• Olá Guest , participa na discussão sobre o futuro desta comunidade neste tópico.

Alteração ao IVA na Compra e Reparação de Bicicletas para 2023

joseruivo

Well-Known Member
Agora é o oposto.
Muita mercadoria em stock. Há marcas com milhares de bicicletas em stock sem comprador.
Como é que isto aconteceu? Não sei. Provavelmente não contavam tão cedo com o abrandamento do mercado.
Não deixa de ser estúpido pois durante a pandemia vendiam ainda antes de ter produzido.
Foi agora a Specialized mas isto não fica por aqui. Vai acontecer com mais marcas. Já tinha sido com a Wahoo, a Strava, Zwift etc...
Com os preços no supemercado e na bomba a subir, mais a prestação da casa a aumentar tb, não chega o diniheiro para as bikes :-( Não tinham como prever.
 
compra já, a mim aparece-me outro preço :/

Captura-de-ecra-2023-01-06-a-s-14-39-09.png
Se fosse outra cor...
 

Hugorgvteixeira

Well-Known Member
Agora é o oposto.
Muita mercadoria em stock. Há marcas com milhares de bicicletas em stock sem comprador.
Como é que isto aconteceu? Não sei. Provavelmente não contavam tão cedo com o abrandamento do mercado.
Não deixa de ser estúpido pois durante a pandemia vendiam ainda antes de ter produzido.
Foi agora a Specialized mas isto não fica por aqui. Vai acontecer com mais marcas. Já tinha sido com a Wahoo, a Strava, Zwift etc...
Então supostamente o preço do produto final deveria de descer, existe mais oferta que procura.......
Agora vais ao site da Specialized por exemplo da gama de 2022 não tens stock em excesso, aliás Tarmac SL6 e Roubaix de gama de entrada (2500€) não tens sequer stock S-Works Tarmac SL7 em Sram Red Etap Axs idem..... isto cá no burgo,que dúvido que exista importador só para cá deve ser ou importador Ibérico ou Europeu.....
 

Hugorgvteixeira

Well-Known Member
E eu até sou dos que gostaria de trocar de bicicleta e aproveitar a descida do Iva,mas ver uma bicicleta com de 11v andar em média nos 2500€ para cima upa upa......
A titulo de exemplo genericamente a mesma bicicleta que comprei em 2018 custa mais 500€ hoje e a geometria mudou um pouco mas a base rodas transmissão é igual a forqueta continua a ser carbono e coluna de alumínio e quadro AL
,mais 500€ vai lá vai
Ver bicicletas com Tiagra 10v a 1800€/2000€ é de doidos.....
 

jppina

Well-Known Member
Então supostamente o preço do produto final deveria de descer, existe mais oferta que procura.......
Agora vais ao site da Specialized por exemplo da gama de 2022 não tens stock em excesso, aliás Tarmac SL6 e Roubaix de gama de entrada (2500€) não tens sequer stock S-Works Tarmac SL7 em Sram Red Etap Axs idem..... isto cá no burgo,que dúvido que exista importador só para cá deve ser ou importador Ibérico ou Europeu.....
Não sei como é nas outras marcas, mas na Specialized há um stock europeu para venda online, e um stock paralelo independente para as lojas. Há uns meses valentes equacionei a compra duma Aethos, e para o meu tamanho as 2 lojas que vendiam specialized que consultei tinham um prazo de entrega de 3 meses, no entanto no site estava em stock. No apoio ao cliente explicaram-me então isso, de haver dois stock independentes, e por isso as lojas apenas me conseguirem vender a bicicleta com 3 meses de espera. No entanto, podia comprar online e pedir a entrega em loja em vez de em casa, que teria a bicicleta entregue em 3 dias (e a loja ganharia uma percentagem da venda).

Nessa altura era mais rápido comprar online, agora até pode ser ao contrário (não faço ideia) e ser mais rápido pedir em loja...
 

ernez

Member
Para aqueles que ainda não perceberam como se calcula a passagem do preço com iva a 23% para iva a 6% (possivelmente já todos perceberam... ainda assim...).

Pegue-se no preço com iva a 23% e divide-se por 1,23 sendo o resultado o preço sem iva. Esse valor é depois multiplicado por 1,06 para dar o novo preço com iva a 6%.

