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O mal, o bem... e a aleatoriedade da vida...

Negoci8er

Well-Known Member
Para não contaminarmos o outro tópico sobre um assunto "TOP" do fórum, será melhor divagarmos por aqui. :)

Não entendo o que significa que ele nos dá liberdade para existir bem e mal... Uma criança de 1 ano com cancro foi porque Deus deu liberdade de existir esse mal? Então prefiro não ter nada a ver com esse Deus.

Sim, ou ao ter esse acidente acabou com a carreira e se não o tivesse tido provavelmente venceria mais meia dúzia de GV's. Não dá para prever essa aleatoriedade de acontecimentos.

Verdade, cada um pensa consoante as suas vivências, não significa que isso seja correto e que o pensamento esteja de acordo com a realidade. Uma pessoa que, segundo as suas vivências, ache que a terra é plana, não deixa de estar errado por serem as suas vivências. Só de realçar que essa questão de que "cada um pensa o que quiser segundo as suas vivências" é a causa de uma série de mitos que se propagam... Como o de tomar banho depois de comer, ou cortar o cabelo/barba depois de comer, ou comer laranjas antes de ir para a cama, ou que cortar os pelos com lâmina faz com que cresçam mais grossos. Sei lá, há centenas desses mitos que se propagaram simplesmente por causa das pessoas pensaram segundo as vivências e não de um ponto de vista mais lógico/científico.

Mas estou a dispersar do tema... Não me levem a mal, só estou a fazer questões e, acho que mesmo todos os crentes têm questões e dúvidas, é normal. Aliás, a minha maior crítica à religião é ser ensinada de uma forma dogmática e não com livre pensamento. E, se todos pensarmos bem, só um lunático, no sentido de que não usa o cérebro para pensar, não tem algumas dúvidas e incertezas. O ser humano cria um conjunto de crenças para a própria segurança e conforto perante o desconhecido. Isso não significa que se confie cegamente nessas crenças. Por exemplo, todos sabemos as célebres frases de quando falece alguém, como "foi para um sitio melhor" ou "mais uma estrelinha no céu" ou "até um dia"... São pensamentos de conforto e que trazem algum alívio num momento de perda, mas, se acreditassem profundamente nisso, então não ficariam tristes. Há sempre uma incerteza, nem que seja inconsciente, de que nunca mais verão nem estarão com aquela pessoa.

Mais uma vez, respeito todas as crenças, mesmo. Apenas gosto de pensar sobre as coisas e gostava que a maioria das pessoas acreditasse nas coisas de uma forma refletida e não porque lhes foi imposto desde criança, que é exatamente o que acontece na questão da religião na maioria da população.

Em relação a este assunto, não me vejo com uma Fé estanque. Inabalável... Infelizmente.
Ao longo da vida já fui crente, e não crente...
A ciência já me explicou tudo!
Quando o meu conhecimento aumentou, descobri que a ciência não explica nada e quanto mais conhecimento temos, mais dúvidas aparecem...
Por isso quem procura Deus pela lógica não o encontra... Mesmo Jesus foi sempre contra a lógica (estava ao lado dos pecadores, dos marginais, pobres, leprosos, etc...).
A Igreja usa muito a dicotomia "Luz - Escuridão). Têm significados muito simples a pessoa ao andar na Luz, anda esclarecida, sabe o rumo que toma e conhece o bom caminho. Ao andar na Escuridão, anda na dúvida, sem rumo, anda perdido...
Também eu como crente tenho as minhas dúvidas e custa-me a compreender certas coisas.
Para mim o mal que existe é fácil de entender pela liberdade que temos.
Nenhum pai fecha o filho no quarto para ele não se magoar.
As nossas guerras, malvadezas, solidariedades, bondades, etc... são fruto da liberdade que temos.
Cada um pode UM pode praticar o bem ou o mal. Pode ser sensato ou insensato.
Comprar uma arma e praticar um ato terrorista, andar de mota a 300 km/h, poluir um rio, destruir uma floresta...
Resgatar animais, reflorestar uma área, alimentar pessoas pobres...
A escolha é simplesmente nossa.
Fruto do Amor que nos dá Liberdade.
Claro que também me custa compreender e aceitar que haja crianças massacradas em guerras, crianças com cancro entre outras "injustiças".
Espero que com o meu crescimento na Fé consiga ficar esclarecido... mas é difícil de aceitar!
 

