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Percursos no Porto.

indy

Active Member
A pedido de muitas famílias (ok, foi apenas o duchene que pediu :) ) aqui vai o meu comentário à subida ao Viso no passado Sábado. Acho que não vale a pena abrir um tópico próprio e como as fronteiras deste há muito que se alargaram, relato mesmo aqui.

Tratou-se duma volta de 125km cuja única grande dificuldade (e que dificuldade!) seria a escalada do Viso. Nem eu nem os dois amigos que me acompanharam (o 350plus e o ET) conhecíamos a subida. Apenas eu tinha compilado alguma informação aqui pelo fórum, o que me causava um misto de curiosidade e apreensão ;)

O percurso até Celorico foi o seguinte: Delães-Vizela-Felgueiras-Arnóia-Celorico, cerca de 62km. Pontos de interesse: a sempre agradável subida rolante de Vizela a Felgueiras; a sossegada estrada entre Felgueiras e Arnóia; a looonga descida de Arnóia a Celorico, que também deve dar uma subida bem interessante.

A subida de Celorico ao alto do Viso, que dizer? A ideia com que fiquei é que se trata duma subida que nos consome aos poucos a energia durante a primeira fase e, depois, a segunda fase é apenas um sofrimento atroz :) . Embora eu desconfie um pouco das inclinações indicadas pelo Garmin do Plus, segundo ele, durante a primeira fase da subida, as zonas "de descanso", que eram aquelas em que sentíamos que a estrada era menos inclinada, eram ainda assim a 9%! Essa primeira secção dura 5km após os quais há uma pequena descida para um cruzamento, viragem à esquerda e algumas centenas de metros à frente sentimos um choque! :-o À direita, a estrada que era suposto seguirmos assemelhava-se a uma parede. E foram 2km de sofrimento até ao topo que me fizeram recordar que, se quero continuar a meter-me nestas coisas, é capaz de ser melhor comprar uma compacto. O Plus lá conseguiu fazer tudo de seguida, devagarinho, no seu 34x26. Eu não tive fôlego para aguentar o 39x25 e por duas vezes tive de parar para o retomar. O Plus passava então por mim e passado um pouco lá me ia juntar a ele. Chegámos juntos ao topo após cerca de 52min de subida. O ET, nesta altura em baixo de forma, andou um pouco a pé nos 2km finais e chegou alguns minutos mais tarde.

Reagrupados, rolámos pelo planalto até à Lameira onde parámos num café para re-hidratar. O regresso foi simples: descida para Fafe, ciclovia até Guimarães e daí mais uns kms até casa.

O Plus tirou algumas fotos com o telemóvel que disponibilizou aqui: http://picasaweb.google.com/interBTT/AtaqueAoViso#
 

fogueteiro

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Esse bichinho chamado Viso também me anda a morder há já uns tempos. Um dia destes perco a cabeça... Já me tinham dito que é uma das mais difíceis em Portugal.

Hoje fiz mais uma saída solitária, e desta vez a Assunção me chamava. Quis saboreá-la novamente, e com o tempo mais escasso tive que optar por uma volta mais curta, e que para mim era desconhecida após Paços de Ferreira. Da última vez segui para Paredes, mas agora dirigi-me logo para Valongo.

Fiquei arrependido de não ter idos a Paredes. Eram mais um kms, mas acho que teria saído beneficiado com o estado da estrada. Sinceramente os remendos na estrada irritaram-me e a minha viagem começou a parecer mais uma gincana que outra coisa qualquer. Sinceramente não fiquei fã deste troço e em futuras voltas por lá não hesitarei em seguir por Paredes.

À parte deste pormenor, fiquei a conhecer a rotunda que um dia destes o Duchene referenciou com a estátua dum ciclista, em Sobrado, e o percurso não tendo nada de dificil e fi-lo com alguma facilidade. Sim... digo alguma porque já vinha um pouco agastado da loucura de ter me ter metido na crometragem da Assunção. Foi lição para nunca mais...

