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Percursos no Porto.

Myrage

Member
paradawt,

Um vizinho meu chama essa de subida de "Mini Sra da Graça". Eu em Março quando fui à Serra da Boneca adicionei essa subida no regresso a casa. Mas antes de iniciar a ascenção parei num cafézinho junto ao rio para uma bela Coca-Cola :)

Uma subida dígna de registo sem duvida...

MY
 

fogueteiro

Active Member
Osicran,

Ir para nascente deve ser igualmente muito bonito. Aliás num ponto mais alto eu olhei no horizonte, precisamente nessa direcção e fiquei com vontade de passar por lá.

O piso está excelente. A determinada altura vais cruzar a estrada que faz ligação de Vale de cambra a S. Pedro do Sul, mas antes tens uns altinhos pequenos muito agradáveis.

RECOMENDO VIVAMENTE!!
 

paradawt

Moderador
@ fogueteiro e Myrage,

Sem dúvida uma subida bem durinha, mesmo que não muito longa. Tenho que admitir que cheguei lá cima com a língua à volta do pescoço e já a roçar nos pedais :)

Para quem quiser um treino fast-food acho que vale mesmo a pena.
 

Tremoço

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Este fim de semana andei ocupado com o convivio da minha equipa, alguem daqui participou??

Uma foto:

dsc0483y.jpg


A esquerda da imagem podemos observar o Presidente da Junta de Freguesia de Mafamude...
 

fogueteiro

Active Member
Nfnunes:

Conheço toda esse percurso com excepção do troço na N323. Até à Régua, vais apanhar uma estrada com piso excelente, mas com uns topos interessantes.

Depois da Régua, vais apanhar a N222 que está igualmente muito boa e muito fácil de fazer. É práticamente plano e muito agradável porque vai ao lado do Douro.

Aproveita este bocado para te restabeleceres, porque depois quando saires da N222 vais subir. Como disse, não conheço esse troço, mas não deve ser diferente dos seus irmãos até Armamar e até são João da Pesqueira, que eu já fiz.

De resto é aproveitar o passeio, porque o envolvente merece.

Depois diz como foi.
 

fogueteiro

Active Member
Quando, este ano, fui da Régua até Armamar, nunca pensei que os 9 kms que vão do rio até esta vila, fossem tão dificeis.

Mais à frente a subida para são João da Pesqueira, é dura pela distância, mas menos inclinada que a anterior.

Acredito que essa, que vais fazer, seja muito parecida com qualquer uma delas. Qualquer uma é para se fazer nas calmas... e com este calor, nem quero pensar. :D:D
 

fogueteiro

Active Member
Bolas, tu matas logo!! Só de pensar no Viso, com este calor, fico a transpirar!!

Olha se estiver assim no PIF*U, desconfio que as sandes de vitela vão passar ao lado. Vou focalizar-me numa fonte que existe lá perto...:D:D:D
 

duchene

Well-Known Member
Para variar, mais uma volta planeada literalmente em cima da hora! :D

Amanhã tem de ser uma voltinha curta para reabituar o corpo à estrada (depois das 3 semanas de paragem) e porque o tempo não é muito. Por isso ficamos pelos 110Km, com o objectivo de descobrir mais um pedaço de estrada secundária, ali para os lados de Castelo de Paiva e também para re-visitar alguns dos meus troços favoritos naquelas bandas...

mhg6zr.png


Depois conto como correu!


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EDIT I (6h45 da manhã do dia seguinte):
Dá para acreditar nisto? 2 semanas de calor e sol, jersey mais fresco preparado para tostar nas subidas de Castelo de Paiva e hoje, logo hoje que ia sair.... está a chover!

Chuva miudinha mas é chuva, e é certinha! Vou esperar mais meia hora... se não abrandar terei de me virar ao BTT. Recuso arriscar na estrada com tempo de chuva, além de não me dar prazer nenhum andar de roda fina todo encharcado...

Há dias de azar! Arre!

EDIT II (12h17 da manhã do dia seguinte):
5 horas, 120Km e 1600m de acumulado depois e já conheço mais um avassalador troço de estrada fantasma em Castelo de Paiva. Como valeu a pena sair de casa com o tempo incerto!

