• Olá Guest , participa na discussão sobre o futuro desta comunidade neste tópico.

Crank dura-ace partido

mariosimas

Well-Known Member
Não leves a mal a pergunta, não é nada pessoal: e se te acontecesse a ti e fosses ao chão na altura em que pedalavas de pé? A taxa de falhas consolavate?

E pronto, prometo que não digo mais nada sobre este assunto!
Não levo.
Ficava como o companheiro a q aconteceu.

Mas conheces todas as cirscunstancias dos failures de todos os cranks?

O melhor é ficares em casa e não andar de bicicleta
 

s0me0ne

Well-Known Member
Falhas mecânicas que não comprometem a segurança é uma coisa, falhas catastróficas de componentes estruturais é outra. Um crank partido está ao nível de uma forqueta partida, são falhas que podem colocar em risco a integridade física (e a vida) do utilizador e que simplesmente não podem acontecer! A qualidade e rastreabilidade deste tipo de componentes (forquestas, quadros, cranks, etc) devia ser regulamentada como acontece na indústria automóvel e devia haver "recalls" quando surgem falhas que possam pôr em risco a vida dos consumidores.
Fico francamente "assustado" com os testemunhos que já foram aqui dados e onde se percebe que partir cranks é algo relativamente "comum". o_Oo_O

A questão que ponho é como consegue uma empresa que vende milhares de unidades certificar-se que isto não volta a acontecer?
Acredito que controlo de qualidade de amostras de produtos sejam feitos, e apesar do perigo de uma quebra de um componente vital, é francamente impossível certificar que nenhum produto vem com defeito.
Até porque uma pequena fratura do componente pode ocorrer depois de o artigo sair da fábrica, durante o transporte, numa queda.
 

bullspot

Well-Known Member
A questão que ponho é como consegue uma empresa que vende milhares de unidades certificar-se que isto não volta a acontecer?
Acredito que controlo de qualidade de amostras de produtos sejam feitos, e apesar do perigo de uma quebra de um componente vital, é francamente impossível certificar que nenhum produto vem com defeito.
Até porque uma pequena fratura do componente pode ocorrer depois de o artigo sair da fábrica, durante o transporte, numa queda.
Empresas que vendem milhares de unidades e que facturam milhões de $$ por ano têm certificações e processos implementados que os obrigam a garantir a engenharia e os controlos de qualidade necessários para garantir que isto não volta a acontecer. E no ramo automóvel, por exemplo, têm níveis de rastreabilidade que lhes permite saber onde se encontram as unidades de um determinado lote identificado como defeituoso.
Não tenho a menor dúvida que uma empresa como a Shimano tem estrutura e competências para pegar num crank partido e saber exactamente o que aconteceu para ficar naquele estado. Assim como tenho a certeza que se não corrigem o problema na origem em próximas produções ou versões é porque não há nada que os obrigue a tal!
O problema desta indústria é que, embora estejamos a falar de veículos que circulam na via pública e que podem efectivamente colocar em risco a vida das pessoas, simplesmente não há regulamentação sobre a sua produção! Qualquer "barraco" pode comprar uns quadros na china, montar uns componentes e lançar produto para o mercado, esteja ou não devidamente certificado em termos de qualidade para garantir a segurança do utilizador.
Se a necessidade de um planeta mais sustentável ditar que a utilização da bicicleta como meio de transporte diário passará a ter um peso significativo a nível global (era bom sinal!) não tenho dúvidas que a sua produção terá que ser alvo de regras mais apertadas, para segurança de todos. Obviamente que se calhar em vez de pagarmos 1000, passamos a pagar 1500 pela mesma bicicleta, mas se isso reduzir o risco de acidentes potencialmente fatais e salvar vidas, será sempre justificado!
 

bullspot

Well-Known Member
O mais estranho é que, do que estive a ler, este problema já vem pelo menos da geração anterior de cranks. Não consigo perceber como é que a Shimano deixa passar uma falha destas (ainda que estatisticamente insignificante) entre gerações de componentes :confused:
 

RTC

Moderador
Staff member
A VW tinha (será que ainda tem?) um problema com o motor do elevador dos vidros das portas que já vem desde a geração do Golf III :D
 

Duke

Well-Known Member
As marcas para alcançar pesos mais leves acabam por comprometer alguma resistência.

