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Diário de Treino (recuperar o tempo perdido)

cconst

Well-Known Member
@pemartins quando passo algumas semanas sem correr, demoro umas duas ou três semanas a voltar a correr sem dores nos gémeos. O tipo de sapatilhas que usas pode ter influência.

Eu uso umas Adidas Boston 9 com 8mm de drop.

Em conversa com um amigo que andava a usar também umas adidas (não me recordo quais, mas com BOOST) ele também se queixava de dores/cansaço nos gémeos. Entretanto trocou para umas Hoka (não retive qual o modelo) com uns inserts em carbono (como quase todas agora andam a meter nas gamas altas) e diz que esse cansaço/esforço que sentia nos gémeos reduziu bastante.

Foi apenas um pensamento... sei que as sapatilhas são caras... Mas no meu caso as adidas têm-me feito muitos Km sem que eu note deformações ou perca de eficácia. Já nesse meu amigo, após uns 300km as solas se gastavam muito depressa nas adidas... enquanto que a mim, com 900 e tal estão "quase novas".
 

pemartins

Well-Known Member
@cconst a mim não são dores nos gêmeos de retorno à atividade. É mesmo uma dor localizada totalmente impeditiva, até a andar sinto e cheguei mesmo a andar a mancar. Ao fim de alguns dias, consigo localizar um ponto de dor específico, tipo um nódulo, daí pensar que é uma contratura. O que também pode ajudar e não tenho feito é massagem desportiva, claro que o ideal é fazer de forma preventiva, ou seja, antes de as lesões aparecerem.
Acredito que as sapatilhas podem ajudar muito neste problema. Tenho também umas Boston como as tuas mas por serem um bocado baixas fico mal do tendão de Aquiles, desde a pandemia nunca mais as usei, usava algumas vezes quando fazia treinos na pista. As que tenho usado são umas Ultraboost 20, são altas o suficiente para me ajudar no tendão. Tenho curiosidade em modelos como as ASICS Glideride, alguns modelos da Hoka e até às Boston 10 com placa de carbono. Li que ajudam na recuperação a nível muscular da zona dos gêmeos, se é verdadeiro ou não, só experimentando. O certo é que não são baratas e ainda não consegui decidir qual modelo comprar.
 

cconst

Well-Known Member
Tenho curiosidade em modelos como as ASICS Glideride, alguns modelos da Hoka e até às Boston 10 com placa de carbono. Li que ajudam na recuperação a nível muscular da zona dos gêmeos, se é verdadeiro ou não, só experimentando. O certo é que não são baratas e ainda não consegui decidir qual modelo comprar.
Quando referi as sapatilhas era mais no sentido da prevenção. I.e.: se forem menos exigentes com os gémeos pode ser que não chegue ao ponto de causar essa dor impeditiva.

Como disse acima... era apenas um pensamento... (mas isto das sapatilhas e quase como os selins...)
 

Carolina

Well-Known Member
Exercícios de gémeos não tem muito que inventar. Só precisas de um degrau. Vais pra cima, aguentas 2 segundos e depois desces o máximo possível. 3x20 reps. Mas faz com calma, 2-3 segundos para subir e 2-3 segundos para descer.

Se quiseres mais ênfase nos soleares é fazer o mesmo, mas sentado. Neste caso convém é arranjares algum peso para colocar nos joelhos.

Eu insistia com o rolo de massagem, especialmente no sitio onde tens o nódulo. Se tiveres uma bola de ténis ou similar até é capaz de ser melhor para massajar esse ponto.
 

pemartins

Well-Known Member
@pemartins
Tens andado bem? Como tem estado a tua situação do equilíbrio?
Olá. Obrigado pela tua preocupação. Nunca fiquei a 100%. Tentei voltar a treinar, no verdadeiro sentido da palavra mas não consegui, tive uma ou duas crises em dias após andar de bicicleta na estrada e após correr também na estrada e isso levar-me a pensar que a prática desportiva pode estar a desencadear as tonturas. Já não sei sei dizer a última vez que pedalei no exterior, foi em novembro, desde então, apenas rolo e tenho andado bem melhor.
 

elchocollat

Well-Known Member
Bolas que cena estranha
E no rolo não sentes nada, deduzo... Pelo que continuas lá segundo percebo.

Espero que te mantenhas saudável e quem sabe voltes à estrada!

Fizeste mais algum exame?
 

pemartins

Well-Known Member
Bolas que cena estranha
E no rolo não sentes nada, deduzo... Pelo que continuas lá segundo percebo.

Espero que te mantenhas saudável e quem sabe voltes à estrada!

