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Pequenos Objectivos, Grandes Vitórias

Schwarz

New Member
Procura no youtube, não é dificil. Eu era como tu e montei um grupo Shimano todo sozinho, só a ver videos no youtube! ;) Abraço.
 

Ricardo93

Active Member
Boa tarde a todos,

Bem vamos lá ao resumo da semana. Após aquele problema na transmissão que me obrigou a parar durante o fim-de-semana passada, foi com gosto e extremamente motivado que voltei na terça-feira para fazer rolos, o corpo agradeceu o descanso que lhe tinha dado e correu tudo bem. Na quarta-feira mais do mesmo e também com boas sensações.

Quinta-feira como é hábito foi dia de pedalar em estrada (http://www.strava.com/activities/208061411). Cerca de 1h30 com um ritmo baixo e que se fez sem grande problema. Na sexta a volta foi a mesma (http://www.strava.com/activities/209242950), mas aqui já não passei tão bem como na quinta-feira, a certa altura do percurso senti as pernas presas, o que se haveria de desvanecer mais para o fim da volta.

Assustado com o que se passou na Sexta, Sábado optei por ficar em casa e fazer no Domingo a volta maior. E assim foi, hoje (Domingo) lá fui eu para a minha volta de cerca de 3h. Ao contrário do que tinha feito até aqui, deixei a volta pelo Sobral de lado, e fui até à Azambuja, visto que seriam mais km's e menor acumulado.

O dia começou pouco antes das 10h, o céu estava azul e corria uma brisa. Pus tudo a jeito e parti na direcção do Carregado, pouco antes de lá chegar passa por mim um grupo de cerca de 7 ciclistas, ainda pensei em seguir na roda (visto que o ritmo não era muito mais elevado que o meu) mas deixei-me seguir na minha visto que não sabia bem ainda o que me ia esperar. Continuei sempre com este grupo em vista, embora a distanciarem-se, entretanto eles param para abastecer num café e eu corto à esquerda na direcção da Azambuja, através da N3. Apesar de ser Domingo a N3 estava super movimentada, quer de carros quer de ciclistas, contudo como havia berma disponível lá fui eu passando carros e sendo passado pelos mesmos carros um pouco mais à frente quando o trânsito acelerava, isto vezes e vezes sem conta. Aqui quero aproveitar para destacar o mau comportamento de alguns colegas nossos, que fazem razias sem qualquer cuidado ou aviso e passam sinais vermelhos. Aliás foi por pouco que um colega nosso não levava com um camião em cima enquanto serpenteava entre carros numa zona onde a berma estreitava. Felizmente nada de mal aconteceu.

Passando a Azambuja, corto mais à frente para a N366, na direcção de Aveiras. Não antes de me cruzar com outro grupo de ciclistas, numa daquelas subidas típicas de estrada nacional (em linha recta e com inclinação média), aqui já não me contive e segui na roda até ao final da subida e para meu espanto consegui seguir sem grande esforço. Chegado o topo, seguiu-se uma pequena descida e foi altura de virar para a N366.

A N366 é completamente o oposto da N3, a estrada muito mais arranjada, muito menos carros, e uma vista muito bonita com árvores a ladearem ambos os lados da estrada, aqui arrependi-me de não ter sacado do telemóvel, visto que era um grande quadro de outono com as folhas das árvores no chão e a estrada praticamente deserta. Altura por passar por Aveiras, a de Cima e a de Baixo, onde reparei que tinha posto mal o percurso no GPS, isto é, em vez de ir para Alcoentre, tinha para cortar logo direito a Ota. Para não arriscar segui o que o GPS me indicava, também seriam só menos 10km. A partir daí foi praticamente a descer até Ota. Chegado a Ota, foi altura de seguir até casa nas calmas já em modo cool down.

Aqui fica o registo da volta de hoje que eu adorei, quer pelo traçado, quer pelo espírito de descoberta, quer pelo tempo que estava óptimo, mas principalmente por ter sentido as pernas a agradecerem cada hora de descanso de Sábado e a responderem na perfeição. http://www.strava.com/activities/209243001

Amanhã é dia de recuperação activa, e folgo na terça. Assim sempre é mais um dia em estrada e menos um dia em rolos.

Fiquem bem e boas pedaladas.
 

Ricardo93

Active Member
Boa noite pessoal,

Parece que ando numa maré de azar. Os planos que tinha saíram-me completamente furados.

