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Pedaleiras Ovais

RoKKy

New Member
Tenho ouvido falar muito deste assunto ultimamente. Dizem que as pedaleiras ovais não tem os designados "pontos mortos", sendo portanto mais eficientes na pedalada.

Durante o Tour ouvi os comentadores Paulo Martins e Luis Piçarra, da Eurosport, falarem das mesmas. Aos poucos, estas pedaleiras ovais vão sendo implementadas pelas equipas, não sendo no entanto uma novidade no mercado, pois ao que parece as primeiras pedaleiras ovais já foram lançadas há alguns aninhos.

Resumindo e concluíndo, já ouviram falar deste tema?
Aconselham o uso de uma pedaleira oval?
Quais os prós e os contras de uma pedaleira oval comparativamente a uma pedaleira normal (redonda)?
Quais as melhores pedaleiras ovais do mercado?

Está lançada a discussão...
Cumprimentos!
 

NO FLATS

New Member
Não estou bem dentro do assunto mas penso que quem domine bem o chamado pedalar em redondo passará prefeitamente sem uma pedaleira dessas. Além que essas pedaleiras (penso eu) são mais indicadas para quando se aplica muita força nos crancks e se trabalha com cadências mais baixas, por exemplo contra-relógio ou então nas bikes de btt. Utilizando uma cadência acima das 90 rpm e uma pedalada "leve" penso que a pedaleira convencional seja a mais indicada.

Mas os entendidos que opinem que isto é apenas a opinião de quem começou nestas coisas das bikes a pouco mais de um ano. LOL.:D
 

felizardo

New Member
Só um pequeno reparo, estas pedaleiras continuam a ter "pontos mortos" porque independentemente da forma dos anéis da pedaleira há sempre uma altura em que o eixo do pedal fica alinhado com a perna e em que a contribuição dessa perna para o torque é praticamente nula.

O que acontece é que com estes anéis essa fase corresponde ao eixo menor da "elipse" o que faz com que a pedaleira passe este ponto com mais velocidade, atenuando as consequência do "ponto morto". Quando o pedal está a 90º com a perna, por seu lado, a corrente está a ser puxada por um anel de maior "diâmetro", como se estivesse a usar uma pedaleira com mais dentes. Como é nesta zona que se consegue aplicar maior força nos pedais em principio a maior multiplicação temporária do andamento é vantajosa.

O problema é que, da forma como vejo as coisa, para manter uma velocidade constante na roda com estas geringonças as pernas do ciclista vão ter de acelerar e desacelerar duas vezes por cada rotação da pedaleira, o que não é grande ideia do ponto de vista de conservação da energia do ciclista. Eventualmente em provas de alta intensidade / curta duração pode haver algum benefício, mas em provas em linha de 200 km duvido muito.

Não estou a ver este tipo de pedaleira tornar-se norma, mas seria interessante ver o eventual resultado da sua utilização nas camadas de formação e ver até que ponto um ciclista formado com um pedalar adaptado a este sistema consegue melhor performance que um ciclista que só relativamente tarde na sua carreira o tentou adoptar, como o Sastre.
 

Pacoo

New Member
Boas,

Tenho esse tipo de pratos na minha montada, marca rotor.

O que posso adiantar é que desapareceram me as dores que tinha quando fazia grandes quantidades de km. Quanto ao rendimento notei que nas subidas se tinha maior proveito!

Abraço
 

hmoreno

New Member
Não estou bem dentro do assunto mas penso que quem domine bem o chamado pedalar em redondo passará prefeitamente sem uma pedaleira dessas. Além que essas pedaleiras (penso eu) são mais indicadas para quando se aplica muita força nos crancks e se trabalha com cadências mais baixas, por exemplo contra-relógio ou então nas bikes de btt. Utilizando uma cadência acima das 90 rpm e uma pedalada "leve" penso que a pedaleira convencional seja a mais indicada.

Mas os entendidos que opinem que isto é apenas a opinião de quem começou nestas coisas das bikes a pouco mais de um ano. LOL.:D

Caro NOFLATS, estás um pouco equivocado.. é exactamente o contrário.
Com pratos ovais, quanto mais rotação melhor aproveitas o sistema.
Maior cadência dar-te-á com menor esforço uma maior velocidade.
Já o é com pratos ditos tradicionais, se-lo-á ainda mais com os ovais...

