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Rigidez do quadro ou what else

Mabcosta

Member
Bom dia...gostava que esclarecessem sobre uma coisa que acho estranho... Tenho uma Massi team carbon de 2009 e em várias ocasioes em que vou a puxar de pé sinto que a roda de trás salta...ou seja, a cada pedalada forte a roda de trás tende a perder por momentos o contacto com o chão (saltita). Será a tecnica de pedalar, será da rigidez do quadro, será das rodas (a pressao dos pneus está sempre como deve de ser), a que se deve isso??? É que antes desta tive uma bike de aço e aluminio(velhinha) e tenho a sensaçao de que esta de carbono é menos rigida...Pode ser só impressão!Abraço
 

gurumor

Member
A mim também acontece e penso ser normal. Subir em pé, peso deslocado sobre a frente e muito power nas pernas :D e a roda de trás patina. E é esse agarra e descola que transmite a sensação de saltitar.
 

Scorpio

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Boas,

Meus senhores vocês têm de aprender a pedalar!

A roda nunca perde o contacto com o chão, a não ser em pisos de empedrado e no caso de o ciclista ser muito leve.

Não levem a mal a forma de dizer!

Boas pedaladas
 

Jorge S

Member
A pedalada mais redonda, puxando um pedal com a mesma força com que se pressiona o outro, ajuda a manter o tronco mais estático evitando o bambolear vertical.
 

Scorpio

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Exacto Jorge S!

O meu post ficou demasiado básico.

Para obter uma pedalada redonda e perfeita podem fazer um exercício facílimo, que consiste em pedalar só com uma perna de cada vez e de forma alternada.

Fazer rotação também ajuda a perder a pedalada "quadrada".

Subir sentado tambem ajuda!

Boas pedaladas
 

duchene

Well-Known Member
O facto de actual bicicleta ser em carbono mais rígido é que pode estar a amplificar essa situação.

A tua bicicleta antiga em aço certamente flectia muito mais, daí parte da energia que aplicavas nos pedais ser desperdiçada nessa flexão e perdia-se antes de chegar à roda.

Como agora a pedalada é mais directa (menos força dispersa a "torcer o quadro"), para a mesma força impressa no pedal, tens uma aplicação de força superior na roda. Por isso é que agora sentes a roda a patinar e antes não.

Aparte disso, como já foi dito, há que treinar o doseamento da pedalada. :D
 

gurumor

Member
Pedalada redonda? Mas a pedalar em potência e em pé quem é que consegue uma pedalada perfeitamente homogénea? :mad:
E já agora, quem me dera a mim ter força para patinar a roda a pedalar sentado!... :D
 
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Scorpio

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Boas,

Há o pedalar em pé mal e há o pedalar em pé bem!

Faz uma pesquisa no Youtube sobre vídeos do Lance Armstrong e vê o que é pedalar redondo!

Atenção que nem todos os ciclistas profissionais pedalam bem, aliás há alguns que são autenticas aberrações a pedalar.

Todos nós pedalamos de maneira diferente, mas não é isso que torna a pedalada de A melhor que a de B, podendo até serem ambas eficientes.

Fiz-me entender?

Tinha uma sugestão a fazer, mas como acho que não a poderias realizar penso que nem vale a pena dá-la...

Boas pedaladas
 
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gurumor

Member
Caro GeoRCZ,
Desculpe mas as suas respostas nada acrescentam à dúvida inicial, duma situação que surge a pedalar em pé...

Foi assim que o tópico começou: "...em várias ocasioes em que vou a puxar de pé..."
Eu tentei ajudar a responder à dúvida inicial: a subir em pé, peso deslocado sobre a frente é natural que a roda de trás possa patinar.
Daí eu ter perguntado: "Mas a pedalar em potência e em pé quem é que consegue uma pedalada perfeitamente homogénea?" É que apesar de não a executar na perfeição (longe disso), sei o que significa pedalada redonda, daí a minha dúvida.
 
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Burning Dogma

New Member
Em subidas com mais de 20% e alguma gravilha já me aconteceu, é preciso dosear a força se não até se pode cair para o lado porque a roda patina e não saímos do sítio:D
 

Mabcosta

Member
sim...pouco depois de sair de casa tem uma rampa em alcatrão onde costumo dar logo uma aceleradela e a roda costuma saltar...mas por acaso acho que o problema advem da tecnica de pedalar...digo isto porque em várias ocasioes tentei pedalar mais redondo (flectindo o pé e tal) e a saltava bem menos...abraço
 

Scorpio

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Boas Mb Costa,

Tendo em conta o que tinhas explicado inicialmente e com experiencia que tenho só poderia ser da tecnica de pedalada mal aplicada.

Experimente seguir alguns dos conselhos que te deixei antes!

Quando subires fa-lo sentado para apurares a tecnica de pedalada e aplicação da força sem ”saltar” em cima da bicicleta.

Espero ter ajudado.