Na subida para o alto de Valongo pude constatar que afinal não ando nada. Passou por mim um mini pelotão de sub. 23 e profissionais entre eles alguns que disputaram a volta a Portugal deste ano, segundo me disse um dos colegas deles que eu consegui apanhar e meter conversa. Meus amigos, aquilo não era andar... aquilo era voar. Sinceramente eu fiquei de boca aberta quando vi um deles a sprintar subida acima a acampanhar um furgão sem o deixar fugir. Quando for grande vou andar assim!
Percurso: Este
Distância: 100 (????)
Tempo: 3:55
Média: 25,40
Acumulado: 1313
Incl. Máx: 11%
Incl. Média: 3%
Tempo de paragem: 0:00
 

Man_In_Blue

New Member
Eu já tive a oportunidade de subir o viso quando fui á Sra da Graça ver a volta. A primeira fase da subida fiz em cima da bike mas a segunda tive de ir com ela á mao que nao conseguia pedalar :(
indy é verdade que a segunda parte chega a ter inclinações de 18% e 20%?
Era fixe a volta a Portugal passar por lá pra eu ver com que speed eles subiam aquilo
 

duchene

Well-Known Member
Obrigado pela optimista descrição Indy :D

Tenho de começar a pensar em que volta consigo encaixar o Viso, mas lá terá que figurar nos objectivos próximos a enfrentar. Lá chegado, logo se vê! :D
 

indy

Active Member
indy é verdade que a segunda parte chega a ter inclinações de 18% e 20%?
Era fixe a volta a Portugal passar por lá pra eu ver com que speed eles subiam aquilo

O Plus disse que o GPS dele indicou inclinações dessa ordem de grandeza. Ele está registado aqui no fórum, vou ver se o convenço a colocar aqui alguma informação.
Quanto à Volta, há anos em que passa no Viso, o problema é que a subida costuma ser feita no início da etapa e, por isso, não tem a cobertura mediática de outras.
 

350plus

New Member
Realmente é verdade... Por momentos atinge-se os 20% nalgumas das rampas iniciais da segunda secção. Mas o que custa mais são as longas secções a 14% que não dão descanso. Quando chega algo na casa dos 8%, 9% parece um plano. :)

O meu conselho para fazer quer fazer aquilo sem sofrer é ir de BTT. Eu mesmo com pedaleiro compacto e cassete de 26 tive que me esforçar para não parar.
 

fogueteiro

Active Member
Estou a ponderar sériamente a possibilidade de ir ao Viso no Domingo que vem. Irei por Valongo, Paredes, Penafiel e depois estou a pensar ir por Felgueiras. Há uns anos fiz Felgueiras - srª da Graça, e gostei muito da estrada.

A minha Maria disse que não se importava de lá ir ter comigo, por isso estou muito tentado a aproveitar a onda...
 

duchene

Well-Known Member
Se calhar ainda nos cruzamos! Não vou conseguir ir ao Douro como previsto, portanto está planeada esta volta:

picture2yk.png


O atractivo é ir mostrar o troço Fafe-Cabeceiras a um amigo e depois vir a desbravar caminho até Felgueiras. Desta feita, em Mesão Frio (GMR) vou seguir a sugestão do Indy e usar a ciclovia até Fafe.

Zé, que estrada usaste entre Felgueiras e Mondim? Será esta que assinalei?
 

Man_In_Blue

New Member
Fico estupefacto com as voltas que voces dão... As minhas costumam ser mais pequeninas. Quando sao assim grandes paro pra almoçar e continuo o passeio de tarde :)

indy obrigado por teres confirmado o que tinha ouvido.
 

fogueteiro

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Pois o meu objectivo era ir e voltar de bicicleta, mas com a familia em gozo de férias e eu tomar assim um dia sem eles é coisa complicada. Então junto o útil ao agradável e alcanço os meus objectivos. Ele vão lá buscar-me e passeamos o resto do dia.

