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Um alentejano... perdido no ciclismo

iMiguel

Active Member
é combinar. Eu ando sempre sozinho. Não é que me faça diferença, mas em grupo sempre se pedala melhor.

Hoje era para ir andar, mas já sai tarde do trabalho e não deu... Só tive tempo de pegar na de btt e pedalar durante 40min aqui nas redondezas... No fim de semana é para desenferrujar!
 

torui

Well-Known Member
Eu diria antes, ciclistas experientes. Mas é com esses que nós aprendemos. Eu não ando há muito tempo (3 anos), e foi/é a andar com malta que anda mais nós que evoluimos. Nem imaginas os empenos que por vezes apanho, mas faz parte do processo de aprendizagem. Talvéz no próximo domingo apanhe outro empeno numa passagem por mértola integrado em pelotão (volta: Ourique, Castro Verde, Mértola, Almodôvar, Castro Verde, Ourique).
 

iMiguel

Active Member
Sim, nada contra a andar com pros, eu é que raramente os vejo a andar. Já falei aqui com uma pessoa e neste fim de semana (em principio) vaos esticar as pernas numa voltinha de 50-60km.
 

iMiguel

Active Member
#2 Volta de batismo da bicicleta (estradista alentejana)​

Boas.

Cá está mais um rescaldo da voltinha de hoje.

Levei durante a semana a matutar qual seria a volta de estreia da bicicleta, volta essa que tinha que ficar marcada na vida da dita de 2 rodas. Aqui no meu concelho há umas minas, minas essas que estão desativadas há alguns valentes anos, no entanto quando as mesmas funcionavam, o minério extraído era levado de locomotivas desde a Mina S. Domingos até ao Pomarão para depois seguir, via Rio Guadiana até ao seu destino. Lançado o mote, decidi partir para uma voltinha de Mértola até ao Pomarão.


Saí de casa depois do almoço ja com muito sol e o calor a começar a dar sinais (o Alentejo não perdoa), no entanto com tava um ventinho fresco, decidi partir para a "loucura". Os primeiros 5 km’s são mais que batidos por mim, subida e mais subida pelo que não teve grande interesse. Findo esta grande sucessão de curvas sempre a subir, chego à primeira localidade, os Fernandes. Como boa aldeia alentejana, com o calor não vi ninguém na rua, nem os cães!! :D

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Como podem ver, em Mértola vive-se bem :)

Com o acumular do tempo, houve uma luta entre o calor e o vento fresco, pois ambos queriam imperar na volta, enquanto eu, assistia aquela ação toda a pedalar.

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A minha “auto-estrada”

Mais à frente vejo dentro de uma vasta área uma criação de cabras, como não podia deixar de ser, a minha bike quis tirar uma foto com as suas primas ahah

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Qual a verdadeira e a “prima”?? :p

Num abrir e fechar de olhos, estava a caminhar a passos largos para um dos destinos, Pomarão! O calor já apertava e só de pensar que ia estar pertíssimo do rio só me apetecia chegar lá abaixo o mais rápido possível para me jogar para um duche refrescante no Rio :p

Segue uma série de fotos até chegar ao Pomarão:

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Então afinal, ainda pensam que o Alentejo é plano? Aí está uma pequeníssima amostra das serras que fazem parte da minha zona.

Agora a placa que me fez esta volta ser internacional, falo portanto disto:
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Antes de fazer a minha pausa para o meu abastecimento sólido fui dar um saltinho ali à Espanha. Quando acabei de passar a ponte senti-me um ciclista internacional eheh Já posso dizer que pedalei no estrangeiro... ok foram 100m, mas esses 100m ninguém mos tira LOOL

Lá entrei para o “centro” da localidade para o meu abastecimento. Uma maça e uma barrinha para repor algumas energias, já que a subida que me esperava ao sair do Pomarão era dura (podem ver o track do strava no fim desta crónica - 2º segmento).

Zona do abastecimento e tentativa de foto da localidade:
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O regresso começou com um speed que não imaginava, eis que a meio da subida, aparecem 2 senhores cães a seguir a minha roda, tive que parar, e quando parei os ditos fugiram... Raios partam... Com os gajos colados a roda vim a assapar, quando parei para lhes agradecer o apoio, fugiram... Há gente mal agradecida... :p adiante!

Com energias repostas (entretanto algumas gastas por causa dos jovens cães que me seguiram) assisti ao desfecho da luta renhida entre o calor e o vento fresco: ganhou o calor! A subida indeterminável e o calor a apertar, tinha que me hidratar com intervalos mais curtos.

Com os km’s a passar e o acumulado que ia ganhando um volume jeitoso só pensava numa paragem para uma água fresca ou uma cola geladinha com uma rodela de limão. Não tardou muito que esse desejo não se realizasse, pois liguei para um amigo meu e fui ao café dele localizado na Moreanes.

Para trás deixei uma longa reta aos altos e baixos, onde durante esses km’s a visão só via ao fundo as ondas de calor no chão, na mente percorria a frase “mas para quê este “sofrimento” todo, não podia ter vindo de manhã?”. Devo confessar que, como não tinha banda sonora, por vezes dava por mim a lembrar de várias melodias, melodias essas que faziam com que a frequência de pedalada aumentasse um pouco mais (melodias essas que variavam entre Metallica e The Offspring :p ).

Abastecimento líquido efectuado é hora de partir. Despeço-me do pessoal do café e digo “antes das 17.30h estou em casa” (eram 16.50). Bem dito bem feito, eram 17.20 quando cheguei a casa (sou grande ciclistas... 1,84m não é para menos ahaha). Nos últimos km’s, como o vento fez birra por ter perdido a luta anterior, dificultou-me a vida, pois apanhei muito vento de frente.

