À partida, o senso comum, levar-nos-ia a considerar a obrigatoriedade do uso do capacete.
No entanto, estudos efectuados noutros países, demonstraram que isso diminui o uso da bicicleta como transporte alternativo.
Já estive em cidades em que o uso da bicicleta para deslocações é muito intenso (por ex. Amesterdão) e o uso do capacete é praticamente nulo. Porquê?
Porque o risco, nesse contexto, é bastante mais reduzido. O uso da bicicleta está enraizado, há ciclovias (que são respeitadas) há respeito de parte-a-parte entre ciclistas e condutores, e peões e ciclistas. Nesse contexto, também, a velocidade é relativamente reduzida e, em geral, a população tem mais destreza no controle da bicicleta. É claro que uma queda pode sempre acontecer, acontecem até a quem anda a pé, mas lá está, o risco é menor.
Também eu sei do que o uso do capacete nos pode livrar (já parti 3). Mas é óbvio que andar na ciclovia à beira mar ou ir até ao café da aldeia, não é a mesma coisa do que ir para o monte fazer btt ou andar na estrada, junto com o trânsito, a 20, 30 ou 40Km/h.
Ou seja, mais do que a obrigatoriedade do uso do capacete, cada um, deve (ou deveria) ter a responsabilidade de saber adequar o polinómio:
velocidade / equipamento de segurança / local onde está a transitar
Felizmente, pelo menos nas situações de maior risco, o uso já está mais ou menos generalizado. Já ninguém se sente ridículo (acho eu) por estar a usar capacete, como me acontecia em meados dos anos 90, quando comprei o meu 1º