não consigo ler a noticia toda podes partilhar aqui?
Ciclistas (e não só) fazem vigília na Avenida da Índia pelo fim da insegurança na estrada
Após a morte de mais um ciclista em Lisboa vítima de uma colisão com um veículo, várias entidades convocaram uma vigília com o mote “Podia ser eu, podias ser tu”, que terá lugar neste sábado, no local do acidente, às 11h30.
Mariana Marques Tiago
29 de Junho de 2021, 11:40
Face à indignação motivada pela morte de mais um ciclista em Lisboa, foi convocada uma vigília com o mote “Podia ser eu, podias ser tu”, para este sábado dia 3 de Julho, em memória da ciclista de 37 anos que perdeu a vida no sábado passado e de todos os outros que, à sua semelhança, foram vítimas da sinistralidade rodoviária.
A convocatória foi feita através do Facebook, unindo entidades como a MUBi – Associação Pela Mobilidade Urbana Em Bicicleta, a Massa Crítica de Lisboa e a página Ciclovia Na Marginal, que afirmam que “é comum o sentimento de insegurança na via pública devido ao excesso de velocidade praticado. Os utilizadores vulneráveis, pela sua condição, são quase sempre as vítimas da sinistralidade dentro da cidade”.
A vigília será realizada de forma pacífica e silenciosa e terá a duração aproximada de 20 minutos. Todos aqueles que se quiserem juntar ocuparão a Avenida da índia, no local onde ocorreu a colisão, e poderão ser acompanhados pelas respectivas bicicletas (não sendo este factor de carácter obrigatório).
Sendo de acesso livre e aberto a todos, o ponto de encontro será pelas 11h na Rua dos Cordoeiros a Pedrouços. Contudo, os participantes têm também a possibilidade de se juntar directamente à vigília às 11h30 na Avenida da Índia, entre Algés e Belém.
Os organizadores da homenagem pretendem alertar para a necessidade de diminuir o tráfego e limitar a velocidade nas áreas urbanas a 30km/h, fiscalizar os excessos de velocidade e, ainda, repensar a visão de “auto-estrada” associada a áreas como o Campo Grande, a Avenida da Índia e outras artérias com características semelhantes em Lisboa e outras cidades.
A vigília de dia 3 de Julho ocorre cerca de um ano depois da vigília que tomou lugar no Campo Grande, onde centenas de pessoas se sentaram no asfalto, em silêncio, homenageando a jovem de 16 anos que fora atropelada enquanto atravessava a passadeira com a bicicleta pela mão. Também nessa vigília, que se repetiu em várias cidades do país, foram pedidas cidades mais seguras e pacíficas.
A organização reiterou também a importância de seguir as normas da Direcção-Geral da Saúde (DGS) no que diz respeito à utilização de máscara e ao distanciamento físico. A vigília contará também com a presença e coordenação da Polícia de Segurança Pública, que garantirá o corte temporário do trânsito na avenida.
Texto editado por Ana Fernandes
Devo dizer-vos que quanto mais uso a bicicleta em ambiente urbano mais entendo o porquê dos automobilistas destilarem tanto ódio. Vejo repetidamente ciclistas a:
- atravessar vermelhos (e cúmulo: fazem lane-splitting, chegam ao vermelho e siga!, deixando os carros parados),
- não parar em passadeiras,,
- iterar entre ciclovia-passeio-estrada vezes sem conta mediante o que mais lhes convém,
.
Concordo.Concordo com tudo o que dizes menos com este da ciclovia/passeio/estrada sendo um ponto menos bom. Um pessoa que siga uma ciclovia, muitas vezes tem desvios da própria ciclovia para passeios, passadeiras, etc.