Depois conto como correu, porque... há sempre mais uma estrada deserta e fascinante para descobrir!
 
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FARIAS

New Member
Ermesinde-Valongo-Campo-Recarei-Sobreira-Lagares-Capela-Termas S.Vicente-Entre-os Rios-Melres-Foz do Sousa-Freixo-Areosa-Ermesinde.
Á volta dos 100 Kms.
Muito fixe.
 

FARIAS

New Member
Ermesinde-S.Tirso-Subida Nossa Senhora da Assunçao-P.Ferreira-Paredes-Valongo-Ermesinde.
Grau de dificuldade medio-alto.
 

super.byke

New Member
Hoje, tal como aconteceu ao Duchene, pensava que ia fazer sol, contudo quando me levantei estava a chover... mas pensei... o WindGuro e o INMG não podem estar errados e então lá me vesti.

Saí para fazer uma volta que o amigo Nikes tinha escolhido, com a subida à Penha em Guimarães que nunca tinha feito :D
Até Guimarães não aconteceu nada de especial, apenas constatei que o centro está em obras, depois fizemos a subida para a Penha. Como a desconhecia fui apreensivo, o paralelo do início é horrível, mas depois lá veio o tapete e a subida foi agradável.
Memos difícil que a Assunção e mais difícil que a Agrela é assim que a posso classificar.

Pena o tempo estar encoberto pois não deu para apreciar a vista sobre Guimarães.
Feita a paragem para retemperar as forças lá seguimos caminho.
A descida foi brutal... quem subir por aqui deve ser bem mais difícil (Calvos) e mais comprida...
Em Vizela, em vez de subirmos a serra do relógio fomos por Barrosas e passamos ao lado do aterro (fez lembrar a Boneca). É uma subida constante e num piso muito bom, pelo que se recomenda :)

Depois de chegar a Raimonda o caminho já era para mim conhecido, rumamos a Passos de Ferreira, descemos a Agrela e chegamos à Maia... sim chegamos com 120 km e um belo empeno :)
E afinal o tempo esteve fantástico para andar de bike ;)

penhapercurso.jpg


penhagrafico.jpg
 

duchene

Well-Known Member
10dgvhg.jpg


Rescaldo rápido da volta de ontem:

Como estou parado em termos de estrada há quase 3 semanas e as últimas duas semanas têm sido de uma gestão psicológica complicada, tinha de desaparecer por umas horas para colocar as ideias no lugar, como sempre a solo.

Não tinha muito tempo, sendo imperativo que voltasse a tempo de almoçar, o que limitava um pouco o raio de acção.

Tinha, por isso, na ideia fazer no máximo 120Km, com o imperativo de ter de incluir algo que ainda não conhecesse. Sou capaz de ter repetido 2 voltas longas exactamente da mesma forma no último ano, e pretendo continuar com esta descoberta de mais e mais lugares novos. Daí as longas batalhas com o mapa, na procura da "tal estrada".

Por isso debrucei-me no mapa, já a noite ia longa e terminei já passava das 3 da manhã! Ainda ensaiei um percurso de 140Km para os lados de Arouca (e que já está ali na pasta dos "a fazer rapidamente") mas para o dia de hoje teria de ser algo mais contido.

Não há muitas opções dentro destas quilometragens que ainda não tenha feito, ou que tenha especial vontade de fazer. Como precisava de sossego e de isolamento e isso só se consegue, aqui à mão, em Castelo de Paiva, foi para lá que direccionei a minha atenção.

Já conheço grande parte das principais estradas municipais principais (numeradas a 3 dígitos) do lado Oeste mas faltava ainda um pequeno troço que começa em Oliveira do Adra e acaba pouco depois de Guirela, na rotunda que também cruzei há uns tempos para chegar à maravilhosa estrada de Paraíso e uns tempos depois para o lado Este, em direcção a Arouca. Este troço que hoje fiz representa praticamente metade da M503.

Assim, os restantes 110Km da volta, foram um mero instrumento para me levar a conhecer 9300m de asfalto novo, e que eu esperava que fosse de elevado interesse.

