Uma coisa é gerir um projeto com uma forte componente logistica, como foi a vacinação outra coisa é gerir uma empresa. Sao competencias distintas. O Vice-Almirante que eu saiba nao é um Gestor é um Militar. Alguns Comandantes militares têm grandes conhecimentos de logistica e de comando de meios humanos, mas gerir uma empresa implica outros vastos conhecimentos que normalmente os militares não dominam. Caso contrario as empresas contratariam militares para as gerirem e nao pessoas com formacao em Gestão.
Isto nao quer dizer como referiste, que as empresas publicas nao tenham uma série de "interesses instalados".
@Nuno, o exemplo que dei do Vice-Almirante foi apenas um exemplo. Não teria que ser um militar.
O que admirei no Vice-Almirante foi a postura, o rigor e a integridade acima de tudo.
Em todas as áreas e setores da sociedade o fator mais importante é o humano. E o sucesso mede-se pela orientação das "equipas" para um objetivo / missão. Seja militar, social ou empresarial.
Resumindo, o mais difícil de gerir e do qual dependem muitas vezes os sucessos são as Relações-Humanas.
A minha formação tem uma componente predominantemente técnica, mas a vida ensinou-me a olhar a 360º.
Há uns anos atrás, trabalhei numa empresa onde em cerca de 18 meses trabalhei com 6 equipas.
Quando chegava a um novo local de trabalho não tentava impor nada. Observava o funcionamento da equipa, as necessidades da empresa e orientava a equipa para os objetivos.
Olhava para cada funcionário como um pai, uma mãe, com os seus defeitos, as suas virtudes, com os seus problemas e tentava obter o melhor de cada um. Não impunha nada, mas as pessoas seguiam-me...
Como os resultados apareciam, estava sempre a ser chamado para "apagar incêndios" até que me cansei de estar constantemente a saltitar...
Os ensinamentos que tive desta experiência foram muito bons.
É muito desafiante, mas ao mesmo tempo compensador sentir que os resultados aparecem e acima de tudo sentir a gratidão da equipa pelo nosso trabalho.
Este tema é muito interessante e muito mais fica por dizer...