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Bicicleta estrada "all-road"

ohomemdobussaco

Active Member
ohomemdobussaco, lembro-me de teres dado conta da aquisição dessa Revolt, mas julgo que nunca deixaste aqui feedback e a evolução da mesma. Como está a bicicleta? Já percebi que estás satisfeito.

O que este exemplo que aqui deixei também nos diz é que, pegando por exemplo na Revolt ou na Diverge, estamos a falar de quadros que, em termos de geometria e conceito, não diferem muito de um quadro de BTT como este da Olympia. O que eu quero dizer com isto é que, em alguns casos, a base está lá (o quadro) e mudam apenas algumas configurações (guiador, forqueta e eventualmente rodas/pneus), sendo que a linha que separa aquilo que se classifica como gravel bike, monstercross ou xc hardtail acaba por ser muito ténue.

Já agora, por curiosidade, qual o peso da tua Revolt? (só numa perspectiva de comparar com uma normalíssima 29er). Consideras que conseguirias tirar o mesmo partido de uma 29er que tiras da Revolt?


Nunca apresentei a minha Revolt pois quando a comprei a ideia já era de a transformar numa MX. Como é um projecto ainda em progresso, que sempre foi para ir "fazendo" sem pressas, quando estiver terminado pode ser que crie um tópico a dar feedback e a descrever o processo. Para já, o que posso dizer é que mesmo quando estava de origem, a bicicleta surpreendeu-me muito. Em estrada anda quase o mesmo que uma purista (claro que a subir "paredes" nota-se o maior peso), e com pneus 2.0 deixas de ter qualquer limite do tipo de piso (dependendo do rasto do pneu, claro). Neste momento a bicicleta está com 11kg (com pedais, grades e bolsa com câmara de ar e ferramenta), sem qualquer preocupação de tirar peso nos componentes. Brevemente, a transmissão Sora de 8v vai passar a 105 de 11v com cassete XT 11-40, para colmatar o "problema" que tenho neste momento em fazer subidas íngremes em terra com a relação mais leve de 34-32. Com 34-40 vou conseguir subir sentado a pedalar em cadência...

Quanto à tua ultima pergunta, a resposta é que não sou grande fã da posição de pedalar numa BTT. Braços muito abertos, tronco mais direito, ok, dá jeito para andar a brincar numa AM a fazer umas descidas com saltos, etc, mas para fazer muitos kms, não é para mim. Estou habituado à posição duma bicicleta de estrada e foi isso que procurei, uma bicicleta que mantivesse essa posição do corpo a pedalar, mas que me permitisse ir a qualquer lado. Uma hardtail de 29 só tem vantagem a subir verdadeiras paredes (pela transmissão) e em singletracks extremamente técnicos (com raízes/pedras/etc), ou com saltos, etc, onde tires partido da forqueta com suspensão e do guiador muito mais largo que te dá um maior controlo. De resto, em qualquer lado onde dê para andar depressa, os pneus 2.0 (ou 2.2 que consigo meter à frente sem problemas) absorvem quase tudo o que é pancada (a forqueta em carbono, o quadro e o espigão VCLS 2.0 tratam do resto) e pela posição de pedalar, é quase como andasse com uma bicicleta de estrada por qualquer lado. Só há que saber escolher os pneus consoante a aventura pretendida... :)



Scalatore, nem mais! Continuo a usar a bicicleta de estrada de carbono para as minhas lutas contra os tempos, mas para diversão pura, a Revolt é outro assunto. Se tivesse que ter só uma bicicleta, sem duvida que seria a minha escolha... ;)
 

Skyforger

Active Member
Fabri, acredita que quando estava a reacender esta discussão pensei precisamente em ti, por saber mais ou menos a tua posição em relação a esta confusão de conceitos de bicicleta para tudo e mais alguma coisa e por conhecer a tua posição em relação ao que deve ser uma bicicleta versátil e que não comprometa nos mais diversos usos.

