Acho que também é uma questão de sorte e oportunidade. Quantos são aqueles que pegam logo na 1ª oportunidade de se mostrarem e corre bem, enquanto outros falham e se calhar até eram melhores. No futebol, hóquei, basquetebol, isso acontece às carradas.
Agora irá sempre haver uma dúzia deles onde a genética faz deles super homens, olhem o Messi, o Sagan?
Mas também estamos a exagerar naquilo que eles andam. Hugo, um tipo que vence um grandfondo do Douro ou Lousã, não chegava vivo ao final de uma calendário europeu numa equipa Continental... Quanto mais WT... Eles não andam o suficiente para lutar por vitórias com profissionais. E a razão de não se terem tornado profissionais, para mim, foi terem falhado nas oportunidades que tiveram, ou simplesmente não tinham pernas para isso.
O melhor amador de grandfondos do mundo provavelmente é um italiano quase com 40 anos, que vence várias provas em Itália, esse deu 10 - 0 ao João Moreira quando este foi lá (tipo 20 minutos de vantagem). E esse italiano que vive e treina como profissionais, não sobe mais rápido que um Nibali, Kreuziger, etc... estes com 15 dias de prova de Giro e o gajo só com um dia de prova. Comparei os tempos do gajo no grandfondo dos Dolomitas com o tempo da etapa do Giro 15 feita nos Dolomitas. E ele sobe rápido, 1500 VAM para quem tiver noção do que é isso numa subida de mais de 15 km. Tentei fazer isso numa subida tipo a 7/8 % no strava, para perceber o esforço e preparação que é. Os melhores amadores portugueses fazem no máximo nesse tipo de subidas 1300 VAM, chegariam fora de controlo numa etapa de alta montanha com pros.