Para os que possam estar interessados, deixo as minhas impressões sobre este modelo: quadro Evo Power em carbono, rodas Aero 20/24, transmissão Shimano (quase totalmente 105). 1099€.
Desde já, compreendam que sou praticamente um estreante em ciclismo. Há menos de quatro meses estreei-me numa Triban 500 na qual fiz 3000 kms, mas agora tive necessidade de uma segunda bicicleta para ter disponível noutra cidade, e experimentei comprar algo num escalão um pouco acima, pese embora estar muito satisfeito com a Triban.
Quanto à Mach 720:
Nervosa, rápida, confortável. Parece uma bicla para alguém com menos 20 anos e 10 quilos que eu. Tem raça. Um maquinão de velocidade, com uma aceleração espantosa: quando estou farto da paisagem, basta carregar nos pedais, e sente-se a bicha a acelerar instantaneamente, merece bem as relações de transmissão que tem (52-36, 11-28). As rodas BTwin Aero 20/24 devem ter uma boa quota parte de reponsabilidade nisto. O quadro, além de ser leve (e de parecer feito de cartão), absorve bem as irregularidades do terreno, e a posição de condução é agressiva qb, sem ser cansativa. O guiador parece mais pequeno e estar mais baixo que na Triban.
Hoje numa rotunda apanhei o piso algo molhado, e cometi o erro de, em volta, meter uma abaixo e acelerar: ia sendo ultrapassado pela roda traseira, em derrapagem - parecia uma mota a fazer slide! E agora já sei para que servem os travões, dou por mim a ter que os usar antes das curvas apertadas, porque a bicla pede mesmo para as abordar a grande velocidade. Embora não sejam Shimano 105, como os componentes principais da transmissão, são BTwin e parecem-me eficazes, precisos e progressivos.
Pensei que era arriscadote ir para uma geometria e relações de transmissão mais racing e menos endurance, gostando de vez em quando de uns passeios mais longos, mas de facto 95% das minhas voltas são inferiores a duas horas e a bicla acaba por ser confortável. Ainda não toquei no carreto 11. Nem no 28, mesmo nas subidas mais inclinadas que apanhei. Aquilo resulta bem.
Refira-se, no entanto, que tal como na Triban, meti-lhe um selim decente (Selle Italia C2 Gel Flow, o original era mesmo mau) e uns pedais Look Keo Classic 2 (trazia uns compatíveis mas de plástico, muito fracos). Quando se gastar, meto uma fita nova no guiador (a Decathlon tem umas impecáveis a seis euros, parece cabedal com furinhos) e uns pneus melhores (na outra tenho uns Michelin Pro4 Service Course que gosto mais que os Equinox de origem).
Muito contente. Já rebentei uns quantos PRs no Strava.
Ser marca Decathlon tem várias consequências, umas boas, outras nem por isso: os snobs vão achar que a bicla é "de supermercado", mas o que é facto é que anda, e bem; a relação qualidade-preço parece francamente boa; o serviço de assistência é bom e fácil de encontrar por quase todo o país; o grande inconveniente é que pode ser difícil encontrar o modelo que se pretende, no tamanho correcto. Eu tenho 1,73 m, com 81 cm de perna, o recomendado era um quadro 53, e foi isso que consegui, resultando num set-up muito bom.
Desde já, compreendam que sou praticamente um estreante em ciclismo. Há menos de quatro meses estreei-me numa Triban 500 na qual fiz 3000 kms, mas agora tive necessidade de uma segunda bicicleta para ter disponível noutra cidade, e experimentei comprar algo num escalão um pouco acima, pese embora estar muito satisfeito com a Triban.
Quanto à Mach 720:
Nervosa, rápida, confortável. Parece uma bicla para alguém com menos 20 anos e 10 quilos que eu. Tem raça. Um maquinão de velocidade, com uma aceleração espantosa: quando estou farto da paisagem, basta carregar nos pedais, e sente-se a bicha a acelerar instantaneamente, merece bem as relações de transmissão que tem (52-36, 11-28). As rodas BTwin Aero 20/24 devem ter uma boa quota parte de reponsabilidade nisto. O quadro, além de ser leve (e de parecer feito de cartão), absorve bem as irregularidades do terreno, e a posição de condução é agressiva qb, sem ser cansativa. O guiador parece mais pequeno e estar mais baixo que na Triban.
Hoje numa rotunda apanhei o piso algo molhado, e cometi o erro de, em volta, meter uma abaixo e acelerar: ia sendo ultrapassado pela roda traseira, em derrapagem - parecia uma mota a fazer slide! E agora já sei para que servem os travões, dou por mim a ter que os usar antes das curvas apertadas, porque a bicla pede mesmo para as abordar a grande velocidade. Embora não sejam Shimano 105, como os componentes principais da transmissão, são BTwin e parecem-me eficazes, precisos e progressivos.
Pensei que era arriscadote ir para uma geometria e relações de transmissão mais racing e menos endurance, gostando de vez em quando de uns passeios mais longos, mas de facto 95% das minhas voltas são inferiores a duas horas e a bicla acaba por ser confortável. Ainda não toquei no carreto 11. Nem no 28, mesmo nas subidas mais inclinadas que apanhei. Aquilo resulta bem.
Refira-se, no entanto, que tal como na Triban, meti-lhe um selim decente (Selle Italia C2 Gel Flow, o original era mesmo mau) e uns pedais Look Keo Classic 2 (trazia uns compatíveis mas de plástico, muito fracos). Quando se gastar, meto uma fita nova no guiador (a Decathlon tem umas impecáveis a seis euros, parece cabedal com furinhos) e uns pneus melhores (na outra tenho uns Michelin Pro4 Service Course que gosto mais que os Equinox de origem).
Muito contente. Já rebentei uns quantos PRs no Strava.
Ser marca Decathlon tem várias consequências, umas boas, outras nem por isso: os snobs vão achar que a bicla é "de supermercado", mas o que é facto é que anda, e bem; a relação qualidade-preço parece francamente boa; o serviço de assistência é bom e fácil de encontrar por quase todo o país; o grande inconveniente é que pode ser difícil encontrar o modelo que se pretende, no tamanho correcto. Eu tenho 1,73 m, com 81 cm de perna, o recomendado era um quadro 53, e foi isso que consegui, resultando num set-up muito bom.