Substituição da corrente

[SantosDaCasa]

Caro SeteGu,

Sugestão: porque não usar uma régua para medir o alongamento?

Segundo percebi, queres rodar a corrente sempre que esta atingir 0.25% de alongamento.
Ora, se medires 15 links da corrente nova tens 38.1 cm. Com 0.25% de desgaste, os mesmos 15 links passam a medir 38.19 cm (sensivelmente mais um 1 mm).
Se estivesses à cata dos 0.75% ou 1% de alongamento, terias de medir 38.39 cm ou 38.48 cm, respectivamente.

Aviso: convém esticares a corrente quando fizeres a medição.

 

[SeteGu]

Muito boa sugestão SantosDaCasa! Obrigado.
É algo tão lógico... e nem me tinha passado pela cabeça. De qualquer maneira desconhecia/nunca tinha medido o comprimento de cada elo.
Talvez o faça com uma craveira para que seja mais preciso do que medir ao milímetro com uma régua.

Os 0,25 foi pelo que li da pesquisa que fiz... não sei se será muito ou pouco... daí também perguntar a alguém que faça o mesmo.
Como é para BTT (maior desgaste) também não quero mudar de corrente todas as semanas. x)

Na tal ferramenta da Parktool indica:

Se calhar será por esses valores (0,25 - 0,5) que me irei guiar.

E vou alternando entre 2 ou 3 correntes diferentes? Alguma dica para o que será melhor?

 

[klaser]

O melhor é mudar a corrente quando o desgaste for de 0,75....Faço isso e a cassete já vai rumo aos 30.000 kms...não vale a pena tar a rodar correntes

 

[SeteGu]

Klaser mas mesmo tratando-se de uma de BTT achas que não compensa? Mais vale trocar tudo de uma vez aos 0,75?
Há pessoal que vai trocando e afirma que a transmissão dura mais e consegue poupar uns trocos.

PS: Coloquei também aqui a questão para obter mais opiniões. A diferença creio estar só na velocidade com que o material se desgasta, correto?
Como vi que por aqui faziam o mesmo...

PS2: A que tenho atualmente já há muito que tem a corrente com mais de 1% de alongamento. Claro que sei que tenho a cassete e os pratos "nas coves" daí ter agora de trocar tudo.

 

[fjota]

Setegu, não dá para comparar o desgaste no BTT com a Estrada, tudo dura menos no Btt.
Eu tenho usado 2 correntes e vou trocando, assim tambem facilita pela limpeza, não é costume medir, mas a ideia do Santosdacasa é boa.

 

[SeteGu]

Sim... era isso que queria dizer fjota. Por isso talvez ainda faça mais sentido tentar prolongar a vida da transmissão.
Mas a questão da troca vs alongamento e numero de correntes a alternar deve ser equivalente para ambos os casos, correto?

Um user disse-me que usa essa tal ferramenta da Park Tool e que é normal, para algumas correntes novas, marcar um alongamento de +/- 0,5... talvez daí a maioria só apresentarem 0,75 e 1,00.
No entanto, e sendo assim, ainda fico um pouco mais confuso porque parece que nem o alongamento é um medida de desgaste muito precisa.

 

[fjota]

Pois, isso nunca é facil...quem fizer muito terreno plano, vai ter menos desgaste do que quem faz subida, mas como disse o klaser, a k7 dele já leva 30.000 por substituir...

Mas klaser, já agora, quantas já substituiste para esses 30.000? correntes

 

[SeteGu]

A que ainda tenho atualmente durou-me cerca de 5.000 kms (está mesmo nas ultimas) mas apenas com uma corrente. Porém é de uma gama muito mais baixa (Alivio/Deore vs SLX/XT) e, por isso, teoricamente mais duradoura (com materiais menos nobres mas mais resistentes... e pesados).

Porém (para terem ideia) já li relatos de praticantes de BTT que com cerca de 700 kms as suas correntes já atingem os 0,75% de alongamento bem como de correntes a saltar dentes da cassete por a antiga ter sido trocada com 1.000 kms...

Até agora estou mais inclinado para mudar a cada 500 kms ou 0,75% de alongamento (alternando entre 2 correntes). Ao ritmo a que estou a pedalar implica mudar de corrente quase todos os meses. Ao menos que sirva para durar, pelo menos, 6.000 kms como alguns relatos que tenho lido/ouvido.

A questão é que os quilómetros não são uma boa medida para avaliar o estado da corrente (por razões óbvias).

O problema é que se uma corrente por estrear já costuma apresentar cerca de 0,5% de alongamento também não me parece que seja uma maneira muita precisa de avaliar o seu desgaste.

 

[klaser]

Então vamos por partes....estrada não tem mesmo nada a ver com BTT em termos de desgaste....
Eu em estrada já experimentei muitas marcas,mas sempre correntes de entrada de gama,tou a falar de KMC 10V, shimano 105 e SRAM PC1031.... Destas a que mais rápido se desgastou (ou desgastaram pq já usei 2 ) foram as KMC e as que mais duraram foram as shimano. Tamos a falar de valores entre os 4500 a 5500 kms até atingir os 0,75 de desgaste.Como disse vou rumo aos 30.000 kms então já vou na 6ª corrente na mesma cassete.Na última mudança de corrente notei que havia 2 carretos centrais que estavam mais desgastados (os que mais usamos) e a corrente naqueles dois precisou de 100kms para acamar,mas também abusei um pouco e tinha feito 6100 kms com a corrente,talvez tivesse passado dos 0,75. Na próxima vez vou mudar corrente e cassete,mas isso também para preservar os pratos do pedaleiro,pois se quisesse "rebentar" com tudo durava muitos kms até começar a saltar....
No BTT eu não costumo trocar correntes, o desgaste é muito mais rápido,deixo até começar a saltar (costuma ser 4000 ou 4500 kms),depois é corrente e cassete novas de certeza e por cada duas mudas são precisos mudar os 2 pratos mais pequenos (uso tripla ainda).
Agora quem usa no BTT uma transmissão muito cara,com cassetes tipo XX,etc,aí eu tomaria mais cuidado e verificaria a corrente mais amiúde e tentava preservar essa mesma cassete e pratos o mais possível...