Negoci8er

Well-Known Member
Em relação ao que é bom ou mau nunca sabemos em que situação estamos.
Partilho o Conto do fazendeiro chinês e do cavalo.

Era uma vez um fazendeiro chinês. Um dia, um dos seus cavalos fugiu. Os seus vizinhos vieram ter com ele, e comentaram como aquele acontecimento era um infortúnio. O fazendeiro respondeu: “Pode ser”.

No dia seguinte, o cavalo que fugiu voltou, e trouxe com ele sete cavalos selvagens. Os vizinhos apareceram novamente, dizendo que isso era uma grande sorte. O fazendeiro respondeu: “Pode ser”.

Depois disso, o filho do fazendeiro tentou domar um dos cavalos selvagens e caiu, partindo uma perna. Os vizinhos vieram lamentar o ocorrido, dizendo que aquilo era muito mau. O fazendeiro respondeu: “Pode ser”.

No dia seguinte, oficiais do exército que estavam a recrutar soldados apareceram, mas não levaram o filho do fazendeiro por conta da sua perna partida. Os vizinhos vieram ter com o fazendeiro e falaram sobre como aquilo era ótimo, e ele respondeu: “Pode ser”.

Essa história faz-nos perceber que não podemos classificar os acontecimentos como bons ou maus, simplesmente porque não sabemos os desdobramentos de cada situação. Por mais angustiante que possa parecer, o fato é que não temos controle sobre o que irá acontecer connosco e nem mesmo sobre o resultado das nossas ações, especialmente a longo prazo. Não faz sentido, então, comparar a nossa história com uma outra história ideal, pois esta simplesmente não existe. Por vezes acontecimentos percecionados como negativos abrem caminho a crescimento pessoal e até a oportunidades nunca antes sonhadas. E outras vezes, acontecimentos que julgamos positivos revelam-se fortes deceções.
 

Negoci8er

Well-Known Member
O meu objetivo nunca foi nem é rebater qualquer crença. É simplesmente que as crenças sejam refletidas e não apenas uma imposição cultural. A única diferença para acharmos "ridículo" os deuses do vinho gregos e as 40 virgens à espera dos muçulmanos é a imposição cultural. Foi porque alguém disse que era assim desde pequenos e nós não somos seres preparados para que todo o nosso mundo desabe mais tarde se afinal descobrirmos que afinal não é bem assim uma coisa que acreditamos a vida toda. Portanto, evita-se sequer pensar nisso para nem sequer poder pôr em causa tudo aquilo que se acreditou toda a vida. E tudo por causa da forma dogmática com que foi imposta essa crença. Apenas isso... Crenças pensadas e não impostas.

