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Mais uma morte ... até quando isto vai continuar a acontecer?

cconst

Well-Known Member
Bom, a Polícia é uma palavra que abrange várias forças: PSP, GNR, Policia Municipal, PM, Judiciária,...

E nenhuma quer ou faz questão de invadir o espaço alheio. Aconteceu-me à 8 dias apresentar a um PSP que estava de serviço numa festa de rua, uma reclamação de carros estacionados no passeio e que me impediu de circular com o carrinho de bebé(!!!). Resposta do agente: "Pois... esse é um tema com a Policia Municipal...". Ao que retorqui se ele tinha forma de os informar e agir de acordo. Ele disse que sim e que o iria fazer, mas foi claramente para me calar. Nenhum dos agentes pegou no rádio para pedir fiscalização. Passadas 3hrs os mesmos carros ainda lá estavam estcionados sem qualquer multa.

Enfim... voltando ao tópico.

Acho que todos mijamos fora do penico uma vez por outra. Mas confesso que cada vez vejo mais pessoal nas duas rodas a abusar.
a) "licras" a não respeitarem vermelhos
b) estafetas com bicicletas elétricas ilegais
c) estafetas de bicicleta que usam estrada, passeios, ciclovias sem qualquer pudor e em qualquer sentido de circulação. Quem quiser que se desvie
b) "putos" de trotinetas a usar todo o espaço público e em qualquer sentido!
d) estafetas de motos que até escadas de calçada descem para não dar a volta (já para não falar em circular em ciclovias porque a estrada ali ao lado tem lombas!)

Já os automobilistas, devido ao tamanho do que conduzem e por terem que se cingir à estrada são mais previsíveis: normalmente são amarelo "tintos" e passadeiras ignoradas. E nas passadeiras... se forem bicicletas à espera de atravessar, então parece que não está ninguém na passadeira!

Eu tenho a sorte de [ainda] conseguir morar numa zona de Lisboa (Olivais) onde existe algum espaço e infraestrutura para todos coabitarem sem haver muitos desentendimentos. Mas ainda assim, apanho os meus sustos enquanto utilizador de bicicleta para me deslocar no bairro. E quando levo a mais pequena... parece que fazem pior.

O que eu acho é que existe um diferencial de causa-efeito muito grande quando se considera os sinistros que possam ocorrer em que bicicletas e automóveis estão envolvidos.

No caso das bicicletas e trotinetas, se o utilizador se esquecer de deixar de acelerar, não passa dos 25 (excepto se for a descer). No caso dos automóveis, se o condutor se esquecer de "levantar o pé"... depende do carro.

Um ciclista sem capacete se embater numa pessoa a atravessar uma passadeira, é um embate a 25Kmh. Saem os dois um pouco magoados, talvez um deles tenha um traumatismo. Se um automóvel de 800kg que circula a 50Km/h embater numa pessoa que atravessa uma passadeira, quem estava atravessar só por sorte se safa apenas com uma perna ou braço partido.

Num embate duma trotinete a 60km/h (como eu já vi passar), sem capacete, com uma rodinha de 6 polegadas, contra um carro a circular a 20km/h, acho que sabemos bem que é que se lixa.
Isto é um cenário improvável. Mais provável seria o inverso: um automóvel a circular a 60Km/h a embater numa trotineta a 20Km/h.

Curiosamente vejo na sociedade em geral uma facilidade incrível em aceitar que como é perigoso usar uma bicicleta na estrada, o lugar delas é fora da estrada(!!!) em vez de se tentar mitigar as causas de perigo!
E sinto ainda - isto de conversa entre amigos - que a maioria acha que quem anda de bicicleta na rua são TODOS uns abusadores sem respeito pelas regras nem pela segurança alheia.
 

Jazz

Well-Known Member
Bom, a Polícia é uma palavra que abrange várias forças: PSP, GNR, Policia Municipal, PM, Judiciária,...

