Carolina
Well-Known Member
Bom, também vou deixar o meu relato.
Por causa duma aposta estupida, inscrevi-me com imensa antecedência no MF da Serra da Estrela, o que no fundo foi uma tentativa fútil de me motivar a pedalar mais. Não me preparei minimamente, não tenho qualquer justificação, foi só mesmo preguiça.
Passando ao que interessa… O arranque foi muito tranquilo. Geralmente há sempre malta a fazer manobras parvas para chegar à frente, mas para minha surpresa, não se passou nada. Havia ritmo controlado durante os primeiros kms, o que ajudou. Já não fazia uma prova há tanto tempo que nem me lembro se isso era hábito ou não, provavelmente sim.
Como sabia que ia ficar para trás não me preocupei em tentar acompanhar o ritmo da frente. Ia ser um dia longo, o meu único foco era gerir o esforço para chegar ao fim. Depois da separação dos percursos, quando a estrada começou a inclinar, fiquei junto dos últimos.
Na subida para Santo Estevão tive muito calor por estar a bater o sol. Levei um jersey fino, de manga comprida, se calhar devia ter ido de jersey. Transpirei imenso sem necessidade. Fiz a subida toda em frente ao Carro Vassoura com a companhia de mais 2 pedalantes, um deles ia de BTT. O homem estava a falar demasiado em desistir e acabou por ficar em Manteigas.
No topo da subida parei no primeiro abastecimento. Já tinha um dos bidons vazio, decidi encher com a bebida da gold nutrition que lá tinham. O rapaz da organização chamou-lhe “recuperador”, o que para mim não faz qualquer sentido, mas pronto, desde que aquilo tivesse hidratos, devia servir. Também comi uma banana e alguns frutos secos com sal. O abastecimento era ok, tinham 3 ou 4 tipos de fruta, marmelada, frutos secos, água, sumos, cola, sandes de queijo/presunto, batatas fritas e possivelmente mais qualquer coisa.
A descida para Manteigas foi muito tranquila, ainda deu para ultrapassar 2 ou 3 pessoas. Não tenho jeito nenhum a descer, mas como já tinha feito aquela estrada a subir, acho que consegui travar menos que o habitual quando não conheço as descidas.
Em Manteigas só parei para ir à casa de banho e depois segui. Não parei no abastecimento. Fiz a subida pelo Vale Glaciar em 2018, de maneira que só aqueles 2 kms iniciais é que me estavam a preocupar, por me lembrar que na altura eram os que mais me tinham custado. Quando passei essa fase fiquei mais tranquila com o esforço que faltava. A partir desta altura comecei a cruzar-me sempre com as mesmas 2 pessoas: uma rapariga que estava no mesmo escalão que eu e um senhor que ia de azul. O Carro Vassoura também voltou a aparecer.
Basicamente, eles passavam por mim, paravam, eu ultrapassava-os, eles voltavam a passar por mim, voltavam a parar, etc. E isto a repetir-se indefinidamente até ao fim. Eles estavam constantemente a parar. Mais para o final do Vale Glaciar, antes da estrada virar pra direita, parei junto a uma fonte. Aquela bebida da gold tinha um sabor horrível, demasiado doce. Mandei fora, enchi com água e despejei um gel lá para dentro. Havia uns bancos de pedra ao lado da fonte, devo ter-me sentado uns 4 ou 5 minutos. A rapariga, quando me viu sentar, perguntou logo se ia descansar um bocado. Disse-lhe que sim e então ela parou também. Por esta altura já tinha começado a passar malta do granfondo (os tipos da Love Tiles estavam mesmo a voar! ).
Lá continuei a subida até ao Centro de Limpeza. Aqui a rapariga e o outro ciclista de azul chegaram primeiro que eu e foram embora pouco depois. O abastecimento só tinha água e banana, (achei fraco).
Os últimos 6 kms foram absolutamente horríveis (42 rpms de média ). O tipo de azul parou a uns 4,5-5kms do final e ouvi-o dizer para a ambulância que estava com caimbras. Ultrapassei-o e só o voltei a ver na meta. Depois, a cerca de 3kms da meta, a rapariga ia uns metros à minha frente, pára e começa a ir a pé. Também só a voltei a ver na meta.
Não sei como é que fiz os últimos kms, só sei que os fiz.
Aquele abastecimento no final também achei fraco. Bebi meio copo de cola e comi uma mini-sandes de queijo. Também não tinha muito mais por onde escolher.
Ainda tive de descer para Seia. Vá lá que a subida pelo Sabugueiro era mais fácil do que eu estava à espera. Parei na zona do secretariado para espreitar o almoço, mas estava sem vontade nenhuma de comer. Só queria tomar banho e deitar-me.
Resumindo, se se inscreverem para uma prova, preparem-se!
Sobre a organização, alguns dos abastecimentos podiam ser melhorzitos. A mota nº16 e a ambulância (Carro Vassoura) tinha malta impecável.
Perdi a conta ao nº de embalagens de gel e de barras no chão. Na Torre, a quantidade de copos de plástico no chão era incrível. Havia caixotes do lixo, a prova tinha terminado, não há qualquer motivo para mandar o lixo para o chão. Espero bem que a organização tenha percorrido o percurso a apanhar o lixo, (eu sei que provavelmente estou a ser muito ingénua).