Para finalizar este assunto que já é demasiado off-topic... Normalmente há uma mentira inocente que se conta às crianças, que é o pai Natal. Costuma demorar pouco tempo. No entanto, há crianças mais velhas que ainda acreditam, como com 8 ou 9 anos. Já assisti em turmas a discussão do pai Natal durante o Natal e, essas crianças mais velhas que ainda acreditam, tornam-se quase agressivas e altamente defensivas quando as outras crianças dizem que não existe, que são os pais, que as renas não podem voar, etc. A resposta das crianças que acreditam é altamente irracional como "cala-te, não sabes nada, estás a dizer isso para me irritar, é claro que existe". E isto porquê? Mesmo sendo uma crença de criança relativamente recente, o cérebro não está preparado deixar de acreditar e pensar numa coisa que tinha como certa, era uma gaveta fechada. Agora imaginem que isto acontecia apenas aos 40 anos, depois de acreditar toda a vida numa coisa... Era como se de repente nos dissessem que estávamos errados e os pássaros é que caminham e o chão que supostamente caminhamos é o céu e estamos sempre a voar. Não sei, um exemplo estapafúrdio. Iríamos-nos rir porque é ridiculo e, mesmo que fosse verdade, provavelmente não iríamos acreditar até ao fim das nossa vidas, pois é uma mudança drástica. É uma questão evolutiva. É o mesmo processo mental que acontece com os negacionistas originais do holocausto, que não conseguem acreditar numa realidade tão horrenda, ou os negacionistas atuais da pandemia ou das alterações climáticas, que não querem ver toda a sua realidade ser alterada e fecham todos os processos mentais para que nada mude.
Para terminar, quanto ao religião. Antes, o mundo era muito mais fechado e o que acontecia era que as crianças eram ensinadas que há um deus, Jesus, céu e inferno, toda essa história e ponto final. Depois o estado passou a ser laico e era opcional, mas os pais passaram todas essas crenças aos filhos, mas os filhos aos 30 anos lá conseguiam sair da aldeia, viam outras coisas, a maior parte das pessoas acreditava naquilo e passava. Hoje em dia, alguns pais tentam passar essa crença aos filhos, no entanto, o mundo é muito mais aberto e o nível de escolaridade também faz com que se pense mais, para além de ter possibilidade de contactar com pessoas de todas as realidades. Depois percebem que há centenas ou milhares de deuses distintos em todo o mundo, todos invenções do homem. "Porque aquele que nos ensinaram desde pequenos é que havia de estar correto? É um pouco arrogante isso. O meu colega indiano e o outro muçulmano também foram ensinados desde pequenos quanto a outras realidades. Eu é que estou certo e eles não? Eles estão certos e eu não? Alguém está certo?" Este é o pensamento de muitos jovens hoje em dia devido às globalização, onde há cada vez menos crentes. E, em última análise, é positivo. Porquê? Faz-nos pensar e refletir mais, o que nos torna melhores seres humanos, mais cultos, mais cientes e mais empáticos. A evolução faz-se através da reflexão e o pensamento dogmático e imposto só cria barreiras à evolução... Não será por acaso que nos países onde há mais crentes "a sério" se correlaciona com mais pobreza e sub desenvolvimento do país.
Reitero que respeito todas as crenças. Isto é apenas uma critica ao modo de ensinar a religião e os dogmas que se instauram nesse seio, que até se pode expandir ao ensino escolar, onde muitas vezes é tudo ensinado não de uma forma refletida e construtiva, mas de uma forma de cospe e cola. Felizmente estamos num país onde praticamente não há crentes acéfalos e fanáticos e somos claramente um país de "crentes" com aspas, onde se diz que se acredita por uma questão cultural, mas também importa mais é comer e beber e ninguém se chateia com isso.

Concordo contigo e já senti o que sentes. :)
Quando refiro que já fui não crente, foi precisamente por não acreditar numa fé imposta e encontrar no conhecimento e na ciência explicação para "tudo" (está escrito acima).
A Fé voltou quando comecei a perceber que há certas contrariedades na vida que são boas para mim. Fazem-me crescer, aprender... encontrar "O Caminho".
Por exemplo, alguém devido à sua liberdade experimenta drogas... Torna-se viciado e não consegue sustentar o consumo, começa a roubar e ao fim de alguns roubos é apanhado pela polícia. Vai parar à cadeia.
Uma pessoa sem Fé, vai encontrar aqui um contratempo, ficar revoltado contra a sociedade, aguardar pela saída precária e continuar na mesma vida... continuar nos crimes e possivelmente cometer assassínios.
Uma pessoa com Fé vai refletir... pensar no caminho que estava a percorrer, perceber a "prisão" como uma dádiva para criar uma rutura com a vida ruinosa que estava a ter. E até uma proteção para evitar crimes maiores.

Vejo precisamente a questão da degradação da sociedade, degradação do meio ambiente, como uma consequência da falta de Fé... Vale tudo, e não refletimos "No Caminho" que estamos a percorrer!
Queremos o mais fácil e o caminho mais curto... E muitas vezes não é o melhor para nós, nem o melhor caminho.

Não me quero alongar, mas, muitas vezes penso... ainda bem que não saiu o Euromilhões! :D
 

KAMIKAZE

Well-Known Member
Receita de Bacalhau espiritual...

