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moshinho

Well-Known Member
Outra situação para quem tem potenciómetro na bicicleta é fazer o teste ftp no rolo e outro na rua, porque ambos vão dar diferentes. O valor do rolo é sempre menor. Assim quando sai para a rua terá de ter em conta essa diferença para que não ande a treinar fora de zonas
 

petrix

Well-Known Member
Outra situação para quem tem potenciómetro na bicicleta é fazer o teste ftp no rolo e outro na rua, porque ambos vão dar diferentes. O valor do rolo é sempre menor. Assim quando sai para a rua terá de ter em conta essa diferença para que não ande a treinar fora de zonas
Sim, esse é um factor importante a ter em conta, a diferença pode ser de cerca de 10% a mais na rua.
 

Bernalve

Well-Known Member
Achar que com menos tempo para treinar se pode, aumentando a intensidade, chegar onde chega um atleta com disponibilidade para fazer 15-20h/semana, parece-me um erro. E parece-me um erro por vários motivos. Primeiro porque intensidade a mais pode criar lesões musculares, tendinosas, dificuldades no sono, fadiga e exige demasiado do ponto de vista psicológico. Segundo porque apesar de melhorar, e eu acredito que para quem tem pouco tempo para treinar tem que colocar mais intensidade, nunca terá uma base aeróbica tão eficiente como a de um atleta que tem total disponibilidade.

Veja-se estes exemplos de atletas profissionais que ganham corridas em Portugal e fora.

Atleta A:
Dados de um ano-
903 horas
28394 km

Distribuição de zonas anual:
View attachment 62


Atleta B:
Dados de um ano:
974h
26404Km

Distribuição de zonas anual:
View attachment 64

Atleta C:
Dados de um ano:
548h
16699Km

Distribuição de zonas anual:
View attachment 65

Dos 3 atletas o que tem menos horas e quilómetros é o atleta C, provavelmente o melhor sprinter português da atualidade. E tem menos horas porque o trabalho dele consiste mais noutro tipo de preparação. Os outros dois atletas são All-Rounders, punchers puros... ambos têm Z2 a entrar acima dos 200w...


Agora vamos aos amadores.

Amadores para ganhar granfondos, cássicas, XCM

Atleta D:
Dados de um ano:
775h
19881Km

Distribuição de zonas anual:
View attachment 66

Atleta E:
Dados de um ano:
638h
18965Km

Distribuição de zonas anual:
View attachment 67
Este atleta tem uma particularidade... vive num país que não tem subidas e o treino dele é sempre acima dos 190w... portanto, sempre em Z2... todavia, entre estes dois atletas amadores, e apesar de ambos discutirem corridas, o atleta D tem performances consideravelmente superiores ao atleta E, apesar de o atleta E treinar muito mais duro... ;)

E muito investimento em açúcar.
Mas há aqui um factor genetica importante. Há muitos amadores, pros que treinam o tal volume e tal. Mas depois pouco fazem nas provas. E outros não passam de gregários. Quando se é bom, um gajo até pode vir da praia ou da noite e ganhar. Um dos factores mais importantes a perceber pelo próprio atleta é aptidão fisicia. Porque a condição fisisca é sempre treinável mas esbarra contra o limite da nossa aptidão fisica. Por isso às vezes saber adaptar o nosso treino, ambção para não termos quebras psicológicas, etc... Nada garante que treinar 20h semanais, vais ganhar alguma coisa...
 

António Pereira

Active Member
Está bom este tópico!
Penso que as duas coisas, volume e intensidade, estão dependentes uma da outra, e já explico.
Apesar de dependentes uma da outra, penso que primeiro é necessário treinar o volume, que é o que te vai criar base para começares a evoluir. Para ganhares força, resistência e até mesmo resiliência. Sem o volume, a tua intensidade não vai durar muito.
Se não tiveres essa trabalho de base feito pelo volume, que vais criando com os treinos de 2, depois 3, 4, 5, 6h, não consegues tirar partido dos treinos de intensidade, porque te falta base para aguentares carga mais intensa. É muita pólvora e pouco rastilho.
Depois de então de já teres alguma base de volume, começam a entrar os treinos de intensidade, porque já tens mais capacidade física para os aguentar, mais tempo e mais intensos.
Uma sem a outra faz um ciclista incompleto.
Imaginem um Granfondo:
ciclista com muito volume e pouca intensidade = provavelmente chega ao fim, com resiliência e sofre "um bocado"
ciclista com muita intensidade e pouco volume = faz rápido até meio, mas provavelmente não chega ao fim
A mistura das duas coisas, diria em percentagem 70% volume + 30% intensidade talvez resulte bem.
Não batam já, é só a minha opinião.
 

