O belga Eddy Merckx, considerado um dos melhores ciclistas da história, sofria de um problema cardíaco que o impedia de competir, segundo uma biografia publicada ontem. “Rolou durante toda a sua carreira com uma espada de Dâmocles sobre a cabeça”, assegurou o cardiologista italiano Giancarlo Lavezzaro, que o examinou no Giro d’Italia (Volta à Itália) em 1968, a sua primeira grande vitória internacional. Estas revelações foram relatadas por Daniel Friebe, autor de “Eddy Merckx, o Canibal”, e citadas na quarta-feira pelo diário belga “De Morgen”.
O médico falou sobre o “resultado alarmante” quando fez um eletrocardiograma e verificou que Eddy Merckx tinha uma “cardiomiopatia hipertrófica não obstrutiva”.“Não houve sintomas, mas havia um risco real de morte súbita”, contou, revelando que transmitiu essas conclusões ao médico pessoal do ciclista, que não as considerou preocupantes e não as revelou a Eddy Mercks. Segundo Giancarlo Lavezzaro, o belga, vencedor cinco vezes do Tour de France (Volta à França), não teria sido autorizado a correr se fosse sujeito aos testes actuais.
“Com um tal diagnóstico, ninguém conseguiria a licença hoje em dia”, assegura o cardiologista. Questionado pelo “De Morgen”, Eddy Merckx manifestou-se “surpreso” pelas conclusões da biografia. “Sempre soube que tenho um coração especial, que é particularmente grande. Também sei que havia muitos problemas de coração na família do meu pai, pois ele e os seus irmãos morreram jovens”, afirmou. “Por esse motivo, fiz exames em todos os anos da minha carreira. Tomei medicamentos, mas nunca tive qualquer problema”, concluiu o antigo atleta, agora com 66 anos. Eddy Merckx triunfou em cinco edições do Tour de France (1969, 1970, 1971, 1972 e 1974), assim como no Giro d’Italia(1968, 1970, 1972, 1973 e 1974). Na Vuelta (Volta à Espanha), o belga apenas venceu em 1973.
No seu auge, Eddy Merckx media 1,83 m e pesava 73 kg antes do Tour. A sua frequência cardíaca em repouso era de 36 BPM, e 162 BPM em esforço máximo e a recuperação para os 68 BPM (pós esforço) demorava 30 segundos. A sua capacidade pulmonar era de 7,11 litros.
In: Lusa
O médico falou sobre o “resultado alarmante” quando fez um eletrocardiograma e verificou que Eddy Merckx tinha uma “cardiomiopatia hipertrófica não obstrutiva”.“Não houve sintomas, mas havia um risco real de morte súbita”, contou, revelando que transmitiu essas conclusões ao médico pessoal do ciclista, que não as considerou preocupantes e não as revelou a Eddy Mercks. Segundo Giancarlo Lavezzaro, o belga, vencedor cinco vezes do Tour de France (Volta à França), não teria sido autorizado a correr se fosse sujeito aos testes actuais.
“Com um tal diagnóstico, ninguém conseguiria a licença hoje em dia”, assegura o cardiologista. Questionado pelo “De Morgen”, Eddy Merckx manifestou-se “surpreso” pelas conclusões da biografia. “Sempre soube que tenho um coração especial, que é particularmente grande. Também sei que havia muitos problemas de coração na família do meu pai, pois ele e os seus irmãos morreram jovens”, afirmou. “Por esse motivo, fiz exames em todos os anos da minha carreira. Tomei medicamentos, mas nunca tive qualquer problema”, concluiu o antigo atleta, agora com 66 anos. Eddy Merckx triunfou em cinco edições do Tour de France (1969, 1970, 1971, 1972 e 1974), assim como no Giro d’Italia(1968, 1970, 1972, 1973 e 1974). Na Vuelta (Volta à Espanha), o belga apenas venceu em 1973.
No seu auge, Eddy Merckx media 1,83 m e pesava 73 kg antes do Tour. A sua frequência cardíaca em repouso era de 36 BPM, e 162 BPM em esforço máximo e a recuperação para os 68 BPM (pós esforço) demorava 30 segundos. A sua capacidade pulmonar era de 7,11 litros.
In: Lusa