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UCI WorldTour & ProSeries 2022

Cláudio

Well-Known Member
Eu acho é que os médicos quiseram mostrar quem é que verdadeiramente o salvou, uma vez que nas publicações que o Bernal fez agradeceu a Deus sempre em primeiro lugar :p

Não queria iniciar essa discussão, mas é esse o paradoxo e dualidade de critérios quando se fala de Deus... Para o salvar foi Deus, mas na hora em que embateu foi quem? Se foi Deus, é um ser maldoso que causa sofrimento, se não foi Deus, é um ser que não é omnipotente e omnipresente, portanto para quê adorá-lo? Desculpem-me os mais religiosos, não quero ofender ninguém, mas faço estas perguntas desde pequeno e parecem-me lógicas
 

jpacheco

Well-Known Member
Não queria iniciar essa discussão, mas é esse o paradoxo e dualidade de critérios quando se fala de Deus... Para o salvar foi Deus, mas na hora em que embateu foi quem? Se foi Deus, é um ser maldoso que causa sofrimento, se não foi Deus, é um ser que não é omnipotente e omnipresente, portanto para quê adorá-lo? Desculpem-me os mais religiosos, não quero ofender ninguém, mas faço estas perguntas desde pequeno e parecem-me lógicas

Deus vs Diabo. Estão numa luta constante. Segundo o Bernal Deus ajudou aquilo que o Diabo tentou. E não podes meter a palavra lógica nestes contextos. É uma antitese usar "a logica".
 

Cláudio

Well-Known Member
Deus vs Diabo. Estão numa luta constante. Segundo o Bernal Deus ajudou aquilo que o Diabo tentou. E não podes meter a palavra lógica nestes contextos. É uma antitese usar "a logica".

Então pelos vistos o Diabo prevalece muitas vezes... Se Deus não é assim tão poderoso ao ponto de perder para o Diabo milhões de pessoas que sofrem diariamente, para quê adorá-lo?
Se não se pode usar lógica, nunca se pode discutir estes assuntos. Não é por acaso que onde estes assuntos são discutidos logicamente, é onde há maior percentagem de ateus
 

Negoci8er

Well-Known Member
Não queria iniciar essa discussão, mas é esse o paradoxo e dualidade de critérios quando se fala de Deus... Para o salvar foi Deus, mas na hora em que embateu foi quem? Se foi Deus, é um ser maldoso que causa sofrimento, se não foi Deus, é um ser que não é omnipotente e omnipresente, portanto para quê adorá-lo? Desculpem-me os mais religiosos, não quero ofender ninguém, mas faço estas perguntas desde pequeno e parecem-me lógicas

Há dois caminhos... crente ou não crente.
Como foi dito pelo @jpacheco, quem tentar ver Deus com a "lógica" não o encontra.
Para mim a explicação é simples (crente).
Apenas existe o bem e o mal porque Deus o permite na liberdade que nos dá... :)
A liberdade foi tanta que o Bernal foi livre de se meter contra a traseira do autocarro!
Como pais também gostamos de dar liberdade aos nossos filhos.

Mas também há males que vêm por bem. Quem sabe se ele estivesse bom e fizesse uma prova nos próximos tempos não teria um acidente fatal? Ao ter este pode ter evitado o outro... :D

Cada um pensa consoante as suas vivências. ;)
 

Cláudio

Well-Known Member
Há dois caminhos... crente ou não crente.
Como foi dito pelo @jpacheco, quem tentar ver Deus com a "lógica" não o encontra.
Para mim a explicação é simples (crente).
Apenas existe o bem e o mal porque Deus o permite na liberdade que nos dá... :)
A liberdade foi tanta que o Bernal foi livre de se meter contra a traseira do autocarro!
Como pais também gostamos de dar liberdade aos nossos filhos.

Mas também há males que vêm por bem. Quem sabe se ele estivesse bom e fizesse uma prova nos próximos tempos não teria um acidente fatal? Ao ter este pode ter evitado o outro... :D

Cada um pensa consoante as suas vivências. ;)

Não entendo o que significa que ele nos dá liberdade para existir bem e mal... Uma criança de 1 ano com cancro foi porque Deus deu liberdade de existir esse mal? Então prefiro não ter nada a ver com esse Deus.

Sim, ou ao ter esse acidente acabou com a carreira e se não o tivesse tido provavelmente venceria mais meia dúzia de GV's. Não dá para prever essa aleatoriedade de acontecimentos.