E é, de facto, interessante verificar que no meio de tanta divergência de modelos e conceitos, acabamos por assistir ao trajecto inverso, ou seja, o da convergência para bases que, por mais derivações que se tentem inventar, permanecem imutáveis. As gravel bikes não são novidade, as 29er não são novidade, as monstercross não são novidade, e por aí fora...Há sim um aperfeiçoamento das mesmas e um repensar da forma como as fazer chegar ao consumidor, fazendo-nos acreditar de que precisamos de uma bicicleta com determinadas características para cada tipo de uso. Provavelmente, tal como dizes, fazemos o mesmo com uma gravel do que com uma hardtail 29er. Faz realmente sentido separar assim tanto as águas e extremar posições? Não é fácil ou unânime encontrar, para a maioria de nós que só pretendem fazer kms de forma lúdica com conforto e segurança, a bicicleta que represente o compromisso ideal, mas também concordo que não andará muito longe daquilo que indicaste: uma 29er totalmente rígida com um pneu mais aligeirado. E olha que já várias vezes me questionei sobre a necessidade de ter uma suspensão na minha.

Olha, essa BFV pode sempre tornar-se numa BNV (Bike com nova vida) :) E com isto já criámos mais dois rótulos...:)
 
Fabri, acredita que quando estava a reacender esta discussão pensei precisamente em ti, por saber mais ou menos a tua posição em relação a esta confusão de conceitos de bicicleta para tudo e mais alguma coisa e por conhecer a tua posição em relação ao que deve ser uma bicicleta versátil e que não comprometa nos mais diversos usos.

E é, de facto, interessante verificar que no meio de tanta divergência de modelos e conceitos, acabamos por assistir ao trajecto inverso, ou seja, o da convergência para bases que, por mais derivações que se tentem inventar, permanecem imutáveis. As gravel bikes não são novidade, as 29er não são novidade, as monstercross não são novidade, e por aí fora...Há sim um aperfeiçoamento das mesmas e um repensar da forma como as fazer chegar ao consumidor, fazendo-nos acreditar de que precisamos de uma bicicleta com determinadas características para cada tipo de uso. Provavelmente, tal como dizes, fazemos o mesmo com uma gravel do que com uma hardtail 29er. Faz realmente sentido separar assim tanto as águas e extremar posições? Não é fácil ou unânime encontrar, para a maioria de nós que só pretendem fazer kms de forma lúdica com conforto e segurança, a bicicleta que represente o compromisso ideal, mas também concordo que não andará muito longe daquilo que indicaste: uma 29er totalmente rígida com um pneu mais aligeirado. E olha que já várias vezes me questionei sobre a necessidade de ter uma suspensão na minha.

Olha, essa BFV pode sempre tornar-se numa BNV (Bike com nova vida) :) E com isto já criámos mais dois rótulos...:)

Boa tarde Ricardo,

esta minha pasteleira foi o melhor investimento no setor "duas rodas a propulsão umana" que fiz! Pouco dinheiro e tanta resa!. Usai mesmo muito como bike diaria para todos os serviços e digo-te que não contai as vezes que a usai para subir a serra a pesar de ter poucas mudanças:)...deu-me mais gozo subir com esta que com a minha ex Fp3:)), mas nos ultimos 12 anos o salitre carateristico deste clima temperado frio fez o seu lento mas inesoravel trabalho corrosivo! Já está um bloco de ferrugem..em fim devo pensar a como dar um glorioso adeus a esta bike:).
Em relação a forqueta rija se tens uma 29" ( pelo que lí tens uma Olympia verdade?) e não fazes descidas com pedras mas corres nos tipicos trilhos de areia/terra desta zona eu digo-te que com a forqueta rija e uma 29" andas muito bem e poupa quase um Kg no peso:)...mas...mas devemos ter conta de alguns aspectos: deves prestar mais atenção em terrenos acidentados e precisa ter bastante mais tecnica em geral para conduzir a alta velocidade, em duas palavras deves ver onde vai por a roda da frente!!. Ovvio que com pedras esqueces velocidade alta , deves travar. Agora onde tu ganhas é a subir..a bike voa!. Eu usai durante 4-5 anos se a memoria não me engana com a minha primeira Specialized hardrock. Para reduzir os impactos nos polsos utilizavo manopolas em EVA bem gordas. Agora realmente com uma 29' sendo os angulos de atacco ( falo do angulo entre roda e obstaculos) menores e usando tubeless de seção generosa eu acho que uma rija fica bem....mas se calhar já que tens a forqueta idraulica não faz sentido gastar dinheiro para uma rija embora há forquetas baratas em alumino, mas não aconselho porqué o carbono absorve muito mais as vibrações que são muitas, por isso se decides escolhes uma forqueta de carbono.

