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Vintage - aço/steel/acier/acciaio/acero

Entretanto chegaram cá a casa mais duas máquinas.
Começa a faltar espaço...
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Aqui um prato oval com 20 anos(!)
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Bernalve

Well-Known Member
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Isto era coisa de valer quanto? Um amigo meu tem uma na garagem e queria vender, mas não faço ideia quanto pode valer.

Koga Miyata da série Commuter, deve ser do ano 1982 ou 1983.
 
Vou desenterrar este tópico que está parado há mais de 2 anos e aproveito para mostrar uma das minhas bicicletas preferidas

Flandria 1976 (tubagem Ishiwata) montada com Shimano Dura Ace 1ª geração.

 

pemartins

Well-Known Member
Durante a minha vida já tive contacto com este tipo de bicicletas por duas vezes. Primeiro quando ainda era miúdo, o meu pai tinha duas bicicletas, uma em alumínio, a outra não faço ideia mas devia ser aço tal era o seu peso. Depois já por volta dos 25 anos andei poucos meses com uma Sirla, acho que era essa a marca. Agora aos 36 e já depois de ter passado 5 anos com uma fininha de alumínio e outros 6 com uma de carbono, sinto curiosidade pelos quadros em aço. Tenho feito várias pesquisas pela net e venho também partilhar aqui as minhas dúvidas. O que tenho visto no OLX e Facebook está tudo em mais estado, pelo menos com muito pó e alguma ferrugem.
Ao avançar para uma compra, neste caso, seria de uma bicicleta para restaurar, que cuidados devo ter?
 

pemartins

Well-Known Member
Estou a ver se faço negócio com esta Jeunet. Não tenho grande informação, acho que deve ser da década de 70 ou 80. O vendedor diz-me que é o quadro é 54-55 e o espaçamento traseiro é +-126mm. Não tem espigão nem selim, é roda 28, tem 12 velocidades e usa pneus tubulares. A pintura não está má mas os autocolantes podem estar a esconder alguma coisa, a transmissão até tem pouca ferrugem. Deixo algumas fotos, as que o vendedor me enviou. O quadro é em aço certo? Quanto acham que vale?

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GuilhermeOliveira

Well-Known Member
Vou dar a minha opinião e do meu ponto de vista
Não sei o valor dessa bicicleta, nem de outra qualquer, o que podes fazer é uma busca em vários sites, ver preços e tirar uma media, sites estrangeiros inclusive
O valor destas bicicletas tem muito de um valor pessoal, porque gostamos, porque foi de alguém conhecido ou que gostávamos, de uma equipa favorita, etc
Do meu ponto de vista uma grande componente do preço vem do que eu quero fazer com a bicicleta, original e para expor, o mais perto do original mas funcional, para andar no dia a dia nas voltas, inclusive viagens e treinos

Se pensas em usar a bicicleta, esquece as originais muito antigas, o guiador é a primeira coisa a saltar fora e deixa de ser uma de origem, a segunda coisa a saltar fora são as rodas, porque usam pneus antigos e os recentes não dão, porque são fracas (pouco resistentes), outra coisa que precisa de habituação são as mudanças no quadro

Tens sempre uma opção caso percebas alguma coisa de mecânica, comprar peça a peça, encontras bons quadros com forqueta por 50 a 150, transmissão completa (shimano/campagnolo) e com mudanças nas manetes a partir de 150, rodas de 50 para cima e todas as outras coisas que pretendes

Para mim e se não for para usar em toda a plenitude, a bicicleta vale pouco dinheiro, se for para usar regularmente foge das muito baratas porque vai sair caro

espero ter dado alguma ajuda e boas voltas
 

pemartins

Well-Known Member
A bicicleta seria para restauro, para uso ocasional, mas teria que ser funcional e minimamente confortável, dependendo do estado dos componentes só depois poderia equacionar a troca de rodas ou transmissão. No caso de alterações, passaria sempre por ser eu a comprar peça a peça e talvez até ir montando em casa com ajuda de alguns vídeos do youtube, o problema são as ferramentas que tenho poucas.
 

freax

Member
Olá ! Porque não pode usar o mesmo guiador ou rodas se usares tubulares que se encontram ainda na decathlon ? Para ir ao pão serve ! :-D

Restaurei uma Altis nesse estado embora completa. Basicamente o que fiz foi desmontar tudo, decapar à mão o quadro, pintar (a única coisa que deleguei mas ficou barato), comprar autocolantes novos, voltar a olear e montar tudo após limpeza profunda, afinar.

Acho que só substituí a corrente, cassete e pedais que tinham bastante ferrugem e não valia a pena restaurar.
 

Paulofski

Well-Known Member
Só para que fique registado no devido tópico,

c’è una nuova bamBina in città (in nabicicleta.com)


As bicicletas com aquele charme clássico italiano, o L’Eroica stile, ainda são apreciadas e procuradas em todo o mundo. Marcas históricas que nasceram das ideias e determinação de ex-ciclistas, que marcaram presença no ciclismo ao longo dos tempos.

