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Tour de France 2016

Rapido

Well-Known Member
E que tal as etapas serem mais curtas? É que é como o DMA constatou, voltas de 3 semanas com quilometragens tão elevadas, deixam os ciclistas todos no elástico não permitindo margens para ataques e contra ataques.
 

Carolina

Well-Known Member
bonificações muito grandes iam estragar tudo, porque começavam a guardar-se sempre para o fim. faziam só um ataque nos últimos 2 ou 3 kms.

o problema para mim nem é tanto a quilometragem ou as bonificações, são mesmo os ciclistas. neste momento só há 2 ciclistas no pelotão com tomates para atacar a sério e arriscar tudo de longe: contador e nibali.
 

Bernalve

Well-Known Member
As etapas deste Tour foram curtas. Estamos a falar de profissionais que fazem 5 horas de bicicleta na maior das facilidades. Depende obviamente do ritmo, só assim eles passam por dificuldades.
 

DMA

Well-Known Member
@ Mig77:

Sim, o público em geral reclama do menor espetáculo, da falta do "ciclismo romântico", dos gajos com bolas para atacar.
E eu entendo essas queixas. Eu também adorava ver um ataque na base duma subida alpina de 15 km, de ver um Riis a vir atrás e a vir inspecionar que estava, a cor das meias de quem vinha no grupo restrito, fumar um charuto e depois arrancar e deixar outros gajos pregados na estrada. De vir tanques como o Ullrich e o Indurain a subirem junto da nata e depois num CR de 60 km irem como se fossem montados numa CBR 125.
De ver o Pantani e esgaçar subida à cima. O Lance a subir o Ventoux como quem vai ali comprar o pão :) E nunca ter um dia mau (tirando o CR em 2003 e a etapa de montanha do dia seguinte, ou anterior, já não me lembro).
É claro que como show era fantástico, mas como reflexo da realidade estava muito deturpado.
Prefiro ver um GT com menos show mas em que os atletas são mais humanos, quebram, dão o peido. Por isso é que coloquei as referências do Steven K. pois mostram que o pelotão tem ETs com muito menos poder que há uns anos atrás.
E eles vão tão justos que não há como atacar de longe. Mesmo o Froome estava completamente nas cordas. Ainda teve que ser rebocado em algumas partes.
Quando se vai justo, e faltam uns 60 km com uns bons 20-25 km de subida brava, e talvez alguma parte rolante pelo meio, e uma descida a ligar as subidas finais, é kamikaze sair na penúltima subida (ou até na base da última).
Tu vais na frente de peito ao vento, e és perseguido não directamente pelo teu adversário, mas sim pelos gregários que ele leva. Com as margens tão pequenas entre os top dogs, basicamente é uma luta desigual.

Eu vejo uma competição como um GT, como o somatório dos tempos nas etapas. Não gosto de bonificações, são um deturpar do que aconteceu no terreno. Se chegaram a 1'' chegaram a 1'', e é isso que deve estar reflectido na geral.

Como nota, gostei do Giro (bastante), gostei do Tour e da Vuelta (bastante também).
E gosto cada vez mais das clássicas e provas de um dia. Quem quer emoção, de ver corridas desgarradas, de ver os gajos deixarem tudo na estrada, de ver grande nomes a estourarem, é seguir estas provas.
Algumas de 1 semana também conseguem ser muito engraçadas. O Dauphine o ano passado foi bem fixe.
 

DMA

Well-Known Member
As etapas deste Tour foram curtas. Estamos a falar de profissionais que fazem 5 horas de bicicleta na maior das facilidades. Depende obviamente do ritmo, só assim eles passam por dificuldades.

Lá está, depende da intensidade. Basicamente esse é o critério fundamental, muitas vezes mais que o perfil.
E a primeira semana foi de doidos. Lembram-se naquela etapa (penso que a 2ª ou algo do gênero) com uma chegada junto a costa.
Os ciclistas mais leves devem ter sofrido como uns cães sarnentos naquela chegada. Deve ser algo horrível para eles e que não tenho a miníma dúvida que deixa marcas.
 

otnemeM

Member
@ Mig77:

Sim, o público em geral reclama do menor espetáculo, da falta do "ciclismo romântico", dos gajos com bolas para atacar.
E eu entendo essas queixas. Eu também adorava ver um ataque na base duma subida alpina de 15 km, de ver um Riis a vir atrás e a vir inspecionar que estava, a cor das meias de quem vinha no grupo restrito, fumar um charuto e depois arrancar e deixar outros gajos pregados na estrada. De vir tanques como o Ullrich e o Indurain a subirem junto da nata e depois num CR de 60 km irem como se fossem montados numa CBR 125.
De ver o Pantani e esgaçar subida à cima. O Lance a subir o Ventoux como quem vai ali comprar o pão :) E nunca ter um dia mau (tirando o CR em 2003 e a etapa de montanha do dia seguinte, ou anterior, já não me lembro).
É claro que como show era fantástico, mas como reflexo da realidade estava muito deturpado.
Prefiro ver um GT com menos show mas em que os atletas são mais humanos, quebram, dão o peido. Por isso é que coloquei as referências do Steven K. pois mostram que o pelotão tem ETs com muito menos poder que há uns anos atrás.
E eles vão tão justos que não há como atacar de longe. Mesmo o Froome estava completamente nas cordas. Ainda teve que ser rebocado em algumas partes.
Quando se vai justo, e faltam uns 60 km com uns bons 20-25 km de subida brava, e talvez alguma parte rolante pelo meio, e uma descida a ligar as subidas finais, é kamikaze sair na penúltima subida (ou até na base da última).
Tu vais na frente de peito ao vento, e és perseguido não directamente pelo teu adversário, mas sim pelos gregários que ele leva. Com as margens tão pequenas entre os top dogs, basicamente é uma luta desigual.

Eu vejo uma competição como um GT, como o somatório dos tempos nas etapas. Não gosto de bonificações, são um deturpar do que aconteceu no terreno. Se chegaram a 1'' chegaram a 1'', e é isso que deve estar reflectido na geral.

Como nota, gostei do Giro (bastante), gostei do Tour e da Vuelta (bastante também).
E gosto cada vez mais das clássicas e provas de um dia. Quem quer emoção, de ver corridas desgarradas, de ver os gajos deixarem tudo na estrada, de ver grande nomes a estourarem, é seguir estas provas.
Algumas de 1 semana também conseguem ser muito engraçadas. O Dauphine o ano passado foi bem fixe.
Tal e qual. Estou a ler neste momento o The Secret Race e a relembrar alguns desses episódios e é bem fácil fazer alguns paralelos com ciclistas que ainda estão agora no activo e que até já tiveram 'episódios' (mais ou menos varridos para debaixo do tapete). No entanto parece que não se aprendeu nada e continua a clamar-se por super heróis. Como muitos atletas já disseram, o público é uma coisa muito engraçada: exige o altius fortius citius e enterra quem falha, mas depois cospe e ostraciza em quem dá na fruta (ou no "Edgar") para o conseguir. Enfim, são coisas.
 

DMA

Well-Known Member
Realmente é um bocado incompatível, ter gajos que dão exibições do outro mundo e que estejam minimamente limpos (não digo que actualmente estejam totalmente limpos que isso seria naif).
Eu entendo que o público queira show, eu também gosto.
A questão é que muito do público não tem a mínima noção do que é andar à sério. Mesmo muita gente que têm bikes e anda com alguma regularidade.
Eu também não tenho.
Mas sei o que é sofrer um bocado em cima da bike. E extrapolando tento imaginar o que os coitados passam.

Consegues ver como tanta gente não tem bem noção do que é andar à fundo, quando desvalorizam os contrarelogistas e se exaltam os escaladores.
Para mim ambos tem valor, cada um tem os seus argumentos.
Na minha opinião (que vale o que vale), muita gente acha que um contrarelogista tem "power", chega ali num percurso de 45-60 km, liga um interruptor e vai por ali fora. Não percebem que aquilo é das disciplinas mais brutais do ciclismo, e que exige para além de capacidade física, uma parte mental enorme.
O que acontece é que qualquer pessoa que ande de bike consegue entender que uma subida de 10% é dura. Se te meteres nela vais sofrer, não há opção.
Num sítio plano, há opção, podes tirar o pé. Muito pouca gente vai, por iniciativa própria, à fundo (e eu digo mesmo à fundo) num percurso plano. Quando tens as pernas banhadas em lactato, os níveis energéticos a crashar (por volta dos 25' - 40' ) continuar a "assapar" exige uma tenacidade, uma garra que é admirável.

Com este pequeno exemplo, quero mostrar o fosso que há entre o que acontece na prática e o que as pessoas imaginam.

