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Aumento combustíveis?? Hora de encher os pneus e dar ao pedal...

nunoaomaia

Well-Known Member
Eu não tenho grande hipótese pois moro a ~60km do trabalho e não tenho condições para tomar banho lá, neste momento continuo em teletrabalho já há 2 anos e quando voltar ao escritório será num esquema hibrido a ver se reduzo a despesa.
Ainda continuo por casa mas tenho pensado que talvez seja possível usar comboio + bike para voltar ao escritório.
Casa estação: ~8km
Estação destino - Escritório: 10km

É caso a pensar até porque nao sei bem como funciona o transporte no comboio durante as horas de ponta.
 

cou7inho

Well-Known Member
Não, na linha do Minho para o Porto.
Mas a minha mulher anda diariamente e vai sempre a abarrotar.
Não faço a linha do Minho, mas pelo que vejo em São Bento e Campanhã ... Os urbanos vão sempre cheios em hora de ponta.
A menos que tenhas algum Inter regional e aí sim, já podes levar a bicicleta mais descansado.
 

Negoci8er

Well-Known Member
No meu caso faço diariamente cerca de 18 km para o trabalho.
É entre localidades, mas de transporte público seria um pesadelo, teria que trocar pelo menos umas 3 vezes e apenas teria disponível o autocarro (para esquecer).
De bicicleta, seria uma opção, mas não tenho forma de tomar banho no trabalho, logo também não considero opção.
Habitualmente faço o trajeto de carrinha diesel (520d) com pé levezinho a fazer consumos de 6.5L/100km. Eu muitas viagens sinto-me perdido sozinho com tanto espaço e o desperdício que é em cada viagem. É um transporte muito grande para fazer deslocar apenas uma pessoa. :)
Com a moto (300 cm3), para além de um baixo consumo (cerca de 2,7 L/100km), tem os custos de manutenção muito inferiores.
A moto penso que é um transporte muito racional neste momento:

- Baixos consumos
- Manutenção económica
- Ajuda a diminuir o congestionamento do trânsito
- Deslocamento no meio de filas de trânsito
- Torna a viagem mais divertida
- Maior contacto com a envolvente
- Não necessita de banho à chegada do destino

Claro que também tem inconvenientes como todos os transportes

- Dificuldade de transportar os filhos à escolha ou impossibilidade com menos de 7 anos
- Implica vestir impermeáveis nos dias de chuva como o @cconst referiu
- O condutor vai mais exposto na via como as bicicletas
 

nunoaomaia

Well-Known Member
Não faço a linha do Minho, mas pelo que vejo em São Bento e Campanhã ... Os urbanos vão sempre cheios em hora de ponta.
A menos que tenhas algum Inter regional e aí sim, já podes levar a bicicleta mais descansado.
De facto é o feedback que tenho, o comboio já sai praticamente cheio quando arranca de Guimarães e pelo caminho as pessoas vão-se acumulando em pé.
 

fernandes_85

Well-Known Member
A resposta é muito simples. A malta gosta de andar o mais confortável possível. Em Portugal existe um comodismo absurdo e por isso é que se vê tantos carros, mesmo quando há alternativas melhores.
Por isso eu acho que parte da solução é facilitar e melhorar a vida a quem anda ou quer andar a pé ou de bicicleta.
Não digo dificultar a vida a quem anda de carro só porque sim. Mas a verdade é quem em muitos casos não se criam melhores (mais confortáveis, seguras ou rápidas) soluções para peões/ciclistas simplesmente para não "prejudicar" o DEUS automóvel.
O espaço é um bem escasso e a "luta" pelo espaço disponível entre os diferentes meios de transporte existe mas está completamente desequilibrada. É aqui que nenhum político tem coragem de mexer. É muitos mais fácil fazer ciclovias e eco-pedo-vias para parques e zonas que se utilizam ao fds.
Exemplo clássico: Avenida Marginal (N6), que é a melhor ligação suave lisboa-oeiras-cascais. Para o automóvel: 2 faixas para cada lado para + A5 a 500m de distância com 3x3 faixas. Para o ciclista: troços de ciclovia dispersos com horário p/utilização ou circular na N6 com os carros. Para o peão: passeio em toda a via em que há zonas lado a lado com o transito automóvel a 60km-h ou mais.
 