E nenhuma quer ou faz questão de invadir o espaço alheio. Aconteceu-me à 8 dias apresentar a um PSP que estava de serviço numa festa de rua, uma reclamação de carros estacionados no passeio e que me impediu de circular com o carrinho de bebé(!!!). Resposta do agente: "Pois... esse é um tema com a Policia Municipal...". Ao que retorqui se ele tinha forma de os informar e agir de acordo. Ele disse que sim e que o iria fazer, mas foi claramente para me calar. Nenhum dos agentes pegou no rádio para pedir fiscalização. Passadas 3hrs os mesmos carros ainda lá estavam estcionados sem qualquer multa.

Enfim... voltando ao tópico.

Acho que todos mijamos fora do penico uma vez por outra. Mas confesso que cada vez vejo mais pessoal nas duas rodas a abusar.
a) "licras" a não respeitarem vermelhos
b) estafetas com bicicletas elétricas ilegais
c) estafetas de bicicleta que usam estrada, passeios, ciclovias sem qualquer pudor e em qualquer sentido de circulação. Quem quiser que se desvie
b) "putos" de trotinetas a usar todo o espaço público e em qualquer sentido!
d) estafetas de motos que até escadas de calçada descem para não dar a volta (já para não falar em circular em ciclovias porque a estrada ali ao lado tem lombas!)

Já os automobilistas, devido ao tamanho do que conduzem e por terem que se cingir à estrada são mais previsíveis: normalmente são amarelo "tintos" e passadeiras ignoradas. E nas passadeiras... se forem bicicletas à espera de atravessar, então parece que não está ninguém na passadeira!

Eu tenho a sorte de [ainda] conseguir morar numa zona de Lisboa (Olivais) onde existe algum espaço e infraestrutura para todos coabitarem sem haver muitos desentendimentos. Mas ainda assim, apanho os meus sustos enquanto utilizador de bicicleta para me deslocar no bairro. E quando levo a mais pequena... parece que fazem pior.

O que eu acho é que existe um diferencial de causa-efeito muito grande quando se considera os sinistros que possam ocorrer em que bicicletas e automóveis estão envolvidos.

No caso das bicicletas e trotinetas, se o utilizador se esquecer de deixar de acelerar, não passa dos 25 (excepto se for a descer). No caso dos automóveis, se o condutor se esquecer de "levantar o pé"... depende do carro.

Um ciclista sem capacete se embater numa pessoa a atravessar uma passadeira, é um embate a 25Kmh. Saem os dois um pouco magoados, talvez um deles tenha um traumatismo. Se um automóvel de 800kg que circula a 50Km/h embater numa pessoa que atravessa uma passadeira, quem estava atravessar só por sorte se safa apenas com uma perna ou braço partido.


Isto é um cenário improvável. Mais provável seria o inverso: um automóvel a circular a 60Km/h a embater numa trotineta a 20Km/h.

Curiosamente vejo na sociedade em geral uma facilidade incrível em aceitar que como é perigoso usar uma bicicleta na estrada, o lugar delas é fora da estrada(!!!) em vez de se tentar mitigar as causas de perigo!
E sinto ainda - isto de conversa entre amigos - que a maioria acha que quem anda de bicicleta na rua são TODOS uns abusadores sem respeito pelas regras nem pela segurança alheia.
Eu dei aquele exemplo em resposta a um post que condenava a limitação de velocidade das trotinetas.

Na minha opinião não faz sentido uma trotineta andar a mais de 25km/h, pelos motivos que já expliquei acima. Mas vêem-se as mesmas com regularidade a mais de 50 ou 60km/h.
 

cconst

Well-Known Member
Eu dei aquele exemplo em resposta a um post que condenava a limitação de velocidade das trotinetas.
Eu acho que entendi o sentido que tentaste dar à resposta. Apenas peguei no exemplo por considerar que trotinetas "fora da lei" devem ser em percentagem inferiores a automóveis a circular infringindo o C.E.. Ainda assim, two bad don't make one good.

Eu dei aquele exemplo em resposta a um post que condenava a limitação de velocidade das trotinetas.