Fizeste mais algum exame?
Fiz uma prova de esforço para ver como estava o coração que deu completamente normal. No início até no rolo sentia tonturas, agora estou melhor. O que tenho notado, é que mesmo nas crises a nível de duração e de sintomas, tem vindo a diminuir. Tenho vontade de voltar à estrada mas tenho receio, por duas vezes tive que meter quase uma semana de baixa para recuperar. Desta última vez consegui recuperar num fim de semana, isto foi no dia 1 e 2 de janeiro.
 

cafigueira

Well-Known Member
Boas malta,

Ontem foi dia de TTT no zwift, já não fazia um há algum tempo e são as corridas que puxam mais por nos a meu ver :D
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A forma esta a começar a subir :D
Boas pedalas para todos
 

Zé Tó

Member
@pemartins andava aqui a lurkar o fórum e deparei-me com o teu tópico e vou dar aqui os meus 5 centimos.
Estou a passar por uma situação muito semelhante à tua. Há cerca de 7 meses estava a andar de bicicleta e durante uma descida fiquei com o ritmo cardiaco acelerado, falta de ar e pensei que ia desmaiar. Fiquei melhor. Fui ao hospital fizeram o ECG da praxe e não deu nada.
Entretanto, a partir desse dia ganhei medo ao exercicio fisico, já sou meio paranoico com cenas do coração e tal, e comecei a ter muitas dificuldades para fazer a minha vida. Até para andar sozinho na rua. Tinha bastantes tonturas e parecia que não conseguia andar em linha reta sequer. Bicicleta? Para esquecer. Nem no rolo nem na rua. Ao fim de 5 minutos estava com falta de ar, tonturas.. o pack completo portanto. Fiz prova de esforço, espirometria e guess what, tudo normal.
Voltei a pegar na burra convencido que agora é que era. Fazia 30 kms mas sempre com problemas de equilibrio e uma sensação de flashs no cerebro.
Entretanto, não me conformei e decidi procurar outro tipo de ajuda. Consultei um medico que me aconselhou a procurar ajuda psicologica. Nesta fase (foi por volta de outubro) já conseguia treinar no rolo sem qualquer tipo de stress, inclusive subi o Alpe du Zwift para me testar e senti-me 5 estrelas. Mas sempre que saía para a rua levava a chapada das tonturas.
La fui eu atrás de ajuda psicologica (ja tenho historial de ansiedade) e fui diagonisticado com um transtorno generalizado de ansiedade, que foi engatilhado por questões da minha vida profissiona,l e a situação da bike e a minha crescente fobia a problemas cardiacos foi tipo atirar gasolinha no fogo. Esta situação toda também foi causada por uma situação de stress pós-traumatico, sim aquela coisa que os militares têm quando vêm da guerra.
Comecei um tratamento e posso dizer que entre novembro e dezembro melhorei 200%. As tonturas durante a caminhada desapareceram. Consigo treinar no rolo sem problema e mais recentemente aventurei-me na estrada em treinos mais longos e fora da minha zona de conforto. Continuo com medo mas as tonturas são que inexistentes. A única coisa que me atrapalha é este tempo e as minhas alergias. Não me digo a 100% mas estou a melhorar e cada vez com mais vontade de sair de casa de bicicleta. O medo continua aqui mas com companhia, uma boa conversa e vou-me tentando abstrair dos pensamentos negativos e do medo de voltar a ter estes sintomas estranhos.
Isto tudo para te dizer que devias considerar o facto de teres aí algum bloqueio psicológico associado e que devias explorar essa vertente terapeutica. É um caminho longo e doloroso, mas a tua qualidade de vida pode melhorar...
Boa sorte nisso e boas pedaladas!
 

Zé Tó

Member
E esqueci-me de referir que tal como tu, antes de ter os sintomas mesmo agudos fui tento pequenos alertas ao longo de 2-3 semanas. Uns dias antes estava a conduzir sozinho na auto-estrada durante a madrugada e estive quase a encostar o carro. Lá abri o vidro e liguei para a minha namorada para me distrair.
 

Cláudio

Well-Known Member
Reconheço-me muito no que dizes Zé Tó. Em adolescente também sofri de ansiedade generalizada, foi tratada na altura e acabei por conseguir fazer uma vida normal depois de ter passado mal, mas a ansiedade em si é algo que não desaparece, é algo que vais controlando com estratégias.
Tal como tu, tinha essa fobia quanto a problemas cardíacos. É algo que vem do trauma que tenho de ser um garoto e ver o Fehér morrer em direto na TV. A situação do Eriksen no Euro trouxe-me de volta esse trauma, uma excessiva preocupação com o coração e é algo que acontece porque foge completamente do nosso controlo. Sabemos que são atletas altamente testados e que mesmo assim acontece. Não é fácil de aceitar isso. Isto para dizer que na altura fiquei com medo de fazer atividades que gosto, tal como andar de bicicleta. Mas acabei por enfrentar e ir tentando controlar, mas só depois de fazer os exames ao coração. Psicoterapia ajuda imenso! Mesmo assim, cada vez que vejo uma notícia como o que aconteceu com o Colbrelli até tremo. E é muito chato querer desfrutar de coisas que nos dão prazer e esse tipo de coisas não saírem da cabeça. A ansiedade generalizada aparece quando se leva esse pensamento para todas as vertentes da nossa vida e pode ser extremamente incapacitante. Não sei se será o caso do pemartins, mas psicoterapia não faz mal a ninguém e não é só para quem tem problemas do foro psicológico. Toda a gente consegue beneficiar de terapia. Estes tabus estão a ser rompidos, finalmente!
 
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