Bom, finalmente recuperado do maior empeno que já apanhei em cima da mula, ficam as minhas impressões...
Percurso: Mediofondo - 108 km, 2383m D+ de acordo com o Strava/Wahoo. 157º/212
Organização: Muito semelhante ao que fizeram no GF Lisboa (até o almoço parecia igual). Muita polícia a passar constantemente, e nunca vi tantas vezes o apoio neutro como neste. Também vi muitos furos nos primeiros Km. Indicações bem dadas e perigo assinalado em muitos sítios. Talvez tenham pecado pelo excesso mas achei melhor do que por defeito. Abastecimentos bons, com sandochas de queijo e de fiambre, barra energética da Prozis partida aos quadradinhos, isotónico, cubinhos de marmelada, batata frita. Havia muita coisa mesmo. E acompanhamento musical com os belos dos bombos sempre a acompanhar (dava um ambiente bem fora do comum!).
Tive pena de não haver opção de inscrição com jersey sem ser a VIP. A camisola Gobik que vinha no pack do GF Lisboa é a melhor que tenho. E a do AdX é bem bonita também.
Percurso: Finalmente faço um GF com uma partida dita normal, depois das asneiras da Arrábida, Lisboa e S. Mamede. Em termos de paisagem foi o mais bonito que fiz, de longe. Fiquei mesmo com vontade de ir conhecer a zona melhor. Só tenho a apontar como mau os últimos km do Alto do Xiqueiro, com piso horroroso, mas tirando isso, estradas boas e muito desafiantes. Plano é mentira ali!!!
A minha prova: Conforme previa, ia ser impossível manter grupos organizados, dada a disparidade de andamentos no terreno mais acidentado, que existia em abundância. Tinha pensado acompanhar grupos até ao sopé do Xiqueiro, mas mesmo isso foi muito complicado porque a zona do perfil que mais parece plana...É tudo menos plana. Consegui, minimamente. Claro que no Xiqueiro acabou essa festa. Muita dureza na segunda metade da subida, com piso muito difícil. Fez-me lembrar S. Mamede via Alegrete. Abastecimento rápido e ataquei a descida. Esta interrompida a meio na zona da barragem de Santa Luzia. O esforço no Xiqueiro tramou-me e a partir de Santa Luzia foi em gestão máxima. O muro de Janeiro era tramado, mas relativamente curto. Depois deste ponto acompanhei uma rapariga, que ia fortíssima em despique com outra que ia um pouco à frente. Bem se queixava que ainda tinha de subir 11km seguidos mas a verdade é que depois do 2º abastecimento nunca mais a vi. Aqui parei ainda dois ou três minutos para me recompor e ataquei o Açor - daquelas subidas muito irregulares que não permitem manter um ritmo constante. Sabia que pela frente ainda ia ter de passar o Souto da Casa que no perfil não parece nada mas ao fim de 100km pesa...E muito. Final à volta do Fundão e mais um desafio conquistado.
Em suma, uma experiência a repetir, e aquela que me deu mais satisfação até agora.