André, a estrada que eu utilizei para ir de Felgueiras à srª. da Graça e que vou utilizar é a Nac. 101-4. Até Cabeceiras é sempre pela serra mas sem grandes dificuldades, e com pouquissimo trânsito. Já basta a Nac. 15 de Penafiel até ao alto da Lixa, com o pavimento degradado. Prefiro ir a Felgueiras, andar porventura até um pouco mais (ou não) mas evito ir a a Amarante.

Pode ser que nos encontremos. Se eu vir uma BMC e um fulano todo equipado com BMC grito bem alto... e se tu vires um gajo todo roto na subida a "ver" a paisagem não te rias porque serei eu de certeza. Eu vou levar uma jersey do Forum... epá enganei-me... a dizer Gaiabike;););)
 

fogueteiro

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O percurso que vou utilizar é este.

Se alguém me quiser acompanhar é bem-vindo... só para ir.
Vou saír de casa pelas 8,00 e depois chego à hora que puder. Não vou armar-me em Contador como fiz na Assunção
 

Lyp

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Ora, como queria voltar a cronometrar a Agrela, hoje decidi dar novamente a volta a Paços de Ferreira, mas a chegar a campo, virei para o Recarei, vindo pelo Salto.

É uma volta sem história nenhuma, sendo o percurso certamente conhecido pela esmagadora maioria do pessoal aqui do norte.

Já sabia que, metendo a cronometragem da agrela ao barulho (esta malta só desencaminha o pessoal :) ) poderia ficar com mazelas para o resto da volta... E quando cheguei ao fim da subida, ia já bem empenado. Lembrei-me logo do episódio do Fogueteiro e a subida à Assunção.

Quando saí de casa já tencionava virar para o salto, mas depois da empenadela pensei: "quando chegar a Campo vejo se viro para o Salto ou não". Mas como tudo o que empena, desempena, lá fiz o percurso que planeara. Na verdade senti-me bem durante toda a volta, foram 98 km com 1225 metros de acumulado, o que não faço todas as semanas.

Comparando isto com as epopeias que por aqui vejo, não é nada de especial... Mas fica cá o meu registo e participação no tópico, para não dizerem que só cá venho ler :)

Não dei conta de passar por ninguém daqui... Mas também não é fácil identificar. Fica aqui uma foto da minha Bina para o caso de repararem nela... Nesse caso, acusem-se.

dsc00606hv.jpg



Consumos:

Liquidos: 1l de água com isotónico, 0,5l de água e um café.

Sólidos: 1 barra, uma banana, e um cubo de marmelada.

Dados gerais: http://connect.garmin.com/activity/46458130

Não se esqueçam de colocar em métrico, no canto superior direito.
 
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duchene

Well-Known Member
@fogueteiro: distraído como sou, não reparei que ias hoje, Domingo. A minha aventura foi ontem, Sábado... e passei na N104-1, embora num breve troço.

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O dia de ontem marcou o regresso às grandes tiradas, com uma volta para os lados de Cabeceiras de Basto. Se a primeira parte até Cabeceiras já conhecia, a segunda metade, era mais um dos meus exercícios de navegação livre, tendo desenhado o regresso por Gandarela, encosta do Viso, e depois em direcção a Felgueiras, Lousada, Peços de Ferreira, Lordelo e Valongo.

Tive novamente a companhia do meu grande amigo Miguel, depois de uma negociação difícil durante a semana para o convencer a acompanhar-me numa volta que estava traçada para ter mais 40Km do que o seu máximo pessoal de 130Km. Aos poucos ando a ver se o desencaminho para estas lides das grandes voltas e embora a relutância inicial tenha sido muita, acho que começa a ficar cada vez mais convencido que a qualidade dos quilómetros compensa largamente o esforço aplicado ao longo de quase 8 horas de pedalada.