Bruso

Well-Known Member
Está bom este tópico!
Penso que as duas coisas, volume e intensidade, estão dependentes uma da outra, e já explico.
Apesar de dependentes uma da outra, penso que primeiro é necessário treinar o volume, que é o que te vai criar base para começares a evoluir. Para ganhares força, resistência e até mesmo resiliência. Sem o volume, a tua intensidade não vai durar muito.
Se não tiveres essa trabalho de base feito pelo volume, que vais criando com os treinos de 2, depois 3, 4, 5, 6h, não consegues tirar partido dos treinos de intensidade, porque te falta base para aguentares carga mais intensa. É muita pólvora e pouco rastilho.
Depois de então de já teres alguma base de volume, começam a entrar os treinos de intensidade, porque já tens mais capacidade física para os aguentar, mais tempo e mais intensos.
Uma sem a outra faz um ciclista incompleto.
Imaginem um Granfondo:
ciclista com muito volume e pouca intensidade = provavelmente chega ao fim, com resiliência e sofre "um bocado"
ciclista com muita intensidade e pouco volume = faz rápido até meio, mas provavelmente não chega ao fim
A mistura das duas coisas, diria em percentagem 70% volume + 30% intensidade talvez resulte bem.
Não batam já, é só a minha opinião.
Sim de acordo. Mas o ciclismo não é só granfondos. Eu por exemplo faço provas de 2h no máximo. Tudo depende dos objectivos de cada um.
Isso também é importante. Tal como no post do @NULL um sprinter não faz o mesmo treino de um trepador. Claro que a nível amador como o nosso isso não é tão importante mas há malta que só quer ganhar o sprint para o sinal de trânsito. Há espaço para tudo.
 

António Pereira

Active Member
Sim de acordo. Mas o ciclismo não é só granfondos. Eu por exemplo faço provas de 2h no máximo. Tudo depende dos objectivos de cada um.
Isso também é importante. Tal como no post do @NULL um sprinter não faz o mesmo treino de um trepador. Claro que a nível amador como o nosso isso não é tão importante mas há malta que só quer ganhar o sprint para o sinal de trânsito. Há espaço para tudo.
Lá está, provas de 2 horas, é muita intensidade. Isso é sempre a rasgar. Mas se não tiveres a base de volume, não consegues manter essa intensidade nas 2 horas, vai-te faltar o gás.
Concordo quando dizes que tudo depende dos objetivos de cada um. Eu por exemplo, não treino para provas de 2 horas, não gosto de provas pequenas. Podem ser muito giras, podem ser muito intensas, com grande ritmo (e dureza por causa disso), mas não gosto.
Além de que, como amador, no que me inscrevo são estas provas agora da "moda" (granfondo/mediofondo/minifondo), que praticamente também é o que há para amadores, e para mim, não faz sentido ir a uma prova a 200, 300, 400km da minha casa, pagar deslocação, estadia, alimentação, para ir pedalar 2 horas.
E claro que sim, há espaço para tudo e para todos. Não temos todos de gostar do mesmo tipo de provas e percursos. O treino, volume+intensidade (e assiduidade, como disse o moshinho) é que tem de estar lá, para atingirmos os objetivos a que nos propomos.
 

s0me0ne

Well-Known Member
Sim de acordo. Mas o ciclismo não é só granfondos. Eu por exemplo faço provas de 2h no máximo. Tudo depende dos objectivos de cada um.
Isso também é importante. Tal como no post do @NULL um sprinter não faz o mesmo treino de um trepador. Claro que a nível amador como o nosso isso não é tão importante mas há malta que só quer ganhar o sprint para o sinal de trânsito. Há espaço para tudo.
Há mais uma variável a adicionar que é o número de provas e o intervalo entre provas.