 

[jpacheco]

Tenho 12000 com corrente shimano... Nem sei se use até rebentar e depois meter corrente nova e cassete ou se meta corrente nova entretanto a ver se acama com a cassete que tenho. Não sou gajo rico para andar a trocar tudo várias vezes haja guito :/ Para já as mudanças entram razoavelmente bem e não saltam. A corrente nota-se que está com mais folga mas tem-se portado muito bem.

Alguma sugestão para ciclista de carteira vazia?

 

[Morg]

Acho que se fores meter aí uma nova vai começar a saltar e deve demorar a acamar na cassete.
Mas só se experimentares é que sabes.
Eu meti uma corrente nova a semana passada e já me deu uns saltinhos, é sinal que quando esta corrente acabar vou ter que trocar a cassete, que já era previsível.
Com a anterior funcionava 5*, estavam acamadas. O problema é que começa a desgastar os pratos em excesso.

 

[Medroso#78]

Boas,

pela experiência que tenho no BTT, corrente KMC, nem de borla..... a minha épic s-works trazia uma KMC topo de gama (pinos ocos, e elos abertos... para retirar peso). É leve e não sei quê.... mas estica muito. Logo, para se preservar os pratos e k7, fazem poucos kms (uso medidor de desgaste). Aos 0,75 troco de corrente (independente do numero de kms). Não há forma mais precisa para ver a hora certa para trocar de corrente. Costumo rodar correntes (no BTT). Entrei recentemente na onda da estrada, pretendo usar o mesmo sistema.

 

[SeteGu]

Parece consensual o valor 0,75 para trocar de corrente e, pelos vistos, resulta. Ontem tentei medir os elos com a craveira mas estava-me a dar valores de alongamento muito elevados... talvez por isso existam os tais medidores... provavelmente mais precisos na leitura. De qualquer maneira foi uma boa dica e hei-de voltar a experimentar com mais calma.

Já agora, a corrente que vou usar é Shimano XT. A cassete (SLX) custa +/- 40€ o que já me custa a dar tendo em conta que é material de desgaste... já para não falar dos pratos da pedaleira (também SLX)... daí querer poupar o material.

Obrigado a todos pelas vossas partilhas.

 

[Medroso#78]

...k7 XT online custa dentro desses 40€.

 

[SeteGu]

Creio que isto esclarece a minha dúvida:

The CC-2 is 10- and 11-speed compatible. For the modern 9- and 10-speed chains, replace chain at or just before the 0.75% readings. For the 11-speed chain, replace at or just before the 0.5% reading.

http://www.parktool.com/product/chain-checker-cc-2

Resumindo: Substituir para um alongamento de 0,75%.

Nas restantes "rodadas" o alongamento provavelmente continuará a aumentar mas será mais gradual do que com apenas uma corrente prolongando assim a vida útil da cassete tal como dos pratos da pedaleira e até roldanas do desviador.

 

[Medroso#78]

O meu é semelhante a este:http://www.probikeshop.pt/park-tool-verificador-de-desgaste-de-corrente-cc-3-2/2554.html

...não percebi o que dizem no link do post anterior, quando falam em 0,5% de desgaste para as correntes de 11v. Pois o que realmente difere entre as correntes 8, 9, 10 e 11v, é a largura, e não o comprimento, distancia entre os elos. :s

 

[SeteGu]

Talvez porque, sendo mais estreitas, acabam por não ser tão resistentes.
Além do mais nas 11v o material costuma ser topo de gama (pelo menos no BTT) e, por vezes, onde se poupa no peso... acaba por se perder noutros lados.

Aliás a explicação que encontrei para aparecerem quase sempre as medidas 0,75% e 1% de alongamento deve-se à resistência de diferentes materiais:
0,75%: trocar no caso do alumínio...
1,00%: trocar no caso do aço...

... creio que relativamente aos carretos da cassete e à própria corrente.

Apesar de já ter lido isso em alguns tópicos ainda não consegui confirmar a informação (noutro tipo de fontes).

 

[Medroso#78]

Boas,

está na altura de trocar a corrente. Tenho a seguinte dúvida: numa corrente ultegra, haverá stress fecha-la com um elo de engate (sram)?! Ou será mais fiável manter o "pino" original?! Não sei se em casa a fixarei em condições com o "pino".

 

[grouk]

eu nas minhas ultegra so uso elos rápidos, com o elo rápido nao tens problemas com o pino pode acontecer azar, a mim já me aconteceu a 500m de casa partir mas um colega foi em plena serra, os pinos facilmente dás mais um bocadinho e já é demais

 

[Morg]

Há algum tempo que uso elos rápidos com correntes shimano.
Prefiro as correntes shimano mas quero a vantagem de poder abrir a corrente.

Com a ferramenta própria não costuma haver problemas para fechar o pino.