É de facto extraordinária a unanimidade e satisfação patente nas últimas três páginas, recompensa que agradeço honesta e sinceramente e que obviamente faz valer ainda mais todo o tempo investido a preparar e publicar a crónica.
Agradecendo assim, calorosamente, a todos de uma forma geral e saudando algumas caras que já não via por cá à uns tempos bem como algumas novas, permitam-me particularizar algumas respostas:
Ângela,
Já tinha escrito umas linhas acerca da forma como encarava o "treino" e dado, nessa altura, uma visão global da minha postura nisto do ciclismo de estrada. Pode ser relembrada
AQUI e, mesmo lida à distância de quase três anos continua a reflectir na totalidade o que sinto e explana na perfeição a filosofia que me orienta.
Naturalmente que a ausência de regularidade se nota na condição física, dinâmica essencial para a nossa progressão no terreno. Tento, por isso, adaptar as aventuras à minha força de pernas do momento mas isso, acima de tudo, chama-se responsabilidade. Com o devido crescendo, voltarão certamente as aventuras mais longas ainda e sempre com aquele toque de excentricidade que me vai caracterizando.
Mas, seja com mais ou menos preparação física, tento pautar-me por um paradigma mais próximo ao randonneur com barbas brancas do que propriamente ao vencedor do tour lá do bairro...
Dito isto, e porque existe inspiração recíproca numa mulher de fibra como tu, à boleia de um dos desafios pessoais que tenho para o próximo ano conto que nos possamos encontrar e partilhar quilómetros algures num dos 3 brevets que decorrerão por estas bandas em 2014 e, quiçá, num dos "brevets para crescidos", aí mais a sul.
Filipe,
A questão da escrita ferrugenta é como um iceberg. Pode não se notar muito na superfície, mas é um problema de dimensão subaquática considerável. Ou seja, a ferrugem que falo vem muito do facto de não estar tão desenvolto como noutros tempos o que prolonga o processo criativo. A escrita é feita em blocos: hoje um bocado, amanhã outro... tornando o resultado final menos homogéneo do que o desejável.
Basicamente o que se deteriorou foi a ligação directa que existia entre a minha memória e a rápida construção frásica. Essa ligação permitia que, em casa e ao desfiar o filme do dia conseguisse, quase de imediato, transpor para o teclado a parte descritiva, opinativa e contemplativa da volta. Fazia-o praticamente à primeira já com as expressões e riqueza de linguagem que eram apanágio das minhas crónicas. Uma revisão final para ajustes e no dia seguinte à aventura, a crónica estava pronta!
Ora o processo agora é muito mais lento. Tenho de parar para pensar mais vezes, fazer mais revisões de continuidade e socorrer-me das fotos para tentar não esquecer pormenores interessantes e laterais que dão volume e colorido à história... E depois de não deixar escapar as coisas importantes ainda tenho de lhes dar lógica, sequência e corpo. E o processo de polimento da versão final, porque noto precisamente a tal falta de homogeneidade, demora agora muito mais tempo. No final, pode não se notar, mas sei que há pontos a melhorar.
Espero, ainda assim, conseguir recuperar alguma dessa agilidade criativa na escrita e completar as crónicas que tenho aqui pendentes e que julgo que também poderão ser interessantes de partilhar.
Armando,
Tenho vontade de organizar um novo PIF/PIF*U em 2014, em linha com outras aventuras que já estão a ser preparadas aqui no fórum. Caso tal convívio seja tal uma realidade e se proporcione em termos de agenda, obviamente que terei todo o gosto em te ter por cá a percorrer as estradas desertas e fascinantes aqui do nosso quintal, um convite extensível, como não poderia deixar de ser, a todos quantos acompanham a nossa comunidade. Mas até lá ainda há que deixar apurar o cozinhado...
Wilson,
A entrada é precisamente aí, logo após a capela. É o único asfalto lateral que encontrarás nessa zona. Até ao vértice geodésico são cerca de 500 metros asfaltados e 2000 metros numa coisa a que vamos chamar de... estradão.
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Para rematar, e porque não pude vir cá escrever antes, agradeço à posteriori os votos e espero que o vosso Natal tenha sido pleno de felicidade e em família como o meu.