Uma coisa é 2 meses ou mais de intervalo, outra coisa é 1 prova todos os fins de semana
 

TiagoLopes

Well-Known Member
Outra situação para quem tem potenciómetro na bicicleta é fazer o teste ftp no rolo e outro na rua, porque ambos vão dar diferentes. O valor do rolo é sempre menor. Assim quando sai para a rua terá de ter em conta essa diferença para que não ande a treinar fora de zonas
Sim, esse é um factor importante a ter em conta, a diferença pode ser de cerca de 10% a mais na rua.
Sim e engane-se que é só em nós comuns mortais. Neste estudo feito por treinadores da Alpecin e Ineos feito em ciclistas profissionais aponta para a mesma diferença que o @moshinho e @petrix fala. Um aspecto interessante é que a temperatura nos 2 testes era a mesma e mesmo assim foi observada uma diferença na potencia. Segue um pequeno resumo na thread e um link para o paper:

 

gfrmartins

Well-Known Member
Outra situação para quem tem potenciómetro na bicicleta é fazer o teste ftp no rolo e outro na rua, porque ambos vão dar diferentes. O valor do rolo é sempre menor. Assim quando sai para a rua terá de ter em conta essa diferença para que não ande a treinar fora de zonas

Concordo mas o que é esse valor?

Mais que um valor especifico preocupem-se com Range, intervalos de valores, o corpo humano não é uma máquina que se chegar a 320 passa a ser um tipo de trabalho aeróbico, se for acima ou abaixo de x é aneróbico, não, o corpo responde a estímulos, e cada ser humano é diferente do outro, apesar de existirem parecenças e pontos em comum e estímulos que são comuns, cada ser humano é unico, cada um tem a sua vida pessoal, cada um tem o seu stress, as suas respostas a stress, etc

Acho uma piada do caraças andar-se a discutir volumes de treino de amadores, de malta que tem outros trabalhos, vida pessoal, etc e tentar comparar com profissionais, com o tipo de respostas que um profissional tem ou sequer que para evoluir muito a nivel pessoal tem que seguir regimes que os prós seguem, não, muito pelo contrário vão apenas chegar a conclusão que não vão conseguir aguentar.

Mas alguém pensa que vai conseguir seguir um High volume plan no trainerroad ao mesmo tempo que tem uma vida profissional, ou académica, ou filhos, etc e que vai aguentar e evoluir? Claro que nao, e o problema não está no plano de treino, está na pessoa que pensa que precisa daquilo para evoluir e ser competitivo quando é totalmente o contrário

Não comparem profissionais com amadores e não comparem o que é preciso ser competitivo a nivel amador com o ser atleta de world Tour, mas quando amador não estou a dizer que não possa ganhar provas, acabar na frente de granfondos, etc agora achar que esses têm ou precisam do mesmo plano de treino de um atleta de worldtour não, não precisam, não precisam nem aguentam, porque além da intensidade tem também a componente de repouso e gestão do ano competitivo, não estão no topo de forma o ano todo, é algo planeado

Já nem falo de que o que resulta para um não quer dizer que resulte para todos, existem semelhanças mas são apenas isso, semelhanças, cada um deve escolher o que melhor se adapta a ele, o melhor que se adapta ao tempo disponível para ele e ser consistente, vai ser o que vai gerar melhor resultados ao médio/longo prazo e será a diferença entre desistir ou ser competitivo
 

pratoni

Well-Known Member
Sim de acordo. Mas o ciclismo não é só granfondos. Eu por exemplo faço provas de 2h no máximo. Tudo depende dos objectivos de cada um.
Isso também é importante. Tal como no post do @NULL um sprinter não faz o mesmo treino de um trepador. Claro que a nível amador como o nosso isso não é tão importante mas há malta que só quer ganhar o sprint para o sinal de trânsito. Há espaço para tudo.
Que provas são essas?
 