O dia amanheceu preocupantemente chuvoso. Apesar de já estar pronto e ter tudo preparado, ainda equacionei trocar para o BTT, mas decidi esperar mais meia hora para ver como as coisas evoluíam. Assim, acabou por se revelar uma decisão acertada já que a chuva parou. Havia agora que ter cuidado redobrado com a estrada molhada e ainda fiz umas caretas ao ver enormes películas de óleo no asfalto. Felizmente em Recarei a estrada já estava praticamente seca e permitiu algum sossego na postura bastante defensiva que adoptei até então.

Como não queria repetir o caminho de ida e de volta por isso optei por ir por Capela/Branzelo à ida, para marcar o ritmo e pela dificuldade que representa. Apesar de já a ter feito dezenas de vezes, esta é uma subida que nunca me aborrece porque tem o perfil ideal para começar uma volta. Hoje ataquei com especial vontade e cronometrei pela primeira vez. 31 minutos desde que entro na estrada principal que passa por Capela, vindo da Sobreira, até a risco que assinala uma antiga meta de ciclismo, lá em cima. A média foi a mais alta das últimas subidas e senti-me muito bem, o que só bem provar que a descansar também se evoluí. Isto deu-me a confiança que precisava para fazer o resto da volta a bom ritmo, para estar em casa até mais cedo do que o previsto, apesar do atraso na partida.

Pouco depois de entrar na N106 o susto do dia. Numa zona de recta ligeiramente a descer, estava a rolar a boa velocidade e a ser ultrapassado quando dou de caras com um verdadeiro campo minado na estrada. 5 ou 6m de buracos consecutivos mesmo na minha frente. Não me pude desviar porque ia certamente ser passado a ferro e por isso pendurei-me nos travões até ao último segundo, antes de os largar e entrar à velocidade que ia pelos buracos a dentro. Quando parei do outro lado, contava honestamente com um aro empenado ou um par de raios partidos dada a violência com que galguei o obstáculo. Felizmente não caí e mais surpreendentemente ainda, não ficaram mazelas nenhumas nas rodas. Estive uns minutos parado a inspeccionar cuidadosamente e, felizmente, tudo ficou em perfeitas condições do pneu aos raios, passando pelo aro. Depois de muitos quilómetros em estradas pouco recomendadas, mais uma prova de fogo superada por estas aparentemente frágeis rodas.

Refeito do susto atravessei para Castelo de Paiva. Aqui fugi ao que tinha planeado e aproveitei para ir confirmar o estado de um dos troços a ser utilizado no PIF*U, que se revelou em boas condições. Daqui apanhei mais um troço conhecido até Raiva. É um troço lindíssimo, que utiliza a antiga N222, que agora passa mais acima, numa daquelas variantes estúpidas. Por isso não há automóveis, nem aqui nem nos quilómetros seguintes. Aliás nos cerca de 25 quilómetros que me separavam de Nojões, haveria de me cruzar com apenas 8 automóveis o que prova o impressionante sossego destas estradas.

Deste troço temos uma vista privilegiada do rio, da N108 (agora R108) e da serra da Boneca, do outro lado do rio, que se apresentava ainda encoberta pela capa de nevoeiro que eu tinha cruzado uma hora antes.

Mais à frente, em Oliveira do Arda começa então o tal troço que desconhecia. À medida que me afastava do centro o asfalto envelhecia, ignorado à passagem dos anos. Teve apenas direito a uma pequena beneficiação no centro de Folgoso, para depois voltar ao esquecimento e à lenta erosão do esquecimento.

A meio do percurso tive forçosamente de parar. O que se oferecia à vista era simplesmente deslumbrante. Ali estava eu, a uma dúzia de quilómetros de Castelo de Paiva mas completamente isolado do mundo. O que via superava largamente as expectativas criadas quando desenhei o percurso, por aquela desconhecida linha branca no mapa.

O pavimento é medíocre (em sintonia com o que já conhecia do troço que liga à N224) embora se note um perfeccionismo que hoje em dia jamais seria possível. Em toda a sua extensão o asfalto era ladeado por um remate fantástico com uma fileira de paralelos, marca de um cuidado que existia na construção de estradas (mesmo as secundárias!) há 40 ou 50 anos e que hoje é substituído pela tradicional empreitada de grande escala sem qualquer outro interesse que não seja o económico. Dou muito valor a estes pormenores já que sou um apaixonado pela forma como se faziam as obras públicas há muitas décadas atrás e este era mais um exemplo de como as coisas eram bem feitas nessa altura.