Na minha opinião não faz sentido uma trotineta andar a mais de 25km/h, pelos motivos que já expliquei acima. Mas vêem-se as mesmas com regularidade a mais de 50 ou 60km/h.
Não só não faz sentido circularem a mais de 25Km/h como não podem. O que o código da estrada diz sobre bicicletas elétricas e trotinetas:
https://www.segurancarodoviaria.pt/codigo-da-estrada/titulo-iv-dos-veiculos/cap%C3%ADtulo-i-classificacao-dos-veiculos/artigo-112o-velocipedes/?returnUrl=%2Fcodigo-da-estrada%2F%3Fshow%3D2137%23a-capitulo-2129 said:
1 - Velocípede é o veículo com duas ou mais rodas acionado pelo esforço do próprio condutor por meio de pedais ou dispositivos análogos.

2 - Velocípede com motor é o velocípede equipado com motor auxiliar com potência máxima contínua de 1,0 kW, cuja alimentação é reduzida progressivamente com o aumento da velocidade e interrompida se atingir a velocidade de 25 km/h, ou antes, se o condutor deixar de pedalar.

3 - Para efeitos do disposto no presente Código, são equiparados a velocípedes:

a) Os velocípedes com motor;

b) As trotinetas com motor elétrico, bem como os dispositivos de circulação com motor elétrico, autoequilibrados e automotores ou outros meios de circulação análogos com motor, quando equipados com motor com potência máxima contínua de 0,25 kW e atingindo a velocidade máxima em patamar de 25 km/h.



4 - Para efeitos do disposto na alínea b) do número anterior considera-se trotineta o veículo constituído por duas rodas em série, que sustentam uma base onde o condutor apoia os pés, conduzida em pé e dirigida através de um guiador que se eleva até a altura da cintura.

5 - O regime de circulação e as características técnicas de trotinetas com motor elétrico, bem como dos dispositivos de circulação com motor elétrico, autoequilibrados e automotores ou de outros meios de circulação análogos com motor, que não respeitem o disposto na alínea b) do n.º 3 são fixados por decreto regulamentar.

6 - Quem circular de trotineta ou dispositivo de circulação com motor elétrico, autoequilibrado e automotor ou em meio de circulação análogo com motor, equipado com motor com potência máxima contínua superior a 0,25 kW ou atinja uma velocidade máxima em patamar superior a 25 km/h, em desrespeito das características técnicas e do regime de circulação previstos no número anterior, é sancionado com coima de (euro) 60 a (euro) 300.

7 - Os veículos referidos no número anterior são apreendidos de imediato.

8 - O disposto nos n.os 6 e 7 é aplicável aos velocípedes que estejam equipados com motor auxiliar com potência máxima contínua superior a 1,0 kW ou cuja alimentação não seja interrompida se se deixar de pedalar ou cuja velocidade máxima seja superior a 25 km/h.
Segundo o C.E. as trotinetas que referes são para ser "apreendidas imediatamente" (ver #7).

Se todos cumprissem com a Lei (neste caso, com o código da estrada) tudo isto era um não tema. Eu entendi que o @fernandes_85 pretendia era questionar porque a lei apenas limita ciclistas a circular a 25Km/h max (perante o C.E.) enquanto que os condutores de viaturas potencialmente mais perigosas devido ao tamanho, peso e velocidade que podem atingir (como um automóvel ou moto) não sejam igualmente limitados, discriminando uma categoria de viatura das demais.
 

cou7inho

Well-Known Member
Na minha opinião não faz sentido uma trotineta andar a mais de 25km/h, pelos motivos que já expliquei acima. Mas vêem-se as mesmas com regularidade a mais de 50 ou 60km/h.
Vejo video na net de malta a dar 100km/h.
Só há uma coisa que não percebo nestas limitações. O limite máximo é 25km/h, mas porque é que também há limitação na potência? Mesmo que não andem a mais de 25km/h, pelo menos não tinham de andar a "sofrer" por falta de potência.
 

cconst

Well-Known Member
Só há uma coisa que não percebo nestas limitações. O limite máximo é 25km/h, mas porque é que também há limitação na potência?
Se tivesse que opinar, seria porque os limites de velocidade da bicicleta está intrinsecamente ligado com o limite de velocidade das ciclovias. Por esse motivo, tendo em conta a largura das vias e o público das ciclovias (crianças, p.e.!!!) ter algo que promova uma aceleração muito grande (ou melhor, diferencial de aceleração grande perante os demais) poderia colocar em perigo terceiros. Assim, limitando a potência, limita-se a aceleração.

