Este fim de semana planei uma volta para adicionar um novo record de acumulado às minhas actividades.
Aproveitando a minha deslocação às Beiras dei uma saltada ao Pinhal Interior à descoberta de umas picadas que me eram desconhecidas.
Tentei reduzir os kms dentro do possível para que o passeio não se prolongasse pela tarde, obrigou-me a escolher caminhos um pouco duvidosos e com acumulados ainda mais duvidosos.
Saí em direcção a Sarjedas com passagem pela Taberna Seca onde ainda ponderei beber o 1º cafézinho da manhã mas fiz mais uns kms e fui parar numa estação serviço já em S. Domingos.
O nevoeiro estava cerrado o que provocava um jersey molhado na parte frontal. Levei a camisola térmica e os manguitos, mantendo a temperatura do tronco confortável.
Passei Sarjedas e com algum receio do que vinha mais à frente fui à procura de Alvito da Beira.
Alvito da Beira
Entre Alvito da Beira e o Parque Eólico de Oleiros estão alguns dos kms (subidas) que eu procurava.
Passagem na Esfrega. Levo sempre uma grande "esfrega" nesta zona.
Fórneas e uma subida para largar uns palavrões, pelo menos para mim que sou da planície e não estou habituado a estas coisas.
Depois desta o resto da subida até às Eólicas até se faz bem.
Acho que o prazer de ser ver estas hélices de tão perto deve estar relacionado com a probabilidade de a seguir haver uma descida.
E aí vêm 7km de descanso, não fosse eu ter vertigens nestas descidas.
Passado Oleiros saí da nacional à direita por uma estrada estreita em direcção ao Mogadouro. Uma zona que me metia algum receio por ser completamente desconhecida.
Comecei a ver inclinações superiores a 10% que apesar de serem de curta duração faziam-me andar aos zig-zags. Pensei para mim, isto não são bons princípios, onde me vim meter.....
Cheguei à Capela de São José, um grande recinto com ar de ser um local de grandes festividades religiosas.
O gps teimava em indicar uma rampa descendente que apesar de ser de alcatrão até me fazia tremer.
Meti-me por ali abaixo e cheguei à Raposeira. Nada aconselhável a pistas de travagem em carbono, felizmente optei pelo alumínio quando adquiri as minhas.
Deparei-me com uma velhota que ficou com cara de espanto ao ver-me naquele local. Não estava a ver continuidade na estrada que trazia e ao questioná-la respondeu-me que para Sarjedas é seguir por aquela estrada de terra....................estrada de terra!
Aconselhou-me a voltar para cima e seguir a outra estrada da Capela até Pião.
Assim que dou inicio ao regresso o gps começa a marcar 15,20,30%!!!!!!Apeie-me e mesmo assim a dificuldade para progredir foi brutal.
Posso afirmar que foi a subida mais íngreme em que estive.
Depois daquela subida já nem estas placas assustam.
Felizmente existem imagens destas para compensar os esforços.
Regressei a Sarjedas e descobri um local curioso, uma estação de serviço para bicicletas.
De regresso ao rio Ocreza perto da praia fluvial da Taberna Seca.
Esta custou, mas como diz o ditado: "quando mais me bates mais gosto de ti"
https://www.strava.com/activities/296683829