Também por isso, sinceramente, nem dei conta dos buracos ou do alcatrão irregular. Estava radiante e absorvia com sofreguidão cada metro daquela estrada, como se fosse eu o primeiro ser humano, desde há muitos anos, a passar ali, qual oásis escondido no meio do deserto ou preciosidade perdida no tempo. É sempre complicado explicar por palavras o que se sente nestas alturas mas ali, como em muitos outros sítios, tive a confirmação de que é isto que é desta forma que quero continuar a pedalar, enquanto as pernas permitirem: isolar-me numa redoma muito pessoal e descobrir estes recantos absolutamente mágicos escondidos, mas à vista de todos, e que poucos se preocupam em cruzar. Era também este o ânimo que precisava para respirar fundo e colocar as ideias no lugar.

Aqueles 10 quilómetros pareceram-me 100, numa sensação de câmara lenta que é quase inexplicável.

E para isso muito contribuía a envolvente. Pouco depois de deixar Oliveira de Adra, mal a encosta fez uma curva e passei por Folgoso, entrei noutra dimensão. Esta é a última estrada do lado Oeste de Castelo de Paiva e só uma boa dezena de quilómetros mais para oeste é que existe outra estrada pavimentada. Assim, aparte das últimas casas de Oliveira de Adra, a vista só alcança monte e árvores. Nem um vestígio de civilização durante meia dúzia de quilómetros, além da própria estrada onde seguia e de uma torre fantasma do complexo mineiro do Pejão, que se estende pelo menos até aqui.

É impressionante este isolamento, tão perto da civilização. E é impressionante também a forma como poucas dezenas de resistentes ainda se agarram a estes pedaços de terra, em aldeias ou lugares espalhados pela serra.

A rotunda que entretanto alcanço já me é familiar. Restava agora a viagem quase sempre a descer até Santa Maria de Sardoura para apreciar mais um pouco das bonitas estradas de Castelo de Paiva, antes de cruzar novamente o rio, de volta a casa.

Para não repetir o percurso por Capela, optei por subir a N106 até Rans, tomando depois a direcção de Cete e de Parada de Todela para apanhar a N15 em Baltar, pouco antes da descida do Carreiro. Este é apenas um troço de ligação, sem grande história e por isso mantive um ritmo animado o que permitiu chegar a casa um pouco antes da hora prevista.

Fica por isso a memória de uma manhã de estrada excelente, com mais uns quilómetros desconhecidos adicionados ao currículo e à lista de pedacinhos de paraíso que volta e meia terei de re-visitar.

Dados finais:
117Km
24,7Km/h média
1670m acumulado
4h50m de viagem

Vou agora tentar voltar à regularidade nas saídas para começar também a época dos passeios grandes, agora que o tempo parece estar mais do lado do ciclista. Há aí muitos planos para cumprir e um objectivo muito grande a alcançar, mais para o final do ano.

Boas voltas, e lembrem-se... há sempre mais uma estrada deserta e fascinante para descobrir!
 
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trepadores da Figueira

Well-Known Member
Olá boas Andre. :p:p:p:p

Abri o tópico da malta do Porto e vi uma bela foto :rolleyes::rolleyes: e depois li >> Rescaldo rápido da volta de ontem:

Oioioioioi não li nada só vi :cool: a foto

Chamas tu a isto um Rescaldo rápido da volta, vai lá vai.:mad::mad::mad::mad:


Xau e boas longas voltas.
 

mariz

Member
Pra mim o mais grave é ele chamar 117km uma volta rápida!!!

Ó André até ja tou a pensar 2 vezes se participo no PIF*U....
 

fogueteiro

Active Member
Já disse no tópico do PIF*U, que o pessoal andava entupido, ou então a preparar-se para o grande dia. É só "voltinhas" acima dos 3 digítos. E depois ainda tem a descaradeza de dizer que "são voltinhas rápidas".:D;)

Super.Byke e Nikes

Boa volta, sim senhor. Imagino o andamento imposto… e logo com vocês. Atenção que o PIF*U é para se fazer devagar… devagar, percebem? 