Boas pedaladas, redondas de preferencia :)
 

felizardo

New Member
Não poderá ser também má distribuição do peso na bicicleta? Se a distância entre eixos não for suficientemente grande para o comprimento do tronco da pessoa esta pode, ao pedalar em pé, acabar com uma grande fracção do peso sobre o eixo da frente e, consequentemente, pouca carga no eixo traseiro o que pode levar a bicicleta a saltitar em terreno irregular.

Qual é o tamanho do quadro e que altura tem?
 

MJRocha

New Member
Boas

Não sei se o que vou dizer tem realmente a ver com o que sentes (não sei se és pesado nem se és daqueles que tens "power" nas pernas, tipo sprinter), mas dou-te um exemplo que se passou comigo e atendendo ao que tenho lido poderá também ser isso. Todos os quadros são diferentes na sua concepção e as marcas cada vez mais tendem a variar os tipos de quadros de acordo com uso para que estes estão predestinados. Numa das revistas que eu costumo ler (Lecycle) eles sempre que fazem uma análise a um dito quadro fazem testes de deformação aos mesmos para ver como estes se comportam nos principais pontos de torção (testa, caixa do pedaleiro e escoras traseiras (triângulo traseiro)), atendendo a estes mesmos e comparando com outros como referências em certos aspectos (quadro rijo ou quadro nervoso), eles dão uma ideia do que se poderá esperar dele ( por vezes, nem sempre acabam por transmitir essa mesma sensação em andamento).
Falando um pouco mais facilmente, quase sempre que um quadro apresenta uma "grande" deformação do triângulo traseiro e também na testa eles colocam-no como sendo nervoso, e normalmente (e aqui é que também entram as variantes e grandezas das deformações nos restantes pontos para então se ver o quanto o quadro é mais susceptivel a deformações ou não) este quadro tende a flectir quando em apoios muito fortes (seja em pé ou sentado). Claro que quanto maior for o peso do ciclista ou maior for a força com que pedala maior é esta sensação, se ainda por cima se tiver umas rodas não muito rijas ainda maior vai ser a sensação.
Eu no meu caso penso que já tive mais ou menos essa mesma experiência. O meu primeiro quadro de estrada era um aluminío com escoras traseiras de carbono, sendo para o pesado (nessa altura estava um pouco em melhor forma e também um pouco mais leve , mesmo assim eram 102Kg :eek:,) quando atingia os 47Km/h a pedalar (rolar), acima dessa velocidade era quase impossivél continuar a pedalar, pois a bicla começava a "saltar" e fazia lembrar uma suspensão total sem bloqueio, se eu não fizesse como aqui já foi dito e começasse a pedalar mais redondo não conseguia evitar esse mesmo saltitar. Troquei de rodas seguindo os conselhos dessa mesma revista para experimentar se com umas mais rijas conseguia evitar essa situação, melhorou apenas um pouco, e então decidi trocar de quadro e comprei um Fuji Team pro (que na altura era igual ao que os promessas da equipa do Johan Bruyneel usavam, na minha ideia se este era rijo para eles também seria para mim :D ). A verdade é que resultou, e este por muito que experimentasse nunca tive essa mesma sensação, fosse com que rodas fosse, e até sentia que a rolar aquilo andava, só que também veio o reverso da medalha, e se eu já era foleiro a subir, com este não dava para brincar, ou tinha pernas para andar ou então ainda andava mais para trás. Daí a expressão que eles utilizam muitas vezes para se referirem a um quadro que perdoa nas subidas (normalmente mais nervoso e com um pouco mais de torção e com o qual se consegue subir relativamente bem com uma relação mais pesada) e um que não perdoa (normalmente mais rijo e com menos torção) e que normalmente eles dizem que ou se tem pernas,ou se está em boa condição fisica, ou então o melhor é ter um compacto para usar relações mais suaves (sendo estes normalmente uns bons quadros para se rolar).
A verdade é que as marcas cada vez mais estão a tentar fazer quadros para os pros que sejam o mais homogeneos possiveis, precisamente para que possam servir para uns e para outros (sprinters ou escaladores), mas mesmo assim ve-se algumas que por vezes usam dois quadros diferentes, e mais fácil é ver nas biclas dos "punchers" (sprinters), rodas de alto perfil (normalmente 50mm) precisamente para além de serem mais aerodinâmicas também fazerem as mesmas biclas bastante mais rijas.

Boas pedaladas
 

Scorpio

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Bom texto MJRocha!

"...quando atingia os 47Km/h a pedalar (rolar), acima dessa velocidade era quase impossivél continuar a pedalar, pois a bicla começava a "saltar" e fazia lembrar uma suspensão total sem bloqueio, se eu não fizesse como aqui já foi dito e começasse a pedalar mais redondo não conseguia evitar esse mesmo saltitar. "

Isto acontecia porque pedalavas quadrado! :D

A melhor forma de se "aprender" a pedalar bem é, se tivermos possibilidades, treinar algum tempo com roda presa!