Negoci8er

Well-Known Member
Ainda hoje na Rádio Observador discutiram a questão da sustentabilidade nas cidades.
Não será o veículo elétrico a salvar as cidades, mas sim a mobilidade sustentável (bicicletas, trotinetes, motos) em conjugação com a diminuição do volume dos automóveis. Automóveis significativamente mais pequenos estilo Citroen AMI de forma a libertar os congestionamentos urbanos.
 

cou7inho

Well-Known Member
Ainda hoje na Rádio Observador discutiram a questão da sustentabilidade nas cidades.
Não será o veículo elétrico a salvar as cidades, mas sim a mobilidade sustentável (bicicletas, trotinetes, motos) em conjugação com a diminuição do volume dos automóveis. Automóveis significativamente mais pequenos estilo Citroen AMI de forma a libertar os congestionamentos urbanos.
A sustentabilidade nas cidades é um tema que me tem feito pensar bastante.
Existem previsões de que a população pode chegar aos 12 ml milhões até 2100.
A população tende a fugir para as cidades. Como é que se pode acreditar que com cidades cada vez mais sobrelotadas o uso do carro será uma opção viável?
Lembro-me do Porto há 15 anos atrás. Era muito mais pacato. Havia trânsito, mas não era nenhum exagero. Hoje o Porto é um "salve-se" quem puder. Carros por todo o lado, Os transportes que há são... enfim, são bons comparando com o resto do país, mas são muito escassos em muitos e muitos locais (mesmo locais com muita população). E isto é o caso do Porto, uma cidade minúscula. Image-se agora nas grandes metrópoles.
A criação de uma rede de transportes eficiente é demasiado urgente, mas parece que o nosso estado ao longo dos anos se tem esquecido disso. Enquanto não houver transportes decentes e que cubram grandes áreas a malta vai continuar a usar o carro e as cidades vão continuar entupidas.
Automóveis significativamente mais pequenos estilo Citroen AMI de forma a libertar os congestionamentos urbanos.
Quando esse carro foi apresentado vi muita, muita gente a gozar com o carro. Percebo que aquilo não é propriamente um carro, mas o mais importante é o conceito. E aquele conceito goste-se ou não é, pelo menos na minha opinião, uma das melhores opções para libertar espaço nas cidades.
Enquanto continuarmos a acreditar que usar veículos de 1800kg para mover um corpo de 80kg é uma solução eficiente para ser usada a toda a hora e que ficar horas e horas em filas de transito é uma boa opção não vamos longe.
 

GuilhermeOliveira

Well-Known Member
Eu vou dar um exemplo de como funciona a coisa, será mais ou menos assim em todas as casas

Eu é o meu pai moravamos na mesma casa
Eu e o meu pai trabalhávamos na mesma empresa
Casa Laranjeiro/Almada, trabalho Lisboa duque de Loulé
O melhor transporte que tive foi mota
O pior que tive foi carro
Esta história decorreu entre 1983 e 1996

Por norma eu ia de transportes e ele ia de carro, a mota foi mais os últimos 3 anos
Naquele tempo o estacionamento era difícil mas gratuito, agora nem quero imaginar na dificuldade e na carteira
No princípio da década de 80 demorava menos de 1 hora, indo pela ponte sobre o Tejo em direção a praça de Espanha, apanhando aí o metro para o marquês, depois tive de trocar para o barco porque a ponte passou a ser o problema, o antes e o depois da ponte tambem
Com o barco passei a demorar mais uns 15 minutos
Se hoje lá trabalhasse ou lá voltar a trabalhar, os transportes públicos seriam novamente o meu transporte de eleição e como tenho de passar o rio, logo de qualquer das formas teria de apanhar transporte, visto por cá por baixo a não ser que faça uns 100km, tenho de os usar ou ao carro/mota
Com isto tudo, o carro sempre foi o pior transporte para me deslocar p Lisboa, mesmo quando o estacionamento era gratuito, a gasolina era pouco mais barata e as responsabilidades eram poucas
Já fora da hora de ponta a coisa era diferente, de casa para o trabalho era para aí uns 15/20 minutos, já os estancionamento era a mesma porcaria em quase todos os lados gratuitos
Lembro-me que quando levava o carro, tinha de sair para aí uma hora mais cedo, além de apanhar menos transito, tinha de chegar a horas do vizinho ir trabalhar para eu entancionar o carro no lugar vago por ele

