Boas pessoal...
Tal como o Duchene eu também fiquei um pouco frustrado com o fim-de-semana. Ontem levantei-me com vontade de atacar a serra da Freita, mas para minha decepção estava a chover. Ainda esperei um pouco mas o resultado foi o mesmo, mas como os Domingos de manhã são dedicados à "amante" fui cuidar da higiéne dela. A minha frustação foi ainda mais quando a meio da manhã o tempo começou a melhorar.
Bem... decidi entrar em acordo com a familia, e às 16e15 saí para uma voltinha que iria durar 3 horas e fazer-me percorrer 77 kms com 942 de acumulado e com média de 27. Fui a Ovar, subi à Feira, desci para as Caldas de S. Jorge e depois fui por Canedo, Barragem de Crestuma (perto) N222 até Gaia e finalmente casa.
O pior não foram os kms, nem as subidas, mas sim um outro colega que encontrei pouco depois de saír de Espinho. Era um "montanheiro" e quando me coloquei ao seu lado, disse-lhe o que nunca deveria ter dito porque não sabia com quem estava a lidar: "Então amigo, temos o vento a nosso favor. Vamos embora?" Meus amigos ele andava de tal maneira, mesmo com rodas grossas, que lhe dei os parabéns. A rodar na casa dos 35/40 kms/h aquilo foi de loucos. De vez em quando olhava para trás na esperança que ele tivesse descolado, mas para minha surpresa ele mantinha-se de pedra e cal na minha roda, e por vezes até vinha à frente. Grande homem!!!!! Já perto de Ovar, a minha esperança de me ver "livre" dele esfumou-se quando lhe disse que ira virar à esquerda para a Feira, porque ele disse que me iria fazer companhia. Para o pessoal que conheçe este terreno, podem comprovar que é até ao hospital da Feira a subida é constante. Embora não muito acentuada não deixa de moer. Pois é!!! Ele foi para a frente e eu via-o a descolar-se tão rápidamente que decidi manter o meu ritmo porque ainda tinha mais de metade dos kms para andar e também porque simplesmente não tive capacidade de o acompanhar. Perto do hospital, para meu alívio ele virou novamente para Espinho e eu pode respirar de alivio. Mais uma vez lhe dei os parabéns.
Daqui para a frente foi manter o meu ritmo com a noite a caír rápidamente (já me tinha prevenido com os meios luminosos), e com os piores obstáculos para transpôr. Finalmente cheguei a casa satisfeito. Embora com um treino algo pequeno, mas pelo menos fiz alguma coisa. Foi interessante pedalar num Domingo à tarde e noite. Nunca o tinha feito e até gostei.
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André,
compreendo a tua frustração. Ò meu amigo frustrado com esses números: 160 kms e 2600 de acumulado!! Eu compreendo... os números estão lá mas objectivos é que não. Deixa lá ninguem te pode tirar o mérito de mais uma odisseia, restando dar-te os parabéns mais uma vez. São locais que nos convidam e os empenos passam para 2º lugar. Nada paga a solidão e o silêncio desses locais e nada melhor que os aproveitar de bicicleta ou a pé.
Por isso André não fiques com esse amargo, porque concerteza valeu a pena. Não foi pela N??? ! Paciência foi pela EM????. Na verdade por vezes confiar na técnologia dá errado. No teu caso acredito que o isolamento do local tenha "virado a cabeça" ao GPS... não sei. Só sei que quando saio a minha esposa leva o GPS e eu o mapa aberto nas pernas, e muitas eu tenho que tomar decisões diferentes do que o aparelho me indica. Apesar disso não desvalorizo em nada o teu´Garmin... porque também queria um.
Quando penso em voltas por caminhos desconhecidos, antecipadamente estudo muito bem o mapa, os kms dum ponto ao outro, para ir controlando com o meu contakm, e não me inibo nada em perguntar... aliás faço-o muitas vezes. Na última vez que saí, como o trajecto era muito secundário, tirei uma cópia ao mapa e por várias vezes parei e com a cópia falava com as pessoas.
Finalmente a experiência que tive com escuteiro, em orientação e leituras de mapas e cartas topográficas, ajuda-me imenso na estrada e não só.
Por isso André, quem me dera ter esse amargo de boca, porque seria sinal que teria mais uma tirada para mais tarde recordar, e sempre haverá oportunidade no futuro.
Eu já estou de olho no Domingo dia 21/11. Parace que vou ter uma chance de pedalar mais uns kms, a não ser que chova.