Arranque então às 7 e pouco e, com as manhãs agora cada vez mais frias, começam os dilemas na vestimenta. Como sempre prefiro sofrer com o frio do que com o calor por isso, e como os primeiros quilómetros eram a rolar a bom ritmo pela N105, ainda rapamos algum frio, especialmente junto aos riachos que cruzam a estrada em vários pontos.

Ontem, apesar da hora, já havia bastante trânsito a circular e foram raros os troços em que conseguimos ir pondo a conversa em dia. Até Guimarães foi um tirinho sem grandes novidades. A estrada faz-se bem e à média de 26Km/h em duas horas estávamos na cidade berço.

O próximo ponto chave era Fafe e desta feita iríamos seguir a sugestão do Indy, aproveitando a ciclovia para fazer este troço. Escusado será dizer que adoramos! "Era capaz de me habituar a isto" foi a frase mais ouvida, sendo que por 14Km nos sentimos num país civilizado do centro da Europa. Só é pena que Guimarães não tenha levado a via tão a sério como Fafe, já que a segunda metade está em muito melhor estado do que a primeira. Pese embora tenha ardido bastante do lado de Guimarães, a via está bastante mais suja com areias e lixo logo no primeiro par de quilómetros. E aquelas bolas-meco... péssima ideia. Muito mais visíveis as varetas de Fafe.

Mas em termos cénicos há passagens bastante bonitas em ambos os concelhos e é impagável o sossego de não termos que nos preocupar com automóveis ou peões despassarados. Lá ao longe, a espreitas, estava o campo eólico na Lameirinha, onde haveríamos de passar daí a uns valentes quilómetros.

Papinha então toda feita, já que fomos desembocar à entrada de Fafe. Desta feita consegui navegar mais rapidamente pela cidade evitando bastante o paralelo do centro. Rapidamente já rolávamos em direcção a Moreira do Rei, para começar a atacar a primeira grande subida do dia, o alto da Lameirinha.

Esta é sem dúvida uma das minhas subidas preferidas, primeiro porque se enquadra na categoria das subidas longas e constantes e depois porque tem uma envolvente paisagística muito bonita e se há algo que me motiva a ultrapassar estas dificuldades isso é sem dúvida a beleza natural que conseguimos mirar, enquanto pedalamos vagarosamente até ao topo.

Nos últimos dias e durante a aproximação à subida, tive de aturar o receio do Miguel com o "U". Este foi o nome que ele deu às duas subidas consecutivas, primeiro para o alto da Lameirinha e depois a encosta oposta, já a caminho de Cabeceiras.

O certo é que com algum vento de frente e as eólicas a fazem animadamente o seu trabalho, a subida fez-se com tranquilidade. Lá em cima a vista é sempre deslumbrante com um enorme vale a espreguiçar-se à nossa frente.

Descida curta e já estávamos na base do "U" prontos a atacar a vertente oposta. Com o trabalho de equipa torna-se mais fácil vencer estas dificuldades e por isso fomos em amena cavaqueira até lá acima. Do alto da encosta sobranceira a cabeceiras além da fantástica vista sobre o vale, lá ao fundo, uma visão familiar e que seria o nosso referencial por umas boas dezenas de quilómetros: o Monte Farinha.

Aqui chegados há duas formas de descer até Cabeceiras: A aborrecida, pela via rápida e a divertida, por Outeiro. Claro que optei pela segunda, à semelhança do que já tinha feito antes, já que é uma descida bem mais interessante (e íngreme!) com inúmeras curvas o que acaba por ser uma boa recompensa pelo esforço despendido nas subidas anteriores.

Rapidamente se chega ao centro de Cabeceiras, para uma paragem que já considero obrigatória numa mercearia perto da igreja. Abastecer de água de de ameixas para o próximo troço, que está mais desprovido de civilização e descansar 5 minutos antes de atacar o desconhecido, num troço feito praticamente às cegas no computador (viva o google maps), mas que certamente nos levaria a bom destino.

