Petite force: Livração ao contrário
Este fim-de-semana voltei aos tempos repartidos entre o BTT e a estrada e, tal como já tinha preconizado, as voltas de estrada são agora mais "caseiras" e menos ambiciosas. Há que dar algum espaço a que a paixão "respire", para não causar saturação. Tal como em tudo na vida, também nas pedaladas, o que é demais é erro…
Assim desta feita teria uma dupla de grandes amigos como companhia e, por isso, fui encarregue de criar um percurso com o máximo de 90Km para ser cumprido numa manhã.
Não houve hipótese de ser muito criativo até Penafiel. O pragmatismo falou mais forte e por isso fomos directos pela N15, com a subida do Carreiro a terminar com qualquer réstia de sono que ainda pudesse resistir.
Até Recesinhos não há história, a não ser uma vontade enorme de nos pirarmos da Estrada Real 15, que continua uma lástima, apesar dos remendos que aqui e ali vão sendo feitos…
Viragem em direcção a Sobretâmega, mas não iríamos fazer a descida directa. Ao invés fomos pela estrada interior, por Castelões e Livração, alongando o percurso um pouco mais para Oeste.
A paisagem está particularmente bonita neste Outono e foi a um ritmo muito moderado que fizemos este troço, apreciando a beleza que nos era oferecida, com a paleta avermelhada das árvores a contrastar com o verde da vegetação rasteira. A completar o quadro, uma fantástica sinfonia auditiva oferecida pelos inúmeras aves que aproveitavam os abundantes raios de sol para esticar as asas. Uma delícia!
Aqui e ali os mini-solares e a tal ruralidade ainda genuína que há tempos já aqui tinha falado e que ainda abunda por aquelas bandas.
Uns quilómetros à frente encontramos o Tâmega, que se espreguiçava à nossa frente. Foi na sua margem, já com o Marco de Canaveses à vista, que fizemos uma pequena paragem para abastecer e preparar a segunda fase da volta que seria a mais dura.
Quem fez o PIFANM do Torrão lembra-se certamente da vertiginosa descida que antecedia a chegada ao Tâmega que, desta feita, seria feita no sentido contrário.
Já tinha descrito esta parte dos montes de Raposeira anteriormente e volto a reforçar que não é muito comum encontrar rampas de 17% e subidas de quase 3Km a 8.6% por estas bandas…
Por isso estavam reunidos os condimentos para fazer crescer o acumulado de forma significativa nos próximos quilómetros.
Mas a envolvente é compensadora, com pouca civilização, muito arvoredo e alguns assados no forno!
A subida lá se vai conquistando, com as famosas zonas de descanso... a 6%!
Fomos escalando até Vila Cova, ponto mais alto da jornada. Mas daqui para a frente não seria mais fácil, com mais 2 topos e uma subida longa - Parada de Todeia - antes do descanso final até casa.
Apesar de já conhecer 90% da volta, é sempre um desafio diferente fazer em sentido contrário. Por isso, e sobretudo pela companhia, foi uma manhã muito bem passada.
Contas finais: 96Km com 1617m de acumulado. Registo >
STRAVA
Para comparação, uma brincadeira com os mesmos quilómetros na Freita teve mais... 1000m de acumulado
--
E ntem foi dia de BTT com mais 40Km a conhecer trilhos novos para os lados da Maia, Vilar da Luz e arredores. Para os curiosos, fica também o
registo.
--
Vá o tempo permitindo estes bons bocadinhos de pedal!