NULL

Moderador
Staff member
Concordo mas o que é esse valor?

Mais que um valor especifico preocupem-se com Range, intervalos de valores, o corpo humano não é uma máquina que se chegar a 320 passa a ser um tipo de trabalho aeróbico, se for acima ou abaixo de x é aneróbico, não, o corpo responde a estímulos, e cada ser humano é diferente do outro, apesar de existirem parecenças e pontos em comum e estímulos que são comuns, cada ser humano é unico, cada um tem a sua vida pessoal, cada um tem o seu stress, as suas respostas a stress, etc

Acho uma piada do caraças andar-se a discutir volumes de treino de amadores, de malta que tem outros trabalhos, vida pessoal, etc e tentar comparar com profissionais, com o tipo de respostas que um profissional tem ou sequer que para evoluir muito a nivel pessoal tem que seguir regimes que os prós seguem, não, muito pelo contrário vão apenas chegar a conclusão que não vão conseguir aguentar.

Mas alguém pensa que vai conseguir seguir um High volume plan no trainerroad ao mesmo tempo que tem uma vida profissional, ou académica, ou filhos, etc e que vai aguentar e evoluir? Claro que nao, e o problema não está no plano de treino, está na pessoa que pensa que precisa daquilo para evoluir e ser competitivo quando é totalmente o contrário

Não comparem profissionais com amadores e não comparem o que é preciso ser competitivo a nivel amador com o ser atleta de world Tour, mas quando amador não estou a dizer que não possa ganhar provas, acabar na frente de granfondos, etc agora achar que esses têm ou precisam do mesmo plano de treino de um atleta de worldtour não, não precisam, não precisam nem aguentam, porque além da intensidade tem também a componente de repouso e gestão do ano competitivo, não estão no topo de forma o ano todo, é algo planeado

Já nem falo de que o que resulta para um não quer dizer que resulte para todos, existem semelhanças mas são apenas isso, semelhanças, cada um deve escolher o que melhor se adapta a ele, o melhor que se adapta ao tempo disponível para ele e ser consistente, vai ser o que vai gerar melhor resultados ao médio/longo prazo e será a diferença entre desistir ou ser competitivo
Estás a basear-te pela amostra do Fórum do Ciclismo… mas se estiveres a falar do ciclismo competitivo amador em geral estás um bocado alheado da realidade. E sem fazer juízos de valor, até porque a vida é deles, garanto-te que há muitos amadores a treinar mais do que alguns profissionais.
 

Trizade

Well-Known Member
Estás a basear-te pela amostra do Fórum do Ciclismo… mas se estiveres a falar do ciclismo competitivo amador em geral estás um bocado alheado da realidade. E sem fazer juízos de valor, até porque a vida é deles, garanto-te que há muitos amadores a treinar mais do que alguns profissionais.

Concordo plenamente.
Sei que foi uma generalização que fizeste @gfrmartins, mas existem ciclistas amadores, que mesmo tendo trabalho e filhos e tudo o mais, conseguem treinar que nem profissionais...
 

gfrmartins

Well-Known Member
Estás a basear-te pela amostra do Fórum do Ciclismo… mas se estiveres a falar do ciclismo competitivo amador em geral estás um bocado alheado da realidade. E sem fazer juízos de valor, até porque a vida é deles, garanto-te que há muitos amadores a treinar mais do que alguns profissionais.
Sim, foi uma generalização existem sempre excecoes a regra.

O meu ponto é mais pegarem nos exemplos de ciclistas profissionais e pensarem que basta seguir o mesmo que obtêem o mesmo resultado, não

E depois o que é treinar mais? É mais horas? É mais intensidade? É mais de tudo? E esse mais é o ideal para eles? Sem isso não evoluíram mais ou tanto?

Mas claro que existem excecoes, mas mais não quer dizer melhor e o que não faltam exemplos é amadores com volumes de treinos mais baixo mas adequados à eles a vencer provas, fazer grandes resultados em triatlos, etc
 
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