Verdade, cada um pensa consoante as suas vivências, não significa que isso seja correto e que o pensamento esteja de acordo com a realidade. Uma pessoa que, segundo as suas vivências, ache que a terra é plana, não deixa de estar errado por serem as suas vivências. Só de realçar que essa questão de que "cada um pensa o que quiser segundo as suas vivências" é a causa de uma série de mitos que se propagam... Como o de tomar banho depois de comer, ou cortar o cabelo/barba depois de comer, ou comer laranjas antes de ir para a cama, ou que cortar os pelos com lâmina faz com que cresçam mais grossos. Sei lá, há centenas desses mitos que se propagaram simplesmente por causa das pessoas pensaram segundo as vivências e não de um ponto de vista mais lógico/científico.

Mas estou a dispersar do tema... Não me levem a mal, só estou a fazer questões e, acho que mesmo todos os crentes têm questões e dúvidas, é normal. Aliás, a minha maior crítica à religião é ser ensinada de uma forma dogmática e não com livre pensamento. E, se todos pensarmos bem, só um lunático, no sentido de que não usa o cérebro para pensar, não tem algumas dúvidas e incertezas. O ser humano cria um conjunto de crenças para a própria segurança e conforto perante o desconhecido. Isso não significa que se confie cegamente nessas crenças. Por exemplo, todos sabemos as célebres frases de quando falece alguém, como "foi para um sitio melhor" ou "mais uma estrelinha no céu" ou "até um dia"... São pensamentos de conforto e que trazem algum alívio num momento de perda, mas, se acreditassem profundamente nisso, então não ficariam tristes. Há sempre uma incerteza, nem que seja inconsciente, de que nunca mais verão nem estarão com aquela pessoa.

Mais uma vez, respeito todas as crenças, mesmo. Apenas gosto de pensar sobre as coisas e gostava que a maioria das pessoas acreditasse nas coisas de uma forma refletida e não porque lhes foi imposto desde criança, que é exatamente o que acontece na questão da religião na maioria da população.
 

FilipeNasa

Active Member
Não se rebate uma crença com nenhuma espécie de argumentação.
Um crente não se baseia em nenhuma evidência que a ciência possa ou não demonstrar, mas sim numa profunda vontade de acreditar.
Creio que foi o Carl Sagan que referiu isto...se a memória não me atraiçoa.
Acreditas ou não em Deus (eu acredito no Deus de Espinosa), como acreditas ou não em tantas outras coisas...e a causa principal, no meu entender, é uma necessidade intrínseca de conforto mental e espiritual.
 

jpacheco

Well-Known Member
@Cláudio é normal querer racionalizar toda a tua vivência e tudo o que te rodeia, somos seres racionais, crescemos com uma cabeça bem desenvolvida é para isso mesmo. Cientificamente conseguimos provar quase tudo, e o que não conseguimos provar existem até cientistas que acreditam em algumas "teorias". Ora, acreditar por si só, partimos para uma construção imagética, humana e falível. O tentar fechar esses gaps do inexplicável é bem mais fácil e dá-nos paz de espirito acreditar num ser superior...que "deus a tenha"! Mas cada um é como é, respeito ambos.
 

Cláudio

Well-Known Member
Não se rebate uma crença com nenhuma espécie de argumentação.
Um crente não se baseia em nenhuma evidência que a ciência possa ou não demonstrar, mas sim numa profunda vontade de acreditar.
Creio que foi o Carl Sagan que referiu isto...se a memória não me atraiçoa.
Acreditas ou não em Deus (eu acredito no Deus de Espinosa), como acreditas ou não em tantas outras coisas...e a causa principal, no meu entender, é uma necessidade intrínseca de conforto mental e espiritual.

O meu objetivo nunca foi nem é rebater qualquer crença. É simplesmente que as crenças sejam refletidas e não apenas uma imposição cultural. A única diferença para acharmos "ridículo" os deuses do vinho gregos e as 40 virgens à espera dos muçulmanos é a imposição cultural. Foi porque alguém disse que era assim desde pequenos e nós não somos seres preparados para que todo o nosso mundo desabe mais tarde se afinal descobrirmos que afinal não é bem assim uma coisa que acreditamos a vida toda. Portanto, evita-se sequer pensar nisso para nem sequer poder pôr em causa tudo aquilo que se acreditou toda a vida. E tudo por causa da forma dogmática com que foi imposta essa crença. Apenas isso... Crenças pensadas e não impostas.