Uma observação: o link que tu escreveste direcionado ao meu velho topic não funciona:)...é este e funciona:

http://www.forumciclismo.net/showthread.php?8364-As-quot-desconhecidas-quot-onde-est%E3o/page4


@ohomendubussaco

Boa tarde HDB ( gosto este anacronimo:)

Quanto à tua ultima pergunta, a resposta é que não sou grande fã da posição de pedalar numa BTT. Braços muito abertos, tronco mais direito, ok, dá jeito para andar a brincar numa AM a fazer umas descidas com saltos, etc, mas para fazer muitos kms, não é para mim. Estou habituado à posição duma bicicleta de estrada e foi isso que procurei, uma bicicleta que mantivesse essa posição do corpo a pedalar, mas que me permitisse ir a qualquer lado. Uma hardtail de 29 só tem vantagem a subir verdadeiras paredes (pela transmissão) e em singletracks extremamente técnicos (com raízes/pedras/etc), ou com saltos, etc, onde tires partido da forqueta com suspensão e do guiador muito mais largo que te dá um maior controlo. De resto, em qualquer lado onde dê para andar depressa, os pneus 2.0 (ou 2.2 que consigo meter à frente sem problemas) absorvem quase tudo o que é pancada (a forqueta em carbono, o quadro e o espigão VCLS 2.0 tratam do resto) e pela posição de pedalar, é quase como andasse com uma bicicleta de estrada por qualquer lado. Só há que saber escolher os pneus consoante a aventura pretendida.

é curioso como cada um de nos desenvolve o proprio estilo e tecnicas. Eu sempre detestai as barras largas das btt e sempre e repeito sempre que cumpravo/cumpro uma bike de btt a primeira coisa que fazia/faço era/é cortar a direção ( guidão?) e virar o avanço..sempre!. Gosto ter um guião de 50/52cm na btt incluidos os bar ends e com angulo de atacco negativo..porqué? Com o guião mais estreito tenho o sistema meno sensivel a pequeno shocks dos braços e posso ter uma posição mais compacta e mais eficiente do ponto de vista aereodinamico a descer e com angulo negativo no avanço em pratica há uma proieção do baricentro a frente e logo em pratica significa tirar peso das costas praticamente e gravar mais nos braços...sempre procuro esta posição na bike que seja de estrada ou btt isso para safar os meus velhos discos:)).....não é dito e não é un dado objetivo valido para todos que a posição racing é a mais fatigosa entrettanto a "endurance" é a mais comoda, isso acontence no mundo das fininhas!!...Nunca concordai com isso porqué simplemente é a bike que deve adaptar-se as nossa carateristicas fisicas e há gente que com uma endurance pode ficar partido depois 2 horas e com uma geometria racing ficar horas sem problemas;-)...mas vamos mesmo OT com este assunto!!

boas pedaladas
 

ohomemdobussaco

Active Member
Pois, não te deves lembrar mas a minha primeira bike foi uma Felt hardtail 29er branca convertida para estrada, com pneus de 25mm, forqueta em carbono e claro, avanço invertido e guiador de 50cm, Na altura coloquei aqui algures uma foto e tu comentaste com algo do mesmo género. Mas é isso, até tenho uma bicicleta de suspensão total para umas brincadeiras mais agrestes, mas não me sentiria confortável nela durante muito tempo em pedalada continua, como faço na de estrada ou na Revolt. Em Janeiro fui de Coimbra à Cova-Gala ver o mar, sempre pela beira do Mondego, por caminhos e estradas com mais buracos que alcatrão (e até mesmo sem alcatrão em alguns locais), andei meio perdido perto das salinas e mesmo assim, do Choupal ao mar, demorei menos de 1h40m para fazer perto de 50km. Não está mau, tendo em conta que tendo sido no inverno, poucas vezes ando de bicicleta e não fui preocupado em fazer tempos. Foi tipo em ritmo de passeio rápido. Isto só serve para frisar que a bicicleta em questão anda muito bem em qualquer tipo de piso, e com os pneus RaceKing 2.0 acaba por ser até bastante confortável em muito mau piso...
 
Sim ao invez lembro-me desta tua bike convertida em estrada!!. Depois cumpraste na Decca a Alur 700 ou estou enganado ou ainda tens a Felt? Sabes não acompanho o forum com frequencia e as vezes faço confusão:).

