Tens razão no argumento de que ultimamente há vários contratos que foram "quebrados"; mas há uma nuance que faz toda a diferença: são os ciclistas (e os seus empresários) a forçarem a situação.
Por outras palavras: não são as equipas a rasgarem o contrato (penso que nem sequer teriam hipótese se fosse posteriormente litigado).
Transportando estas premissas para a situação da UAE: caso a gestão ache que precisa de fazer ajustes na equipa, estão de certa forma "manietados" pois várias posições já estão ocupadas com contratos de longo prazo ... e que não devem ser nada baratos.
Usei a expressão barraca pois há várias coisas que podem correr mal em ter tantos contratos longos:
- descobres que o atleta é um escroque em termos pessoais e um activo tóxico no grupo;
- lesões graves e ficas agarrado a um corredor que anda a "pastar" vs as expectativas iniciais;
- como o número de provas importantes é limitado e só 3 podem estar no pódio, pode ser complicado gerir tantos egos e expectativas de médio/longo prazo;
- há sempre quem prometa muito quando era jovem, mas depois seja um barrete;
- atletas que "acomodam-se" um bocado (há a teoria que para alguns atletas a melhor época é aquela que precede a renovação do contrato

).
Por outro lado se acertam numa super estrela com ética de trabalho, seriedade e uma pessoa íntegra (Homem com H grande), garantem que tem um bicho na equipa durante 4,5 ou mais anos.