Numa perspectiva generalista, concordo que assim seja! Não estou a ver qual é estanheza....é assim tão descabido?? Agora, esses "deveres" devem ser adaptados ao veiculo/condutor e utilização. Se reparares é assim que acontece com os demais veiculos, motas, automóveis ligeiros, pesados, tratores, etc., cada um tem os seus "deveres" especificos como dizes.
Mas olhemos para os exemplos:
- Inspeção periódica: no caso especifico das bicicletas, não faz sentido, nem vejo qualquer tipo de utilidade, tal como acontece nas motas, embora aqui o assunto é mais discutivel, se calhar nas de menor cilindrada não é importante, mas nas restantes...mas isso não importa muito.
- Matricula: a matricula ou a matriculação não deixa de ser um registo, não quero dizer que vamos andar com uma matricula na bicicleta ou o que seja, mas sermos aconselhados a fazer um registo de forma facultativa, ou até mesmo em vez de registarmos as bicicletas registamo-nos como ciclistas, que tal?? Havendo registos, passam haver números, estatisticas, e isso tem um peso grande ao nivel do poder central e reformas e/ou ações direcionadas ao nível da melhoria da infra estrutura e prevenção. De momento nós ciclistas só aparecemos nas estatisticas dos acidentes; se perguntares quantos somos, como usamos a bicicleta, quando, etc ninguém te consegue apresentar dados fiáveis e realistas.
Para além disso pode ter uma aplicabilidade em outros campo como por exemplo os furtos, roubos, etc.
- Carta de condução: tens noção que nem toda a gente que anda de bicicleta tem carta e/ou conhece as regras, certo?? Pegando no exemplo dos carros, mesmo com carta tirada (ou "comprada") vê-se cada coisa, imagina se não fosse preciso tirar carta. No caso das bicicletas bastaria uma ação de formação, que podia ser perfeitamente integrada no plano escolar, algo que já acontece am algumas autarquias do nosso pais por iniciativa própria. Quem já tem carta, tem carta...
E então, desta forma ainda te parece tudo assim tão estranho?