Para finalizar este assunto que já é demasiado off-topic... Normalmente há uma mentira inocente que se conta às crianças, que é o pai Natal. Costuma demorar pouco tempo. No entanto, há crianças mais velhas que ainda acreditam, como com 8 ou 9 anos. Já assisti em turmas a discussão do pai Natal durante o Natal e, essas crianças mais velhas que ainda acreditam, tornam-se quase agressivas e altamente defensivas quando as outras crianças dizem que não existe, que são os pais, que as renas não podem voar, etc. A resposta das crianças que acreditam é altamente irracional como "cala-te, não sabes nada, estás a dizer isso para me irritar, é claro que existe". E isto porquê? Mesmo sendo uma crença de criança relativamente recente, o cérebro não está preparado deixar de acreditar e pensar numa coisa que tinha como certa, era uma gaveta fechada. Agora imaginem que isto acontecia apenas aos 40 anos, depois de acreditar toda a vida numa coisa... Era como se de repente nos dissessem que estávamos errados e os pássaros é que caminham e o chão que supostamente caminhamos é o céu e estamos sempre a voar. Não sei, um exemplo estapafúrdio. Iríamos-nos rir porque é ridiculo e, mesmo que fosse verdade, provavelmente não iríamos acreditar até ao fim das nossa vidas, pois é uma mudança drástica. É uma questão evolutiva. É o mesmo processo mental que acontece com os negacionistas originais do holocausto, que não conseguem acreditar numa realidade tão horrenda, ou os negacionistas atuais da pandemia ou das alterações climáticas, que não querem ver toda a sua realidade ser alterada e fecham todos os processos mentais para que nada mude.
Para terminar, quanto ao religião. Antes, o mundo era muito mais fechado e o que acontecia era que as crianças eram ensinadas que há um deus, Jesus, céu e inferno, toda essa história e ponto final. Depois o estado passou a ser laico e era opcional, mas os pais passaram todas essas crenças aos filhos, mas os filhos aos 30 anos lá conseguiam sair da aldeia, viam outras coisas, a maior parte das pessoas acreditava naquilo e passava. Hoje em dia, alguns pais tentam passar essa crença aos filhos, no entanto, o mundo é muito mais aberto e o nível de escolaridade também faz com que se pense mais, para além de ter possibilidade de contactar com pessoas de todas as realidades. Depois percebem que há centenas ou milhares de deuses distintos em todo o mundo, todos invenções do homem. "Porque aquele que nos ensinaram desde pequenos é que havia de estar correto? É um pouco arrogante isso. O meu colega indiano e o outro muçulmano também foram ensinados desde pequenos quanto a outras realidades. Eu é que estou certo e eles não? Eles estão certos e eu não? Alguém está certo?" Este é o pensamento de muitos jovens hoje em dia devido às globalização, onde há cada vez menos crentes. E, em última análise, é positivo. Porquê? Faz-nos pensar e refletir mais, o que nos torna melhores seres humanos, mais cultos, mais cientes e mais empáticos. A evolução faz-se através da reflexão e o pensamento dogmático e imposto só cria barreiras à evolução... Não será por acaso que nos países onde há mais crentes "a sério" se correlaciona com mais pobreza e sub desenvolvimento do país.
Reitero que respeito todas as crenças. Isto é apenas uma critica ao modo de ensinar a religião e os dogmas que se instauram nesse seio, que até se pode expandir ao ensino escolar, onde muitas vezes é tudo ensinado não de uma forma refletida e construtiva, mas de uma forma de cospe e cola. Felizmente estamos num país onde praticamente não há crentes acéfalos e fanáticos e somos claramente um país de "crentes" com aspas, onde se diz que se acredita por uma questão cultural, mas também importa mais é comer e beber e ninguém se chateia com isso.
 

bogas

Well-Known Member
O meu objetivo nunca foi nem é rebater qualquer crença. É simplesmente que as crenças sejam refletidas e não apenas uma imposição cultural. A única diferença para acharmos "ridículo" os deuses do vinho gregos e as 40 virgens à espera dos muçulmanos é a imposição cultural. Foi porque alguém disse que era assim desde pequenos e nós não somos seres preparados para que todo o nosso mundo desabe mais tarde se afinal descobrirmos que afinal não é bem assim uma coisa que acreditamos a vida toda. Portanto, evita-se sequer pensar nisso para nem sequer poder pôr em causa tudo aquilo que se acreditou toda a vida. E tudo por causa da forma dogmática com que foi imposta essa crença. Apenas isso... Crenças pensadas e não impostas.