Uma nota referente ao que acabei de escrever: já circulei em ciclovia várias vezes de Orbita e as Giras e trotinetas de aluguer têm uma aceleração muito superior a mim, mesmo em plano (as rasantes são assustadoras, em especial porque quase não se ouvem a aproximar)
 

Jazz

Well-Known Member
Seria interessante uma medida de limitação de velocidade nos carros, como sugere o @fernandes_85 . Teria de haver um investimento grande, porque teria de ser feito com alguma espécie de limitador electrónico em determinadas zonas das cidades. E esses limitadores teriam de comunicar com os veículos. Poderiam surgir problemas em relação à protecção de dados, etc.

Nós veículos não é exequível, porque teria de haver vários limites: 30, 50, 70, 90, 120km/h.


Segundo sei, os motores dos carros vêm com limitadores electrónicos, pelo menos alguns. Tanto é que o pessoal do tuning altera isso.

E os eléctricos também. Vejo em alguns modelos novos a referência a velocidade máxima de 140km/h. Esse limite é definido pelo fabricante, porque o motor eléctrico dá mais do que isso.
 

joseruivo

Well-Known Member
Bom, a Polícia é uma palavra que abrange várias forças: PSP, GNR, Policia Municipal, PM, Judiciária,...

E nenhuma quer ou faz questão de invadir o espaço alheio. Aconteceu-me à 8 dias apresentar a um PSP que estava de serviço numa festa de rua, uma reclamação de carros estacionados no passeio e que me impediu de circular com o carrinho de bebé(!!!). Resposta do agente: "Pois... esse é um tema com a Policia Municipal...". Ao que retorqui se ele tinha forma de os informar e agir de acordo. Ele disse que sim e que o iria fazer, mas foi claramente para me calar. Nenhum dos agentes pegou no rádio para pedir fiscalização. Passadas 3hrs os mesmos carros ainda lá estavam estcionados sem qualquer multa.

Enfim... voltando ao tópico.

Acho que todos mijamos fora do penico uma vez por outra. Mas confesso que cada vez vejo mais pessoal nas duas rodas a abusar.
a) "licras" a não respeitarem vermelhos
b) estafetas com bicicletas elétricas ilegais
c) estafetas de bicicleta que usam estrada, passeios, ciclovias sem qualquer pudor e em qualquer sentido de circulação. Quem quiser que se desvie
b) "putos" de trotinetas a usar todo o espaço público e em qualquer sentido!
d) estafetas de motos que até escadas de calçada descem para não dar a volta (já para não falar em circular em ciclovias porque a estrada ali ao lado tem lombas!)

Já os automobilistas, devido ao tamanho do que conduzem e por terem que se cingir à estrada são mais previsíveis: normalmente são amarelo "tintos" e passadeiras ignoradas. E nas passadeiras... se forem bicicletas à espera de atravessar, então parece que não está ninguém na passadeira!

Eu tenho a sorte de [ainda] conseguir morar numa zona de Lisboa (Olivais) onde existe algum espaço e infraestrutura para todos coabitarem sem haver muitos desentendimentos. Mas ainda assim, apanho os meus sustos enquanto utilizador de bicicleta para me deslocar no bairro. E quando levo a mais pequena... parece que fazem pior.

O que eu acho é que existe um diferencial de causa-efeito muito grande quando se considera os sinistros que possam ocorrer em que bicicletas e automóveis estão envolvidos.

No caso das bicicletas e trotinetas, se o utilizador se esquecer de deixar de acelerar, não passa dos 25 (excepto se for a descer). No caso dos automóveis, se o condutor se esquecer de "levantar o pé"... depende do carro.

Um ciclista sem capacete se embater numa pessoa a atravessar uma passadeira, é um embate a 25Kmh. Saem os dois um pouco magoados, talvez um deles tenha um traumatismo. Se um automóvel de 800kg que circula a 50Km/h embater numa pessoa que atravessa uma passadeira, quem estava atravessar só por sorte se safa apenas com uma perna ou braço partido.