Na minha habitual aversão às estradas principais, ao invés de ir apanhar a N206 ao Arco de Baúlhe, inventei um corte por Alvite que, além de poupar uns quilómetros, permitiria fazer estradas menos conhecidas. O único referencial que usei aqui foi escolher troços que mostrassem claramente que a estrada tinha marcações (traços contínuos e descontínuos) o que seria o garante mínimo de ser ciclável.

Como não podia deixar de ser o troço é lindíssimo! Serpenteando a meia encosta, atacamos com vontade as muitas rampas que foram aparecendo na primeira encosta, para depois descer até ao vale e fazer uma valente subida, que nos levaria novamente de encontro à N206 que, até Gandarela, provou que não consegue competir com as belíssimas estradas secundárias. É neste troço que conseguimos apanhar o corte para mais uma subida muito conhecida, que comentei na altura, mas que sinceramente me escapa o nome agora. É, para não variar, Senhora de qualquer coisa...

Um pouco antes de Gandarela, corte à esquerda para nespereira para mais um fantástico troço que se prolongaria por quilómetros. E aqui iríamos apanhar a segunda rampa da mítica subida do Viso, sem no entanto a subir (teria de ficar para uma próxima). E que subida! Só de olhar já causou um calafrio, porque realmente é MUITO inclinada. E só conseguíamos ver os primeiros metros, imagino o que se esconderia depois da primeira curva...

Restou-nos a consolação de rolar a meia encosta e apreciar a magnífica vista do enorme vale que se estende até Celorico e arredores. Aqui o alcatrão não é de primeira categoria, sendo igual ao da subida ao alto de Espinho no Marão, e com um ou outro buraco. Nada que não se faça. Aliás, preferia por larga margem, este alcatrão à miséria que se vive na N15...

Foram quilómetros fantásticos, longe da confusão, com um sossego interminável e que deram para realmente desfrutar do prazer de pedalar. São estes troços que procuro e adoro, nem que seja preciso fazer 100Km para os encontrar, como foi o caso.

Assim, depois de Carvalho, Montesolo, Agilde e Pinheiro, sempre em subida, estávamos apontados à CM1173-1 que nos levaria até Felgueiras.

A cidade passou-se rapidamente e começávamos a fazer contas à vida para a última grande dificuldade do dia, e que dificuldade!

Pequena paragem algures antes de Varziela e discussão do plano de ataque até casa. Quer dizer, não havia muito para discutir, Barrosas era já ali e não havia forma de fugir à parede que nos havia de fazer transpor o último grande obstáculo, antes do troço final até casa.

Por isso foi com um sentimento de resignação que, com 130Km nas pernas, atacamos as rampas de 11, 12 e 13% da subida. Eu que já a tinha descido, confirmei que é verdadeiramente implacável a subir. São 8Km sempre a subir, sendo que nos primeiros 2Km e meio não há zonas de descanso e fazemos só aí uns simpáticos 150m de acumulado de subida, 6,5% do total da volta! Mas, como diz o poeta, o tem de ser tem muita força e portanto mudamos no modo "ainda falta isto" para o modo "já só falta isto" e atacamos a subida. Ritmo baixo, muito sofrimento e para rematar o paralelo em Barrosas.

Mas fez-se! E entre nós e Valongo só haviam agora pequenas elevações, que seriam transpostas com facilidade, ajudados pelo bom ritmo a que rolamos na Carvalhosa, em Frazão e em Sobrado.