Tubos de aço soldados e pintados à mão, embelezados com cromados, pantografados e acabamentos personalizados, que nos remete aos tempos das autênticas obras de arte sobre duas rodas. Aquele material antigo com o qual as bicicletas foram feitas há mais de cem anos e que continuam a dar alegrias e muita satisfação a muitos ciclistas, exactamente como acontece comigo.

Recriar uma bicicleta vintage requer uma lista de componentes de época. Peças mecânicas de tecnologia requintada, de criação italiana ou outra, estão entre as mais procuradas pelos entusiastas das clássicas fiéis aos modelos originais. Verdadeiras “máquinas” intemporais, cada uma delas com muito para contar, com pormenores que são pistas para encontrar a sua história. No entanto outros sobreviventes escondem bem os seus segredos.


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Para substituir o danificado quadro da Tripas iNBiCLA, a minha intenção inicial era construir de raiz um quadro à minha medida com atributos Tourer/Randonneur. Por vicissitudes várias a soldadura dos tubos Reynolds não se completou, o que me obrigou a colocar o plano B em acção: encontrar um quadro de aço que simplesmente me enchesse o olho e as medidas corporais. Descobri um puro-sangue italiano de tubos Columbus bem longe de casa.

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Sendo uma das marcas velocipédicas mais carismáticas, a Cicli Pinarello implementou muitas das novas ideias na construção manual dos seus quadros. Com geometria mais apropriada à corrida, que permitiu um historial vitorioso nas míticas estradas de França e Itália, este Columbus KL modelo Super Prestige é elegante e pede componentes clássicos a condizer. Tenho tudo aqui: Cinelli, Mavic, e um mix de genuína joalharia mecânica com aquele logotipo alado que deu asas ao ciclismo, a Campagnolo.

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O quadro, que, no fundo, é a base de tudo, é uma tela em branco que possibilita juntar o gosto pessoal à inspiração do master das pinturas. É isso que aprecio no mundo das bicicletas customizadas, a originalidade que as faz fugir dos padrões que são impostos no catálogo. E para inspirar o verdadeiro artista, pedi-lhe um acabamento de catálogo, o efeito defumado do modelo da TT Asolo Prólogo.

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Com a sua perícia e criatividade, o meu amigo Vitor Machado deu-lhe o seu toque especial. Para lá da mestria na pintura, da perfeição nos acabamentos, a ilusão pretendida foi conseguida com a chama de um maçarico. A escolha de um lettering incandescente tornou esta bicicleta exclusiva ainda mais “especial”. Esta bina é uma brasa.

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Para mim não há de todo uma regra a seguir na geometria de um quadro. Acho que, em grande parte, o acerto pretendido está mesmo nessa liberdade e criatividade em fazer algo diferente do que seria suposto. Neste ponto é natural que existam toda uma série de limitações, ao nível de roscas, espaçamentos, e pequenos pormenores que possam complicar um pouco a coisa. Nesse sentido, a aposta foi não só manter o formato original como adaptar o material existente, misturando conceitos dentro das possibilidades para se chegar ao resultado pretendido, uma espécie híbrida: uma “commuter” diária, uma “estradeira” para as voltas ao fim-de-semana e uma “randonneur” para as longas distâncias, com a matéria prima herdada da defunta Tripas iNBiCLA, mesmo que não fosse garantido o conforto de uma endurance de gema.

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Aprecio ver uma bicicleta recuperada e fiel à sua origem. Há quem dê mais valor à pintura original mesmo que exiba as cicatrizes do tempo, a “patina”. Também respeito quem desaprove quando se desvirtua um conceito. As bicicletas clássicas no seu estado original não deixam de evidenciar a sua história se porventura lhes for montado material contemporâneo. Não me choca ver a mistura do antigo com o moderno. O material vintage, original, em bom estado e de qualidade é caro. Isto tudo para dizer que, basicamente, não há fronteiras nem regras nisto das bicicletas antigas. O que manda mesmo é o gosto pessoal e a possibilidade de o pôr em prática.

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Certamente que o metal tem o seu peso, mas desde quando as emoções são pesadas numa balança? Pedalar uma velha bicicleta de aço certamente nos fará redescobrir sabores e emoções antigas. Decididamente, os progressos notáveis da tecnologia nos agrada. Assim é em tudo na vida, o que poderá fazer pensar que uma moderna bicicleta de carbono, cheia de fibra, teve uma querida avó de aço, tão bela e fascinante…

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Esta é a bamBina, uma Pinarello com o sabor do passado e que promete satisfação por muitos e bons quilómetros.
 

pratoni

Well-Known Member
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As bicicletas com aquele charme clássico italiano, o L’Eroica stile, ainda são apreciadas e procuradas em todo o mundo. Marcas históricas que nasceram das ideias e determinação de ex-ciclistas, que marcaram presença no ciclismo ao longo dos tempos.