Nas versões 105 para Ultegra ou Dura Ace muitas vezes a diferença é que são desgastadas por uma maquina CNC para remover material em excesso e tornar mais leve.
 

cconst

Well-Known Member
Epah... isto não acontece apenas com os shimano Hollowtech... Parece é que existem mais relatos dos shimano.... Mas será que não é por serem muuuuuuito mais comuns que os restantes?


4247_96478819466_563814466_2656217_2216906_n.jpg


maxresdefault.jpg


fQ1rQRSQ51HpQ8MgJoYtiEhoeQ9MtidKh24scw0eJt__LMe9S3k-1A0y--_LnLUweSKNOLp9382_yGNOlxfy0MDP0tJr9bSu_wSsjlTsyZG3


Imaginem só... (é numa eMTB... mas ainda assim...)
img_2948-png.36669

img_2923-jpeg.36672
 

s0me0ne

Well-Known Member
Empresas que vendem milhares de unidades e que facturam milhões de $$ por ano têm certificações e processos implementados que os obrigam a garantir a engenharia e os controlos de qualidade necessários para garantir que isto não volta a acontecer. E no ramo automóvel, por exemplo, têm níveis de rastreabilidade que lhes permite saber onde se encontram as unidades de um determinado lote identificado como defeituoso.

Pelo que sei a industria das bicicletas utiliza o mesmo método. Fazem escolha aleatória em cada lote e fazem o controlo de qualidade, nomeadamente inspeção e testes de resistencia.
 

Negoci8er

Well-Known Member
O objetivo é 0% de falhas, mas na realidade este objetivo é inalcançável...

Principalmente quando estamos a falar de material que tentamos otimizar ao máximo ao nível da redução de peso.
Se esquecermos o peso e fizermos algo robusto com uma resistência de 2 a 3x a atual poderemos estar próximo dos 0% de falhas...
Mas teríamos um peso muito superior, e estaria fora do comercializável para os padrões de topo.
O que fazem é um produto que em condições standard não falha... e volta e meia aparece uma peça fora do standard...
 

joseruivo

Well-Known Member
Epah... isto não acontece apenas com os shimano Hollowtech... Parece é que existem mais relatos dos shimano.... Mas será que não é por serem muuuuuuito mais comuns que os restantes?


4247_96478819466_563814466_2656217_2216906_n.jpg


maxresdefault.jpg


fQ1rQRSQ51HpQ8MgJoYtiEhoeQ9MtidKh24scw0eJt__LMe9S3k-1A0y--_LnLUweSKNOLp9382_yGNOlxfy0MDP0tJr9bSu_wSsjlTsyZG3


Imaginem só... (é numa eMTB... mas ainda assim...)
img_2948-png.36669

img_2923-jpeg.36672
Isso é tudo material em carbono, certo? Tanto quanto leio, os profissionais não usam guiadores em carbono no Paris-Roubaix ;)
 

cconst

Well-Known Member
@joseruivo aparentemente é carbono sim. Mas tanto quanto sei, a shimano para não usar o carbono usa o hollowtech para atingir pesos baixos. E não estamos a falar em guiadores, mas sim cranks ;).
Mas entendo o que pretendes dizer. Apenas quis demonstrar que esta questão de cranks partidos não é uma exclusividade shimano.
 

cenazia

Well-Known Member
Vai sempre haver falhas, o material mais caro, é mais leve e por isso na maior parte dos casos mais frágil também. Eu até tenho Sram em 3 bikes, mas aquilo é tudo menos resistente comparando com a Shimano, por exemplo um dia destes a minha manete esquerda (Red de 10v) partiu na que troca as mudanças simplesmente pelo uso normal, tudo bem que é carbono e velho, mas nunca tinha levado pancada.