Segunda tinha pensado em fazer treino de recuperação, o que acabou por não acontecer pois acordei com uma enorme dor no joelho esquerdo. Não faço ideia do que seja, mas já estive a calibrar os cleats dos sapatos, visto que creio que eles não estavam em posições simétricas nem tão pouco numa posição aconselhável. Vou aproveitar na quinta (ou sexta) para olhar melhor para a KTM (visto que neste momento estou em Lisboa e só posso fazer rolos numa Rodaplana antiga), e confirmar se tenho o selim na altura e na posição mais indicada.

Voltando à dor no joelho, hoje (terça) já tinha menos dores mas mesmo assim ainda estava lá qualquer coisa. No entanto se caminhasse durante um tempo a dor passava. Como não quero estar a borrar tudo optei por parar também hoje. Enfim já são demasiadas paragens para aquilo que eu desejaria, começo a duvidar se conseguirei cumprir com o meu objectivo.

Abraço a todos.
 

Ricardo93

Active Member
Sim era mesmo no joelho, depreendo que seja na rótula. Não se tratava definitivamente de dores musculares. Entretanto hoje já não me dói nada, daqui a nada vou dar uma volta a pé e se me sentir bem faço rolos.
 

Ricardo93

Active Member
Bem isto cada vez está mais estranho.

Hoje já completamente recuperado do joelho, decido ir fazer rolos, ao início tudo muito bem, como estava calor tinha uma ventoinha ligada , pelo que até estava a ser bastante agradável... A certa altura começo a sentir um ressalto na bicicleta, o que num rolo é de estranhar. Olho para a bicicleta enquanto pedalo e vi que o barulho não vinha de lá, vinha ou do gel do rolo ou da roda traseira. Como não via nada parei de pedalar, e quando olho para o pneu deparo-me com isto:

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Ao que parece o pneu rasgou. Ele já há uns tempos que tinha umas saliências, mas como não me afectava o exercício deixei andar, agora pelos visto resultou nisto.

Numa primeira fase ainda continuei a pedalar, porque pior do que aquilo o pneu não passava, mas depois começo a pensar se aquilo ainda me ia estragar o gel do rolo, e decidi parar.

Ainda cheguei a pedalar cerca de 20 minutos. Mas como desde segunda que não fazia nada, decidi ir dar uma corridinha (http://www.strava.com/activities/210457256). Contudo aqui as coisas também não foram fáceis, como não tinha uns ténis adequados comecei a sentir algum desconforto na tíbia e no joelho. No entanto, fui alterando corrida lenta com caminhada, e a coisa levou-se embora não com tantos km's como desejaria.

Bem, pelo menos deu para despertar os músculos, amanhã em principio já volto à KTM!
 

Armando

New Member
Boas Ricardo.

Os rolos são os piores inimigos dos pneus! A temperatura a que os pneus são sujeitos, levam a esse resultado.

Quanto à corrida! O material tem que ser sempre o mais adequado possível para evitar qualquer tipo de lesão e por vezes a "Corrida" é o pior inimigo do ciclista.
Dizem alguns entendidos que a caminhada é bastante mais salutar para o ciclista.

O importante nisto tudo é tu divertires-te sem te lesionares.

Grande abraço.
 

Ricardo93

Active Member
Boa Noite Armando, eu por acaso antes de fazer ciclismo cheguei a correr algumas vezes só para manter a forma. Corria justamente no mesmo sitio e com os mesmo ténis que hoje, e a verdade é que não sentia dores praticamente nenhumas, pouco mais de um ano depois, as coisas são bem diferentes. Se calhar a bicicleta habitua-nos mal... xD

Quanto aos rolos, para mim quando não posso andar mesmo em estrada apresenta-se como a melhor opção. Quanto aos pneus é algo que eu já estava mentalizado para isso, para a semana já troco o pneu da frente pelo de trás, o que não tem problema nenhum porque a bicicleta que uso para fazer rolos não tem outra funcionalidade.

Agora é necessário recuperar os dias perdidos mas sem abusar demasiado, e claro divertirmos-nos ao máximo.

Abraço!

Abraço!
 

Morg

Well-Known Member
Quando tinha rolos usava sempre pneus retirados da bike da rua, já com alguns buracos na zona central.
Como tinha muitos nunca os deixava ficar até se ver a câmara de ar.
 

Ricardo93

Active Member
Bem foi-me impossível vir cá durante o fim-de-semana, mas há muito para contar, portanto cá vai.

