Se o teu carro te diz, permanentemente, a velocidade limite da zona onde estás, é porque andas sempre com o GPS ligado.
Se, como disseste antes, queres sistemas de controlo automático de velocidade nos carros, como nas trotinetas, o carro tem de saber constantemente onde está. Porque um carro anda em zonas de 30, 50, 70, 90, 110, 120km/h. Uma trotineta não, anda até 25km/h e ponto final. Ora, só há duas formas de implementar o que tu queres. O carro tem de saber onde está a toda a hora. Isso implica ter o GPS ligado permanentemente, o que implica que o cidadão perde o seu direito à privacidade. A outra forma é haver detectores nas ruas, que activem um limitador instalado no carro, para a velocidade da zona correspondente. E aí, teriam de ser as Câmaras das cidades a pagar. O que custaria uma fortuna.
Esta situação é interessante. Será que são estes trotinetistas que circulam nos passeios também e estacionam em qualquer lado???!!!Homem filmado em trotinete elétrica a mais de 100 km/h na Avenida Marginal em Oeiras. Veja as imagens
Vídeo mostra como estes veículos podem andar a velocidades elevadas e escapar a qualquer controlo de radar.www.cmjornal.pt
Como é que dotar um carro de uma capacidade de em função da sua localização limitar a velocidade máxima a que ele pode circular?Nunca passaria por controlar a localização dos cidadãos, ou retirar-lhes o direito à privacidade.
Não queria aprofundar muito uma medida em concreto pois não sou especialista no tema nem tenho obviamente pensada uma solução para implementar amanhã, tanto que dei 4 ou 5 exemplos, mas já vi que esta te merece especial atenção.
Assim sendo dizer que, o meu carro tem as definições ativas de "não partilha da localização com exterior do automóvel" (ou qq coisa assim). Outro carro que tive uns tempos confesso que não me recordo o que estava parametrizado. Em ambos os casos no tablier aparecia indicação da vmax da via onde circulava. Acredito que se passe o mesmo com o resto das pessoas: a info está lá mas desconsideramos.
Assumindo o teu pressuposto que é inaplicável, então e usar a informação dos que partilham voluntaria e involuntariamente os seus dados e alimentam os wase's e afins desta vida?
Se é possível saber onde está trânsito será possível saber que no sitio x (escola, passadeira, lar de idosos, etc) a vmax é Y e o trânsito circula sistematicamente a Y+ B e agir em conformidade (implementando medidas de acalmia) ou também viola a proteção de dados e custa uma fortuna implementar?
A referência que fazes aos radares é também ela muito curiosa. Há um conjunto de limitações em nome da da Lie e da "proteção de dados". A mais engraçada (não se se já implementada ou se é só vontade de implementar do lobby ACP e afins) é a obrigatoriedade de indicação de radar antes do radar. Ou seja é preciso avisar o sr. condutor que vai ser fiscalizado em determinado sitio. Resulta que o cumprimento da Vmax é facultativo na restante parte da via.
Em Espanha utilizam drones para fiscalizar manobras e uso de telemóveis. Imagino que em Portugal em nome da proteção de dados também seja impossível pois iria filmar-se o interior do automóvel.
Olhemos agora para o estado da arte relativamente às trotinetes, no caso particular Lisboa:
"Além da regulamentação, a câmara está a trabalhar a nível tecnológico para uma solução que permita “que o contador que está a cobrar só desligue em zonas que o município defina como zonas de estacionamento”, indicou Ângelo Pereira, acrescentando que também será possível impedir que estes modos de mobilidade suave entrem na via pública em sentido contrário e que andem em passeios que o município defina que sejam proibidos de transitar."
Fonte: https://eco.sapo.pt/2022/06/23/cama...etas-e-bicicletas-em-vigor-no-inicio-de-2023/
Nota-se dinamismo e proatividade ou estou a ver mal?? Aqui relativamente à "proteção de dados" não há problema? Já não é preciso "elevados investimentos que custariam uma fortuna"?
Ainda na mesma notícia:
"O autarca com o pelouro da Mobilidade na Câmara de Lisboa respondia, assim, às queixas da população das freguesias lisboetas de Alcântara, Ajuda e Belém sobre o estacionamento abusivo de bicicletas e trotinetas nos passeios que dificulta a mobilidade,".
Para quem conhece a zona, sabe perfeitamente que o que mais há estacionado nos passeios é trotinetes pois...
Basicamente limita-se tudo ao que disse o @Bruso : lobby. O resto são estórias....
Esta situação é interessante. Será que são estes trotinetistas que circulam nos passeios também e estacionam em qualquer lado???!!!
Imaginando que a polícia está 500m à frente. O tipo da trotinete fica sem o objeto, pois este é apreendido no local (e bem).
O tipo da mota que circula ao dobro da Vmax permitida também o mais certo é seguir viagem. No max leva uma multa se houvesse radar no local e este estivesse a filmar dentro da legalidade, o que seria chamado de caça à multa e coitado do motociclista.
