Pedro
Se cada imagem valer por mil palavras, estas abordagens mais fotográficas serão também, à sua maneira, longas crónicas.
Mas vamos ver se em breve regresso à escrita, para completar ainda mais estas aventuras e dar-lhes a envolvência que merecem.
Quanto ao prazer de pedalar, que seja isso mesmo. O que nos dá prazer a nós e a que só a nós dirá respeito. Haverá dias e gostos para tudo. E eu gosto muito dos meus dias assim.
Valter
O DNF deste ano "só" te deve apoquentar na questão da homologação maior. Lá terás de fazer o desvio a Salamanca. Física e mentalmente, estás aprovado! Já chegaste a conclusões quanto aos sucessivos furos?
Quanto aos brevets a pedalar, penso que o Alqueva tenha sido mesmo o meu último este ano.
Já tinha comentado que o BRM600 não me entusiasma particularmente, muito por culpa do traçado. Começo a ficar com o bichinho de tentar algo mais longo e ano seria particularmente bom para isso, já que consegui cumprir com sucesso o BRM400 e já tenho alguma bagagem física e mental para "dar o salto".
Mas, para mim, a jornada é mesmo tudo. E como tal, ainda que reúna a melhor companhia do mundo, não me consigo imaginar a desfrutar da viagem até Tróia. Seriam portanto 470Km a resmungar com o Universo para depois aproveitar apenas os últimos 130Km de litoral Alentejano. É uma desproporção grande e por isso, pelo menos para já, "estou fora".
Os restantes brevets de 2015 colidem com a agenda pessoal, pelo que também não há muito por onde inventar. Ou melhor, há…
Por isso vou continuando a inventar tolices para me entreter, sobretudo pelas estradas desertas e fascinantes aqui do meu quintal.
Joaquim
Para mim o tempo que dedico ao fórum é sobretudo um investimento. Invisto na partilha para que possa também usufruir daquilo que outros vão por cá colocando.
Por outro lado vou criando esta cápsula do tempo em que consigo acompanhar a minha evolução ao longo dos anos e claro, imortalizar também as belíssimas paisagens por onde vou passando.
Quanto ao fim-de-semana, é já ali!
Nuno
Às vezes tudo o que basta é um olhar diferente. Não imaginas quantas caras de surpresa já me fizeram quando elogio uma aldeola qualquer perdida no meio do nada. As pessoas acomodam-se à sua realidade e acabam por menospreza-la, é natural.
A beleza da fotografia enquanto expressão pessoal é ser um excelente exemplo de como o nosso contexto pessoal, social e comportamental afecta a nossa forma de apreender o que nos rodeia.
Assim como tu, também gosto de ser surpreendido com olhares diferentes a uma mesma realidade já conhecida. Por muito que queiramos há sempre um pormenor ou uma tomada de vista que nos escapa, mesmo naquela estrada que conhecemos bem. Procurar essas nuances é essencial para manter a curiosidade e a motivação em alta! E a curiosidade em alta é motor de novas descobertas. É um verdadeiro caso de pescadinha de rabo na boca.
Durante o brevet comentei que, ciclisticamente, o Alentejo não seria a minha primeira escolha. É na montanha que me sinto verdadeiramente bem. Contudo, podendo, não deixarei de lhe fazer (pelo menos) uma visita anual. Por detrás da aparente monotonia do ondulado existem milhares de pormenores à espera de serem descobertos. Por isso, ainda muito ficou por ver!
José
Já mais do que uma vez aqui o disse. Para mim a quilometragem deve ser apenas a consequência de uma proveitosa, enriquecedora e inspiradora jornada. Se não faço mais 300m ao quarteirão numa passeio de 99,7Km só para dar o místico número redondo de três dígitos, também não me interessa nada "encher chouriços" só para dizer que faço muitos quilómetros.
Como é óbvio é muito complicado capitalizar 100% da distância de um passeio, no entanto faço por pedalar sempre pelos melhores sítios possíveis e extrair o máximo de cada volta em termos cénicos, para que as partes menos interessantes sejam apenas vagas passagens sem relevância.
Desta vez deu-se o acaso de acabar por percorrer 411Km. Outras haverá em que 40 ou 50km bastarão para me deixar absolutamente deslumbrado…
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Boa semana a todos!