Foi um fantástico dia de ciclismo de estrada para os dois, por diversas razões: Primeiro porque foi uma volta muito boa. Confesso que estava renitente por repetir o troço até Fafe, e apreensivo se a segunda metade valeria a pena, mas hoje estou perfeitamente convencido que esta é uma volta a recomendar e, daqui a uns bons tempos, a repetir. E foi memorável também porque tive o prazer de guiar o Miguel na sua primeira volta acima dos 130Km, e logo por uma boa margem, para me vingar dos castigos que ele me aplicou no início das lides do BTT. E para mim, a nível pessoal, foi o coroar de um excelente trimestre. Desde Junho 2010 já fiz mais de 3000Km só em estrada (menos 800 do que no ano de 2009 completo), com o orgulho adicional de ter adorado a esmagadora maioria deles. E ainda vêm aí mais alguns!

Para a semana são os 98Km de BTT da Douro Bike Race com a organização do grande João Marinho e depois é pensar em mais aventuras na estrada, para aproveitar ao máximo o bom tempo deste final de Verão.

cabbasto.jpg


Telemetria interactiva: aqui
 
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indy

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Muito bom.
Duas coisas:
-A tal subida bastante conhecida seria a da Lameira? O pedaço entre Gandarela e a Lameira é durinho.
-Um dia, se te apetecer, experimenta este caminho quando quiseres regressar de Felgueiras. O troço entre Felgueiras e Vizela é muito bom: excelente piso, inclinação suave (desce para Vizela), pouco trânsito, muita vegetação e zonas muito frescas. Depois a subida até Barrosas é bastante acessível e muito bonita. É uma volta maior mas que, na minha opinião, compensa.
 

duchene

Well-Known Member
Obrigado pela dicas Indy.

A tal subida conhecida não é a da Lameira. Nessa nunca passei, com medo do maior movimento da N206 e também porque fica um pouco fora de mão para a paragem obrigatória em Cabeceiras. Mas como um dia destes quero ir a Ribeira de Pena, experimento-a nessa altura.

A que falo é, salvo erro a Senhora da Aparecida porque o Miguel até comentou que não era a Aparecida que fizemos há uns tempos ali para os lados de Caíde de Rei. Pelo menos pareceu-me um nome conhecido...

O caminho que indicas parece-me ter partes de um que fiz há uns tempos, como subida alternativa à Serra do Relógio, vindos de Vizela, mas que apanhou a N106 cá em cima bem antes do cruzamento de Raimonda. Lembro-me que o início era comum ao relógio, mas depois cortávamos à esquerda, descíamos até à beira de um riacho e depois era a subir em socalcos. Um pouco antes de entrarmos novamente à estrada apanhávamos uma capela algures no meio de um arvoredo....

Tenho de ver se arranjo o track dessa volta.

Entretanto a tua solução parece-me bem interessante. Um dia destes vou a Vizela só para a experimentar.

Obrigado mais uma vez e obrigado a todos que vão dando estas dicas para apimentar ainda mais as minhas simpáticas voltas!
 
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fogueteiro

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Bem pelos vistos a minha expectativa em encontrar o Duchene e companhia foi em vão. POr várias vezes olhei para trás, para ver se estava a ser "apanhado".

Pois hoje foi o dia para "aquilo". Passo a explicar. Como já tinha dito eu tencionava fazer só a ida mas já muito perto de Cabeceiras recebo um telefonema da minha esposa a dizer que não me podia ir buscar porque a minha filha tinha acordado muito indisposta e cheia de vómitos. Sinceramente fiquei muito baralhado. Não sabia se devia continuar ou voltar por 3 motivos: 1º não me sentia bem com a minha filha doente em casa; 2º porque não me sentia bem com a familia em gozo de férias e em casa e por fim porque mentalmente não estava preparado para fazer todo o percurso de volta até casa. Decidi seguir com a ajuda da minha esposa que me encorajou a fazê-lo até porque me tranquilizou em relação à herdeira.