A solução passa por ai mesmo. Fiscalização, e muito mais prevenção e educação.Claro que há.
Mais fiscalização, mais prevenção, mais educação.
Nunca passaria por controlar a localização dos cidadãos, ou retirar-lhes o direito à privacidade.
Mas esta retórica carros e motas mau / trotinetas e bicicletas bom, é ridícula.
É como aquelas passeatas de bicicletas em grupo em que se ocupa a estrada toda. É ridículo e, como estratégia, muito pouco inteligente. Antagoniza ainda mais quem vê de fora.
Eu sou utilizador de automóvel e bicicleta, tanto para desporto, como para deslocação. Conheço os dois lados e sei que há razão em ambos.
Como é que dotar um carro de uma capacidade de em função da sua localização limitar a velocidade máxima a que ele pode circular?
-> informação da velocidade (do próprio carro)
-> localização - são dados unidirecionais que o carro recolhe a partir de satélites e não partilha com mais ninguém
-> para saber a que velocidade pode circular num determinado troço apenas necessita de ter os dados dos mapas atualizados (mais uma vez, informação recebida pelo carro em atualizações a pedido ou em alguns casos, quando ligado ao smartphone e tem funções de atualização automáticas ativadas)
Desta forma o carro (trotineta, bicicleta, moto, camião, barco, skate o que for) desde que tenha GPS e capacidade para guardar mapas pode autolimitar-se sem partilhar em momento algum dados do quer que seja com que entidade for, privada ou pública! E sem ter que existir investimento do estado, seja ele pelas autarquias ou pelo ministério das infra-estruras ou pelas concessionárias das AEs.
Mais facilmente a google através dos smartphones android tem acesso à localização exata de um determinado IMEI do que qualquer agência governamental. O que a proteção de dados limita é o uso desses dados por quem os detém. O que para o caso que eu descrevi acima, nem tão pouco interessa porque não os receberiam.
@Jazz o que me parece é que estás preocupado que te limitem as escolhas (neste caso, o de andar mais depressa do que o permitido num determinado troço). Mas para evitar isso mesmo é que todas (ou quase) destas opções que as viaturas trazem se podem desligar, tal como o controlo de tração ou o sistema de "start-stop". E quem não quer, desativa.
Já quanto ao haver uma espécie de "caixa negra" para as viaturas (com tenho a ideia de ter lido acima) acho que apenas seriam uteis e mega-exploradas pelas seguradoras e parece-me que no sentido da prevenção não teriam grande utilidade (para não dizer nenhuma)
Não colocam travões mas desativam a trotineta. Isto já acontece com pelo menos um operador em LX.Colocar travões automáticos nas trotinetas cada vez que elas entrem numa rua em contramão?
O que eu escrevi foi:Estás a fazer juízos de valor sobre mim, ainda por cima errados. Nem vou comentar, de tão ridículo que é.
Não foi da minha intenção fazer qualquer juízo de valor. Até porque normalmente acredito no melhor das pessoas e não tendo a duvidar ou a achar que têm motivos escondidos. Apenas escrevi "PARECE".@Jazz o que me parece é que está (...)
Como é que dotar um carro de uma capacidade de em função da sua localização limitar a velocidade máxima a que ele pode circular?
-> informação da velocidade (do próprio carro)
-> localização - são dados unidirecionais que o carro recolhe a partir de satélites e não partilha com mais ninguém
-> para saber a que velocidade pode circular num determinado troço apenas necessita de ter os dados dos mapas atualizados (mais uma vez, informação recebida pelo carro em atualizações a pedido ou em alguns casos, quando ligado ao smartphone e tem funções de atualização automáticas ativadas)
Desta forma o carro (trotineta, bicicleta, moto, camião, barco, skate o que for) desde que tenha GPS e capacidade para guardar mapas pode autolimitar-se sem partilhar em momento algum dados do quer que seja com que entidade for, privada ou pública! E sem ter que existir investimento do estado, seja ele pelas autarquias ou pelo ministério das infra-estruras ou pelas concessionárias das AEs.
Mais facilmente a google através dos smartphones android tem acesso à localização exata de um determinado IMEI do que qualquer agência governamental. O que a proteção de dados limita é o uso desses dados por quem os detém. O que para o caso que eu descrevi acima, nem tão pouco interessa porque não os receberiam.
@Jazz o que me parece é que estás preocupado que te limitem as escolhas (neste caso, o de andar mais depressa do que o permitido num determinado troço). Mas para evitar isso mesmo é que todas (ou quase) destas opções que as viaturas trazem se podem desligar, tal como o controlo de tração ou o sistema de "start-stop". E quem não quer, desativa.
Já quanto ao haver uma espécie de "caixa negra" para as viaturas (com tenho a ideia de ter lido acima) acho que apenas seriam uteis e mega-exploradas pelas seguradoras e parece-me que no sentido da prevenção não teriam grande utilidade (para não dizer nenhuma)
Obrigado. Também reagi de forma brusca.Não colocam travões mas desativam a trotineta. Isto já acontece com pelo menos um operador em LX.