Completamente chateado pelo que me aconteceu ao pneu da bicicleta de rolos, Quinta-feira assim que me apanhei para os lados de Alenquer, decidi ir fazer a volta de 34km do costume (http://www.strava.com/activities/211592812). Para tentar aproveitar o tempo perdido durante a semana decidi pôr alguma (não muita) intensidade no treino, houve uma subida que não resisti e tive que a fazer de pé e quase a top, enfim, por vezes temos que nos esquecer das regras para saciar a vontade do espírito. As sensações foram óptimas e dei graças a Deus por não ter qualquer dor devido à correria do dia anterior.

Na Sexta, acordei a sentir-me bem, mas para não forçar demais fiz o mesmo percurso do dia anterior mas a um ritmo menor (http://www.strava.com/activities/211592811), isto já a pensar no dia que se ia seguir.

E assim chegámos a Sábado. Tinha planeado ir andar de manhã, mas a cama falou mais alto, e quando acordei (às 10h) já não tinha tempo para fazer aquilo que me propunha. Sem problemas, tinha ainda a tarde disponível e assim foi. Para o almoço carapaus com batatas cozidas e uma salada (ementa que eu adoro), feita a digestão lá me fiz eu à estrada, ainda não seriam bem 15h.

Comecei por seguir sem grande pressa em direcção ao Carregado, onde tomaria a N3 na direcção à Azambuja, tal como tinha feito na semana passada. Ao contrário do que tinha acontecido na passada semana, naquela tarde de sábado a N3 esta deserta de carros, e ainda bem, sempre deu para seguir mais à vontade e um bocadinho mais rápido. Em certos troços da estrada fiz um espécie de pequenos Contra-relógios para testar as minhas capacidades, passados com distinção estes testes (pelo menos na óptica do avaliador = eu) foi altura de chegar a Azambuja. Até aqui pouco tinha ligado ao GPS, a partir daqui era altura para me deixar guiar por ele, isto literalmente, visto que já não me lembrava bem do que tinha planeado, apenas sabia da quilometragem e de alguns pontos chave.

Nem cheguei a entrar bem na vila de Azambuja, passei logo um viaduto sobre a linha férrea ainda antes de passar a estação. Aqui devo dizer que vi o meu caso mal parado, pois assim que passo o viaduto dou comigo numa zona do tipo industrial de bastante mau aspecto por sinal. No entanto 100 metros à frente dou comigo numa zona lindíssima, árvores de um lado e de outro da estrada, um rio (ou ribeiro) a acompanhar-me pela direita da estrada, e ao fundo da estada uma casa, que ao me aproximar reparei tratar-se de uma adega (ou algo do género). E isto ainda era apenas a antecâmara do que me esperava: Campos a perder de vista... Era só eu e a lezíria Ribatejana, um autentico descanso para a alma.

Foram km's e km's disto, passagem ainda por um Aeródromo, e chegada a Valada do Ribatejo para me provar que de facto não nasci para o pavé. Pavé ultrapassado, de volta ao asfalto suave, e aqui não podia deixar de fazer mais uma sessão de Contra-Relógio. Contudo este CR já não foi bem em jeito de teste, já deviam ser cerca das 17h, e já estava a ver o meu caso mal parado ao ver o Sol a esconder-se cada vez mais por trás das montanhas. Era evidente que tinha que chegar o mais rápido possível a casa, visto que ainda não tenho luzes na bike.

Passagem ainda pelo Cartaxo, com direito a enganar-me no caminho. Paragem para olhar com olhos de ver para o GPS e lá vou eu. À saída do Cartaxo apanhei a N365, uma autêntica via rápida que me levou até Aveiras de Cima. O Sol estava cada vez mais baixo e o frio já ia apertando, mais uma razão para não baixar o ritmo.

Em Aveiras, decidi telefonar para casa, para descansar a minha mãe e dizer que havia uma forte probabilidade de chegar já de noite (isto é por volta das 19h), mas que pelo menos até Ota chegava ainda de dia. Dito e feito, de Aveiras até Ota foi sempre a descer, apenas com uma ou outra colina pelo meio, e que me deram muito gozo subir naquele ritmo elevado que trazia. Eu pessoalmente gosto bastante deste caminho, a estrada está em muito boas condições e tem muito pouco trânsito, durante o caminho creio que só me cruzei com um carro, 2 ciclista e 2 corredores. Chegado a Ota, já estava instalado o crepúsculo, sem demoras tomo o IC2 (antiga N1) que me ia levar até ao cruzamento para Abrigada, onde decido telefonar à minha mãe, e acordámos que ela viria de carro ao meu encontro. E assim foi, apanhou-me já estava quase noite serrada na subida de Abrigada para Cabanas do Chão, e aqui é que foi o verdadeiro CR. Cerca de 5km, carro com os piscas ligados e sempre a fundo até casa.

