Por um lado entendo os discos nas bicicletas de estrada, atendendo à tendência de se usar aros de carbono. As pastilhas podem ser feitas de material XPTO, mas o facto é que são superficies que rápidamente se molham, e se pensar que o poder de travagem, está na capacidade de transformar energia cinética em energia térmica (e sua dissipação), menos sentido faz, termos travões no aro, e este ser em carbono.
Além do inconveniente de travagem, temos ainda o problema associdado às cargas que o aro tem de suportar. A travagem, ou melhor o aperto do aro, é algo que tem de ser suportado, e no caso do carbono, o uso de mais telas ou a introdução de uma parede interna, o que faz incrementar o peso da jante.
Depois disto, ainda temos a mínima distância entre os calços e a jante que faz com que toquem. Aqui a culpa pode ser de um quadro menos rígido lateralmente ou até de jantes menos rígidas (mais leves?), mas creio que faz muito sentido, separar dois mundos:
- Rodagem
- Travagem
A questão aerodinâmica, é algo duvidosa, principalmente quando o cicloturista rola na casa dos 25/30 Km/h e onde a posição do corpo influência mais o CxA que um cabo ou "apêndices" num quadro. Mesmo os mais rápidos e PRO, a rolarem nos +50Km/h, a posição tem mais influência que o cabo ou o travão. Sou muito céptico ao ver travões ditos "aerodinâmicos"... afinal, isso traduz-se em quantos segundo por 100kms?
Acredito que ao passar a existir mais grupos electrónicos (para mal dos meus pecados....) aparição de sistemas de travagem hidráulicas será tão natural como beber água.
PS - Eu vou continuar adorar os travões de jante! É a beleza da simplicidade!