INSTRUÇÕES DE PREPARAÇÃO
  • Para preparar esta receita de bacalhau espiritual, coza as postas de bacalhau em água com sal, pimenta e noz-moscada. Depois retire, rejeite peles e espinhas, desfie e reserve. Corte o pão em pedaços e demolhe-os na água de cozer o bacalhau. Escorra e reserve.
  • Descasque as cebolas, as cenouras e os dentes de alho, corte as cebolas em meias-luas, rale as cenouras e pique os dentes de alho. Reserve.
  • Num tacho aqueça o azeite, junte as cebolas, os dentes de alho e as cenouras e deixe refogar muito bem. Junte o pão bem escorrido, o bacalhau e o molho bechamel, retifique os temperos e envolva. Verta para um tabuleiro, polvilhe com o queijo ralado e leve ao forno pré-aquecido a 200ºC até ficar douradinho. Retire e sirva decorado a gosto.

Não sei porque mas despertou-me o apetite e o lado espiritual está lá...
 

Trizade

Well-Known Member
A minha posição sobre isto é simples.
Não tenho provas que Deus (Ou Jesus, ou Buda ou qualquer outra entidade divina) exista, como também não tenho provas que não exista, por isso considero-me agnóstico.

Agora, percebo que haja pessoas que necessitem de acreditar em algo mais, algo que talvez não possa ser explicado. Se precisam disso para a sua vida fazer sentido, por mim tudo bem.

O que para mim não faz sentido, e sinceramente me irrita profundamente é quando começam a dizer que deus fez isto, deus fez aquilo, e quando começas a falar com essas pessoas a tentar aprofundar o tema, dão-te sempre o mesmo tipo de respostas....
"Foi a vontade de Deus"... "Deus está a testar-nos"... "Deus lá saberá"... E outras tantas assim....

Isso para mim é 0!!! E termino logo a discussão quando começam a usar argumentos destes comigo, pois não vale a pena falar com pessoas que usam estes argumentos, pois não há volta a dar...

Haverá algo lá "em cima" a puxar os cordelinhos? Sinceramente, eu acho que não. Eu tenho a visão que todos temos um caminho a percorrer, e as escolhas que vamos fazendo na nossa vida ditam o nosso futuro. Mas também acredito que na vida há inevitáveis e que quando algo acontece, bom ou mau, já o estava destinado a acontecer... Destino? Sorte? Azar? Coincidência? Isso já não sei. Sei que quando tivermos de partir, partimos e tento não pensar muito nisso.
A minha única preocupação é estar bem comigo mesmo, com os que me rodeiam e tudo o resto não interesssa.
 

Negoci8er

Well-Known Member
Receita de Bacalhau espiritual...

INSTRUÇÕES DE PREPARAÇÃO
  • Para preparar esta receita de bacalhau espiritual, coza as postas de bacalhau em água com sal, pimenta e noz-moscada. Depois retire, rejeite peles e espinhas, desfie e reserve. Corte o pão em pedaços e demolhe-os na água de cozer o bacalhau. Escorra e reserve.
  • Descasque as cebolas, as cenouras e os dentes de alho, corte as cebolas em meias-luas, rale as cenouras e pique os dentes de alho. Reserve.
  • Num tacho aqueça o azeite, junte as cebolas, os dentes de alho e as cenouras e deixe refogar muito bem. Junte o pão bem escorrido, o bacalhau e o molho bechamel, retifique os temperos e envolva. Verta para um tabuleiro, polvilhe com o queijo ralado e leve ao forno pré-aquecido a 200ºC até ficar douradinho. Retire e sirva decorado a gosto.

Não sei porque mas despertou-me o apetite e o lado espiritual está lá...

Para sobremesa um pudim de abade de Priscos :D
 

Negoci8er

Well-Known Member
O que para mim não faz sentido, e sinceramente me irrita profundamente é quando começam a dizer que deus fez isto, deus fez aquilo, e quando começas a falar com essas pessoas a tentar aprofundar o tema, dão-te sempre o mesmo tipo de respostas....
"Foi a vontade de Deus"... "Deus está a testar-nos"... "Deus lá saberá"... E outras tantas assim....