Cheguei a casa tinha 97 kms feitos, era evidente que isso seria morrer na praia, para chegar aos 100 fiquei a fazer vai-e-vem na minha rua enquanto fazia o arrefecimento.

No final fiquei muito contente pois sentia-me muito bem, tirando uma dor nas costas que se intensificou depois do banho. Fiquei com pena de não ter tirado fotos, mas não o fiz porque tinha posto a minha câmara de filmar no guiador, mas vá-se lá saber porque diabo aquilo só me filmou os primeiros km's. Das pilhas não foi porque a câmara foi ligada todo o caminho, do cartão de memória também não que aquilo tinha ainda muito espaço.

Na manhã seguinte estava como novo, contudo não pude andar visto que já tinha combinado passar o dia fora com a minha irmã.

Aqui fica o link para o Strava da minha primeira volta de 3 dígitos: http://www.strava.com/activities/211592840

Abraço a todos!
 

Ricardo93

Active Member
Boa tarde a todos,

Vamos lá então ao resumo da semana. Esta semana foi particularmente irregular, isto muito por culpa de o meu aniversário, o que resultou em jantares e visitas e que me deixaram sem grande tempo. Segunda fui fazer uma volta de 34 km, contudo o GPS variou lá para o meio da viagem e quando carreguei para o Strava deu-me os Km's certos, mas quanto ao percurso só estava correcto a partir do momento que eu liguei o GPS após tê-lo desligado por ele ter bloqueado, o resto do percurso era uma linha recta, desde Lisboa até ao ponto onde eu voltei a ligar o GPS, agora o mais curioso, a Velocidade Média era cerca de 80km/h, e a média era 40 km/h. Por esse motivo coloquei no Strava mas como privado para não ter problemas.

Terça foi o dia do meu aniversário pelo que não pude andar. Na quarta apenas arranjei 30 minutos, pelo que o aproveitei para fazer rolos.

Na Quinta, já passados os festejos consegui fazer estrada, contudo como ainda não estava muito habituado a este horário de inverno, decidi alterar a volta, fazendo um percurso mais curto (que incluía uma subida de 2.3km's com uma média de 3%, mas com uma pendente máxima de 12,9%) (http://www.strava.com/activities/214351706), ao chegar a casa completei a volta com vai-e-vem numa recta mesmo perto de casa, pois como ainda não tinha luzes assim não arriscava chegar de noite. Para terminar fiz outra subida até à aldeia vizinha (Cabanas de Torres) onde tinha combinado com a minha namorada para ela me dar a minha prenda de anos, que foram nada mais nada menos que umas luzes para a bike! Eu já desconfiava que seria essa a prenda, mas não lhe digam nada xD

Na Sexta, decidi fazer uma volta maior que o normal,e fiz 65 Km, numa volta com passagem por Azambuja e Aveiras. É uma volta boa, porque o terreno não tem grandes dificuldades e dá para rolar sem grandes problemas (http://www.strava.com/activities/214351725). Nesta volta já pude experimentar as luzes, e de facto dão bastante jeito para aquela hora em que já não é dia mas também ainda não é noite. Na verdade as luzes são mais para ser visto do que para ver, o que já não é nada mau.

Sábado não me foi possível andar. Contudo Domingo foi dia de volta grande. No dia anterior não tive tempo de planear o percurso, então após uma noite a dormir sobre o assunto (literalmente porque foi a noite toda a sonhar com isso), levantei-me às 7h45, fiz o pequeno almoço, liguei o PC, e enquanto comia ia traçando a rota. Vesti-me pus as coisas a jeito e seriam 8h40 quando saí de casa. Já um bocado atrasado, a protagonista desta história pedia que se fizéssemos à estrada o mais rápido possível.

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E assim foi. Estava um frio do caraças mas o impermeável veio-se a revelar precioso também contra o frio, vesti-o ainda não tinha saído da minha rua, e só o tirei quando cheguei a casa. Sem grandes demoras segui em direcção à Azambuja via N3, mas desta vez em vez de cortar pelo Viaduto que passa sobre a linha férrea continuei pela N3, e aqui tenho que reformular o que disse, se até à Azambuja a N3 assume uma paisagem maioritariamente urbana, com fábricas e armazéns nada apelativos à vista, logo após a saída de Azambuja até ao Cartaxo, a paisagem muda completamente, muito mais rural, a estrada mais limpa, vários parques de merendas ao longo da estrada, herdades, enfim, muito apelativo à vista e à alma.

