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Acidente

cconst

Well-Known Member
Não com bicicleta, mas com um sinistro auto que aconteceu comigo em espanha, sendo a culpa do espanhol:

O carro foi dado como perca total (passado quase 2 meses). Após isto, apresentaram-me um reembolso ridículo. Contrapus e foi-me justificado o valor em causa com base numa tabela de depreciação da viatura em causa para determinar o valor venal da mesma (valor da indemnização).

Por portas e travessas consegui chegar à formula de calculo e a tabela de depreciação que deveria ser usada. O valor a que cheguei era superior, mas de qualquer forma não chegava para repor igual (todas as viaturas em circunstancias semelhantes eram mais caras).

Contrapus novamente (com os cálculos, com listagem de todas as viaturas com caraterísticas iguais, privação do uso da viatura...), consegui mais uns trocos... E no final tive sorte, pois a oficina onde o carro estava a fazer a peritagem ofereceu-me um valor para ficar com o carro sinistrado. Dessa forma, com o valor da viatura e da venda consegui um valor que deu para comprar um semelhante (no caso a seguradora dava X + Y do abate. Caso optasse por ficar com o carro apenas dava o X. A oficina ofereceu 2Y... logo foi fácil a decisão).

Este processo demorou 4 ou 5 meses porque o sinistro se passou em ES e eles têm prazos de resposta muito superiores aos nossos.

Isto tudo apenas para te alertar que as seguradoras têm que indemnizar no sentido de repor o valor/estado do bem à data em que o mesmo foi danificado. Por outro lado, temos que ser perseverantes e justos e considerar todas as alternativas.

Boa sorte com a coisa!
 
Não sabendo qual é a companhia de seguros, posso dizer-te que tive no verão um processo de perda total de um automovel com seguro danos proprios e foi um calvario.
Não faço segredo: é a Tranquilidade (do veiculo que me deu o piparote).
Pelo visto esta seguradora preocupam-se mais em pagar o cachet de publicidade a um avião com pernas do que dar o correcto andamento à papelada...
 
Eles não te vão responder nem dar nova proposta, pois se for para tribunal o facto deles alterarem a proposta diz que estão de má fé, que não sabem o valor das coisas e faz com que seja pior o resultado. De qualquer forma eles irão sempre tentar por chegar a acordo.
Tenta perceber qual foi o orçamento que o perito levou da tua loja depois da peritagem......aí podes ficar a perceber algumas das coisas (por exemplo já vi uma loja ter mts olhos e pouca barriga era tudo o mais caro do mais caro o que não correspondia ao que era a bicicleta e o perito ficou pior que estragado, foi à loja ao lado e não vai de modas leva o orçamento só para o quadro e dp foi chato resolver, a culpa foi do logista que não foi razoável).
Responde-lhes por escrito com a tua proposta e o orçamento correspondente.
A loja fez o orçamento de reposição do material estragado / sem garantias de segurança : umas rodas Progress, bicicleta e guiador de carbono da Pro = 3080€. Sem inflacionar. Aliás, as rodas na loja até estão mais baratas uns 80€ do que no site do fabricante. de 3080 para 1500€ acho que é gozar ou não ter noção alguma do que se está a fazer.
Mas segundo falei com algumas pessoas ligadas aos seguros, de facto as companhias andam aos papéis com acidentes destes.
Não sei a vossa idade, mas quando tirei a carta em 1986, o instrutor nas aulas de código fartava-se de frisar que bicicletas e carroças não tinham qualquer prioridade. E pelo que me vai calhando nas minhas voltas, esse conceito ainda está muito enraizado em alguns condutores.
 

jpacheco

Well-Known Member
não tinham prioridade como não tem o peão passar fora da passadeira se houver alguma perto, mas não é para atropelar nem matar. A prioridade da-se sempre ao mais frágil que vá a circular na via: quer seja, peão, camião ciclista, automobilista, motociclista, etc. O poder de destruição que cada um representa é igualmente a responsabilidade que têm ao andar na via publica.
 

pratoni

Well-Known Member
A loja fez o orçamento de reposição do material estragado / sem garantias de segurança : umas rodas Progress, bicicleta e guiador de carbono da Pro = 3080€. Sem inflacionar. Aliás, as rodas na loja até estão mais baratas uns 80€ do que no site do fabricante. de 3080 para 1500€ acho que é gozar ou não ter noção alguma do que se está a fazer.
Mas segundo falei com algumas pessoas ligadas aos seguros, de facto as companhias andam aos papéis com acidentes destes.
Não sei a vossa idade, mas quando tirei a carta em 1986, o instrutor nas aulas de código fartava-se de frisar que bicicletas e carroças não tinham qualquer prioridade. E pelo que me vai calhando nas minhas voltas, esse conceito ainda está muito enraizado em alguns condutores.
Tal como tu a maioria deve ter tirado a carta nessa altura e por mais que mude o código da estrada as pessoas não são obrigadas a estudar as alterações, continuam com as regras antigas na cabeça e a comportar-se em conformidade com as mesmas...
 