Isso para mim é 0!!! E termino logo a discussão quando começam a usar argumentos destes comigo, pois não vale a pena falar com pessoas que usam estes argumentos, pois não há volta a dar...

Isto também me irrita em "certos" crentes... uma Fé saloia e ignorante... (mas cada um sabe de si) justificam tudo com Deus e acham que não têm influência nas suas atitudes e liberdades.

Haverá algo lá "em cima" a puxar os cordelinhos? Sinceramente, eu acho que não. Eu tenho a visão que todos temos um caminho a percorrer, e as escolhas que vamos fazendo na nossa vida ditam o nosso futuro. Mas também acredito que na vida há inevitáveis e que quando algo acontece, bom ou mau, já o estava destinado a acontecer... Destino? Sorte? Azar? Coincidência? Isso já não sei. Sei que quando tivermos de partir, partimos e tento não pensar muito nisso.
A minha única preocupação é estar bem comigo mesmo, com os que me rodeiam e tudo o resto não interessa.

Por isso disse que não encontramos Deus na lógica...
Se assim fosse, os maiores crentes eram os mais "ricos", e ou, os que tinham uma vida mais "fácil".
Se estamos à espera da vinda do Salvador podemos puxar a cadeira e esperar sentados...:D
Nós é que temos que cuidar do planeta, da sociedade, da paz, etc...
Nós é que fazemos o nosso Caminho, ao longo do Caminho temos que estar atentos ao que ele nos dá...
"A minha única preocupação é estar bem comigo mesmo, com os que me rodeiam"
Um grande princípio! ;)
E não é necessário sermos crentes para sermos grandes seres humanos e vice-versa.
 

topoman

Active Member
Como disse no outro tópico (desculpem podem eliminar).
Muitos dos exemplos que estavam a ser dados resumem-se não a problema de religião...mas de Educação... Ser crente ou não não é equivalente nem dá direito a ser mal educado ou terrorista ou fanático...
O problema não é a Religião, são as pessoas!
 

bogas

Well-Known Member
Receita de Bacalhau espiritual...

INSTRUÇÕES DE PREPARAÇÃO
  • Para preparar esta receita de bacalhau espiritual, coza as postas de bacalhau em água com sal, pimenta e noz-moscada. Depois retire, rejeite peles e espinhas, desfie e reserve. Corte o pão em pedaços e demolhe-os na água de cozer o bacalhau. Escorra e reserve.
  • Descasque as cebolas, as cenouras e os dentes de alho, corte as cebolas em meias-luas, rale as cenouras e pique os dentes de alho. Reserve.
  • Num tacho aqueça o azeite, junte as cebolas, os dentes de alho e as cenouras e deixe refogar muito bem. Junte o pão bem escorrido, o bacalhau e o molho bechamel, retifique os temperos e envolva. Verta para um tabuleiro, polvilhe com o queijo ralado e leve ao forno pré-aquecido a 200ºC até ficar douradinho. Retire e sirva decorado a gosto.

Não sei porque mas despertou-me o apetite e o lado espiritual está lá...
Um toucinho do céu, ou uns doces conventuais para sobremesa
 

JBG

Well-Known Member
Ora temos de falar ai com o Lucas, para incluir na grande volta de Junho esta parte espiritual que será interessante para o nosso desenvolvimento como seres iluminados!!!

Chamaste?! Se procuras o desenvolvimento e plenitude só tenho uma palavra para ti: C U B E
 

Cláudio

Well-Known Member
Quando o meu conhecimento aumentou, descobri que a ciência não explica nada e quanto mais conhecimento temos, mais dúvidas aparecem...
Por isso quem procura Deus pela lógica não o encontra... Mesmo Jesus foi sempre contra a lógica (estava ao lado dos pecadores, dos marginais, pobres, leprosos, etc...).
A Igreja usa muito a dicotomia "Luz - Escuridão). Têm significados muito simples a pessoa ao andar na Luz, anda esclarecida, sabe o rumo que toma e conhece o bom caminho. Ao andar na Escuridão, anda na dúvida, sem rumo, anda perdido...
Também eu como crente tenho as minhas dúvidas e custa-me a compreender certas coisas.
Para mim o mal que existe é fácil de entender pela liberdade que temos.