Após chegar ao Cartaxo, segui segui caminho até Vale de Santarém, ainda pela N3, onde tive o primeiro engano no caminho. Eram horas de final da missa dominical, parei ali perto da igreja a analisar o GPS para detectar o engano, uma senhora passa por mim com um envergonhado "Força" que eu respondo com um sorriso e um "Bom dia", detectado o engano lá retomei caminho em direcção à Póvoa da Isenta, a partir daqui deixei para trás as movimentadas estradas nacionais que só haveria de encontrar no final da volta já de regresso a casa.

Em Póvoa da Isenta tive o meu segundo engano de caminho, na verdade não foi um engano, era o que tinha planeado, mas como passava por um caminho de terra decidi dar meia volta e procurar uma alternativa, que na verdade estava ali mesmo ao lado. Antes de ir, paragem para o Xixi do dia e telefonar para a casa a dizer que só chegaria pelas 14h.

De Póvoa da Isenta até Almoster foi sempre por uma estada que só fazia lembrar aqueles caminhos de serra, mas sem as dificuldades inerentes a esses terrenos. Chegado a Almoster, era hora de funeral, ou então era por ser Dia de Finados, não sei, o que é certo é que toda a vila devia estar no cemitério àquela hora, a juntar a isso, a estrada estava completamente esburacada como se tivessem mudado todas as canalizações daquele sítio, pelo que tenho que agradecer não ter furado, visto que foi toda a extensão da estrada a "saltitar" entre buracos e o pouco que sobrava de alcatrão.

Logo após sair de Almoster, foi altura de subir, uma subida algo longa mas com pouca percentagem. Ritmo baixo, sentado no selim, e cadência entre as 80 e os 90 rpm, a subida fez-se com o corpo a responder bem. Após isto, altura de descer, para depois enfrentar um percurso acidentado até ao fim: Subidas curtas e percentagens acentuadas, no fundo é o terreno que eu mais gosto, mas como continuo a evitar levantar-me do selim durante as subidas, nesta fase prefiro a planura.

Ainda antes de chegar a Arrouquelas foi altura de tirar a foto do dia junto a uma Ponte Romana, que por sinal estava em algum mau estado.

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Após passar Arrouquelas altura para o último engano do dia, e este saiu-me bem do corpo, pois o engano implicou ter que fazer uma subida curta (talvez 500m) com pendentes de 13%, numa estrada que dá acesso a um campo de futebol. Ao chegar ao final da subida e já após o GPS ter dado sinal de "Fora de Rumo" aproveitei para repor energias, e lá retomo eu o caminho, agora a descer. Até Alcoentre ainda passei por Manique do Intendente, localidade que desconhecia e fiquei completamente parvo ao me deparar com este edifício meio recuperado, meio em ruínas.

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Daí até Alcoentre foi um instante, à hora que passei por lá já era hora da bica e eu ainda tinha cerca de 10 kms até casa para poder ver o meu almoço, como já não havia barras de cereais, tive que recorrer ao Gel, que se veio a revelar milagroso, visto que pela N1 (ou melhor IC2) não é nada meigo no que toca a subidas.

Ao chegar a casa, e 111 KMs depois, estava com as pernas em completo bom estado. No entanto das costas não podia dizer o mesmo. Há uns dias mexi no selim e consegui atrasar a chegada das dores na base do pescoço (ou parte de cima das costas), mas quando faço voltas maiores não dá mesmo hipóteses.

Deixo aqui o link para a volta no Strava: http://www.strava.com/activities/214823904

Com esta volta, acabo a fase de preparação e é altura de começar o treino específico, contudo quero continuar a dar especial ênfase ao treino de Endurance e começar também treino de Força. Continuo a ler o livro do Joel Friel, e como não considero que tenha algum ponto forte em especial vou-me preocupar em desenvolver estas duas vertentes pois considero ser o ideal para o que me proponho e que melhor se adaptam às características do meu corpo, e ao meu gosto. Quando chegar ao final do ano, vou fazer uma pausa de 1 semana, e depois planeio logo treino para o ano todo, mas desta vez melhor estruturado, incluindo treino com pesos, isto porque à medida que avanço no livro vou cada vez aprendendo mais, neste momento já tenho mais conhecimento que há 2 meses atrás, contudo quero continuar com o plano que elaborei nessa altura.