Por exemplo uma bicicleta que custasse 3500€ corresponderia a um valor sem iva de 2845,53€, a que, somando os 6%, passaria a custar 3016€, ou seja uma redução de quase 500€.

Peguei neste exemplo para ser mais fácil ter noção da redução do preço, por cada 3500€ são cerca de menos 500€. Se pegarmos em metade desse valor, 1750€, a redução é de cerca de metade dos 500€, 250€. Quanto mais alto o preço antigo, maior a "poupança" :p
Não se esqueçam que aos valor sem iva ainda acresce a percentagem do valor da inflação ;)
 

jppina

Well-Known Member
A maior parte das marcas não alterou os preços tendo em conta a inflação. Do que verifiquei apenas na Canyon houve um ligeiro aumento dos preço, mas longe da taxa de inflação, pois o aumento foi de pouco mais de 1%.

Eu diria antes não se esqueçam que a este novo valor com IVA a 6% ainda conseguem abater os 10% sobre o preço que a maioria dos lojistas costuma fazer
 

RTC

Moderador
Staff member

Fica aqui o texto do artigo completo:

A compra de uma bicicleta beneficia de IVA à taxa reduzida e o arranjo de alguma avaria também. Já se estiver em causa “a mera transmissão de partes, peças ou acessórios”, então essa deverá ser tributada à taxa normal do imposto, de 23%. A orientação é da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), e está expressa num ofício circulado de 5 de janeiro deste ano, onde o Fisco elaborou um conjunto de instruções destinadas a clarificar a aplicação das alterações em sede de IVA constantes do Orçamento do Estado (OE) para 2023.

No caso das bicicletas, a reparação já beneficiava da taxa reduzida, mas uma proposta de alteração ao OE apresentada pelo Livre, que o partido justificou como estando integrada no âmbito da Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável 2020-2030, de acordo com a qual se pretende que pelo menos 10% das deslocações nas cidades portuguesas sejam feitas em bicicleta até 2030, alargou o âmbito.

A nova norma fala em velocípedes e, uma vez que “não estabelece qualquer limitação quanto ao tipo de velocípedes, deve entender-se que a mesma abrange os veículos assim classificados nos termos do Código da Estrada”, sustenta a AT. Já no que refere às “partes, peças ou acessórios” o entendimento é muito mais limitativo. O documento do Fisco, assinado pelo subdiretor-geral para a área do IVA, Fernando Campos Pereira, é claro: a sua “mera transmissão” deverá manter a taxa normal.

Esta opção da AT é “no mínimo estranha”, afirma Clotilde Palma, professora universitária e especialista em IVA. Afinal, lembra, “em IVA o tratamento das operações acessórias segue o tratamento das operações principais”. Trocando por miúdos, embora a regra geral do IVA seja a de que cada operação é independente e como tal deve ser tributada, quando estamos perante operações acessórias, a avaliação deve ser casuística, explica a especialista. Ora, “um guiador, um assento, uma roda, são algo que em si não cumpre nenhuma função a não ser que esteja inserido na própria bicicleta”. E assim, sendo acessório, deve “seguir o tratamento da operação principal”.

Susana Claro, fiscalista da Pwc, tem idêntica opinião. “Esse entendimento da AT é bastante discutível, até considerando as decisões que já houve no Tribunal Arbitral” lembra. “Estando em causa peças que melhorem o comportamento da bicicleta que tenham aquela finalidade única e não possam ter outra, então devem ter a mesma taxa”.

Afonso Arnaldo, também especialista em IVA, da consultora Deloitte, tem uma abordagem um pouco diferente. Na sua opinião, se as peças ou acessórios forem adquiridos juntamente com a bicicleta, “numa mesma operação”, então “é defensável que devem as componentes adicionais seguir aquela compra com um todo e que se aplique ao conjunto a taxa reduzida”. Mas mesmo aí, “se começamos a adicionar coisas que não são necessárias à essência da bicicleta, isso dificulta a questão”.

E se as peças ou acessórios forem adquiridos e incorporados no âmbito de uma operação de reparação? Nesse caso, “concorrem para o valor da reparação e deve ser tudo pela taxa reduzida”, entende o fiscalista.