Para finalizar este assunto que já é demasiado off-topic... Normalmente há uma mentira inocente que se conta às crianças, que é o pai Natal. Costuma demorar pouco tempo. No entanto, há crianças mais velhas que ainda acreditam, como com 8 ou 9 anos. Já assisti em turmas a discussão do pai Natal durante o Natal e, essas crianças mais velhas que ainda acreditam, tornam-se quase agressivas e altamente defensivas quando as outras crianças dizem que não existe, que são os pais, que as renas não podem voar, etc. A resposta das crianças que acreditam é altamente irracional como "cala-te, não sabes nada, estás a dizer isso para me irritar, é claro que existe". E isto porquê? Mesmo sendo uma crença de criança relativamente recente, o cérebro não está preparado deixar de acreditar e pensar numa coisa que tinha como certa, era uma gaveta fechada. Agora imaginem que isto acontecia apenas aos 40 anos, depois de acreditar toda a vida numa coisa... Era como se de repente nos dissessem que estávamos errados e os pássaros é que caminham e o chão que supostamente caminhamos é o céu e estamos sempre a voar. Não sei, um exemplo estapafúrdio. Iríamos-nos rir porque é ridiculo e, mesmo que fosse verdade, provavelmente não iríamos acreditar até ao fim das nossa vidas, pois é uma mudança drástica. É uma questão evolutiva. É o mesmo processo mental que acontece com os negacionistas originais do holocausto, que não conseguem acreditar numa realidade tão horrenda, ou os negacionistas atuais da pandemia ou das alterações climáticas, que não querem ver toda a sua realidade ser alterada e fecham todos os processos mentais para que nada mude.
Para terminar, quanto ao religião. Antes, o mundo era muito mais fechado e o que acontecia era que as crianças eram ensinadas que há um deus, Jesus, céu e inferno, toda essa história e ponto final. Depois o estado passou a ser laico e era opcional, mas os pais passaram todas essas crenças aos filhos, mas os filhos aos 30 anos lá conseguiam sair da aldeia, viam outras coisas, a maior parte das pessoas acreditava naquilo e passava. Hoje em dia, alguns pais tentam passar essa crença aos filhos, no entanto, o mundo é muito mais aberto e o nível de escolaridade também faz com que se pense mais, para além de ter possibilidade de contactar com pessoas de todas as realidades. Depois percebem que há centenas ou milhares de deuses distintos em todo o mundo, todos invenções do homem. "Porque aquele que nos ensinaram desde pequenos é que havia de estar correto? É um pouco arrogante isso. O meu colega indiano e o outro muçulmano também foram ensinados desde pequenos quanto a outras realidades. Eu é que estou certo e eles não? Eles estão certos e eu não? Alguém está certo?" Este é o pensamento de muitos jovens hoje em dia devido às globalização, onde há cada vez menos crentes. E, em última análise, é positivo. Porquê? Faz-nos pensar e refletir mais, o que nos torna melhores seres humanos, mais cultos, mais cientes e mais empáticos. A evolução faz-se através da reflexão e o pensamento dogmático e imposto só cria barreiras à evolução... Não será por acaso que nos países onde há mais crentes "a sério" se correlaciona com mais pobreza e sub desenvolvimento do país.
Reitero que respeito todas as crenças. Isto é apenas uma critica ao modo de ensinar a religião e os dogmas que se instauram nesse seio, que até se pode expandir ao ensino escolar, onde muitas vezes é tudo ensinado não de uma forma refletida e construtiva, mas de uma forma de cospe e cola. Felizmente estamos num país onde praticamente não há crentes acéfalos e fanáticos e somos claramente um país de "crentes" com aspas, onde se diz que se acredita por uma questão cultural, mas também importa mais é comer e beber e ninguém se chateia com isso.
Nem na diagonal consigo ler. demasiado texto. há versão reduzida?
 

{the_crow}

Well-Known Member
Nao querendo ser desmancha prazeres.... sendo o tema interessante e tal.. é um bocadinho fora offtopic do would tour e pro tour 2022....

ha mais threads onde pondem continuar a debater o tema.... penso eu de que...
 

topoman

Active Member
O meu objetivo nunca foi nem é rebater qualquer crença. É simplesmente que as crenças sejam refletidas e não apenas uma imposição cultural. A única diferença para acharmos "ridículo" os deuses do vinho gregos e as 40 virgens à espera dos muçulmanos é a imposição cultural. Foi porque alguém disse que era assim desde pequenos e nós não somos seres preparados para que todo o nosso mundo desabe mais tarde se afinal descobrirmos que afinal não é bem assim uma coisa que acreditamos a vida toda. Portanto, evita-se sequer pensar nisso para nem sequer poder pôr em causa tudo aquilo que se acreditou toda a vida. E tudo por causa da forma dogmática com que foi imposta essa crença. Apenas isso... Crenças pensadas e não impostas.