O problema é que, da forma como vejo as coisa, para manter uma velocidade constante na roda com estas geringonças as pernas do ciclista vão ter de acelerar e desacelerar duas vezes por cada rotação da pedaleira, o que não é grande ideia do ponto de vista de conservação da energia do ciclista. Eventualmente em provas de alta intensidade / curta duração pode haver algum benefício, mas em provas em linha de 200 km duvido muito.

Felizardo... lamento contrariar-te também... mas o que referes relativamente à variação de forças não acontece..
Ora seja, num pedaleiro tradicional, aí sim, mesmo com a pedalada bem redonda, tens por cada perna cerca de 60º em que a potência tem de ser alta, diminuindo nos restantes 300º. Numa pedaleira com pratos ovais, além de se tornar mais fácil manter uma pedalada muito redonda, praticamente toda ela está a ser castigada com solicitação de potência... daí que seja muito aconselhado que o rider consiga rodar com cadência muito alta, para aguentar mais facilmente muitos quilómetros sem grandes variações de intensidade.

Experimentem os pratos e façam o seguinte exercício: escolham um percurso que vos seja familiar; num dia fazem a volta com cadência sempre acima de 92 sem se preocuparem com a velocidade a que viajam, mantendo sempre a frequência cardiaca num patamar pré estabelecido. Noutro dia, experimentem o mesmo percurso com uma cadência a rondar os 80 e a manter a frequência cardíaca no mesmo patamar estabelecido para a volta do dia anterior...
No final, comparem o tempo/média de velocidade.
Constatarão certamente que com maior cadência subiram a média alguns kms e, se já estiverem habituados a rodar em cadências altas, até se notarão menos cansados.

Bons treinos!
 

hmoreno

New Member
PS:
atenção que estou a considerar que o objectivo será sempre chegar ao fim de cada volta cansado, mas com um treino produtivo, com aquela sensação de dever cumprido..... não aconselho o pedaleiro para quem apenas pretende dar umas voltas domingueiras... mesmo que sejam grandes...
 

felizardo

New Member
hmoreno,

Não tens que lamentar discordar, o fórum serve também para isso.
Provavelmente não me exprimi bem, vou tentar clarificar melhor o que queria dizer.

Imaginemos que eu coloco a cassete da roda a rodar com velocidade constante. Se estiver ligada por uma corrente a uma pedaleira com pratos convencionais esta vai rodar também a uma velocidade constante. Os pés do ciclista, fixos nos pedais, vão também rodar com velocidade (angular) constante.
Se em vez de pratos convencionais tivermos pratos "ovais" a pedaleira, ligada da mesma forma, já não vai rodar com velocidade constante. Há uma variação de velocidade que é intrínseca ao sistema e era a isso que me estava a referir. Esta variação de velocidade acarreta um custo energético.

Com uma pedaleira normal um ciclista com uma pedalada redonda perfeita não tem esta limitação. Pode-se é argumentar que, na prática, ninguém tem uma pedalada redonda perfeita e, portanto, haverá sempre variação de velocidade angular no pedaleiro. Neste caso, se a excentricidade dos pratos estiver meticulosamente ajustada de maneira a compensar essa variação há vantagem para o ciclista.

A questão do cansaço no final da volta é mais complexa porque está ligada ao que se costuma designar por "esforço perceptível" que nem sempre tem uma relação linear com a energia efectivamente gasta. Por outras palavras, um ciclista pode terminar uma volta com a sensação de que se cansou menos em relação a outra ocasião e no entanto ter submetido o corpo a um maior desgaste.

Cumprimentos
 

SBRDYDY

Well-Known Member
eu uso rotor a um ano comprei a uma equipe que usa a marca.
a posição dos pratos no meu caso é a nº4 onde é mais indicada para sprints.
pois tem menos cadencia e mais torque.
estou muito contente com os meus
 

Valezim

Member
Andei a vasculhar no Forum de BTT onde há uns anos coloquei esta foto:
dsc02082ln9.jpg


Esta menina tinha um pedaleiro oval, que na altura se chamava qualquer coisa como "bio-pass", foi montada há uns 15 anos e na altura era o melhor que o dinheiro podia pagar.

