• Olá Guest , participa na discussão sobre o futuro desta comunidade neste tópico.

Tour de France 2016

Carolina

Well-Known Member
não tenho essa ideia. no dauphiné este ano, quando ganhou a etapa:

476843176-rui-alberto-costa-of-team-lampre-merida-gettyimages.jpg
 

Bernalve

Well-Known Member
Sim ele mantém o peso mais ou menos todo o ano. Mas mesmo assim parece que no inicio das épocas está sempre um pouco mais magro
 

Carolina

Well-Known Member
é possível. eu acho que ele também não tem facilidade em controlar tão bem o peso como fazem noutras equipas. pode estar a falhar algum pormenor na dieta (ou na "dieta").

mesmo assim parece-me mais magro do que estava à um ano atrás.
 

Martins

Well-Known Member
eu não sei bem em que tópico meter isto, mas como ele vai ao tour:

12376268_1054226614628488_9120701360606533200_n.jpg


é só impressão minha ou ele perdeu uns quilitos? estou a achar as pernas muito finas.

Vem aí o Natal e a Passagem de Ano. Ele assim já está preparado para a ingestão adicional de calorias desta época festiva

Abraço
 

lgass

Well-Known Member
não percebo. isto não vai reduzir os pontos atribuídos pela UCI às equipas em prova?

a organização prefere baixar o valor da prova para ter mais liberdade de escolha?

alguém com conhecimento mais macro disto pode fazer uma análise explicativa disto, já que eu não percebo a lógica... pff! :p
 

Carolina

Well-Known Member
isto é bluff puro e duro.

a UCI quer fazer alterações ao world tour e a ASO não quer. o problema aqui é que a ASO é dona de quase todas as provas do WT. eles não baixam nada, porque vão poder continuar a convidar quase todas as equipas WT. acho que ficam 2 ou 3 de fora, mas só isso.

isto faz com que as equipas também não tenham tanto interesse em ser WT, especialmente porque a prova que gera mais publicidade deixa de fazer parte.
 

Vega

New Member
Pelo que percebi é o seguinte:

- a UCI quer mudar o sistema para que as licenças World Tour tenham 3 anos de duração. Supostamente isso traz mais estabilidade às equipas que terão supostamente mais facilidade em arranjar patrocinadores. É chamado sistema fechado.

- A ASO prefere o sistema aberto, ou seja, as equipas já não têm a garantia que vão estar 3 anos no World Tour. Supostamente assim a ASO garante que em cada ano as equipas World Tour são as melhores do momento (e não por estarem lá por há 3 anos). Na prática a ASO é que quer decidir quais as equipas que podem participar nos seus eventos.

Penso que a UCI com o sistema fechado pretendia dar mais poder às equipas, mais estabilidade, dão-lhes mais receitas dos patrocínios. Será que a ASO se sentiu ameaçada ao ver que uma % maior dos patrocínios iria para as equipas e não para a própria ASO?

Por outro lado o World Tour beneficia também as provas de que a ASO não é dona. Deixando de existir o World Tour, as provas do World Tour que não pertecem à ASO perdem por tabela. Será que a ASO estava a ver outras regiões (provas na Ásia, Médio Oriente) a garantir cada vez maior % das receitas e quer acabar com isso?

Isto são só suposições porque não sei se percebi bem as motivações que estão por detrás destas políticas... a Velon, que tem 12 equipas, também é uma das partes interessadas..

Acho que no final do dia, isto é uma guerra por receitas de publicidade. Só que a ASO é tão poderosa que provavelmente será a UCI a voltar atrás nesta questão.
 