Para finalizar este assunto que já é demasiado off-topic... Normalmente há uma mentira inocente que se conta às crianças, que é o pai Natal. Costuma demorar pouco tempo. No entanto, há crianças mais velhas que ainda acreditam, como com 8 ou 9 anos. Já assisti em turmas a discussão do pai Natal durante o Natal e, essas crianças mais velhas que ainda acreditam, tornam-se quase agressivas e altamente defensivas quando as outras crianças dizem que não existe, que são os pais, que as renas não podem voar, etc. A resposta das crianças que acreditam é altamente irracional como "cala-te, não sabes nada, estás a dizer isso para me irritar, é claro que existe". E isto porquê? Mesmo sendo uma crença de criança relativamente recente, o cérebro não está preparado deixar de acreditar e pensar numa coisa que tinha como certa, era uma gaveta fechada. Agora imaginem que isto acontecia apenas aos 40 anos, depois de acreditar toda a vida numa coisa... Era como se de repente nos dissessem que estávamos errados e os pássaros é que caminham e o chão que supostamente caminhamos é o céu e estamos sempre a voar. Não sei, um exemplo estapafúrdio. Iríamos-nos rir porque é ridiculo e, mesmo que fosse verdade, provavelmente não iríamos acreditar até ao fim das nossa vidas, pois é uma mudança drástica. É uma questão evolutiva. É o mesmo processo mental que acontece com os negacionistas originais do holocausto, que não conseguem acreditar numa realidade tão horrenda, ou os negacionistas atuais da pandemia ou das alterações climáticas, que não querem ver toda a sua realidade ser alterada e fecham todos os processos mentais para que nada mude.
Para terminar, quanto ao religião. Antes, o mundo era muito mais fechado e o que acontecia era que as crianças eram ensinadas que há um deus, Jesus, céu e inferno, toda essa história e ponto final. Depois o estado passou a ser laico e era opcional, mas os pais passaram todas essas crenças aos filhos, mas os filhos aos 30 anos lá conseguiam sair da aldeia, viam outras coisas, a maior parte das pessoas acreditava naquilo e passava. Hoje em dia, alguns pais tentam passar essa crença aos filhos, no entanto, o mundo é muito mais aberto e o nível de escolaridade também faz com que se pense mais, para além de ter possibilidade de contactar com pessoas de todas as realidades. Depois percebem que há centenas ou milhares de deuses distintos em todo o mundo, todos invenções do homem. "Porque aquele que nos ensinaram desde pequenos é que havia de estar correto? É um pouco arrogante isso. O meu colega indiano e o outro muçulmano também foram ensinados desde pequenos quanto a outras realidades. Eu é que estou certo e eles não? Eles estão certos e eu não? Alguém está certo?" Este é o pensamento de muitos jovens hoje em dia devido às globalização, onde há cada vez menos crentes. E, em última análise, é positivo. Porquê? Faz-nos pensar e refletir mais, o que nos torna melhores seres humanos, mais cultos, mais cientes e mais empáticos. A evolução faz-se através da reflexão e o pensamento dogmático e imposto só cria barreiras à evolução... Não será por acaso que nos países onde há mais crentes "a sério" se correlaciona com mais pobreza e sub desenvolvimento do país.
Reitero que respeito todas as crenças. Isto é apenas uma critica ao modo de ensinar a religião e os dogmas que se instauram nesse seio, que até se pode expandir ao ensino escolar, onde muitas vezes é tudo ensinado não de uma forma refletida e construtiva, mas de uma forma de cospe e cola. Felizmente estamos num país onde praticamente não há crentes acéfalos e fanáticos e somos claramente um país de "crentes" com aspas, onde se diz que se acredita por uma questão cultural, mas também importa mais é comer e beber e ninguém se chateia com isso.
Eu tentei ler tudo, mas confesso que é complicado...
Muitos dos exemplos que diz resumem-se não a problema de religião...mas de Educação... Ser crente ou não não é equivalente nem dá direito a ser mal educado ou terrorista ou fanático...
O problema não é a Religião, são as pessoas!
 
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