Por causa duma aposta estupida, inscrevi-me com imensa antecedência no MF da Serra da Estrela, o que no fundo foi uma tentativa fútil de me motivar a pedalar mais. Não me preparei minimamente, não tenho qualquer justificação, foi só mesmo preguiça.
Passando ao que interessa… O arranque foi muito tranquilo. Geralmente há sempre malta a fazer manobras parvas para chegar à frente, mas para minha surpresa, não se passou nada. Havia ritmo controlado durante os primeiros kms, o que ajudou. Já não fazia uma prova há tanto tempo que nem me lembro se isso era hábito ou não, provavelmente sim.
Como sabia que ia ficar para trás não me preocupei em tentar acompanhar o ritmo da frente. Ia ser um dia longo, o meu único foco era gerir o esforço para chegar ao fim. Depois da separação dos percursos, quando a estrada começou a inclinar, fiquei junto dos últimos.
Na subida para Santo Estevão tive muito calor por estar a bater o sol. Levei um jersey fino, de manga comprida, se calhar devia ter ido de jersey. Transpirei imenso sem necessidade. Fiz a subida toda em frente ao Carro Vassoura com a companhia de mais 2 pedalantes, um deles ia de BTT. O homem estava a falar demasiado em desistir e acabou por ficar em Manteigas.
No topo da subida parei no primeiro abastecimento. Já tinha um dos bidons vazio, decidi encher com a bebida da gold nutrition que lá tinham. O rapaz da organização chamou-lhe “recuperador”, o que para mim não faz qualquer sentido, mas pronto, desde que aquilo tivesse hidratos, devia servir. Também comi uma banana e alguns frutos secos com sal. O abastecimento era ok, tinham 3 ou 4 tipos de fruta, marmelada, frutos secos, água, sumos, cola, sandes de queijo/presunto, batatas fritas e possivelmente mais qualquer coisa.
A descida para Manteigas foi muito tranquila, ainda deu para ultrapassar 2 ou 3 pessoas. Não tenho jeito nenhum a descer, mas como já tinha feito aquela estrada a subir, acho que consegui travar menos que o habitual quando não conheço as descidas.
Em Manteigas só parei para ir à casa de banho e depois segui. Não parei no abastecimento. Fiz a subida pelo Vale Glaciar em 2018, de maneira que só aqueles 2 kms iniciais é que me estavam a preocupar, por me lembrar que na altura eram os que mais me tinham custado. Quando passei essa fase fiquei mais tranquila com o esforço que faltava. A partir desta altura comecei a cruzar-me sempre com as mesmas 2 pessoas: uma rapariga que estava no mesmo escalão que eu e um senhor que ia de azul. O Carro Vassoura também voltou a aparecer.
Basicamente, eles passavam por mim, paravam, eu ultrapassava-os, eles voltavam a passar por mim, voltavam a parar, etc. E isto a repetir-se indefinidamente até ao fim. Eles estavam constantemente a parar. Mais para o final do Vale Glaciar, antes da estrada virar pra direita, parei junto a uma fonte. Aquela bebida da gold tinha um sabor horrível, demasiado doce. Mandei fora, enchi com água e despejei um gel lá para dentro. Havia uns bancos de pedra ao lado da fonte, devo ter-me sentado uns 4 ou 5 minutos. A rapariga, quando me viu sentar, perguntou logo se ia descansar um bocado. Disse-lhe que sim e então ela parou também. Por esta altura já tinha começado a passar malta do granfondo (os tipos da Love Tiles estavam mesmo a voar! ).
Lá continuei a subida até ao Centro de Limpeza. Aqui a rapariga e o outro ciclista de azul chegaram primeiro que eu e foram embora pouco depois. O abastecimento só tinha água e banana, (achei fraco).
Os últimos 6 kms foram absolutamente horríveis (42 rpms de média ). O tipo de azul parou a uns 4,5-5kms do final e ouvi-o dizer para a ambulância que estava com caimbras. Ultrapassei-o e só o voltei a ver na meta. Depois, a cerca de 3kms da meta, a rapariga ia uns metros à minha frente, pára e começa a ir a pé. Também só a voltei a ver na meta.
Não sei como é que fiz os últimos kms, só sei que os fiz.
Aquele abastecimento no final também achei fraco. Bebi meio copo de cola e comi uma mini-sandes de queijo. Também não tinha muito mais por onde escolher.
Ainda tive de descer para Seia. Vá lá que a subida pelo Sabugueiro era mais fácil do que eu estava à espera. Parei na zona do secretariado para espreitar o almoço, mas estava sem vontade nenhuma de comer. Só queria tomar banho e deitar-me.
Resumindo, se se inscreverem para uma prova, preparem-se!
Sobre a organização, alguns dos abastecimentos podiam ser melhorzitos. A mota nº16 e a ambulância (Carro Vassoura) tinha malta impecável.
Perdi a conta ao nº de embalagens de gel e de barras no chão. Na Torre, a quantidade de copos de plástico no chão era incrível. Havia caixotes do lixo, a prova tinha terminado, não há qualquer motivo para mandar o lixo para o chão. Espero bem que a organização tenha percorrido o percurso a apanhar o lixo, (eu sei que provavelmente estou a ser muito ingénua).