12 graus e para nosso mal começava a chuviscar. Felizmente não passou de uns ameaços e nem deu para molhar.
Já perto do final da subida, indicações do restaurante “O Abocanhado” e eu ainda pensei que não era má ideia ir petiscar uma carne da região, dado que vimos alguns espécimes com cornos a pastar naquelas encostas.
Continuamos a pedalar por entre o nevoeiro e depois uns metros em descida entramos na estrada de Brufe. Felizmente aqui o nevoeiro deu tréguas e conseguíamos ter visibilidade suficiente para ver a grandiosidade daquilo que estava perante os nossos olhos.
Cenário magnifico, conseguia-se ver o recorte da estrada pela serra e conseguia-se ver a Barragem de Vilarinho das Furnas ao longe. Magnifico, mesmo com nevoeiro, foi das melhores paisagens destes passeios que tenho feito. A estrada de Brufe, está no meu top das estradas mais fantásticas. Recomendo a todos que não deixem de a visitar, mesmo que seja de carro.
Fomos descendo até à Barragem, mas era impossível não parar nos diversos espaços abertos que a estrada de Brufe permite que se veja, por isso a descida demorou bastante tempo a ser feita, a única coisa que eu fico com pena é de não estar um dia de sol para ver ainda melhor.
Descida feita e tínhamos chegado a outro objectivo, a barragem de Vilarinho da Furnas, o que dizer, espelho de água é imenso, e quem gostar de observar barragens, esta permite ver muita coisa. Claro que nós perdemos mais uns largos minutos a comtemplar a estrutura e a beleza do local.
Hora de deixar a barragem, e com isso veio a chuva, se até ali tinham sido ameaços e nem chegou para molhar, à saída da Barragem veio chuva da grossa e constante, não podíamos evitar e levamos com ela durante alguns quilómetros até chegarmos a este ponto de abrigo.
Seguimos em direcção à Calcedónia, estávamos em altitude e sabia que tínhamos parte da subida para fazer até ao topo da Calcedónia para depois descer para o centro do Geres. Mais uma vez, o GPS manda virar e entramos na subida. A estrada é algo mazinha com o alcatrão bastante irregular, tem uma inclinação interessante, mais uma vez o nevoeiro não deixava ver mais que alguns metros e paisagem pouco ou nada se viu, apenas pedras e mais pedras amontoadas e algumas delas bem grandes e que nos deixavam a pensar como é que foram lá parar.
Julho de 2014 – 5 de Julho – 110Kms
Sábado foi dia da terceira aventura do ano, aventura esta com algumas peripécias e alguns contratempos que não estavam nos planos, mas acabou por correr tudo da melhor forma de princípio a fim.
Este passeio teve o desafio dos meus dois companheiros de aventura, dado que na última incursão por terras de Arouca, o desafio foi lançado para se partir à descoberta do Geres.
Como o meu conhecimento do Geres é o centro e a estrada que segue para a Portela do Homem, debrucei-me aqui no fórum a ler relatos dos que por que lá passaram (principalmente o duchene) e logo aí fiquei com três pontos de interesse para traçar um percurso, que não sendo de muita dificuldade, nos levaria aos pontos chave do Geres – a fantástica estrada de Brufe, a Barragem de Vilarinho das Furnas e por fim a Calcedónia.
Não havia muito a inventar, a partida seria feita de Braga, seguindo por Terras de Bouro, Barragem de Vilarinho das Furnas, Calcedónia, centro do Geres e regresso pela N308 até Braga novamente.
Sexta-feira à noite, venho ver a meteorologia, previsões de chuva só para o distrito de Braga, torci o nariz e liguei aos meus companheiros de viagem a ver como era e a resposta foi afirmativa, era para ir… fiquei reticente dado que não ando de bicicleta à chuva nem saio para a estrada quando a meteorologia assim o diz.
Sábado de manhã, tempo encoberto, arrancamos de carro até Braga, o céu manteve-se sempre encoberto, ameaços constantes de chuva, mas apenas e só. Chegamos a Braga, somos brindados com a bela da chuva em forma de recepção, ficamos apreensivos e aguardamos uns 20 minutos, chuva passou e decidimos arrancar.
Assim sendo, eram 8H30 e estávamos na estrada para as primeiras pedaladas, primeira rotunda passada, algumas brigadas da polícia nas rotundas e achei estranho, estranheza essa que nos viria a ter alguns contratempos no regresso.
Seguimos pela M591-1, estrada mais ou menos em bom estado, sem carros. Alguns quilómetros à frente apanhamos a N205-4 e a partir daí era seguir até ao Geres.
Uma paragem na ponte que atravessa o Rio Cavado para uma foto.
Depois de passarmos por Ferreiros, apanhamos a N308 que nos ia levar ao Geres até Terras de Bouro.