Eu admiro muito os atletas.
O gregário que anda a rebocar a equipa antes das câmaras de TV iniciarem a transmissão.
O colega de equipa que coloca as suas ambições de parte para rebocar o chefe de fila.
A capacidade que eles tem de em dias de condições extremas (frio e calor) de ainda assim na hora final, ainda andarem como uns anormais.
Quando vão no limite, mesmo assim ainda tentarem atacar, mexer na corrida, mesmo quando vão perto da exaustão. Mesmo que sejam ataques "de pólvora seca".

Para mim um gajo que acaba a 3' ou 5' dum vencedor é um atleta do c#aralho. Hoje em dia há muito a visão do "winner takes it all". Ou ganhas ou "esquece".
Basicamente andam quase o mesmo, são diferenças minúsculas.
É claro que admiro o vencedor, não é isso que está em causa. E admiro gajos com aquela raça extra, como o Contador este ano no Giro. Teve uns cojones de aço.
Mas para mim quem acaba dentro dos 10' de diferença é um gladiador de qualquer maneira.
Por exemplo, adorei ver o Hesjedal a fazer uma corrida de trás para a frente no Giro, nunca atirando a toalha ao chão. Para mim é das coisas que mais admiro.
E no entanto acabou em 5º salvo erro.
 

lgass

Well-Known Member
eu acho que é por isso que o pessoa gosta tanto do Sagan. consegue ter todas essas qualidades!

lembram-se daquela perseguição em descida ao Plaza... sempre nos limites. quem ganhou? o plaza! mas o esforço e a tenacidade do sagan... ui
 

DMA

Well-Known Member
E aquela chegada em alto numa prova qualquer nos US? (já não me lembro qual). Foi emocionante, mesmo sem ter ganho.
Lá está não ganha assim tanto (como já ganhou), mas disputa tanta coisa, provas tão diversas, em terrenos tão diferentes, contra opositores que variam entre sprintes, puncheurs, gajos de clássicas.
É um sinal dum ciclista muito completo e versátil.
Se eu competisse adora ser um ciclista assim, que em n tipos de provas, pudesse lançar o caos :) que impusesse respeito aos adversários, algum medo até ... eheheh
E depois tem uma vertente técnica soberba.
 

MigC77

Well-Known Member
Mais uma vez DMA não discordo contigo na grande maioria das coisas que apontas e acho que ambos gostaríamos de ver o mesmo nas provas de ciclismo.

No entanto não concordo quando dizes que antes se corria como se corria porque andavam todos dopadíssimos. Deixo-te aqui este link com a lista de todos os vencedores do Tour assim como a quilometragem e tempo total para completar o Tour.

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Tour_de_France_general_classification_winners

Não me dei ao trabalho de passar para um excel e calcular a média mas calculei para alguns deles… e não que agora apesar de andarem “quase limpos” ou limpos mesmo o ritmo é muito parecido ou até superior??? Isto de certa forma não corrobora a tua teoria de que se corria de forma mais “agressiva” por causa do doping e que eram capazes de manter determinados ritmos pelas substancias que tomavam. Outra questão engraçada que eu não tinha a noção é que nos anos 70, 60 e anteriores a distância total do Tour era quase sempre superior a 4000km. Agora as equipas são muito mais profissionais, a preparação e a tecnologia é superior, o equipamento é melhor, etc… o percurso é mais curto e não dão espetáculo porque não “conseguem”????

Alias compara o ano 2004 com o ano 2013… Curioso não é…

Independentemente do dopping, porque quando existia de uma maneira ou de outra todos (ou quase todos) alinhavam, acho que o que era diferente era mesmo a estratégia e a forma como se abordava um GT. Por exemplo na altura do Big Mig, o gajo era muito forte no TT e era sobretudo aí que ele ganhava bastante vantagem, no entanto os adversários sabiam que o tinham que o colocar à prova nas montanhas … E punham!!!! Acontece é que ele sempre conseguiu gerir e acompanhar grandes escaladores da época.