O Guilherme está a brincar mas é verdade, se dão mais valor à resistência dos materiais devem optar pelos grupos mais baixos
 

Velhadas

Well-Known Member
nada impede o ciclista de meter um processo à marca no caso de se aleijar com uma quebras dessas. Alias tenho quase a certeza que isso já aconteceu antes
 

joseruivo

Well-Known Member
@joseruivo aparentemente é carbono sim. Mas tanto quanto sei, a shimano para não usar o carbono usa o hollowtech para atingir pesos baixos. E não estamos a falar em guiadores, mas sim cranks ;).
Mas entendo o que pretendes dizer. Apenas quis demonstrar que esta questão de cranks partidos não é uma exclusividade shimano.
@cconst, obrigado pela partilha. Só conhecia o caso de algumas séries Shimano a partirem. Havendo outras séries de outros fabricantes deste tipo de componente a partirem (ainda que em menos de 1% dos casos), tenho a mesma opinião, não é má vontade específica contra a Shimano. Todas as minhas bikes têm Shimano e não tenho razão de queixa.
 

nunokas

Well-Known Member
Isso é tudo material em carbono, certo? Tanto quanto leio, os profissionais não usam guiadores em carbono no Paris-Roubaix ;)

Os profissionais comem aquilo que lhes metem no
prato.
Curiosamente é precisamente a aplicação do carbono num guiador que faz mais diferença na absorção e estabilização das vibrações e ressonâncias que prejudicam o rendimento nesse tipo de piso ;)
 

joseruivo

Well-Known Member
Os profissionais comem aquilo que lhes metem no
prato.

No geral, estamos de acordo. Em casos isolados, parece que não. Aqui https://road.cc/content/tech-news/2...agans-specialized-roubaix-ready-paris-roubaix
lê-se a certa altura: Other details include a Specialized Romnin Evo saddle and aluminium handlebar, Supacaz bar tape and Tacx bottle cages. Why an aluminium bar and not carbon? Because in a crash aluminium is less likely to snap.

Curiosamente é precisamente a aplicação do carbono num guiador que faz mais diferença na absorção e estabilização das vibrações e ressonâncias que prejudicam o rendimento nesse tipo de piso ;)
Nunca usei, mas acredito plenamente, que as forças perpendiculares exercidas sobre o guiador gerem muito mais amortecimento do que na diagonal em outros pontos do quadro+forqueta.
 

nunokas

Well-Known Member
No geral, estamos de acordo. Em casos isolados, parece que não. Aqui https://road.cc/content/tech-news/2...agans-specialized-roubaix-ready-paris-roubaix
lê-se a certa altura: Other details include a Specialized Romnin Evo saddle and aluminium handlebar, Supacaz bar tape and Tacx bottle cages. Why an aluminium bar and not carbon? Because in a crash aluminium is less likely to snap.


Nunca usei, mas acredito plenamente, que as forças perpendiculares exercidas sobre o guiador gerem muito mais amortecimento do que na diagonal em outros pontos do quadro+forqueta.

Claro, não é numa regra matemática e vai todo o pelotão varrido a carbono ou a alumínio no guiador só porque sim. Torna-se cada vez mais incontornável o facto das marcas estarem a apostar nos cockpits integrados e, isso implica quase sempre carbono no guiador.
Claro que depois podem ou não surgir situações como a do MVDP...
 

Trizade

Well-Known Member
Claro, não é numa regra matemática e vai todo o pelotão varrido a carbono ou a alumínio no guiador só porque sim. Torna-se cada vez mais incontornável o facto das marcas estarem a apostar nos cockpits integrados e, isso implica quase sempre carbono no guiador.
Claro que depois podem ou não surgir situações como a do MVDP...

A situação do MVDP é um caso especial.
Por alguma razão vês tudo o que é equipa que tem Canyon a usar cockpits com cabos visíveis em vez de cabos integrados. Porque a Canyon trocou os guiadores novos pelos mais antigos até arranjar uma solução para o problema que levou o MVDP a partir o guiador...
 
Top