A N308 é uma estrada que está em bom estado, tem uma ou duas secções de pavé, mas nada de especial, pode-se considerar um autêntico tapete.
Fomos apreciando a envolvência que a estrada nos proporcionava e aos poucos a paisagem começou a mudar para a montanha e começamos a entrar dentro do parque do Geres. Destaco aqui a imensa publicidade que se via ao evento do grandfondo do Geres.
Aproximavam-se as dez horas e como tal decidiu-se fazer uma paragem para um café comer alguma coisa. Uma breve conversa com o dono do café que nos falou de alguns locais de interesse para se ver ali por aquelas zonas e nos perguntou qual o nosso destino, acenou afirmativamente que era um bom passeio.
Após o café, retomamos a estrada, estávamos já muito perto de Terras de Bouro e aqui começava o objectivo do passeio, conhecer a subida que nos ia levar à estrada de Brufe e consequente Barragem.
O GPS indicava viragem à esquerda, ponte sobre o Rio Homem atravessada e estávamos na subida, já me ensinaram que sempre que se atravessa uma ponte, significa subida e logo este ensinamento não poderia estar mais certo.
O estado do tempo lá para cima não apresentava a melhor cara, muitas nuvens negras, muito nevoeiro, ameaços de chuva fizeram antever o pior quando chegássemos lá, estava também algum frio (quem diz que estamos no Verão, deve estar maluquinho das ideias!!!!).
Subida iniciada, se os primeiros metros são algo complicados, depois é uma subida bem agradável de se fazer, não é muito complicada, faz-se sem grande esforço, o gráfico é um pouco enganador, dado que a subida se vai fazendo um pouco por patamares, pode-se dizer que complicado será mesmo aqueles dois ou três quilómetros finais dado que a estrada inclina mais um pouco.
A subida é acompanhada por bastante vegetação nas bermas, principalmente árvores, o que torna ainda a subida mais interessante, porque a espaços parece que vamos passando por tuneis formados pelo arvoredo. Vê-se algumas casas espaçadas, mas a predominância é o agreste da serra e algumas terras de cultivo.
À medida que fomos subindo o nevoeiro adensava, por vezes parecia que estávamos dentro de um copo de leite, do pouco que se conseguia ver a paisagem prometia, mas o nevoeiro era denso e logo se ficava sem visibilidade.
Já perto do final fizemos uma paragem para vestir os agasalhos, estava bastante frio, cerca de 12 graus e para nosso mal começava a chuviscar. Felizmente não passou de uns ameaços e nem deu para molhar.
Já perto do final da subida, indicações do restaurante “O Abocanhado” e eu ainda pensei que não era má ideia ir petiscar uma carne da região, dado que vimos alguns espécimes com cornos a pastar naquelas encostas.
Continuamos a pedalar por entre o nevoeiro e depois uns metros em descida entramos na estrada de Brufe. Felizmente aqui o nevoeiro deu tréguas e conseguíamos ter visibilidade suficiente para ver a grandiosidade daquilo que estava perante os nossos olhos.
Cenário magnifico, conseguia-se ver o recorte da estrada pela serra e conseguia-se ver a Barragem de Vilarinho das Furnas ao longe. Magnifico, mesmo com nevoeiro, foi das melhores paisagens destes passeios que tenho feito. A estrada de Brufe, está no meu top das estradas mais fantásticas. Recomendo a todos que não deixem de a visitar, mesmo que seja de carro.
Fomos descendo até à Barragem, mas era impossível não parar nos diversos espaços abertos que a estrada de Brufe permite que se veja, por isso a descida demorou bastante tempo a ser feita, a única coisa que eu fico com pena é de não estar um dia de sol para ver ainda melhor.
Descida feita e tínhamos chegado a outro objectivo, a barragem de Vilarinho da Furnas, o que dizer, espelho de água é imenso, e quem gostar de observar barragens, esta permite ver muita coisa. Claro que nós perdemos mais uns largos minutos a comtemplar a estrutura e a beleza do local.
Hora de deixar a barragem, e com isso veio a chuva, se até ali tinham sido ameaços e nem chegou para molhar, à saída da Barragem veio chuva da grossa e constante, não podíamos evitar e levamos com ela durante alguns quilómetros até chegarmos a este ponto de abrigo.
Seguimos em direcção à Calcedónia, estávamos em altitude e sabia que tínhamos parte da subida para fazer até ao topo da Calcedónia para depois descer para o centro do Geres. Mais uma vez, o GPS manda virar e entramos na subida. A estrada é algo mazinha com o alcatrão bastante irregular, tem uma inclinação interessante, mais uma vez o nevoeiro não deixava ver mais que alguns metros e paisagem pouco ou nada se viu, apenas pedras e mais pedras amontoadas e algumas delas bem grandes e que nos deixavam a pensar como é que foram lá parar.