Esta Revolt ( falamos deste tipo de bike verdade?: http://www.giant-bicycles.com/en-us/bikes/model/revolt.0/18745/76165/ ) é uma tipica "all around" por isso acho ideal para voltas estradas/campos!.Tem quadro em aluminio?
Há dois anos foi para Italia e ficai lá durante um mes e tive a sorte de esperimentar o mundo full-suspended precisamente a top de gama da Specialized..Sworks Epic top de gama em tudo e mais:))..lembro-me que eram 9kg de bikes!!: em duas palavras ..são bikes fantasticas e pode fazer mesmo tudo eu usai na estrada e era rija como uma HT e a descer em TT voavo..bem abituado a minha ht de 12kg.... mas se quiseres entrar neste mundo deves ter uma carteira bem cheia. Não val a pena cumprar uma FS barata porqué acabas para pedalar acima de uma mota (peso)....4-5k euros são neccessarios para ter uma bike FS leve como uma HT e então vé e gozas de todos as vantagem que uma FS proporciona.
Chopal-Figueira?..bolas tu não sabes as vezes que apanhai nortada a voltar a Figueira:))...em zona Lares é terrivel quase de por a avozinha!!. as vezes eu gostavo fazer Figueira_Choupal mas só em estradas de campo passando nos dois lados do rio e com pneus Hutchinson Piranhas de 2.0....sempre gostei destes penus no terreno seco, rolam muito bem mas ahimé se apanhas agua e lama são sabonetes:))...não se pode ter tudo verdade?
ciao
 

ohomemdobussaco

Active Member
Na altura a ideia era passar para essa Alur em alumínio, mas depois acabei por ir logo para o carbono... Quanto à Revolt, é essa (a minha é a 3), em alumínio. Realmente ao pensar nela, polivalência é a melhor palavra que me ocorre a para a definir. Isso de andar pelos campos do baixo Mondego, tenho por lá andado algumas vezes e gosto muito. Uso pneus RaceKing 2.0 RaceSport, de 50mm de largura e 480g de peso, rolam muito bem em seco, mas também não prestam na lama. Melhor para isso será o X-King 2.0 que também já tenho em casa, embora ainda não o tenha testado...

Outro uso que a Revolt vai começar a ter também é cicloturismo, fazer umas ciclovias (Dão, Atlântica, etc) e passeios calmos com a mulher. Vou montar outra bicicleta deste género, para ela usar, com o material que saiu da Revolt! Só preciso de comprar um quadro 29er pequeno e um forqueta em carbono, mas o plano está mais ou menos traçado. Vamos a ver o que daí vai sair também... :)

Quanto às FS, isso é outro assunto. Tenho uma Mondraker Foxy que pouco anda, mas para descer a Lousã é um divertimento brutal!
 

Zeni7

Active Member
Amigos, ontem experimentei a minha nova Trek, que se enquadra mais ou menos neste conceito.
Subi pelo Vale Glaciar de Manteigas, desci por estradão de terra, por alcatrão a 20%, por piso "alcatralelo" por todo o tipo de mau piso....
O meu comentário é :) como é que não tenho isto à mais tempo.


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Aqui na zona da Estrela é muito fixe ter discos e pneus largos permite explorar muito mais, não estragar tanto material e estar sempre mais seguro e confortável.

Não percebo nada de alguns dos conceitos que falaram atrás, só sei que ontem fiz a volta toda com um big smile.
 

pedropb

Well-Known Member
Boa noite pessoal !
Quais as hipóteses de transformar a minha velhinha estradista pura em bike do it all ?
O quadro é de aço ( acho muito bonito ) para travões caliper e roda 700 . O restante material seria a adquirir depois . Gostava de ficar com aquele quadro por uma questão simbólica e dar uma nova vida á minha primeira bicicleta de estrada .
Basicamente eu gostava de ter uma bicicleta com a estética das bicicletas de estrada que me desse para dar as voltas na cidade , fazer estradoes , alguns trilhos mais softs e também num futuro breve montar a cadeira para dar uns passeios com a pequena Joana :) Para as voltas de estrada ja tenho a minha estradista de carbono .
A minha primeira dúvida é logo se nestas bicicletas é de alguma forma possível montar pneus 700 X 32 ou 35 . Para o que pretendo é requisito essencial .
Ou será que não há nada a fazer e se quero mesmo ter uma do it all tenho que comprar quadro ?
 

pratoni

Well-Known Member
É ver se o pneu cabe no quadro e se passa nas pinças de travão.

Se sim, para além dos pneus, basta adquirir umas rodas robustas...

Se não, temos pena...

Uns pneus 28, caso caibam já devem aguentar alguma porrada...
 
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