Fui pela N 15, a odiada, pelo alcatrão em péssimo estado e pelo trânsito. Em Penafiel, surgiu a ideia: Felgueiras fica para Norte da Lixa, por isso deve haver outra alternativa para lá chegar que não seja ir até à Lixa. Perguntei a um sujeito e ele indicou-me o caminho por Caíde de Rei. Que grande decisão em ir por lá. Muito menos trânsito, alcatrão muito melhor e muito menos subidas.

Em Felgueiras alterei um pouco o percurso e fui ao centro, apanhei a estrada para Fafe e uns kms à frente a nac. 101-4. Eu considero esta estrada do melhor. Sempre nos contrafortes da serra da Lameira, a certo ponto avistei o meu real objectivo: O Viso.

Começei a subida com o calor a apertar, e de que maneira. Adjectivos para a classificar: Fenomenal e demolidora. A srª da Graça está anos luz em dureza, para mim, sendo que o que já fiz não fica a dever nada à subida entre Loriga e a estrada que liga Seia à Torre. Esta só se torna superior, porque não existem àreas de descanso tão longas, como a do Viso. Estava curioso quanto aos tão falados 20%, mas afinal não fui além dos 17%, e apenas numa ou noutra rampa. A certa altura parei para desfrutar de algo que me fez lembrar os promórdios desta modalidade em que os desgraçados não tinham carros de apoio e se iam valendo do que aparecia. Pois bem, no meu caso foi uma figueira com deliciosos Pingos de mel. Meus amigos, qual banquete, qual quê? Aqueles figos foram uma dádiva da Providência, a par da sombra muito bem vinda.

Conclusão: Quem ainda lá não foi, vá! Quem nunca fez uma subida arrasadora, faça esta!

Chegada ao alto foi tomar a direcção de Fafe, Guimarães, Santo Tirso, sem qualquer história. Apenas uma: Uma abelha embateu na minha perna, a assim que se deu o choque senti uma dor muito forte, que me acompanhou até casa, motivada pela picada. Ela deu-a cá com uma vontade!!!!

Kms percorridos: 202,53
Tempo: 8:45
Média: 23,10
Acumulado: 2834
Incl. Média: 4%
Incl. Máxima: 17%
Paragens: cerca de 1 hora
 
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indy

Active Member
Pessoal, um bom conselho: experimentem a subida de Campanhó!

Tinha visto imagens dessa subida de 1ª Cat durante a transmissão da Volta e ficado com bastante curiosidade. Apesar de até conhecer bastante da região e já ter atravessado aquela estrada por diversas vezes em percursos de BTT, a verdade é que não fazia ideia da dificuldade da subida em toda a sua extensão.

Ontem juntei-me a dois amigos (o ET e o Óscar) e lá nos fizemos à estrada. O percurso totalizou 193km: Delães-Guimarães-Fafe-Gandarela-Mondim-Paradança-Campanhó-Campeã-Alto de Espinho-Amarante-Lixa-Felgueiras-Vizela-Delães.

A subida ao Alto de Campanhó não desiludiu, muito pelo contrário. As primeiras centenas de metros, durinhas, assustam mas depois a coisa vai suavizando e a certa altura dá mesmo para rolar a boa velocidade e apreciar a paisagem deslumbrante. A estrada é estreita e o vale à esquerda é profundo. Olhando para trás é possível ver atrás de nós o serpentear da estrada que já percorremos. Depois da passagem ao lado da aldeia de Campanhó a subida volta a endurecer bastante durante algumas centenas de metros mas depois vira-se à esquerda e o que falta até ao topo (onde ontem estava aquilo que me pareceu um dos pontos de apoio da Douro Bike Race) faz-se bem. Depois desce-se um pouco e estamos no Alto do Velão. Resumindo, diria que é uma subida de dificuldade semelhante à Assunção mas com o dobro da distância. Comparada com a Sra da Graça ou com o Viso, é mais fácil mas também mais bonita que qualquer uma delas. Vão lá e confirmem!

PS: era eu que já vinha cansado ou aquela subida de Amarante para a Lixa é mesmo pu**nha? :)
 
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