Isto é um cenário improvável. Mais provável seria o inverso: um automóvel a circular a 60Km/h a embater numa trotineta a 20Km/h.

Curiosamente vejo na sociedade em geral uma facilidade incrível em aceitar que como é perigoso usar uma bicicleta na estrada, o lugar delas é fora da estrada(!!!) em vez de se tentar mitigar as causas de perigo!
E sinto ainda - isto de conversa entre amigos - que a maioria acha que quem anda de bicicleta na rua são TODOS uns abusadores sem respeito pelas regras nem pela segurança alheia.
É o problema da ditadura das maiorias. Felizmente que os automobilistas são todos uns Santos, e só os ciclistas causam acidentes.
 

cou7inho

Well-Known Member
Seria interessante uma medida de limitação de velocidade nos carros, como sugere o @fernandes_85 . Teria de haver um investimento grande, porque teria de ser feito com alguma espécie de limitador electrónico em determinadas zonas das cidades. E esses limitadores teriam de comunicar com os veículos. Poderiam surgir problemas em relação à protecção de dados, etc.
Já várias vezes pensei neste assunto. Pode ser uma palermice minha, mas já em ideias como os carros terem um sensor e nas cidades haver "radares" / sensores e cada vez que o carro passava por esse radar a velocidade do carro começava a diminuir até ao limite legal daquela zona. Quando saísse daquela zona o carro voltava a passar pelo "radar" e voltava a poder andar à velocidade limite da nova zona. Problema disto: era preciso meter estes radares em todas as ruas.
Segundo sei, os motores dos carros vêm com limitadores electrónicos, pelo menos alguns. Tanto é que o pessoal do tuning altera isso.
Assim de cabeça, a Volvo não começou a limitar os carros a 180km/h?
Tendo em conta a quantidade absurda de pessoas que morrem na estrada ou que ficam feridas não me admiro nada se mais tarde ou mais cedo isto começar a ser obrigatório.
Se tivesse que opinar, seria porque os limites de velocidade da bicicleta está intrinsecamente ligado com o limite de velocidade das ciclovias. Por esse motivo, tendo em conta a largura das vias e o público das ciclovias (crianças, p.e.!!!) ter algo que promova uma aceleração muito grande (ou melhor, diferencial de aceleração grande perante os demais) poderia colocar em perigo terceiros. Assim, limitando a potência, limita-se a aceleração.
É um ponto interessante, mas é pena porque se se pudesse usar potências maiores se calhar haveria mais pessoas a usar as trotinetes. Talvez alguns não as usem porque chegam a uma subida e morrem.
 

Ajmg

Member
Se tivesse que opinar, seria porque os limites de velocidade da bicicleta está intrinsecamente ligado com o limite de velocidade das ciclovias. Por esse motivo, tendo em conta a largura das vias e o público das ciclovias (crianças, p.e.!!!) ter algo que promova uma aceleração muito grande (ou melhor, diferencial de aceleração grande perante os demais) poderia colocar em perigo terceiros. Assim, limitando a potência, limita-se a aceleração.

Uma nota referente ao que acabei de escrever: já circulei em ciclovia várias vezes de Orbita e as Giras e trotinetas de aluguer têm uma aceleração muito superior a mim, mesmo em plano (as rasantes são assustadoras, em especial porque quase não se ouvem a aproximar)
Eu tenho azar pois de todas as vezes que andei de GIRA (e foram bastantes dado que sou assinante anual) aquela porcaria não anda nada e sou ultrapassado até por carrinhos de bebés. Já quanto as trotinetes, há umas semanas vinha de moto da zona de Sacavém para centro de Lisboa a +-70 km/h e fui ultrapassado por uma trotinete cheia de luzes néon por baixo e que mais parecia a minha prancha de surf pelo tamanho.
 

fernandes_85

Well-Known Member
teria de haver um investimento grande, porque teria de ser feito com alguma espécie de limitador electrónico em determinadas zonas das cidades. E esses limitadores teriam de comunicar com os veículos. Poderiam surgir problemas em relação à protecção de dados, etc.