Tubos de aço soldados e pintados à mão, embelezados com cromados, pantografados e acabamentos personalizados, que nos remete aos tempos das autênticas obras de arte sobre duas rodas. Aquele material antigo com o qual as bicicletas foram feitas há mais de cem anos e que continuam a dar alegrias e muita satisfação a muitos ciclistas, exactamente como acontece comigo.

Recriar uma bicicleta vintage requer uma lista de componentes de época. Peças mecânicas de tecnologia requintada, de criação italiana ou outra, estão entre as mais procuradas pelos entusiastas das clássicas fiéis aos modelos originais. Verdadeiras “máquinas” intemporais, cada uma delas com muito para contar, com pormenores que são pistas para encontrar a sua história. No entanto outros sobreviventes escondem bem os seus segredos.


Bicla-de-Corrida-iNBiCLA.jpg


Para substituir o danificado quadro da Tripas iNBiCLA, a minha intenção inicial era construir de raiz um quadro à minha medida com atributos Tourer/Randonneur. Por vicissitudes várias a soldadura dos tubos Reynolds não se completou, o que me obrigou a colocar o plano B em acção: encontrar um quadro de aço que simplesmente me enchesse o olho e as medidas corporais. Descobri um puro-sangue italiano de tubos Columbus bem longe de casa.

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Sendo uma das marcas velocipédicas mais carismáticas, a Cicli Pinarello implementou muitas das novas ideias na construção manual dos seus quadros. Com geometria mais apropriada à corrida, que permitiu um historial vitorioso nas míticas estradas de França e Itália, este Columbus KL modelo Super Prestige é elegante e pede componentes clássicos a condizer. Tenho tudo aqui: Cinelli, Mavic, e um mix de genuína joalharia mecânica com aquele logotipo alado que deu asas ao ciclismo, a Campagnolo.

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O quadro, que, no fundo, é a base de tudo, é uma tela em branco que possibilita juntar o gosto pessoal à inspiração do master das pinturas. É isso que aprecio no mundo das bicicletas customizadas, a originalidade que as faz fugir dos padrões que são impostos no catálogo. E para inspirar o verdadeiro artista, pedi-lhe um acabamento de catálogo, o efeito defumado do modelo da TT Asolo Prólogo.

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Com a sua perícia e criatividade, o meu amigo Vitor Machado deu-lhe o seu toque especial. Para lá da mestria na pintura, da perfeição nos acabamentos, a ilusão pretendida foi conseguida com a chama de um maçarico. A escolha de um lettering incandescente tornou esta bicicleta exclusiva ainda mais “especial”. Esta bina é uma brasa.

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Para mim não há de todo uma regra a seguir na geometria de um quadro. Acho que, em grande parte, o acerto pretendido está mesmo nessa liberdade e criatividade em fazer algo diferente do que seria suposto. Neste ponto é natural que existam toda uma série de limitações, ao nível de roscas, espaçamentos, e pequenos pormenores que possam complicar um pouco a coisa. Nesse sentido, a aposta foi não só manter o formato original como adaptar o material existente, misturando conceitos dentro das possibilidades para se chegar ao resultado pretendido, uma espécie híbrida: uma “commuter” diária, uma “estradeira” para as voltas ao fim-de-semana e uma “randonneur” para as longas distâncias, com a matéria prima herdada da defunta Tripas iNBiCLA, mesmo que não fosse garantido o conforto de uma endurance de gema.

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Aprecio ver uma bicicleta recuperada e fiel à sua origem. Há quem dê mais valor à pintura original mesmo que exiba as cicatrizes do tempo, a “patina”. Também respeito quem desaprove quando se desvirtua um conceito. As bicicletas clássicas no seu estado original não deixam de evidenciar a sua história se porventura lhes for montado material contemporâneo. Não me choca ver a mistura do antigo com o moderno. O material vintage, original, em bom estado e de qualidade é caro. Isto tudo para dizer que, basicamente, não há fronteiras nem regras nisto das bicicletas antigas. O que manda mesmo é o gosto pessoal e a possibilidade de o pôr em prática.

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Certamente que o metal tem o seu peso, mas desde quando as emoções são pesadas numa balança? Pedalar uma velha bicicleta de aço certamente nos fará redescobrir sabores e emoções antigas. Decididamente, os progressos notáveis da tecnologia nos agrada. Assim é em tudo na vida, o que poderá fazer pensar que uma moderna bicicleta de carbono, cheia de fibra, teve uma querida avó de aço, tão bela e fascinante…

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Esta é a bamBina, uma Pinarello com o sabor do passado e que promete satisfação por muitos e bons quilómetros.
Fiquei curioso para saber onde desencantaste esse quadro...
 
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