Sintam-se na liberdade de comentar. Abraço e boas pedaladas!
 

Ricardo93

Active Member
Boa tarde a todos,

Então vamos lá ao resumo da semana. A semana começou com outro percalço, o pneu do rolo que tinha trocado após o outro ter-se rasgado, rasgou-se também, o que na verdade não me espanta muito visto que também já era bastante velho. Então comprei outro pneu, um Schwabel Insider, que aparentemente é próprio para rolos, vamos ver como se safa. Assim quarta e quinta foi dia de rolos, utilizei vídeos do Sufferfest, como já antes fazia, ou seja, começou a altura de pôr mais intensidade no treino!

Sexta foi dia de estrada, fiz a minha volta normal direito a Alenquer, com a pequena alteração de subir pela Serra de Ota, em vez de seguir pelo IC2 até o cruzamento das Marés. Nesta volta, tentei simular mais ou menos uma corrida, isto dentro da minhas (ainda grandes) limitações. Comecei com um aquecimento, seguido de um ritmo bastante elevado a rolar, como se fosse numa fuga, depois abrandei um bocado antes de chegar à Serra e durante a subida, tentei manter um ritmo o mais conservador possível, na última rampa dei tudo o que tinha, que já não era muito. A verdade, é que esta subida de mais ou menos dois Kms continua a não ser pêra doce para mim. O que não me estranha muito, fui a reparar no Garmin, e sempre que olhava a inclinação era sempre 10, 9, às vezes 7%, ou seja, são 2Kms sempre com bastante inclinação. Pronto lá se fez, agora é ir melhorando.

Na sexta foi também dia de satisfazer o meu outro hobbie, a música. Tive concerto à noite, pelo que me deitei muito tarde, assim Sábado fiquei a descansar.

Domingo as previsões meteorológicas eram razoavelmente boas, assim eram 7h já estava de pé (o que para mim já é uma grande vitória). No entanto só saí de casa às 8h30, isto porque primeiro tive que dar um jeito ao desviador dianteiro, que não estava na posição mais correcta e custava a pôr no prato grande, e depois reparei que tinha o suporte para o bidon partido num certo ponto, como não tinha outro para substituir tive que improvisar com fita isoladora, o que resultou.

Ainda não tinha feito o primeiro Km e cai a primeira carga de água, o que aliado ao frio que estava fez-me pensar em dar meia volta. Como também já não ia a tempo de fazer a volta que tinha planeado (já agora deixo o link:http://www.strava.com/routes/1126071), fiz umas alterações de última hora e na estrada. Fiz a volta igualzinha até ao Vilar, isto é, passando pelo Cercal e Chão de Sapo, até aqui algumas subidinhas, mas sem grandes problemas. Como não tinha tempo para ir até Torres e Serra da Vila, decidi cortar logo para Vila Verde dos Francos e subir por aí o Montejunto, coisa que até aí nunca tinha feito.

Eu apesar de morar à sombra da Serra nunca a tinha subido de bicicleta, e se calhar contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que lá fui por outros meios, afinal "santos da casa não fazem milagres", ou pelo menos é o que nós erradamente pensamos. A Subida por Vila Verde é muito bonita, vamos sempre mantendo as antenas em vista, e a cada pedalada sentimos-nos mais perto. Quando cheguei ao cruzamento que une os caminhos da subida por Vila Verde, com o caminho de quem sobe pelo Avenal e por Abrigada com o caminho que segue para as Antenas e para o Parque de Merendas começou torrencialmente a chover, aqui tive que parar para me abrigar, entretanto lá abrandou (abrandou, não parou) e na escolha entre voltar para casa e subir para as antenas, escolhi a segunda opção, afinal já que estava ali tinha que ir até ao fim. Não me arrependo, mas saiu-me do pelo, para além de este torço ser mais inclinado que a subida que tinha feito até ali, o facto de ter parado fez-me arrefecer, tudo junto foi sofrimento em estado puro, mas consegui, senti-me óptimo ao chegar lá acima e é uma experiência para repetir nos próximos dias. Aqui cometi uma estupidez imensa, quando parei para me abrigar, desliguei o cronometro do GPS, e depois esqueci-me do ligar, pelo que não registei a subida até às antenas no GPS.