Nós veículos não é exequível, porque teria de haver vários limites: 30, 50, 70, 90, 120km/h.
É precisamente isto que acho fantástico: a facilidade com que aceitamos tudo o que vem da indústria e lobby automóvel....

Nos últimos 30 anos a tecnologia evoluiu imenso e nesta área mais ainda.
Nos dias de hoje até um fiat punto tem ecrã touch. Já nem falo do AC e outros coisas hoje em dia banais. Temos sistemas de estacionamento automático. Temos sistemas de airbag ultramodernos e exptos. temos extras sem fim. Os carros são construídos de forma a absorver o máximo de impacto para os ocupantes, diminuindo as suas mazelas. Em resumo para melhorar o conforto e segurança de quem está no interior: tudo.
Já nem falo da aldrabice do dieselgate e das consequências da poluição.

Agora para quem está do lado de fora, 0. Uma coisa simples e consensual que se pretende implementar de forma obrigatória há anos continua a ser adiada é os sensores nos espelhos retrovisores. Hoje em dia se acredita que não tecnologia para detetar um obstáculo na estrada (carro, peão ou ciclista). O meu carro é de 2017 e está-me sempre a mostrar o limite de velocidade da via em que circulo, e diria 95% das vezes está correto.
Faz sentido no dia de hoje a investigação de um acidente demore mais de um ano e ande a PSP/GNR a fazer medições e cálculos matemáticos para estimar a velocidade na altura do impacto e afins?!
Só acredita nestas "inevitabilidades" quem quer...

Noutra linha temos o amigo Moedas que, em nome da segurança, decidiu suspender a continuação da construção de ciclovias em lisboa, até haver um "estudo" de uma empresa pago por concurso público.
Ora em nome da segurança das ciclovias(!!), os utilizadores de bicicleta/trotinete vão circular em "segurança" nas estradas e/ou passeios.
Eu até acharia muito bem esta paragem, se fosse para construir ciclovias a sério, a exemplo de países como holanda, bélgica, alemanha....Mas estamos em Portugal, todos sabemos que basta que se retire 1 lugar de estacionamento ou uma via para automóvel e lá se vai o bem superior da "segurança".
Fonte: https://lisboaparapessoas.pt/2022/09/24/moedas-novas-ciclovias-auditoria-rede-ciclavel/
 

Jazz

Well-Known Member
É precisamente isto que acho fantástico: a facilidade com que aceitamos tudo o que vem da indústria e lobby automóvel....

Nos últimos 30 anos a tecnologia evoluiu imenso e nesta área mais ainda.
Nos dias de hoje até um fiat punto tem ecrã touch. Já nem falo do AC e outros coisas hoje em dia banais. Temos sistemas de estacionamento automático. Temos sistemas de airbag ultramodernos e exptos. temos extras sem fim. Os carros são construídos de forma a absorver o máximo de impacto para os ocupantes, diminuindo as suas mazelas. Em resumo para melhorar o conforto e segurança de quem está no interior: tudo.
Já nem falo da aldrabice do dieselgate e das consequências da poluição.

Agora para quem está do lado de fora, 0. Uma coisa simples e consensual que se pretende implementar de forma obrigatória há anos continua a ser adiada é os sensores nos espelhos retrovisores. Hoje em dia se acredita que não tecnologia para detetar um obstáculo na estrada (carro, peão ou ciclista). O meu carro é de 2017 e está-me sempre a mostrar o limite de velocidade da via em que circulo, e diria 95% das vezes está correto.
Faz sentido no dia de hoje a investigação de um acidente demore mais de um ano e ande a PSP/GNR a fazer medições e cálculos matemáticos para estimar a velocidade na altura do impacto e afins?!
Só acredita nestas "inevitabilidades" quem quer...

Noutra linha temos o amigo Moedas que, em nome da segurança, decidiu suspender a continuação da construção de ciclovias em lisboa, até haver um "estudo" de uma empresa pago por concurso público.
Ora em nome da segurança das ciclovias(!!), os utilizadores de bicicleta/trotinete vão circular em "segurança" nas estradas e/ou passeios.
Eu até acharia muito bem esta paragem, se fosse para construir ciclovias a sério, a exemplo de países como holanda, bélgica, alemanha....Mas estamos em Portugal, todos sabemos que basta que se retire 1 lugar de estacionamento ou uma via para automóvel e lá se vai o bem superior da "segurança".
Fonte: https://lisboaparapessoas.pt/2022/09/24/moedas-novas-ciclovias-auditoria-rede-ciclavel/
Inferes demasiado das minhas palavras.