O que eu escrevi foi:
Não foi da minha intenção fazer qualquer juízo de valor. Até porque normalmente acredito no melhor das pessoas e não tendo a duvidar ou a achar que têm motivos escondidos. Apenas escrevi "PARECE".
Não colocam travões mas desativam a trotineta. Isto já acontece com pelo menos um operador em LX.
Obrigado. Também reagi de forma brusca.O que eu escrevi foi:
Não foi da minha intenção fazer qualquer juízo de valor. Até porque normalmente acredito no melhor das pessoas e não tendo a duvidar ou a achar que têm motivos escondidos. Apenas escrevi "PARECE".
Eu sugeri uma coisa desse género. Qualquer acidente que implique relatório policial (com feridos por exemplo) consome tempo e recursos e tem uma burocracia louca. Exemplos públicos recentes temos o caso do ministro cabrita na a6 e o da filha do tony carreira. Leva-se anos a investigar, enviar cartas para os fabricantes, andar de fita métrica a medir supostas marcas de travagem e fórmulas matemáticas complicadas.Já quanto ao haver uma espécie de "caixa negra" para as viaturas (com tenho a ideia de ter lido acima) acho que apenas seriam uteis e mega-exploradas pelas seguradoras e parece-me que no sentido da prevenção não teriam grande utilidade (para não dizer nenhuma)
O ponto é que toda esse tecnologia que existe e está disponível é facultativa e nunca é desenvolvida numa óptica de desenvolvimento e obrigatoriedade para garantir a segurança para terceiros. Um gajo a comprar um carro a escolher extras: "ora vou por o pack desportivo ou vou por os sensores de proximidade para ver se não atropelo ninguém?!"Há tecnologia que já existe e que até já se usa nos modelos novos de automóveis. Os sensores de proximidade, limitadores de velocidade (a definir pelo utilizador), etc
Chama redundância. Embora a informação exista e todos saibam, haver mais um momento em que há indicação ajuda a pessoal a lembrar-se e garantir o cumprimento. Eu, por exemplo, fui multado há uns anos numa zona de 50 em que não vi a placa pois não conhecia a zona. Não fiquei muito convencido e voltei para trás para ver a dita placa, vi duas: 1 limite 70km/h que tinha uma pernada de árvore à frente e 1 de indicação de localidade com (aquelas com fundo branco) grafitada e com um cartaz de publicidade agarrado.Não vejo grande utilidade em o carro dizer a velocidade limite da zona em que se encontra. Para isso basta conhecer o código de estrada. Ou estar atento às placas que existem nas ruas. Na cidade toda a gente sabe que o limite é de 50km/h, excepto em zonas assinaladas em contrário, como zonas de 30km/h.
E sabes que há quem defenda que os radares móveis também devem estar indicados? Realmente, concordando ou não com a obrigatoriedade de indicação de radar, não percebo porque é que se há-de descriminar um radar do outro, mas isso sou eu... A minha opinião é que mais importante que dizer que há um radar é os próprios sinais estarem melhor identificados e mais visíveis, por exemplo com fundo amarelo como é em Espanha.Nem sempre. Isso aplica-se nos radares fixos. Os radares móveis não carecem de aviso prévio.
Mas o que não falta são estudos que comprovam que o aviso prévio da existência de radares é suficiente para fazer com que os condutores abrandem a marcha. Até a GNR concorda. Por isso avisam de forma voluntária quando colocam radares móveis.
Como exemplo adicional tens a situação dos novos radares que foram instalados em várias autoestradas. Aquelas caixas com radares dentro. Há mais caixas do que radares, sabias? A polícia vai mudando os radares de sítio. Podes estar a passar num e nem sequer ter nada lá dentro. Mas a caixa, mais o aviso prévio, só por si, resultam.
Mas é um discurso de um político com responsabilidade na área da mobilidade de Lisboa e aparentemente é para entrar em vigor já em 2023.Isso, sinceramente, soa a uma mão cheia de nada. Discurso de político. Nem se percebe bem o que ele quer dizer. O que vão fazer? Colocar travões automáticos nas trotinetas cada vez que elas entrem numa rua em contramão? De qualquer forma, parece-me urgente haver regulamentação para estes novos meios de transporte
É para Janeiro aparentemente:Em Lisboa não há qualquer regulamentação para trotinete
Verdade. Porém, se olhares para outros exemplos europeus (os bons exemplos claro) e o que foi/está a ser feito relativamente à mobilidade em geral e sinistralidade em particular encontramos algumas respostas...não é preciso inventar a roda, basta passar a fronteira onde os números são metade dos nossos sensivelmente.Basicamente tu e eu (e os restantes membros do fórum) queixamo-nos do mesmo: falta de civismo geral. Discordamos nas soluções.