A descer escolhi o lado de Abrigada, para poder analisar o percurso. Daí até casa foi um saltinho. O dia não foi tão longo como queria, mas a subida ao Montejunto compensou tudo, agora é uma experiência para repetir nos próximos dias, oxalá que a chuva deixe.

Deixo aqui o registo Strava da volta: http://www.strava.com/activities/217453888.

Abraço a todos!
 

RTC

Moderador
Staff member
Apesar de um mais comprido que o outro e sem contar com os rolos, foram dois belos treinos. Estás a ir bem.
A subida da Ota conhecia-a há pouco tempo. A de Montejunto (Vila Verde) já a conheço bem. Se bem que a da Ota é mais curta mas é um osso duro de roer. Pendentes muito altas durante muito tempo e sem zona de descanso tornam-a umas das mais duras da zona na minha opinião.
Como também não passei lá devagar, a opinião também dificilmente seria outra. :p

Esta semana o tempo não promete grandes saídas. Vai ser uma semana difícil para planeares umas voltas. Talvez quarta dê...
Continua! :)
 

Ricardo93

Active Member
Como também não passei lá devagar, a opinião também dificilmente seria outra. :p

Pois de tal forma que levaste pelo menos um KOM e outros bons lugares, segundo me lembro de ver. Eu pessoalmente não tenho grande problema de andar à chuva, mas não sou doido o suficiente para andar de baixo de chuvas torrenciais. Agora se forem só uns aguaceiros isso não tenho grande problema. :D
 

RTC

Moderador
Staff member
Sim, há chuva e chuva. Dias como o de hoje são para esquecer. No entanto no fds passado até teve bom para as previsões. Às vezes é uma questão de sorte mas também é preciso "ler" o tempo para saber com o que se pode contar. É normal andar a olhar para o céu a tentar fugir aos aguaceiros.
Se não der, paciência. :)

O Troia-Sagres? É um objectivo para este ano ou só para mais tarde?
 

Ricardo93

Active Member
Bem isto hoje foi duro!

Esta semana só consegui fazer uma vez em estrada, ou seja hoje. Contudo fiz 3 vezes rolos ao longo da semana o que ajudou a não perder muito a forma.

Hoje finalmente consegui sair cedo. Ainda não seriam 8 horas quando deixei a base. Segui em direcção ao Cercal, pela N1 em ritmo de aquecimento visto que a manhã se perspectivava longa. Apesar do muito frio, a chuva ia dando tréguas, e foi quase com as orelhas a cair de frio que segui em direcção ao Vilar (Cadaval), aproveitando as subidas que o terreno me ia oferecendo para fazer algumas acelerações como forma a fazer treino de força. Chegado ao Vilar era altura de deixar as subidas e descidas para me iniciar num terreno mais plano. Aqui tive algumas dificuldades parecia que me custava a rolar, no entanto lá atinei e a coisa foi bem. Ainda tinham poucos kms passados desde que saí do Vilar quando senti alguém a aproximar-se, ao início pensei que fosse para ultrapassar e como de normal isso não é algo que me preocupe e mantive o meu ritmo, mas passado algum tempo a ouvir alguém atrás de mim, percebi que estava a oferecer a roda a alguém. O passageiro lá se apresentou, na verdade era uma passageira (creio que não é cá do fórum), o destino coincidia pelo que aguardamos um bocado por um colega dela que vinha um bocado atrasado, um senhor já com alguma idade, e seguimos num ritmo muito animado até Torres Vedras, onde os nossos caminhos se separariam. Conversa puxa conversa, eu disse que estava a pensar ir até à Serra da Vila experimentar a subida, eles acordaram irem-me pôr a uma rotunda mesmo à entrada da subida, entretanto juntou-se mais um companheiro deste grupo. E foi com esta formação que seguimos até à tal rotunda, ao chegarmos lá o espírito era tão bom que eles quiseram fazer a subida comigo, na verdade deu-me jeito porque não conhecia a subida e eles deram-me umas indicações preciosas de como a abordar, antes de chegar à parte mais dura da subida eles deram meia volta e eu lá segui, agradecimentos e votos de boa viagem feitos foi altura de seguir.