Carolina

Well-Known Member
as equipas recebem 0 euros das receitas. isto é mais uma das coisas que a velon quer alterar, mas como é óbvio, a ASO não quer.

parece-me que existe um certo entendimento entre a velon e a UCI, e isso também assusta a ASO. não é por acaso que das 12 equipas que formam o grupo velon, nenhuma é francesa.
 

undernardo

Active Member
não percebo. isto não vai reduzir os pontos atribuídos pela UCI às equipas em prova?

a organização prefere baixar o valor da prova para ter mais liberdade de escolha?

alguém com conhecimento mais macro disto pode fazer uma análise explicativa disto, já que eu não percebo a lógica... pff! :p
Essa noticia faz-me lembrar, com o devido distanciamento claro, a história "Benfica-Olivedesportos" em que o Benfica recusa o contrato de 110 milhões da Olivedesportos para, volvidos três anos, fazer este mega acordo com a NOS. O clube quebrou com o monopólio da empresa de Joaquim de Oliveira e introduziu uma nova era na negociação dos direitos televisivos em Portugal.

Neste caso concreto (ASO-UCI), trata-se de uma batalha de valores em que alguém (na minha óptica, o "Benfica") decide bater o pé face ao rumo que a UCI quer dar ao ciclismo. Começando nas licenças de três anos, no sistema de subidas e descidas de divisão, e nas restrições impostas pela UCI às provas do World Tour que, por sua vez segundo percebi, iriam retirar poder de decisão aos organizadores.

A questão aqui é que a ASO é organizadora de uma serie de provas com bastante relevância a nível mundial e saindo do World Tour terão mais liberdade para escolher quem compete ou não nas "suas" provas. Logo aí é um grande revés para algumas equipas WT que não garantirão à partida lugar no Tour ou Vuelta e isso poderá implicar outro grande revés nos patrocinadores e investidores. O ciclismo, mais que o futebol (que depende essencialmente de direitos televisivos e transferências), depende de exposição. Não estar em duas das grandes voltas pode levar a uma retracção no investimento por parte dos investidores, o que é basicamente o contrário do que a UCI defende com reforma de 2017.

Para a ASO: ya, as suas provas vão deixar de ser World Tour mas vão continuar a ter o mediatismo de sempre. Um Tour é um Tour, uma Vuelta é uma Vuelta, um Paris-Roubaix vai ser sempre um Paris-Roubaix. Poderão haver quebras nas receitas (só posso especular nesse sentido pois não estou dentro da logística de organização de uma prova dessas dimensões) mas por outro lado terão a liberdade de escolher quem pode ou não participar - o tal ciclismo mais aberto e menos fechado e elitista defendido pelas novas reformas da UCI.

Terão que chegar a um consenso se bem que acho que a UCI tem mais a perder com o rumo das coisas do que propriamente a ASO.
 

Carolina

Well-Known Member
a ASO também não fica assim com tanto poder quanto isso. eles ficam com mais alguma liberdade para escolher equipas, mas vão continuar a levar equipas WT. nunca na vida iriam deixar os principais candidatos à vitória de fora, porque isso também lhes ia tirar espectadores.

além disso arriscam-se a que o giro se torne o grande GT da época e não o tour. sem certeza de que participam no tour, os melhores ciclistas podem não querer arriscar uma preparação a pensar no tour e depois não serem convidados. e isto não é uma situação assim tão pouco provável, porque com a redução significativa de provas WT, a UCI pode subir o escalão de outras provas, obrigando assim as equipas WT a participar. se essas mesmas provas calharem em cima do tour...
 

GMQ

Well-Known Member
A ASO está tentar pressionar a UCI. Está a fazer bluff sabendo que a marca Tour vale muito no ciclismo. Mesmo o tour passado à segunda, terceira ou quarta categoria seria sempre o Tour pois a mistica da prova está lá. A não ser que façam como fizeram como o Dakar, e passem o Tour para Argentina, Chile, etc.
 

undernardo

Active Member
a ASO também não fica assim com tanto poder quanto isso. eles ficam com mais alguma liberdade para escolher equipas, mas vão continuar a levar equipas WT. nunca na vida iriam deixar os principais candidatos à vitória de fora, porque isso também lhes ia tirar espectadores.

