O meu segundo Troia Sagres.
Acordei ás 2.30 horas e só regressei a casa ás 00.45 horas.
No entretanto muita coisa se passou ao longo do dia, desde peripécias, reencontros com vários amigos, massacre do esqueleto e o sentimento de dever cumprido ao chegar a Sagres.
Saímos para a estrada um pouco mais tarde do que estávamos a pensar.
Encontramos logo no começo os amigos René, Ricardo Figueiredo e Jorge Valente, que iam fazer o percurso até Sagres em bike de ciclocrosse, alternando o alcatrão com vários troços de estradões.
Sabíamos que um grande pelotão tinha saído à nossa frente, composto por varias atletas de grande nomeada e só a muito custo conseguimos chegar até eles para o integrar.
Vários amigos integravam este pelotão, que era nem mais nem menos do que um (TGV) composto por varias equipas (Viveiros Vitor Lourenço, Pássaros de Tires, Duros do Pedal, Roda 28 e muitos outros de grande valor.
Fui trocando algumas palavras de amizade com alguns amigos (Vaqueirinho, Vitor Lourenço, Vitor Faria, Carlitos Gomes, Ricardo Ribeiro, Janota, o comentador Paulo Martins, Varanda, Paulo Carneiro, o DD da Efapel Americo Silva, Luis Janeiro, Emanuel Duarte e muitos ouros).
Os primeiros 70 Kms passaram num ápice, mas o esforço desenvolvido para integrar este TGV, também fez moça no meu "motorzito" . Foi sensivelmte aqui que o TGV resolveu parar para reabastecer.
Eu resolvi continuar, pois tínhamos combinado com o nosso carro de apoio que ele iria parar de vinte em vinte Kms.
Em Vila Nova de Mil Fontes e quando eu comandava um grupo, uma queda na retaguarda do mesmo e da qual eu não dei conta, condicionou um dos meus companheiros que para não chocar com o acidentado, ao travar, rebentou um boiaux.
Nesta altura eu seguia o Sub23 Emanuel Duarte, que impunha um ritmo que se viria a notar bastante forte para mim, fazendo-me descolar. Fiquei então na companhia do Victor Marques.
O acidente veio condicionar em muito a minha prestação, pois o carro de apoio parou para dar auxilio e eu, o Victor e o Mendes, fizemos imensos Kms sem líquidos.
Seguia eu mais o Victor, quando fomos apanhados por um grupo onde vinha o nosso colega Mendes. Fizemos alguns Kms juntos, mas desidratado, tive que acalmar o ritmo e acabei por os perder, caminhando mais lento até encontrar umas bombas e comprar uma garrafa de agua.
Voltei à estrada e fui andando até Rogil, local que tínhamos destinado como paragem para reabastecimento e reagrupamento.
Alguns elementos do grupo vinham em estado bastante deficitário e logo após o arranque, voltaram a perder o contacto.
Na descida que antecede a Carrapateira, começam a dar-me cãibras e ao começar a subida desta localidade, disse aos meus companheiros para seguirem o caminho que eu ficava por conta e risco.
O Marco Vieira e o Mendes, seguiram o seu caminho, ficando eu na companhia do Galitos e do Victor Marques (Cãocellara).
Fomos subindo a Carrapateira e mesmo eu em defice, íamos ultrapassando muito amigo do pedal.
Na parte final da subida e até Sagres, o Galitos e o Cãocellara, fizeram um trabalho de autênticos gregários, levando-me nas suas rodas, lutando contra o vento forte que se fazia sentir, imprimindo um ritmo de tal forma alto, que ninguém nos conseguiu ultrapassar .
Jantamos um bom repasto em Grandola, onde tivemos o prazer de encontrar a malta amiga da Airbike.
Gostei especialmente neste Troia Sagres do convívio entre todos os participantes, da harmonia entre ciclistas e automobilistas e da bastante numerosa participação feminina (foram mesmo muitas meninas com que me fui deparando ao logo do percurso).
Quero agradecer em meu nome pessoal à nossa "Motorista" Inês.
Fez um trabalho meritório perante as circunstâncias que se lhe foram deparando, sendo igualmente uma agradável companhia, contribuindo também para o salutar convivio e enorme quantidade de risadas.
Inté para o ano.
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