Nos dias que correm, para as voltinha por aqui perto, em redor dos 10/15 km a bicicleta safa, o problema é onde a deixar, não vá quando chegar, ter lá umas 20 e nem saber da minha, bem é mais não saber da minha porque alguém a levou, acho que é o maior problema para mim

Hoje, em deslocações de 1/2km a volta da casa, passei a andar a pé, fácil de estacionar, barato, saí sempre à hora desejada, quando quero voltar esta sempre pronto e faz bem a saude

Quanto a poluição que fazemos para nos deslocarmos, nem falo, porque a maioria está pouco preocupada desde que seja para ela andar no bem bom
 

SantosDaCasa

Well-Known Member
Quando esse carro foi apresentado vi muita, muita gente a gozar com o carro. Percebo que aquilo não é propriamente um carro, mas o mais importante é o conceito. E aquele conceito goste-se ou não é, pelo menos na minha opinião, uma das melhores opções para libertar espaço nas cidades.
Enquanto continuarmos a acreditar que usar veículos de 1800kg para mover um corpo de 80kg é uma solução eficiente para ser usada a toda a hora e que ficar horas e horas em filas de transito é uma boa opção não vamos longe.

Não é um carro?
Diz isso aos Japoneses que já usam veículos de dimensão reduzida há muitos anos.
 

cconst

Well-Known Member
Nos dias que correm, para as voltinha por aqui perto, em redor dos 10/15 km a bicicleta safa, o problema é onde a deixar, não vá quando chegar, ter lá umas 20 e nem saber da minha, bem é mais não saber da minha porque alguém a levou, acho que é o maior problema para mim
Eu uso a bike para isso sem pudores. Uma bike velha (mas afinada) com aspeto pouco apetecível (pasteleira com mudanças, com ferrugem, porta couves e essas cenas todas - até sujidade), em combinação com um cadeado "bom" e escolha do local de modo a que a minha seja a menos apetecível e que não valha o risco para levar um chaço :D. Ainda assim, tenho a noção de que pode acontecer chegar ao local onde deixei a bike e encontrar um vazio. Mas já poupei em combustível e estacionamento o preço da bike + cadeado (~130 eur)

Edit: só o cadeado, foram 30 eur.
 

cou7inho

Well-Known Member
Não é um carro?
Diz isso aos Japoneses que já usam veículos de dimensão reduzida há muitos anos.
Aos olhos da lei não é um carro. Mas o conceito é muito bom para mobilidade em cidades.
A ver vamos se vão sair carros baseados nesse conceito e que não custem 20 mil euros.
 

GuilhermeOliveira

Well-Known Member
Eu uso a bike para isso sem pudores. Uma bike velha (mas afinada) com aspeto pouco apetecível (pasteleira com mudanças, com ferrugem, porta couves e essas cenas todas - até sujidade), em combinação com um cadeado "bom" e escolha do local de modo a que a minha seja a menos apetecível e que não valha o risco para levar um chaço :D. Ainda assim, tenho a noção de que pode acontecer chegar ao local onde deixei a bike e encontrar um vazio.
Vais me desculpar mas as minhas velhinhas ainda pior, olha fanarem a de 1955 que tanta estima tenho, fartei-me de penar para encontrar uma daquela, tudo EFS e no estado que ela está, dava-me alguma coisinha má
Por acaso ando a pensar numa trotinete da xiaomi, com 40km de autonomia da para passear o dia inteiro
 

cconst

Well-Known Member
Vais me desculpar mas as minhas velhinhas ainda pior, olha fanarem a de 1955 que tanta estima tenho, fartei-me de penar para encontrar uma daquela, tudo EFS e no estado que ela está, dava-me alguma coisinha má
Por acaso ando a pensar numa trotinete da xiaomi, com 40km de autonomia da para passear o dia inteiro
Por isso é que tenho uma bike funcional mas com pouco valor (incluindo o sentimental) para os recados
 

Memento vivire

Active Member
Bem, eu cá desde 2011, que a bike é o meio de deslocação habitual. É a minha psiquiátrica, determina o tratamento principalmente nesta altura com os dias maiores, pois -10 Km de deslocação não chega para deixar as frustrações para trás.
Sou um privilegiado, onde trabalho tenho todas as condições para banho, muda de roupa. Hoje só dois fatores que me fazem pensar, chuva e vento superior a 25/30, alguns colegas dizem que é muito perigoso, estrada molhada, vento, carros, ser noite, eu realmente confirmo que é muito perigoso, mas também lhes digo, mantenham-se deitados, pois ao levantarem-se podem escorregar e cair:D:D.
 

cou7inho

Well-Known Member
Aproveito o tópico para partilhar a minha recente aquisição.