além disso arriscam-se a que o giro se torne o grande GT da época e não o tour. sem certeza de que participam no tour, os melhores ciclistas podem não querer arriscar uma preparação a pensar no tour e depois não serem convidados. e isto não é uma situação assim tão pouco provável, porque com a redução significativa de provas WT, a UCI pode subir o escalão de outras provas, obrigando assim as equipas WT a participar. se essas mesmas provas calharem em cima do tour...
Também tinha pensado nisso mas não quis alongar ainda mais o post. No fundo concordo. Se eles ficarem "independentes" da UCI, teriam que pensar bem na forma como organizariam os Grand Tours para evitar que os ciclistas planeassem incorrectamente as suas temporadas. É um con desta medida.

Já o facto da UCI subir o estatuto de algumas provas coincidentes com o Tour e Vuelta, penso que não acontecerá. Isso seria deitar água na fervura e promover a separação das organizações. Há umas semanas tinha lido que haviam provas no Médio-Oriente e na América do Norte que possivelmente passariam a estatuto World Tour. Mais do que a competitividade das provas acho que essa acção é apenas uma forma de eles ganharem mais algum dinheiro através de patrocinios. Contudo, não creio que sobreponham provas com o Tour e Vuelta pois isso irá de encontro às ambições das equipas e dos seus patrocinadores.

Se eu tivesse uma equipa que dependesse da publicidade e mediatismo de uma grande volta e se me privassem de estar nessa mesma grande volta provavelmente abandonaria o barco pois seria incomportável com os objectivos quer da equipa quer do patrocinador/investidores. Por outras palavras, se me dissessem, estás connosco (UCI) mas não podes participar no Tour e Vuelta em 2017, 2018 e 2019 pois tens calendário WT para cumprir ou se me dissessem podes competir no Tour e na Vuelta em 2017, 2018 e 2019 mas em contrapartida tens que chumbar a reforma da UCI, acho que a escolha era desportivamente lógica.

Agora... eu não faço ideia da logística de uma equipa e de que forma a não participação nessas provas influenciaria objectivamente nos seus orçamentos. Estou a supor do ponto de vista desportivo.

No fundo, no fundo, até concordo contigo: deve ser bluff... e se não for, a UCI poderá ter que reconsiderar.
 

lgass

Well-Known Member
no aspeto de patrocínios e investidores não me parece que fosse difícil as equipas arranjarem alternativas para a ásia e médio oriente...
 

pratoni

Well-Known Member
isso são apenas a comadres a zangarem-se a ver quem defende melhor a sua quintinha...

Ou melhor, em casa onde não há pão (há cada vez menos patrocinadores interessados no ciclismo), todos ralham e ninguém tem razão...
 

Carolina

Well-Known Member
o problema é que todas as equipas dependem da participação do tour.

a ASO tem muito poder, mas estão-se a cagar para a saúde das equipas. andam a negociar reformas à vários anos e agora que a UCI quer realmente avançar com medidas que são boas para proteger as equipas dizem que não querem... enfim. o que é que a ASO andou a fazer durante as negociações?!
 

Vega

New Member
Vai ser interessante ver quem ganha o braço de ferro. Provavelmente é a ASO que é a dona do TdF, que é prova com maior audiência.

Seria interessante ver se as Leis da Concorrência e de anti-trust são violadas, porque à primeira vista isto parece ser o caso de uma organização que põe e dispõe de um mercado. Mas se a UCI ou a Velon quisessem levar o caso a Tribunal (que na Europa e EUA são levados muito a sério) teria que se preparar para ter os bolsos fundos porque um caso destes iria custar milhões de euros em advogados (e anos a ser resolvido).

Até poderia ser que acontecesse no ciclismo uma coisa parecida ao caso Bosman no futebol. Não é que o caso seja parecido em si, mas poderia alterar o panorama do ciclismo, tal como a Lei Bosman alterou o futebol.
 
Top Bottom