Bem, ontem também não perdi o sol e a excelente temperatura. Os meu planos estavam feitos para fazer um reconhecimento por terras da vitela, com vista ao PIF*U, mas no Sábado à tarde ficou tudo alterado. Como para mim a família tem prioridade, acedi à ideia de ir para os lados de Penedono, sem que os meus interesses também não saíssem totalmente furados.

Eram 7,25 e o comboio arrancava de Campanha, em direcção à Régua. Desci na estação de Ermida, que dista da Régua uns 10 kms.

1ª Dificuldade do dia. A subida da Régua até Lamego. O André já me tinha caracterizado a subida, mas nada como sentir na pele. Confirmei a versão dele. É na verdade uma subida deliciosa, com uma inclinação constante, na casa dos 4,5% durante uns 13kms. Foi feita a bom ritmo, para mim.

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Destino seguinte: Tarouca. Há pouco tempo passei lá, mas com outros destinos. Não é um percurso complicado, daí ter sido feito rapidamente. Quando me apercebi já tinha os 17kms feitos. Mas esta localidade marcou o inicio da 2ª grande dificuldade do dia. Na anterior passagem tinha-a feito a descer, e que bem me soube, mas agora teria que subir. Mais 12kms com um grau de dificuldade superior à anterior.

Finalmente, Moimenta da Beira. Vila lidíssima, com os traços da arquitectura beirã ainda bem vincados, sendo o granito rei e senhor. Sentia-me muito bem, física e moralmente. A força ainda era forte, :D e o planalto da serra de Leomil, foi feita de forma agradável. Um carrossel que vai fazendo mossa, mas a envolvência natural ajuda a esquecer.

Paragem obrigatória, foi na albufeira da barragem de Vilar. Local, lindíssimo que convidava a um mergulho, mas tinha horas marcadas e já não faltava muito.

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Finalmente o meu objectivo: A aldeia de Escurquela, que fica no concelho de Sernancelhe. Estava muito satisfeito, como o passeio, mas os objectivos não tinham sido concretizados na sua totalidade, porque a minha ideia era ir a Penedono, mas a hora foi minha inimiga. Paciência… fica para a próxima.

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Percurso

Distância: 91,24kms (10kms de casa à estação)
Tempo: 4.00
Média: 22,20
Incl. Acumul. 1605
Inclin. Média: 3%
Inclin. Máxima: 14%
 

Mingus

Member
Olá a todos,

É bom ler mais relatos inspiradores da malta neste tópico que há muito alargou as fronteiras do Porto em termos de passeios cicloturísticos.
E, inspirado por esses mesmos relatos, este sábado lá aconteceu a voltinha de Alvarenga que estava planeada já há uns meses (Entre-os-Rios > Arouca > Alvarenga > Ervilhais > Cinfães > Entre-os-Rios). Conforme o André já referiu, às 7 da manhã estava a chover e uma muito amena temperatura de 13º. Saí de casa de carro em direcção a Entre-os-Rios com o objectivo de fazer 110kms pelas bandas de Arouca e regressar a Matosinhos de carro.

Começei a pedalar antes das 8 e a chuva não se fazia sentir em Entre-os-Rios apesar das nuvens lá no alto. Até Castelo de Paiva subida ligeira em piso excelente e muita tranquilidade àquela hora da manhã. De Castelo de Paiva até Arouca são cerca de 25kms de subida ligeira, boas paisagens e piso francamente mau. É um trepidar constante que chateia um bom bocado. Só mesmo a envolvente paisgistica para desviar as atenções. Chegado a Arouca, tempo para uma curta pausa, um cubo de marmelada e fazer-me à N326 em direcção a Alvarenga. Mais subida ligeira e constante, piso 5 estrelas e paisagem ainda melhor. A descida para a ponte de Alvarenga é louca. Eu não arrisco, mas quem gostar de descer acha aquela descida fantástica de certeza, com rectas longas cortadas por ganchos.
Da capital do mundo.... e dos bifes até à localidade de Pereira faz-se num ápice e o piso está também um pouco degradado.