Usar os autocarros no Porto e demorar 50 minutos para fazer 5 km's fez-me esgotar a paciência e procurar uma solução.
Podia usar a minha bicicleta de estrada? Podia, mas é demasiado valiosa, a nível de euros e a nível sentimental, para ser usada nas minhas deslocações.
Procurei por elétricas dobráveis. Elétrica para não suar e dourável para ser fácil de arrumar.
Qual foi o desafio!? Encontrar um bicicleta que não custasse um rim, mas que ao mesmo tempo não se desmontasse aos pedaços na prieira volta. Das pesquisas que fiz não faltam bicicletas destas feitas por marcas chinesas. Enfim, preferia algo de uma marca mais "conhecida". A Decathlon tem um modelo destes, mas pareceu-me "fraquinha" para aquilo que custava.
Lá decidi arriscar numa bicicleta chinesa, vinda do site Bangood. Pelas muitas reviews que vi não é muito má opção para aquilo que custa e tendo em conta o que há no mercado.
Ainda não tive oportunidade de a testar no Porto. Entretanto já foi vista pelo mecânico para ver se estava tudo em condições. Da meia dúzia de metros que andei fiquei surpreendido com o motor. Nunca tinha andado numa bicicleta elétrica e não sabia que um motor de 250w tinha tanta força.
Agora é começar a usá-la no dia a dia e fazer em 10 minutos aquilo que tenho demorado 40 ou 50 minutos a fazer de autocarro.
E esperar que, embora seja uma bicicleta chinesa, não de muitas dores de cabeça :p
 

TiagoLopes

Well-Known Member
Bom dia,
Queria só vir aqui lembrar que hoje está a acontecer isto.

Enquanto nas outras capitais europeias se constrói mais ciclovias em Lisboa tiram-se




E nem fechar a Av Liberdade ao transito 1a vez por semana são capazes, com a desculpa de as lojas perderem clientes, ignorando anos e vários estudos e varias capitais que claramente provam o contrario. Em Paris alarga-se a medida e constrói-se sobre o sucesso de ruas fechadas ao transito. ( Thread sobre o plano de Paris em baixo )

E em Lisboa estamos completamente em contraciclo. E se Lisboa não dá o exemplo o resto do país não vai atras. Desculpem este desabafo, mas o nosso atraso não é só económico
 

cou7inho

Well-Known Member
Bom dia,
Queria só vir aqui lembrar que hoje está a acontecer isto.

Enquanto nas outras capitais europeias se constrói mais ciclovias em Lisboa tiram-se




E nem fechar a Av Liberdade ao transito 1a vez por semana são capazes, com a desculpa de as lojas perderem clientes, ignorando anos e vários estudos e varias capitais que claramente provam o contrario. Em Paris alarga-se a medida e constrói-se sobre o sucesso de ruas fechadas ao transito. ( Thread sobre o plano de Paris em baixo )

E em Lisboa estamos completamente em contraciclo. E se Lisboa não dá o exemplo o resto do país não vai atras. Desculpem este desabafo, mas o nosso atraso não é só económico
Eu não opino sobre o caso dessa ciclovia em Lisboa porque não conheço, embora já esteja farto de ouvir polémicas sobre isso.
De qualquer forma, em Portugal as ciclovias são simples obras para "o inglês ver". Em Portugal.o carro é rei e senhor e o resto é paisagem, mesmo que o resto seja uma alternativa bem melhor que o carro em certos casos.
Agora que uso a bicicleta todos os dias para ir para a empresa onde estou a estagiar tenho-me apercebido ainda mais da falta de respeito que há para com os utilizadores das bicicletas. E não me venham com a história dos "gajos de licra". Nas minhas viagens diárias sou só um gajo de roupa normal numa bicicletazinha e mesmo vejo uma falta de noção por parte de terceiros que é assustador.
 
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