O ser humano terá por norma a tentação de preencher o desconhecido e inexplicável com soluções esotéricas, simplesmente por ser muito difícil de aceitar a dúvida e a incerteza. Portanto, escolher acreditar em algo que explique o que não sabemos é um processo natural. Ao longo da história sempre existiram deuses para explicar fenómenos naturais, como secas, tempestades, pragas, etc... Ou os deuses estavam zangados, ou a chorar. Hoje em dia isso tudo parece algo ridículo à luz do conhecimento científico que temos. Tal como algumas coisas que não compreendemos atualmente e se tentam preencher com deuses, provavelmente parecerão ridículas quando forem explicadas pela ciência. Pessoalmente, opto por admitir que não sei e não há nenhuma explicação atualmente para certos fenómenos, mas entendo que muitas pessoas não consigam ficar nesse limbo e prefiram encontrar uma explicação que preencha as suas dúvidas, mesmo sendo esotérica.
Mas quanto a essa questão da liberdade tem de se definir uma coisa... Ou Deus é omnipotente, omnisciente e omnipresente, controlando assim todas as coisas ou então, não tendo interferência em nada e sendo nós livres para tudo, também não vejo a utilidade da sua existência.
 

Cláudio

Well-Known Member
Em relação ao que é bom ou mau nunca sabemos em que situação estamos.
Partilho o Conto do fazendeiro chinês e do cavalo.

Era uma vez um fazendeiro chinês. Um dia, um dos seus cavalos fugiu. Os seus vizinhos vieram ter com ele, e comentaram como aquele acontecimento era um infortúnio. O fazendeiro respondeu: “Pode ser”.

No dia seguinte, o cavalo que fugiu voltou, e trouxe com ele sete cavalos selvagens. Os vizinhos apareceram novamente, dizendo que isso era uma grande sorte. O fazendeiro respondeu: “Pode ser”.

Depois disso, o filho do fazendeiro tentou domar um dos cavalos selvagens e caiu, partindo uma perna. Os vizinhos vieram lamentar o ocorrido, dizendo que aquilo era muito mau. O fazendeiro respondeu: “Pode ser”.

No dia seguinte, oficiais do exército que estavam a recrutar soldados apareceram, mas não levaram o filho do fazendeiro por conta da sua perna partida. Os vizinhos vieram ter com o fazendeiro e falaram sobre como aquilo era ótimo, e ele respondeu: “Pode ser”.

Essa história faz-nos perceber que não podemos classificar os acontecimentos como bons ou maus, simplesmente porque não sabemos os desdobramentos de cada situação. Por mais angustiante que possa parecer, o fato é que não temos controle sobre o que irá acontecer connosco e nem mesmo sobre o resultado das nossas ações, especialmente a longo prazo. Não faz sentido, então, comparar a nossa história com uma outra história ideal, pois esta simplesmente não existe. Por vezes acontecimentos percecionados como negativos abrem caminho a crescimento pessoal e até a oportunidades nunca antes sonhadas. E outras vezes, acontecimentos que julgamos positivos revelam-se fortes deceções.

Isso é tudo verdade, nunca sabemos a cadeia de acontecimentos que se podem proporcionar e o que parece mau à partida, pode-se tornar na melhor coisa do mundo. Mas há coisas que não me parecem subjetivas ao classificar como bom ou mau. O sofrimento e dor são maus e, a quantidade de crianças que morre à fome não acaba por ter nenhum viés positivo no fim. É puro sofrimento do início ao fim das suas vidas. E como este exemplo, haverá outros tantos. Há coisas que claramente são más. As pessoas mortas em Auschwitz tiveram algum resultado no fim? Parece-me uma romantização exagerada do que será o bem e o mal.
 