Aqui em Coimbra construiram uma ciclovia nova, numa estrada até pouco movimentada, zona da Portela. Ora numa parte desta ciclovia, ela desvia para o passeio e aí continua a ciclovia. No entanto se fores em frente, continuas na estrada onde podes seguir e uns 100m à frente entras de novo na ciclovia. Outra parte é a ciclovia que está traçada no chão paralelamente à passadeira, mas tu podes seguir em frente na estrada e ignorar essa parte e entrar 20m à frente na ciclovia porque há partes que não fazem sentido. Das duas uma, essa passadeira ia obrigar-me a desmontar da bike e ir a pé ou podia seguir na bike? Se seguisse em cima da bike, de certeza que não era tão bem visto por algum carro que me deixasse passar. Mas além da educação que claramente nesta altura é o principal factor que causa mais acidentes bicicleta/carro, há que pensar em ciclovias com cabeça...e não começar a construir por construir...apesar disto ser só um aparte.
Percebo quando dizes que há muita estupidez a passar de ciclovias/passeios/estrada mas às vezes é necessário/dá mais jeito e outras vezes não faz sentido nenhum não fazer essa troca.
Não tenho uma foto actualizada do google maps para postar aqui mas se visses, reparavas como muitas ciclovias estão feitas de forma muito estupida
Acho que não devemos é distinguir um ciclista de um automobilista. São ambos condutores de um veículo que está sujeito a regras. Regras essas que devem ser respeitadas. Vidas que devem ser respeitadas. Independentemente se vai de carro, mota, bicicleta, avião, trotineta, patins, autocarro.Penso que "atacar" e sensibilizar os condutores, não chega. É preciso chamar ps ciclistas também ao momento e mostrar certas coisas.
Certas coisas essas que nós aquo fazemos e cumprimos.
Vais- me desculpar, mas quem vai numa via e porque:Concordo com tudo o que dizes menos com este da ciclovia/passeio/estrada sendo um ponto menos bom. Um pessoa que siga uma ciclovia, muitas vezes tem desvios da própria ciclovia para passeios, passadeiras, etc.
Se circulas na ciclovia, não "saltas" para a estrada para te desviares de um peão. Tocas a campainha ou [educadamente] chamas a atenção do peão para a tua presença (respeitas da mesma forma que esperas que um automobilista te respeite).Concordo.
E neste caso temos que mostrar aos condutores porque por vezes não é possível andar numa ciclovia. Além destes casos, mostrar como elas estão ocupadas por pessoas indevidamente.
O que tenho reparado é de forma geral existem dois grupos com tendências extremistas:
a) pro-automóvel
b) pro-bicicletas
Ambos os grupos acabam por discutir usando demagogia e subterfúgios apenas para "ficarem por cima" chegando a cair na ofensa e ataques pessoais, como se um inimigo de várias gerações se tratasse. E - sinceramente - ambas as partes têm uma parte de razão e uma parte de culpa.
Só não acabo com o Facebook porque dá jeito para outros efeitos (venda de artigos, pesquisa de serviços, ect)... honestamente que me revolta ler certos comentários!Já agora excelente comentário @cconst
Em relação a isto... As redes sociais são um verdadeiro nojo de gente que atrás de um teclado só sabe "debitar" esterco intelectual...
Concordo.Esta questão de variar entre passeio, ciclovia, estrada faço muito no BTT. Em zonas urbanas sinto-me em perigo em estar a circular a 20km/h ou menos em estradas onde os carros passam a mais de 50km/h. Basicamente um condutor menos paciente vai forçar a ultrapassagem e toda a gente sabe o que pode acontecer. Isto é dos maiores problemas dos condutores e das nossas estradas em Portugal.
Confesso alguma preocupação com esta postura do "vai mais é andar para a ciclovia que há muitas agora" e a postura de justiceiro do asfalto que muitas vezes lhe vem associada.
Acho muito perigoso, como vi acontecer no caso desta rapariga, o comentário "ah mas do outro lado tinha uma ciclovia" como que a colocar em causa a legitimidade dela ali circular. Já nem refiro que essa suposta ciclovia é do outro lado da linha do comboio (...)
Não me revejo nisto oh @elchocollatVou continuar a bater na mesma tecla:
Existimos nós aqui do fórum e existem os ciclistas da cidade.
Ambos com problemas distintos, mas unidos no ódio.