Entretanto foi altura para seguir em direcção a Dois Portos, e até lá foi praticamente a subir e a subir bem. Pelo meio ainda altura para a peripécia do dia, dois Rottweiler "pequeninos" a fazerem posto controlo na estrada, como senti que não era seguro passar, desmontei da bicicleta a ver o que aquilo dava, eles aproximaram-se, cheiraram, e seguiram, ocupando a estrada, como tinha deixado de ser o centro das atenções, volto a montar e sigo atrás deles guardando alguma distância, entretanto passa uma patrulha da GNR que apercebendo-se do problema que tinha entre mãos, decidiram perguntar-me se sabia de onde eram os cães, evidentemente que eu não tinha como saber isso, após mais uns dedinhos de conversa, eles lá seguiram atrás dos cães e eu lá segui viagem. Mas a partir daqui com este aparato todo, o corpo arrefeceu e foi sempre a sofrer até ao fim.

Resultado: 90km num ritmo muito vivo, e que até agora foi a volta mais dura que fiz.

Esta semana espero poder fazer mais estrada, amanhã já se o tempo deixar, visto que preciso de fazer uns séries para ganhar força nas pernas.

Aqui fica o link para o Strava: http://www.strava.com/activities/220001732

Fiquem bem e boa semana para todos!
 

jpacheco

Well-Known Member
Força Ricardo, boa volta. Até 4h de treino, sempre que possas, faz-te bem ao lombo :D Claro que sozinho são sempre mais penosas estas jornadas... pelo menos para mim que até gosto de conversar :D Para o ano vais fazer o mesmo trajecto e tirar quase 1h de percurso e ainda te vais rir da forma que tinhas hoje... Continua a trabalhar, força e parabens por esta volta!!
 

Ricardo93

Active Member
Eu por acaso não tinha bem a noção da facilidade de andar em grupo porque quase sempre ando sozinho, a verdade é que em vez de ir a 25km/h, fui a cerca de 33km/h enquanto segui com aquele grupo. Agora é como dizes é continuar a trabalhar para melhorar.
 

Ricardo93

Active Member
Boa tarde a todos,

Esta não foi uma semana fácil, senti-me particularmente desmotivado quer para fazer rolos (o que até é normal) que para andar em estrada, esta última razão muito por culpa do tempo. Em resumo, fiz uma vez em rolos com uma sessão até bem dura. E fiz duas em estrada, uma logo na segunda-feira (http://www.strava.com/activities/220293179)onde fui reconhecer uma subida cá da zona para avaliar se é boa para fazer repetições (por acaso não é, para o que procura deveria ser mais curta), aproveitei já que tinha saído para fazer uns kms em ritmo de Contra-Relógio onde fiquei bastante contente com o meu desempenho, para terminar como sempre fiz recuperação activa.

A outra volta foi na Sexta-Feira. Tinha planeado subir o Montejunto, mas não tinha traçado um plano, saí de casa e fui escolhendo à medida que ia andando, acabei por me dar de caras com a Subida pelo lado de Abrigada, que comparativamente com o lado de Vila Verde, é bastante mais agressivo uma vez que é uma subida com grandes variações de declive o que acaba por "partir" muito as pernas, ao contrário do que acontece por Vila Verde, onde é uma subida bem mais constantes. Lá se acabou para fazer, com muito custo é verdade, mas fez-se. No caminho para baixo escolhi o lado de Vila Verde dos Francos e aproveitei para treinar a minha técnica de descida que é um dos meus grandes fracos. Ao chegar a Vila Verde, pelos meus cálculos ia ter só 30km feitos, como me sentia bem decidi alargar a volta. Fui até à Mercena e depois segui até o Olhalvo, onde fiz as subidas a um ritmo elevado. Após passar o Olhalvo, segui na direcção do Estribeiro, antes de voltar para casa ainda tive tempo para dar um salto até àquela subida que à tempos referi que tem pendentes de 20% (http://www.strava.com/segments/6175907). E assim acabou um dia com bastante subida, e no fim bastante proveitoso. Aqui fica o link: http://www.strava.com/activities/221727120

Esta semana foi também altura de redefinir objectivos. Decidi tirar o Tróia-Sagres do calendário, isto por duas razões (ou melhor três), a primeira por não me sentir a 100% para o fazer, não duvido que terminasse, mas não terminaria tão bem como eu gostaria; a segunda razão prende-se com a pouca disponibilidade, quer monetária quer temporal. Assim ficarei com a volta de Final de Ano da loja Rbikes, que a avaliar pelo ano passado serão 100km com passagem pelo Montejunto, o que se encaixa muito melhor naquilo que pretendo.

Como disse já, esta mini-época que fiz foi apenas um teste, em Janeiro direi os meus novos objectivos, e apresentarei um plano mais elaborado e cuidado.

Abraço a todos e boas pedaladas!
 
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