Cláudio

Well-Known Member
Concordo contigo e já senti o que sentes. :)
Quando refiro que já fui não crente, foi precisamente por não acreditar numa fé imposta e encontrar no conhecimento e na ciência explicação para "tudo" (está escrito acima).
A Fé voltou quando comecei a perceber que há certas contrariedades na vida que são boas para mim. Fazem-me crescer, aprender... encontrar "O Caminho".
Por exemplo, alguém devido à sua liberdade experimenta drogas... Torna-se viciado e não consegue sustentar o consumo, começa a roubar e ao fim de alguns roubos é apanhado pela polícia. Vai parar à cadeia.
Uma pessoa sem Fé, vai encontrar aqui um contratempo, ficar revoltado contra a sociedade, aguardar pela saída precária e continuar na mesma vida... continuar nos crimes e possivelmente cometer assassínios.
Uma pessoa com Fé vai refletir... pensar no caminho que estava a percorrer, perceber a "prisão" como uma dádiva para criar uma rutura com a vida ruinosa que estava a ter. E até uma proteção para evitar crimes maiores.

Vejo precisamente a questão da degradação da sociedade, degradação do meio ambiente, como uma consequência da falta de Fé... Vale tudo, e não refletimos "No Caminho" que estamos a percorrer!
Queremos o mais fácil e o caminho mais curto... E muitas vezes não é o melhor para nós, nem o melhor caminho.

Não me quero alongar, mas, muitas vezes penso... ainda bem que não saiu o Euromilhões! :D

Mas a fé em quê? Toda a gente terá fé em alguma coisa, nem que seja em si próprios, ou no seu clube de futebol ou na sua bicicleta. Quando se está a fazer uma descida tem-se fé que os travões não vão falhar, mesmo tendo a mecânica toda em dia, nem que seja por uma questão de probabilidade :D. Quando ando de avião tenho fé que aquilo não caia, sabendo que a probabilidade está do meu lado, mas também sabendo que nada é infalível. A fé é um termo muito vago e abrangente... Acho que estamos a falar numa fé crente numa entidade divina.
Não concordo minimamente com esses exemplos. Não faltam pessoas crentes em Deus na prisão e que não se conseguem remediar. E muitas pessoas não crentes que têm uma vida estável, portanto não será nada linear. Nem me parece que serem crentes ajude minimamente na reintegração na sociedade, para isso é que se promove psicólogos, psiquiatras, terapeutas e não padres para a reinserção na sociedade. Além disso, o que não falta são pessoas cheias de Fé a cometerem crimes hediondos. É preciso mesmo falar dos padres e as violações infantis? A fé não os protegeu de cometerem nenhuns crimes pelos vistos. Ou os crimes cometidos pela Inquisição em nome da fé...

Também não concordo com isso... Vejo nas minhas gerações e nas gerações mais jovens cada vez mais falta de fé e de crença divina e cada vez mais preocupação quanto à sociedade, meio ambiente, mais empatia... Não faltam ateus com muito mais valores morais que crentes. Não se pode traçar um caminho tão linear e dizer que mais fé=melhor sociedade. Aliás, quase que até se pode afirmar o contrário, se pegarmos em exemplos como o Brasil, um país com uma população extremamente crente, cheia de fé, e uma sociedade completamente degradada.
 

Cláudio

Well-Known Member
A minha posição sobre isto é simples.
Não tenho provas que Deus (Ou Jesus, ou Buda ou qualquer outra entidade divina) exista, como também não tenho provas que não exista, por isso considero-me agnóstico.

Exteriormente também me considero agnóstico, mas no meu conflito interior sou cada vez mais perto de ateu, tendo em conta que a probabilidade de haver um Deus é ínfima. Isto é, consigo encontrar sempre tantas dúvidas e explicações para não poder existir nenhum Deus que me torna mais perto de ateu.
 

Cláudio

Well-Known Member
A minha posição sobre isto é simples.
Não tenho provas que Deus (Ou Jesus, ou Buda ou qualquer outra entidade divina) exista, como também não tenho provas que não exista, por isso considero-me agnóstico.