Eu estou a comentar dum ponto de vista imparcial. Tu estás claramente emocionalmente investido num dos lados.

Os carros não são o início e fim de todos os males.


Para responder à parte do meu texto que citaste, a tecnologia permite que se saiba onde estão os carros, sim. Mas não é legal, meu caro. Não podes obrigar um cidadão a ter um localizador sempre ligado, que diga a não sei quantas entidades onde ele está permanentemente. Por isso é que os radares também só fotografam a parte de trás dos veículos. E também é por isso que não foi permitido que se fizesse o controle de velocidade pela Via Verde, ou pelos pontos de entrada e saída das autoestradas. Também é por isso que não é obrigatório colocar a matrícula na porcaria dos papéis dos parquímetros.

Chama-se direito à privacidade, que num Estado de Direito é para ser respeitado.


Por eu escrever isto não quer dizer que ache que está tudo bem. Apenas olho para os problemas de forma imparcial e analisando todos os dados.

Para o que tu dizes poder ser feito, teriam de ser as Câmaras das cidades, ou o Governo, a colocar detectores em todas as ruas das cidades.
 

fernandes_85

Well-Known Member
Fico com a sensação que só lês parte do que escrevo, mas tudo bem.

Não estou emocionalmente ligado a nenhum lado. Simplesmente olha para a realidade e status quo com sentido crítico. Se em Portugal caíssem 3 aviões por ano (sim, os nº da sinistralidade são esses) talvez houvesse menos passividade. Aliás, basta passar a fronteira para ver que este tema é tratado com outra seriedade. Não é por acaso que os nº deles são metade dos nossos.

Não sou especialista em proteção de dados nem lei. Dos exemplos que eu dei nenhum implica a partilha a todo o instante de informação com nenhuma entidade:
1. A questão da indicação da vmax de determinada via que me aparece no meu carro, é tecnologia existente e haverá na esmagadora maioria dos carros de hoje (como disse o meu é de 2017). Simplesmente essa info não é vinculativa para rigorosamente nada. O que tem isso que ver com câmaras municipais?
2. O acesso a informação de um sistema de registo em caso de acidente (tipo caixa negra) por uma entidade legalmente autorizada para tal também não me parece de todo uma invasão de privacidade na medida em que saber o que aconteceu num determinado evento donde resultaram feridos e/ou mortos é de superior interesse.
3. O sistema dos espelhos retrovisores ou aviso de obstáculo na via por exemplo (tecnologias já existentes) o que têm que ver com proteção de dados?

Agora se há pessoas que preferem as coisas como estão? Claro que há. E estão no seu direito. Podemos ver a estrada como a lei do mais forte e um local de "luta". Aceito isso tudo. Agora não me venham é com tretas da segurança e obrigações para ciclistas quando não querem olhar para o elefante na sala.
 

Bruso

Well-Known Member
Tudo se resume a uma coisa: lobby. Falta um grupo forte em Portugal que faça o lobby pela mobilidade verde. É tudo feito muito à base de atingir objetivos comunitários e nunca é pensado/projectado corretamente. Do ponto de vista de planeamento urbano é muito dificil incluir ciclovias no centro de cidades históricas que foram desenhadas ou construídas tendo em conta que os meios de transporte seriam carroças e depois alargadas para viaturas motorizadas. O problema é que agora não dá para alargar mais e a única solução é reduzir o número de carros nos centros urbanos.

Erro humano sempre haverá em qualquer veículo. Uso indevido de viaturas sempre haverá.
 

cconst

Well-Known Member
Erro humano sempre haverá em qualquer veículo. Uso indevido de viaturas sempre haverá.
Verdade. Infelizmente, mas faz parte de ser humano.