Aquilo que referes que nas duas primeiras semanas deste último Tour se correu a um ritmo alucinante e que por isso chegaram à terceira semana mortos… Só te posso dizer que isso é a meu ver uma planificação pouco inteligente. Sinceramente o que é que a mim me interessa que nas etapas em que chega o pelotão todo junto se vá a um ritmo endiabrado???? Se depois supostamente isso serve de justificação para a falta de agressividade nas etapas onde se podem marcar mais diferenças…

Tens toda a razão que os 2º são grandes atletas… tal como o 3º, 4º, …. 10º, …, 20º, etc… disso não há qualquer dúvida. São supostamente a elite do ciclismo. Agora para a história só ficam os vencedores… no caso do Quintana/Movistar no ano passado, houve falta de ambição porque se contentaram com serem os primeiros do rol de derrotados…

Amigo DMA, acho que aqui todos gostamos de ciclistas com tomates e equipas que não se acomodem… e para mim esse é que é o principal problemas deste desporto hoje em dia… há poucos ciclistas com raça e as equipas estão mais interessadas em tácticas conservadoras para atingir objectivos menores do que em proporcionar espectáculo… Esquecem-se é que a continuar assim cada vez haverá menos espectadores.

Abraço
 

Bernalve

Well-Known Member
Eu concordo mais com a opinião do DMA, sou daqueles que não pedem ataques porque me apetece ver um ataque. Respeito o esforço dos ciclistas acima de tudo.

Hoje o ciclismo também é diferente do passado, hoje os ciclistas no pelotão WT têm as mesmas condições de trabalho e treino. Como em qualquer outro desporto, as coisas mudaram comparativamente ao passado. Hoje em dia os vencedores do passado também eram vencedores do futuro, mas duvido que a diferença que faziam facilmente para os outros mais medianos, se registasse hoje em dia. Antigamente, principalmente anos 50/60/70 não havia a figura de sprinter tão vincada, quem era bom conseguia fazer diferenças para os outros ciclistas em qualquer terreno, falo do terreno plano principalmente.

Concordo com o Mig ao dizer que há ciclistas que lhes falta garra para vencer, porque já houve demonstrações de raça enormes que deu para ganhar (Evans em 2011 no Tour, Contador em 2012 na Vuelta), mas nem todos são assim e acho que se deve respeitar quem não é assim. Mas isso advém muito da forma como é o ciclismo hoje em dia, um ciclista extraordinário como o Quintana pode perder tempo para um ciclista apenas bom se não gerir muito bem o seu esforço, porque lá está, a diferença entre ciclistas hoje em dia não é tão grande como à anos atrás. E concordo com o DMA ao dizer, que hoje os ciclistas já não podem confiar no doping carregado nas suas veias porque as coisas já andam mais apertadas principalmente durante o tempo de corrida. Eu acho que actualmente num Tour um ciclista não se consegue dopar.

Ainda pegando neste assunto de hoje em dia os ciclistas terem de gerir muito melhor o esforço: Eu vou pegar num dos melhores exemplos que deve ter marcado a carreira do Contador e também marcou muito o meu ponto de vista na gestão do esforço que um ciclista que muito bom que seja, tem de saber sempre gerir muito bem o esforço e saber usar a equipa também. Em 2009, no melhor ano de Contador, onde estava numa forma soberba, e como todos sabem o Contador é dos ciclistas que mais ataca e que mais garra tem, depois de ter ganho a etapa 5 do Paris Nice (chegada ao alto) com um minuto de avanço...

http://www.procyclingstats.com/race.php?id=104031

...contra o Frank, naquela altura um dos melhores do mundo quer em clássicas, provas de uma semana e GT´s. Partiu na liderança de amarelo para a etapa 6 que era de média montanha. O Contador com confiança que tinha e de amarelo atacou a mais de 40/50 km (não sei bem) numa subida não muito dura, os adversários acompanharam como puderam, o Contador continuava com os seus ataques, mas principalmente LLS lá conseguiu acompanha-lo e na descida recuperou o folgo. A 35 km da meta o Contador começou a mostrar dificuldade para acompanhar o ritmo do LLS e adversários no terreno plano e a descer até que a certa altura quebra mesmo... No final disse que se alimentou mal. Mas deu para ver que foi das piores decisões do Contador, atacar a 40/50 km da meta, onde largou a equipa e geriu muito mal o esforço em ataques desnecessários enquanto subia, em suma foi uma demonstração de garra e querer vencer que deu numa grande derrota. Chegou a 3 minutos do LLS. Contador o ciclista mais forte da prova e de sempre em provas por etapas perde para o LLS um ciclista muito bom a rolar e que se defendia na montanha. O Contador perdeu mesmo esse Paris Nice para o LLS. Na última etapa em chegada ao alto ainda foi 2º e ganhou alguns segundo ao LLS, mas apenas terminou em 4º na geral.