A subida de Ervilhais.
Em Pereira cortei à direita em direcção a Cinfães via Pindelo e Ervilhais. Já tinha visto no google maps que iria subir dos +/- 270mts até aos +/- 850mts de altitude em +/- 7kms. Sabia, portanto, que ia ser duro, mas nada me tinha preparado para o tinha pela frente. Mal virei à direita começaram as rampas bem inclinadas, com pedaços de estrada a terem de ser feitos em crenques. Pensava eu que era o iníco da subida e que depois a estrada iria mudar e ficar mais serpenteante e por isso menos inclinada. E foi mais ou menos isto que se passou, era o início da subida e a estrada iria mudar, mas neste caso para muito mais inclinada.
À entrada para Pindelo há uma rampa com uma inclinação do género das duas últimas curvas da serra boneca (depois do aterro), talvez um pouco mais inclinada e um gancho à direita. No gancho ponho-me em crenques a dar tudo o que tinha e o que não tinha e à saída do mesmo está uma multidão aos berros a incentivar-me. Ok, não era uma multidão, era apenas um senhor de idade a dizer qualquer coisa que não percebi e a rir-se. Respondi-lhe que o que sabia bem era um bifinho. Uns metros á frente acabei por perceber o porquê do riso. Mais subida descomunal. Só nesta altura percebi a verdadeira dimensão da palavra "parede" na gíria ciclística. É que olhando-se para a frente não se vê nada a não ser um enorme pedaço de asfalto a erguer-se em direcção ao céu. Começei então a subida e passados uns minutos reparei que ia a uma estonteante velocidade de 6.5kms/h, mas a subida não parava. Depois da curva "amacia" pensava eu. Puro engano, a inclinação é constante. Mais uns metros de rampa e aconteceu o que nunca me tinha acontecido em estrada: desmontei - shame on me. As pernas até estavam a aguentar mas não consegui controlar as bpm. Sentia o coração na boca e optei por desmontar e fazer uma parte da subida a pé.
À entrada de Ervilhais voltei a montar. Andei uns 50 metros e mais parede. Esta era curtinha e dava acesso a uma curta descida de onde pude vislumbrar metade do último rebuçado do dia. Mais uma parede monumental. Desta vez entrei um pouco mais devagar e fui controlando a batida, o que deu para fazer aquele último km infernal até às eólicas. Também consegui pedalar a 5 kms/h sem cair :). Esta subida é monumental (pelo menos para as minhas pernas mal treinadas), altamente aconselhável pelo desafio e pela componente paisagística que penso fazer parte do Montemuro. Na minha opinião é mais dura que a Boneca e Assunção.....juntas. Passei o dia de ontem com as imagens daquela estrada na cabeça.
A descida é igualmente louca. O único problema foi estar a suar que nem um touro, em calção, com as pernas a ferver e ter de descer com aquela "frescura" serrana numa descida com inclinação média de 10%.

Chegado a Cinfães mais uma pausa para a sandes de queijo e regresso a Entre-os-Rios em bom ritmo (não esperava estar tão fresco por esta altura) apesar do muito vento pela frente.
No final foram 114kms à média de 21km/h e um passeio memorável.
 

duchene

Well-Known Member
Naturalmente não posso deixar de parabenizar todos os que saíram para a estrada este fim-de-semana e nos trouxeram tão detalhados e tentadores relatos! Além do tópico ter ficado ainda mais enriquecido com novos percursos, temos um aumento de percursos menos conhecidos. Esta é uma tendência que, pessoalmente, me deixa particularmente satisfeito.

@Carlos
Quando se escreve com prazer, quaisquer meia dúzia de parágrafos são sempre escrita curta. :D

@mariz
Quando olhando no mapa, Castelo de Paiva é "já ali" comparado com outras maluqueiras que já fiz. Ainda assim não deixa de ser sempre apetecível!
Quanto ao PIF*U, o segredo é a resistência e não a velocidade!

@fogueteiro
Ahhhhh...o Douro... não é preciso dizer mais nada... não há de tardar muito para lá voltar!

@mingus
Há um ditado em Arouca que diz, respeita o Montemuro... :D
Ainda não tive o prazer de subir essa encosta mas já o Zé já a desceu. E o Gil já levou uma marretada por aquelas bandas :D
Eu fiquei a matutar como a hei-de encaixar numa das próxima voltas... mas até já sei como e claro, utilizando mais umas estradas secundárias malucas!

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Força nesses crenques!
 
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