Vou dar aqui uma achega ao tema powermeter…
Como já referi por várias vezes devido a anos e anos de treinos diários, compilação de dados, análise, monitorização, etc… fartei-me disso tudo e hoje em dia fujo um pouco a todos esses gadgets medidores de dados representativos da nossa performance… Quando corro muitas vezes já nem sequer levo relógio… conheço tão bem a minha pulsação, o meu ritmo e o meu passo que praticamente nem preciso que o relógio me dê essa informação… mas a corrida nesse aspecto é mais básico que o ciclismo! A pedalar também tenho uma boa noção da cadência… mas a cadência não é tudo…
Como disse anteriormente, acho que muita gente abusa do termo treino quando na realidade está a dar uma volta mais do que a treinar. Para mim treino, é algo com um objectivo muito definido e estruturado de antemão, em que se devem recolher uma parafernália de dados para análise posterior e dessa análise devem-se retirar conclusões que nos permitem ir definindo a rotina de treino! De forma muito simples: treino é isto meus amigos! Não é dar voltas ao fim‑de‑semana a um ritmo mais vivo e nas subidas picar-se com os amigos para ver quem chega lá acima primeiro.
Acima de tudo acho que cada um deve ter bem assente na sua cabeça quais são os seus objectivos e com que “seriedade” se quer enquadrar na modalidade. Dependendo disso, fará ou não os investimentos que deve fazer para poder treinar com maior ou menor seriedade.
Sinceramente até há pouco tempo atrás nunca tinha tido contacto com um powermeter, por dois motivos: primeiro porque já afirmei que hoje em dia não treino e segundo porque mesmo quando treinava sempre considerei o preço demasiado elevado (não para o valor que aporta mas para a tecnologia envolvida!!!). Hoje em dia tenho uma wattbike que mede uma parafernália de coisas… entre as quais a potência… Confesso que inicialmente usava aquilo como uma bicicleta de spinning da pré-história sem ligar peva ao recursos que vinham de série… mas aos poucos a curiosidade foi mais forte e fui lendo, fui experimentando… e hoje em dia estou rendido… à tecnologia dessa bicicleta e à informação que proporciona… Tenho a impressão que desde que comecei por curiosidade a olhar para as métricas a definir rotinas de “treino” baseadas na potência tenho melhorado certos aspectos na estrada… tanto é assim que estou com o bichinho de comprar uns pedais com powermeter para usar quando ando na estrada e assim poder comparar com os dados da wattbike!
Apesar de antes já ter a noção que o powermeter é “a ferramenta de treino” no ciclismo, hoje em dia, após ter usado uma bicicleta (neste caso estática) com powermeter não me restam quaisquer dúvidas. Por isso não tenho problemas em afirmar que quem quer realmente treinar a sério de forma eficiente com tecnologia actual deve ponderar seriamente a aquisição dum powermeter. Ponto! E aqui estou 200% com o Pedro, é uma aquisição muito mais importante do que uma rodas de perfil em carbono ou outros upgrades. Mas isto para quem quer realmente treinar! Que do meu ponto de vista serão uma minoria das pessoas que frequentam o fórum… Como já referi, conheço muito boa gente que enche a boca para dizer que treina e compete… quando nem sequer sonham ou fazem uma pequena ideia do que isso é!
No caso especifico do Zebitor, entendo a recomendação do Pedro… este rapaz tem um objectivo claro que passa por perder peso e nesse aspecto o powermeter se usado com conhecimento será certamente uma excelente ferramenta para o ajudar a atingir o objectivo!
Mais uma vez… my 2cents!