Meus caros, boa noite.
Gosto também eu de
pedalar, uma “boa doença” se é que se podem associar estas duas palavras (boa e doença
). Obrigado a todos os que escrevem por aqui, é uma lufada de ar fresco anti-stress nesta vida de trabalho, que não está fácil para ninguém.
A meu ver e pela modesta experiencia desportiva que tenho, um atleta de alta competição alimenta-se de objetivos crescentes e neste momento o Rui conseguiu já uma posição de reconhecida personalidade no mundo do ciclismo. Esse é o primeiro degrau, ascender a um lugar entre um restrito grupo de desportistas de eleição na sua modalidade.
Mas como referi,
crescente, isto é, como já muitos de nós verificamos e por aqui já se escreveu o Rui não terá muito mais a provar, ou mesmo mais nada a provar, em quaisquer provas de ciclismo excluindo as três grandes competições Giro, Vuelta e Tour. Por outras palavras, o Rui ao longo destes anos cresceu de forma saudável na modalidade, ganhando gradualmente condições físicas e psicológicas para vencer grandes desafios. Mas fez mais, conseguiu a consistência e regularidade que nesta escalada da vida faz sentir que os
grandes desafios já não chegam é preciso fazer algo nos
enormes desafios. É por isso tempo de um novo degrau.
Resta dizer que não ficarei triste se o Rui não conseguir de imediato trepar este novo degrau com a rapidez e elegância que se lhe conhece a subir a montanha, ou mesmo que tenha de recuar e tentar de novo, ou até que isso nem sequer venha a acontecer, tão só, porque para mim como português é um orgulho ver que este homem tem a determinação de avançar. Querer subir mais quando já se está tão alto é um ato de coragem que merecerá sempre o meu respeito e que não esquecerei mesmo quando as coisas lhe correrem menos bem. Mas também eu acredito que é possível mais. Força Rui.
Cumps
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