Do ponto de vista de planeamento urbano é muito dificil incluir ciclovias no centro de cidades históricas que foram desenhadas ou construídas tendo em conta que os meios de transporte seriam carroças e depois alargadas para viaturas motorizadas. O problema é que agora não dá para alargar mais e a única solução é reduzir o número de carros nos centros urbanos.
Li à dias a propósito do prolongamento da linha vermelha do Metro de Lisboa e da estação/estaleiro das obras no Campo de Ourique uma solução interessante: "Superquarteirão", uma coisa já testada pelos nuestros hermanos. Como uma imagem vale mais que mil palavras:

superquarteiraojardimparada.png

Propõem uma estação mais pequena, e à volta do parque "em perigo" (Jardim da Parada) retirava-se o transito tal como existe nas estradas imediatamente adjacentes ao jardim, sendo o mesmo limitado a 10Km/h, partilhado entre meios de mobilidade suave e automóveis. Pode-se ver tudo aqui.

Mas lá está: como limita muito o acesso do automóvel acredito que seja mais fácil desaparecer com o jardim do que com os carros..

Existem alternativas com soluções interessantes... mas tem que haver um compromisso e uma das partes não tem o interesse em ceder nem um milímetro.
 

Jazz

Well-Known Member
Fico com a sensação que só lês parte do que escrevo, mas tudo bem.

Não estou emocionalmente ligado a nenhum lado. Simplesmente olha para a realidade e status quo com sentido crítico. Se em Portugal caíssem 3 aviões por ano (sim, os nº da sinistralidade são esses) talvez houvesse menos passividade. Aliás, basta passar a fronteira para ver que este tema é tratado com outra seriedade. Não é por acaso que os nº deles são metade dos nossos.

Não sou especialista em proteção de dados nem lei. Dos exemplos que eu dei nenhum implica a partilha a todo o instante de informação com nenhuma entidade:
1. A questão da indicação da vmax de determinada via que me aparece no meu carro, é tecnologia existente e haverá na esmagadora maioria dos carros de hoje (como disse o meu é de 2017). Simplesmente essa info não é vinculativa para rigorosamente nada. O que tem isso que ver com câmaras municipais?
2. O acesso a informação de um sistema de registo em caso de acidente (tipo caixa negra) por uma entidade legalmente autorizada para tal também não me parece de todo uma invasão de privacidade na medida em que saber o que aconteceu num determinado evento donde resultaram feridos e/ou mortos é de superior interesse.
3. O sistema dos espelhos retrovisores ou aviso de obstáculo na via por exemplo (tecnologias já existentes) o que têm que ver com proteção de dados?

Agora se há pessoas que preferem as coisas como estão? Claro que há. E estão no seu direito. Podemos ver a estrada como a lei do mais forte e um local de "luta". Aceito isso tudo. Agora não me venham é com tretas da segurança e obrigações para ciclistas quando não querem olhar para o elefante na sala.

Li tudo.

Mas, como escrevi no post:
"Para responder à parte do meu texto que citaste,".


Se o teu carro te diz, permanentemente, a velocidade limite da zona onde estás, é porque andas sempre com o GPS ligado.

Se, como disseste antes, queres sistemas de controlo automático de velocidade nos carros, como nas trotinetas, o carro tem de saber constantemente onde está. Porque um carro anda em zonas de 30, 50, 70, 90, 110, 120km/h. Uma trotineta não, anda até 25km/h e ponto final. Ora, só há duas formas de implementar o que tu queres. O carro tem de saber onde está a toda a hora. Isso implica ter o GPS ligado permanentemente, o que implica que o cidadão perde o seu direito à privacidade. A outra forma é haver detectores nas ruas, que activem um limitador instalado no carro, para a velocidade da zona correspondente. E aí, teriam de ser as Câmaras das cidades a pagar. O que custaria uma fortuna.
 

Aslume

Active Member

Ontem à noite (por volta das 23:30) ia no autocarro nos Olivais, e ia uma trotinete à frente com velocidade elevada. Conseguiu manter distanciamento durante algum tempo. Quase de certeza que a velocidade era superior a 50Km. Na ciclovia da Expo também já vim trotinetes com velocidades elevadas.
 
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