GuilhermeOliveira

Well-Known Member
Queres dizer que não evoluem com o tempo, não posso dizer o mesmo de mim, não usava o telemóvel antes de ser obrigatório, já usava o cinto antes de ser obrigatório, defendo sempre o mais fraco e olho sempre para a esquerda para ver se vem lá alguém, já agora paro no amarelo e abrandou nas passadeiras, chamasse não ter palas e não olha para o meu umbigo
 

GuilhermeOliveira

Well-Known Member
O obrigatório do telemóvel é os kits mãos livres, nem isso uso, um gajobmete-se na conversa e nem se lembra que há mais alminhas no mundo e Pumba, mais uma para o outro lado
Ou pode-se ver como proibido o uso e neste caso já não o usava
 
Bom, mantendo este tópico actualizado, então é assim :
A seguradora não sai das suas tamanquinhas e escuda-se atrás de emails, atendimentos automáticos e call center. A muito custo, consegui que me enviassem o relatório de peritagem e o tal "estudo de mercado" que foi feito através de pesquisa no...OLX ! (tcharan) E a peritagem é toda formatada para automóveis.
Não consigo com que alguém responsável daquela porra de seguradora fale comigo, como tal vou seguir para o CIMPAS. desta vez, invocando o artigo 566 do Código Civil, vou bater-me por indeminização por privação patrimonial.
Ah! Facturas: há mais meios de provar a posse / titularidade de um bem, nomeadamente a prova testemunhal (isto foi-me dito por um advogado).
Para mim, esta seguradora está positivamente armada em parva e sem grande vontade de chegar a um acordo satisfatório a ambas as partes ou até mesmo de o debater.
 

s0me0ne

Well-Known Member
Não sei a vossa idade, mas quando tirei a carta em 1986, o instrutor nas aulas de código fartava-se de frisar que bicicletas e carroças não tinham qualquer prioridade. E pelo que me vai calhando nas minhas voltas, esse conceito ainda está muito enraizado em alguns condutores.
Essa era a antiga lei, em que os veículos a motor tinham prioridade sobre veículos sem motor. Mas isso alterou com a nova lei em que a bicicleta passou a ser equiparada a um veiculo automóvel, alteração pela qual podemos ficar sem carta de carro ao passar um vermelho ou não parar num STOP de bicicleta.
 

cconst

Well-Known Member
@Porco Vermelho desejo-te sorte nesta jornada.

A muito custo, consegui que me enviassem o relatório de peritagem e o tal "estudo de mercado" que foi feito através de pesquisa no...OLX ! (tcharan)
Tenho ideia de ter lido as letras pequenas no passado por causa de um sinistro automóvel e do que me lembro, o valor a indeminizar tem por base o valor venal. Este valor é o valor depreciado do bem menos custas de preparação para venda. Imaginando uma depreciação de 10% ao ano (não sei que valor se aplica nestes casos), se a bicicleta tivesse custado 5000 à 3 anos atrás, hoje o seu valor hoje seria 3645. Imaginando que uma loja cobra 100 eur para preparação para venda, o valor venal andaria à volta dos 3550 eur.

O facto de irem ao OLX, é estarem à procura de um valor pelo qual o bem se encontra à venda... Possivelmente porque não existe um factor de depreciação estudado para bicicletas.

Da minha experiencia, os seguros não substituem velho por novo. Têm obrigação de indemnizar no valor do bem se fosse vendido antes do sinistro.

Com isto tudo não estou a dizer para desistires. Estou sim a preparar-te para respostas por parte da seguradora que certamente não vão ao encontro das tuas espectativas.
 
@Porco Vermelho desejo-te sorte nesta jornada.


Tenho ideia de ter lido as letras pequenas no passado por causa de um sinistro automóvel e do que me lembro, o valor a indeminizar tem por base o valor venal. Este valor é o valor depreciado do bem menos custas de preparação para venda. Imaginando uma depreciação de 10% ao ano (não sei que valor se aplica nestes casos), se a bicicleta tivesse custado 5000 à 3 anos atrás, hoje o seu valor hoje seria 3645. Imaginando que uma loja cobra 100 eur para preparação para venda, o valor venal andaria à volta dos 3550 eur.

O facto de irem ao OLX, é estarem à procura de um valor pelo qual o bem se encontra à venda... Possivelmente porque não existe um factor de depreciação estudado para bicicletas.

Da minha experiencia, os seguros não substituem velho por novo. Têm obrigação de indemnizar no valor do bem se fosse vendido antes do sinistro.

Com isto tudo não estou a dizer para desistires. Estou sim a preparar-te para respostas por parte da seguradora que certamente não vão ao encontro das tuas espectativas.
Sim, jurisprudencia do adágio "quem estraga velho, paga novo" não existe. Segundo um juiz conhecido meu, isso seria enriquecimento sem causa.
A questão é eu bater-me por um valor que penso ser suficiente. Mas eles ja responderam de modo mais favorável e agora vou fazer as minhas contas e quem sabe se, puxando daqui e empurrando dali, avançar para algo mais actualizado, tipo BH RS1... ;)
 
Para finalizar, da minha parte, este assunto e após vários emails, com a advertência de que iria protestar para instâncias superiores, a seguradora lá abriu os cordões à bolsa e fez uma proposta bastante aceitável, pelo que aceitei e fechei esse processo que se arrastou demais do que devia.
Agradeço todos vós pelas dicas que me foram dando.
Agora, virar página e ir atrás de uma BH RS1.
 
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