Por último, e em jeito de conclusão, posso dizer que para o batismo da bike, foi uma excelente volta, com uma boa média (para uma segunda volta nada mau). O que “dificultou” um pouco esta volta, e por isso, o maior rompe pernas, foi o calor durante toda a volta (sair de casa as 14h dá nisso :p ) e o vento de frente nos últimos km’s.

Sem antes de dar por encerrada esta crónica, deixo a última foto desta volta:

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Espero que tenham gostado de ler tanto como eu gostei de pedalar e escrever. Peço desculpa pelos "efeitos" nas fotos, mas foram tiradas com o telemovel e milagres não existem :p

Até à próxima.


> Volta no strava


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Resumo das crónicas:
#1 Apresentação
 

moshinho

Well-Known Member
Boa pedalada debaixo desse intenso calor (aconteceu-me o mesmo na minha segunda volta...fiquei logo com um bronze à verdadeiro ciclista...até me caiu a pele dos braços com o escaldão), e estavam menos 5º do que aí...
e bela reportagem.
abraço.
 

iMiguel

Active Member
A pele já me caiu, mas hoje cagnhei uma medalha: a famosa marca de oleo do pedaleiro na perna!! Agora posso afirmar que sou um verdadeiro ciclista!! :p

Quanto ao bronze, eu digo antes que tenho uma segunda pele, a que eu lhe chamo de perfect skin :p
 

iMiguel

Active Member
#3 Volta da "Peregrinação"​


Após a volta de ontem, o gosto de dar ao pedal ficou para durar. Se a volta de ontem custou um pouco devido ao calor e ao vento de frente, a de hoje custou mais... O calor não perdoa.

Como teimoso que sou, decidi ir à minha voltinha após o almoço (de manhã tinha trabalhos da univ. para continuar a desenvolver), peguei no cantil, camelback e segui para a estrada. Com 2 rotas pensadas, decidi altera-las à última da hora e segui para uma localidade chamada “Mosteiro” (daí o título da volta :p ). O caminho em si tinha algumas descidas que rapidamente a velocidade se colava no mínimo, a 45km/h, mas como tudo na vida, o que desce também tem que subir (e vice-versa)... Apanhei algumas subidinhas que me fizeram soar (não pela grande inclinação, mas pelo calor que já se fazia sentir).

A paisagem variava entre uma semi-planicie e serras, com as ervas amarelas, secas do tempo, prontas a serem ceifadas (peço desculpa pela ausência de fotos, mas limitei-me a usufruir das paisagens). Por incrível que pareça, e, estando eu no profundo Alentejo, aquelas que são consideradas estradas sem movimento, hoje faziam-se ouvir veículos com tração a motor a rolar por elas.

Subida aqui, descida ali, mais km menos km, dei por mim perto da placa para fazer a viragem para o destino. Estava a uns 4km da localidade

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Debaixo de uma árvore, fiz a minha pausa para um pequeníssimo abastecimento, repor líquidos e sólidos, nova volta no Edge500 para comparar os tempos de ida e regresso.

Fiz-me à estrada já debaixo de um calor abrasador (calculo que deviam rondar os 36ºC ) os km’s continuavam a acumular-se mas o gozo de pedalar numa bike de roda fininha, perdido pelos campos do Alentejo era mais que muito. O barulho que se ouvia era da transmissão, o vento e um ou outro carro que passou por mim. Houve um automobilista que passou por mim e cumprimentou, mas não consegui ver quem era... Se era alguém daqui que se acuse :p :p

Chegada à vila fui ver o tempo decorrido e consegui retirar 8min ao tempo que fiz entre Mertola e Mosteiro. Não me perguntem como fiz porque não sei... Até achei a vinda pra vila muito mais rápida que a ida...

Como não podia deixar de ser, deixo a minha estradista mostrar todo o seu orgulho em ser alentejana frente àquela que , para mim, é a melhor vila do Baixo Alentejo

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Assim me despeço de mais uma voltinha dada no profundo Alentejo. Para o próximo fim de semana aqui a "estradista alentejana" vai ficar de repouso, pois para além de ser o Festival Islâmico (fica aqui o convite para virem cá espreitar o festival), tenho um raid para fazer com a irmã mais velha, de BTT.



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Resumo das crónicas:
#1 Apresentação
#2 Volta de Batismo da bicicleta (estradista alentejana)
 

torui

Well-Known Member
IMiguel passei hoje de manhã pela tua terra, epá tens "muralhas" para qualquer lado que te vires...lol lol ... mas é bom para treinos de força...

Tó Rui
 

iMiguel

Active Member
Agora imagina escalar essas muralhas com o calor abrasador eheh

Se não for indiscrição, passas-te para que lados?
 

iMiguel

Active Member
Próximo fim de semana é complicado, há o Festival Islâmico a começar nesta 5ª e a terminar no Domingo. Além disso, no domingo tenho um raid de BTT. Mas durante esta semana ainda devo fazer o gosto ao pedal.

Obrigado pela leitura das crónicas. Não tenho muito jeito para isto, mas com o tempo vai la :)
 

torui

Well-Known Member
Ourique, Castro Verde, Mértola, Semblana (Almodôvar), Castro Verde, Ourique. Uma brincadeira de 125 kms com média de 30 km/h, porque um dos colegas após Mértola quebrou (até Mértola levavamos média de 35/36 lol lol), e tivemos que o ajudar nas subidas até à meta...
 
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