Só lá fui uma vez em 2010, integrada no passeio da FPCUB. Na altura era tudo novidade para mim e ainda pedalava numa bicicleta de BTT, uma Myka branca da Specialized. Senti-me um bocado deslocada naquele mar de gente, no pára-arranca do passeio. À chegada a Santarém, aproveitei algumas promoções interessantes, mas consegui reter pouca coisa pois uma pessoa acaba por dividir-se entre a exposição, o convívio e a almoçarada. É incrível a quantidade de gente conhecida que se encontra ali.
(Atualmente, ir a passeios com centenas de participantes deixou de ser a minha praia... prefiro passeios que convidam à contemplação e introspeção, mas isso é um gosto pessoal e respeito quem pensa diferente.)
Os meus companheiros falavam boquiabertos das bicicletas, dos equipamentos e trocavam impressões com algumas vedetas presentes.
Admiro este tipo de iniciativa, mas achei que não contemplam o universo das bicicletas e não é dirigido a outros tipos de pedalantes, mais relaxados e menos vocacionados para o treino.
Também deixei de cobiçar bicicletas há muito tempo. A perspectiva agora é um pouco diferente. Que importa se a bicicleta é de BTT, de estrada, touring, ciclo cross, de alumínio, aço, titânio, carbono, um chaço qualquer vintage ou a última novidade da marca da moda.
O mais importante é ter saúde para pedalar. Cada vez que saírem para pedalar, quer tenham 20, 30, 40, 50 ou mais anos, pensem que pedalam porque sim, porque podem, seja lá qual for o ritmo e isso não tem preço; só por isso, considerem que são uns felizardos. Enjoy the ride