Kits elétricos e cadeirinhas

Clotilde Palma não tem dúvidas de que a questão é controversa. E lembra “as muitas decisões que há do Tribunal de Justiça da União Europeia sobre a questão das operações acessórias”. Mesmo quando as mesmas não coincidem no tempo. “Tudo o que é acessório segue a operação principal, não tem a ver com o timing, tem a ver com questões de substância”, acrescenta.

Susana Claro lembra, por seu turno, um caso que ficou célebre entre os fiscalistas e que correu no Centro de Arbitragem Administrativa (CAAD). Estava aí em causa a forma de tributar as próteses dentárias, sendo que a AT aplicava diferentes taxas de IVA consoante fossem aplicados completos ou em partes. Não sendo assim, os implantes dentários, pilares de fixação e as coroas dentárias acabam por ter taxas de imposto diferentes (a reduzida ou a normal). O caso chegou a tribunal e o Fisco perdeu e mais tarde acabou por ser estabelecido internamente um novo entendimento: afinal, a taxa reduzida poderia aplicar-se aos vários componentes na medida em que “não possam ter outra utilização além de integrarem o implante dentário”.

Na sua proposta inicial, o Livre propunha também o IVA reduzido para as componentes, mas depois arrepiou caminho. No setor, há vozes a defender que a lei seja clara em relação às peças e que o IVA seja também à taxa reduzida. É o caso da Mubi – Associação pela Mobilidade Urbana, que dá como exemplo “os kits de conversão para bicicletas elétricas”, que têm de pagar 23% de IVA. Também as cadeirinhas para criança, adaptadas às bicicletas, suportam a taxa normal. Já as dos automóveis beneficiam de IVA à taxa reduzida, prevista formalmente na lei.
 

cconst

Well-Known Member
Em suma, a lei como está leva a que:
- se comprar um desviador para montar em casa: 23% IVA
- se o comprar no âmbito de uma reparação em loja/oficina: 6%

hum...

Se for um Simano ultegra di2 (contas redondas, 300 eur com IVA a 23%) daria , sem iva 231 eur. Se levasse com 6% iva: aprox 250 eur (tudo contas de merceeiro).

Se na loja me cobrarem 50 eur para a montagem... fica "ela por ela" e todos ganham... será isso?

Mas eu que gosto de fazer as coisas em casa, porque deverei sair penalizado?!

Há coisas que não entendo... mesmo que tente.
 

jppina

Well-Known Member
- se o comprar no âmbito de uma reparação em loja/oficina: 6%
Não é isso que diz o artigo. A AT esclareceu que as peças de substituição são sempre a 23%, a mão de obra é que é a seis.

Há é um fiscalista, o Afonso Arnaldo, que defende isso que dizes...
 

jocarreira

Well-Known Member
Pergunta para os especialistas:
Se comprar uma bicicleta mas quiser mudar as rodas de origem para umas mais caras, tanto quanto sei paga-se o preço da bicicleta + a diferença de preço das rodas novas. Essas novas rodas são tributadas com IVA a 23% ou 6%?
 

jppina

Well-Known Member
Não sou especialista, mas pelo que li no artigo percebi que a maioria dos fiscalistas não concorda com o esclarecimento da AT, pois é "natural" que as peças, que são as partes que compõem a bicicleta, tivessem de ter a mesma percentagem de IVA que a bicicleta completa... Agora, de acordo com o esclarecimento e sendo as rodas compradas à parte, embora entregue com a bicicleta nova, terão sempre IVA a 23% (a loja tem sempre de faturar as rodas com 23% e a bicicleta com 6%, já as contas que fizer do preço final para o cliente é outra conversa ).
 

jppina

Well-Known Member
Isto partindo do princípio que a loja fica com as rodas de origem. Se for como por exemplo no site da Orbea, que dá para configurar os componentes, aí é diferente porque não há 2 pares de rodas, a bicicleta vem logo com as rodas escolhidas...
 

Psicopato

New Member
A canyon sei q no dia 2 já tinha os preços actualizados no site. Acabei por poupar €750 com esta brincadeira comparativamente se tivesse comprado a bike em dezembro. Sei q a KTM ( bikes Coelho em Matosinhos) tb actualizou os preços para reflectir o novo IVA.
 
Top