http://www.procyclingstats.com/race.php?id=104038
Ver a quebra dele aos 2.30 minutos.
[video=youtube;xjRsZXil9_A]https://www.youtube.com/watch?v=xjRsZXil9_A[/video]
 

otnemeM

Member
e não que agora apesar de andarem “quase limpos” ou limpos mesmo o ritmo é muito parecido ou até superior???
Este é o problema, a inocência que há no público. A ideia tremendamente errada que na era a.A. (antes de Armstrong) estavam todos a transpirar EPO e que na era d.A. já não.
Vou ignorar todos os designer steroids que existem e para os quais não há testes e pôr um ponto final nessa ideia fofa com este factóide: ainda há uns meses um jornalista tornou-se num rato de laboratório e provou que o método da micro-dose de EPO popularizado nas revelações do Floyd Landis ainda consegue enganar o passaporte biológico.
Tipo... podemos parar de fingir que as proezas de ataques consecutivos de hoje por parte da nata do ciclismo não são tão anormais como eram na altura do Armstrong, Ulrich, Pantani e afins?
 

MigC77

Well-Known Member
Meus amigos… vou colocar mais uns dados em cima da mesa…

Nos links que coloco em baixo podem ver as classificações de Tour nos seguintes anos 1962, 1972, 1982, 1992, 2002 e 2012… coincidindo assim com vitórias dos grandes mitos do ciclismo: Anquetil, Merckx, Hinault, Indurain, Armstrong, Wiggins (neste caso o titulo de mito é discutível :))…

https://en.wikipedia.org/wiki/1962_Tour_de_France#General_classification
https://en.wikipedia.org/wiki/1972_Tour_de_France#General_classification
https://en.wikipedia.org/wiki/1982_Tour_de_France#General_classification
https://en.wikipedia.org/wiki/1992_Tour_de_France#General_classification
https://en.wikipedia.org/wiki/2002_Tour_de_France#General_classification
https://en.wikipedia.org/wiki/2012_Tour_de_France#General_classification

Agora vejam lá se nos últimos 50 anos conseguem ver que existem grandes discrepâncias nas GCs??? A mim parecem-me bastante consistentes em termos de diferenças… Vão ver que normalmente a diferença entre o 1º e 10º ronda mais coisas menos coisa os 20min e que a partir dos 20 e picos classificados salta para diferença 1h…

E agora o de 2015
http://www.letour.fr/le-tour/2015/us/classifications.html

No ano passado a partir do 17º classificado a diferença para o vencedor ultrapassa 1h… Ainda há que diga que agora as coisas estão mais equilibradas???

Mas não há nada como ver os factos e não ir nas cantigas que nos vendem para justificar a monotonia das etapas hoje em dia… Agora muitos vão dizer que entre os 5 e 6 primeiros a diferença pode ser considerada curta… E eu digo é sim senhor!!! Tem toda a razão! Mas também digo reparem quem são os 6 primeiros classificados? Todos vencedores de GT (salvo o Valverde que ganhou uma Vuelta e depois lhe foi retirado resultado por dopping). Não é fácil que se junte tal elenco numa mesma prova. Mas também digo que houve muito pouca ambição por parte de alguns… e os que tiveram ambição não tiveram pernas…

Sinceramente eu não sou louco de achar que em todas as etapas tinha que haver ataques desde longe dos favoritos… Mas há um meio termo entre isso e o que temos visto nos últimos Tours… E falo especificamente no Tour de France porque é onde me parece que se corre de forma mais calculista e conservadora. Também não sou inocente nem ingênuo e sei que provavelmente isso se deve ao facto de ser o GT com mais relevo e mais importante logo com mais impacto financeiro para as equipas.

Em relação ao dopping vou repetir o que já disse… não estou nem aí para isso… Sinceramente acho que se existe todos o fazem porque nisto não bons nem maus. Há equipas e ciclistas que querem ganhar e que vão fazer o mesmo que o outros para estarem em igualdade de circunstancias… Se realmente hoje em dia o control anti-dopping é eficiente e andam todos limpos… Porreiro pá! A questão é que as análises e métodos anti-dopping andam sempre a reboque…

Havia mais para dizer… mas tenho que ir jantar :)

Abraço
 

qwerAC

Well-Known Member
eu sei que isto não tem nada a ver com o tour mas estive a ver a equipa da movistar para as clássicas das ardenas e.... têm betancur, moreno e valverde... a fleche wallonne está ganha para o valverde...
 
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