Exteriormente também me considero agnóstico, mas no meu conflito interior sou cada vez mais perto de ateu, tendo em conta que a probabilidade de haver um Deus é ínfima. Isto é, consigo encontrar sempre tantas dúvidas e explicações para não poder existir nenhum Deus que me torna mais perto de ateu. E depois é como já referi antes... Há centenas ou milhares de deuses inventados pelo ser humano, porque este Deus é que haveria de ser o tal? Até é uma posição algo arrogante do meu ponto de vista. Sendo todos invenções humanas, alguns que foram provados ao longo de tempo que não fazem sentido nenhum, também acho provável que os que se acreditam atualmente se acabem por provar que não fazem qualquer sentido. A evolução da história aponta para esse sentido. Com muita pena minha, porque no fundo eu gostava de conseguir ser crente e acho que seria mais "feliz" com a satisfação e segurança de acreditar em algo superior.
 

Negoci8er

Well-Known Member
Mas a fé em quê? Toda a gente terá fé em alguma coisa, nem que seja em si próprios, ou no seu clube de futebol ou na sua bicicleta. Quando se está a fazer uma descida tem-se fé que os travões não vão falhar, mesmo tendo a mecânica toda em dia, nem que seja por uma questão de probabilidade :D. Quando ando de avião tenho fé que aquilo não caia, sabendo que a probabilidade está do meu lado, mas também sabendo que nada é infalível. A fé é um termo muito vago e abrangente... Acho que estamos a falar numa fé crente numa entidade divina.
Não concordo minimamente com esses exemplos. Não faltam pessoas crentes em Deus na prisão e que não se conseguem remediar. E muitas pessoas não crentes que têm uma vida estável, portanto não será nada linear. Nem me parece que serem crentes ajude minimamente na reintegração na sociedade, para isso é que se promove psicólogos, psiquiatras, terapeutas e não padres para a reinserção na sociedade. Além disso, o que não falta são pessoas cheias de Fé a cometerem crimes hediondos. É preciso mesmo falar dos padres e as violações infantis? A fé não os protegeu de cometerem nenhuns crimes pelos vistos. Ou os crimes cometidos pela Inquisição em nome da fé...

Também não concordo com isso... Vejo nas minhas gerações e nas gerações mais jovens cada vez mais falta de fé e de crença divina e cada vez mais preocupação quanto à sociedade, meio ambiente, mais empatia... Não faltam ateus com muito mais valores morais que crentes. Não se pode traçar um caminho tão linear e dizer que mais fé=melhor sociedade. Aliás, quase que até se pode afirmar o contrário, se pegarmos em exemplos como o Brasil, um país com uma população extremamente crente, cheia de fé, e uma sociedade completamente degradada.

Definição de fé... ;)
"Fé é uma palavra que significa "confiança", "crença", "credibilidade". A fé é um sentimento de total de crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade da proposição em causa."

Comecei por dizer que pela lógica ninguém encontra Deus, nem explica a fé.
A fé está relacionada com um conjunto de vivências, não é algo estático ao longo do tempo. Cada um vive a sua, ou não. (Ninguém pode medir a sua e dizer que tem mais que o outro) :)
Fé implica acreditar em algo sem ver.

Referi acima que um crente não é melhor que um ateu ou agnóstico apenas porque diz "Oh meu Deus..."
Até costumo brincar e dizer que, vão parar ao céu mais depressa certos ateus ou agnósticos, do que crentes.
A Igreja está cheia de pessoas que não são o melhor exemplo... (embora tenha escondido muita podridão, acredito que esteja a fazer um esforço para mudar as coisas - há um inquérito a decorrer neste momento em Portugal. (Se souberem de algum caso de abuso deve ser reportado)

Em relação à dor também é relativo... A dor pode ser amiga. Pode avisar a pessoa para verificar se não tem um problema de saúde.
Pode avisar para retirar a mão do fogo...
No caso dos massacres, penso que não são em vão. Fazem a humanidade tomar consciência dos seus atos.
O que aconteceu depois da utilização das bombas nucleares no Japão?

Este tema é muito profundo. Não é direto ou óbvio... Implica um olhar a 360º...

Desculpa não responder a todos os tópicos que referes, mas penso que não vale a pena. :)

Vamos ouvir outras opiniões. ;)
 
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