Subida à Fóia
Estando eu com o propósito de efectuar uns quilómetros valentes e adicionar altimetria nessas voltas de modo a dar uma preparação mínima para fazer a subida da Serra da Estrela pela Covilhã no próximo Audace de Setembro, aproveitei as minhas férias em terras algarvias para efectuar uns treinos e num desses efectuar a subida à Fóia.
Como gosto de fazer uns comentários mais específicos às minhas voltas mais marcantes, por forma a transmitir os mesmos para que outros se sintam com vontade de o fazer, tenho a informar que a subida vale a pena.
Na altura convidei um dos personagens do lado de Portimão/Lagos e que conheço à algum tempo, e desafiei-o para a subida pelo lado mais soft, pois a minha preparação e treino é muito básica, pois possuo poucos kms nas pernas.
Assim sendo e como o convite foi amavelmente aceite, decidimos partir esta 3ª feira da parte Norte de Portimão com vista ao topo mais alto da Serra de Monchique, a Fóia.
Como estou de férias em Vilamoura, peguei no carro às 7.25h da manhã e fiz os 50 kms até Portimão. Logo aí deu para perceber que o dia ia ser quente, pois o termómetro já acusava 25º.
Encontrando o Carlos Franco, lá nos pusemos à estrada por volta das 8 da matina, e a ideia que eu tinha era completamente errada, pois eu pensava que a subida só tinha uns 8 a 10 kms de ascenção. Errado, isso é só a parte final do centro da vila de Monchique até ao Alto da Fóia.
Efectivamente desde o kms 6 ou 7 que se começa a subir, embora muito ligeiramente, e que no final a subida passa os 20kms, o que para meter um treino com altimetria é muito simpático.
Posso-vos dizer que a subida teve 2 aspectos super-positivos a primeira é que o Carlos qualquer sitio indicava o que era e com os comentários devidos, o que fez com que ficasse a conhecer com todo o pormenor a zona, e segundo é que a subida, o sitio e a paisagem são sublimes, muito bonito mesmo, aconselhando a todos a subida.
Logicamente que a subida foi feita a um ritmo que não comprometesse a escalada, embora tivesse verificado que chegamos lá acima com média de 16kms/h. Embora a subida tivesse sido, como disse, pela parte mais acessível o Carlos fez questão de me informar de onde se poderia vir e onde era mais difícil e porquê. Um perfeito conhecedor do local de olhos fechados.
Lembro-me de à saída de Monchique o Carlos ter dito "Epá, vai agora com calma que isso ai é uma parede." E na realidade passamos por uma zona de 17% de inclinação (segundo palavras do próprio) e tava a ver que o meu 39x25 não me safava.
Quase no fim (numa fonte) lá convencemos um casal idoso de alemães a tirar umas fotos, o que estava difícil, lá tive de desenterrar o pouco de alemão que sabia para convencer o velhote. Depois foi acabar os dois últimos kms e chegar à marca dos 900m, e mais umas fotos nos esperavam.
Iniciamos a descida, pela parte de trás e deu para ver que pelo outro lado há zonas bastante inclinadas com curvas em perfeito cotovelo, o que para mim me soube a pato pois foi fazer a descer.
Lá descemos sempre na bisga, paramos depois quase cá em baixo para uma cola, e depois rédea a fundo pois o calor apertava como o caraças e eu tinha de estar junto ao carro por volta das 11h, o que veio a acontecer, tendo a volta tido cerca de 60 kms
Conclusão: Subida a repetir, deve ser um espectáculo fazer a subida com uma boa forma, pois a mesma pede para andar, e nesta altura fazê-la muito cedo, pois o calor mata um gajo.
Abraço Carlos e Obrigado