Deixo também este artigo:

"The Perfect Pedal Stroke
How to get the most energy from each crank revolution.

perfectpedal.jpg


Pedaling in a simple circle is a complex thing, but mastering it can save energy, says Todd Carver, biomechanist at Colorado's Boulder Center for Sports Medicine. He says that with proper ankling (shown here; not the injury-causing technique of the past), riders can churn out the same amount of power at a heart rate as many as five beats per minute lower. This stroke is for flat terrain at threshold, or time trial, intensity.

Hip-Knee-Ankle Alignment Viewed from the front, your hip, knee and ankle should line up throughout the pedal stroke. "You don't want knee wobble," says Carver. "Just think pistons, straight up and down." If you can't correct this, or if you experience knee pain when you try to restrict lateral movement, you may need orthotics or another type of biomechanical adjustment.

Zone 1 Known as the power phase, the portion of the pedal stroke from 12 o'clock to about 5 o'clock is the period of greatest muscle activity. "A lot of people think hamstrings are used only on the upstroke," says Carver, "but a good cyclist uses a lot of hamstring in the downstroke, because it extends the hip." The key to accessing the large muscles in the back of your leg is dropping your heel as you come over the top of the stroke, says Carver. "At 12 o'clock, your toes should be pointed down about 20 degrees, but as you come over the top, start dropping that heel so that it's parallel to the ground or even 10 degrees past parallel by the time you get to 3 o'clock." The biggest mistake Carver sees in novice riders: not dropping the heel enough in Zone 1.

Zone 2 Using the same muscles as in the power phase, but to a lesser degree, this phase acts as a transition to the backstroke. "As you enter Zone 2, think about firing the calf muscles to point your toe," Carver says. As you come through the bottom of the stroke, the toe should be pointed down 20 degrees. "This ankling technique transfers some of the energy developed in Zone 1 by the bigger muscles to the crank," Carver says. He uses the advice popularized by Greg LeMond: "Act like you're scraping mud off the bottom of your shoe."

Zone 3 Even though you feel like you're pulling your foot through the back of the stroke, you're not. "When you look at even the best cyclists, they're losing power on the upstroke," says Carver. "The pedal is actually pushing your leg up, so the goal is to lose as little power as possible and get that foot out of the way." One fun way to improve the efficiency of your upstroke: mountain biking. "The terrain keeps you honest," Carver says. "If you're focusing only on the downstroke, you'll lose traction and fall off your bike in steep sections." As for other exercises, Carver advises against single-leg pedal drills--"for recreation-level riders, they injure more people than they help"--but recommends hamstring and glute-strengthening lifts, as well as squats, "done correctly, in a squat rack with someone showing you how."

Saddle Position Proper bike fit, especially saddle height and fore-aft adjustment, is a prerequisite for a smooth pedal stroke. Without it, says Carver, you won't be even remotely as efficient as you could be. "If your saddle is too high, you're not going to be able to drive your heel effectively," he says. "If it's too low, you'll have knee pain." In the right position (knee over the ball of your foot with the pedal at 3 o'clock; knee slightly bent with the pedal at 6 o'clock), you'll maximize your energy output and also be able to adapt your ankling technique to different terrain, cadence and effort levels.

Zone 4 As you enter the second half of the upstroke phase, think about initiating your downstroke. "Many riders don't initiate early enough," says Carver, who often sees riders wait until 3 o'clock--but they should be starting before 12 o'clock. A tip: As you begin to come across the top of the stroke, think about pushing your knee forward, toward the bar. But only your knee, says Carver: "Your pelvis should remain a stable platform, not sinking down and not moving forward." As the knee comes forward, you should feel your hamstrings and glutes engage, and your hip extend."


Fonte da informação: http://www.bicycling.com/article/1,6610,s1-4-41-15647-1,00.html

Boas pedaladas
 
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Mabcosta

Member
Boas...a conversa vai animada e interessante :)...peso á volta de 75 kg e cerca de 1,83m... O tamanho de bicicleta nao sei...quando a comprei nao me disseram o tamanho (era semi-nova), no entanto noto que é ligeiramente curta...mas nada que uns ajustes na altura e profundidade do selim nao resolvam...abraço
Tenho noçao que a minha pedalada em pé não é correcta, sentado já foi pior, agora tenho-me concentrado nesses aspectos da pedalada redonda...
 

Scorpio

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Boas Costa,

Nada como pedalares ao lado de alguém que te possa ajudar em alguns aspectos técnicos em tempo real.

Já agora de que zona do país és?

Boas pedaladas
 

Mabcosta

Member
Sou do Norte Carago...Sou de Vilarinho...A ultima aldeia do distrito do Porto e concelho de St Tirso...Depois é Vizela... Abraço
 

Scorpio

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Boas MabCosta,

Eu também sou Norte carago, mais propriamente da Póvoa de Varzim.

Se estiveres disposto a uma pequena deslocação até à minha zona terei todo o gosto em ajudar-te naquilo que puder e talvez tenhas a possibilidade de treinar com um ciclista de Pro Tour para veres alguns pormenores.

Se te der mais jeito a deslocação a Braga podemos combinar uma voltinha de fim-de-semana naquela zona.

Apesar de não ser um expert em Bike Fit também te posso dar umas dicas!

Abraço e boas pedaladas
 
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