Tive o privilégio de andar nela alguns meses e aquele pedaleiro era algo fenomenal. Notava-se claramente o momento em que se exercia mais força no pedal e a aplicação desta na roda.
 
Last edited:

nogueira.nuno

New Member
Eu proprio também já usei um pedaleiro Oval á uns 15 anos numa Bianchi de Btt e já na altura o pedalar era muito diferente e para melhor ou com melhor aproveitamento.

Não vou exemplificar com teorias mas com os pratos Rotor 53/39 que já tenho á uns tempos na minha Addict(podem ver no Link baixo) a pedalada torna-se mais constante e em estrada nota-se ainda mais porque teoricamente pedala-se mais tempo que em BTT.

Resumindo, o preço não é convidativo mas aconselho.
 

nogueira.nuno

New Member
As passagens nos Pratos são muito boas e quase melhores que nos Pratos redondos porque quando se encontra na zona de menor diâmetro do Prato há uma ainda melhor facilidade para a corrente entrar.

Porque por exemplo quando se instalam os pratos o desviador e sempre ajustado pela zona de maior diâmetro por isso e teoricamente e como se instalasses apenas um prato maior e normal e sobre o funcionamento do ovalizado ou na zona de menor diâmetro e como eu expliquei anteriormente!!

Ficaste convencido?? Se não aparece que eu mostro!!
 

hmoreno

New Member
hmoreno,

... Neste caso, se a excentricidade dos pratos estiver meticulosamente ajustada de maneira a compensar essa variação há vantagem para o ciclista...

É a isso que me refiro. A relação cadência / posição dos pratos tem de ser avaliada pelo utilizador para que este consiga optimizar a sua utilização.

A questão do cansaço no final da volta é mais complexa porque está ligada ao que se costuma designar por "esforço perceptível" que nem sempre tem uma relação linear com a energia efectivamente gasta. Por outras palavras, um ciclista pode terminar uma volta com a sensação de que se cansou menos em relação a outra ocasião e no entanto ter submetido o corpo a um maior desgaste.

Cumprimentos

Concordo plenamente.
Para o meu post anterior baseei-me especificamente nas minhas experiências com pedaleiro oval, abstendo-me de relatórios teóricos e estudos ao sistema bio-pass (julgo que era este o nome dado ao sistema, lá pelos anos 80).
Como já consegui encontrar a posição que melhor favorece o meu tipo de pedalada, cadência, circuitos.., já consigo aproximar essa discrepância ocasional que referes. Raramente apanho aquelas surpresas de acordar no dia seguinte mais "cansado" do que havia previsto. Durante os treinos, já sei exactamente qual o desgaste que estou a provocar ao organismo.

Cumprimentos e boas voltas
 

doutorphil

New Member
a minha primeira bike de "btt" em 1993, uma confersil, vinha equipada com grupo shimano 200GS, a pedaleira era uma shimano 200Gs Biopace com pratos ovais...pelos vistos na altura a ideia não pegou e estão a tentar ressuscitar la. :confused:
 

pgmnv

New Member
a minha primeira bike de "btt" em 1993, uma confersil, vinha equipada com grupo shimano 200GS, a pedaleira era uma shimano 200Gs Biopace com pratos ovais...pelos vistos na altura a ideia não pegou e estão a tentar ressuscitar la. :confused:

Boas,

A ideia não pegou porque na altura começaram a aparecer muitas lesões ao nível dos joelhos nos utilizadores "crónicos" desses pratos, o nome do sistema era Biopace, e a ideia por detrás do desenho oval, era reduzir até 2 dentes o diametro do prato um pouco antes do TPS e TPI (Tempo Morto Superior e Inferiror). Os benefícios eram uma maior velocidade de rotação nesses pontos e um pedalar mais "leve" resultante do "menor" número de dentes (virtual). O reverso, era quando se pedalava sentia-se uma espécie de chicotada na pedalada, que com o uso prolongado, provocava as tais lesões de joelhos.
Os sistemas de hoje em dia, já nada têm à ver com este sistema.

Espero ter ajudado.

Um abraço

Pedro Vicente

PS: Devo ter lá por casa ainda uns... 52-42... a ver se os encontro e meto uma foto.
 

SBRDYDY

Well-Known Member
a diferença é que os pratos da rotor tem 5 pontos diferentes para regular aquela posição que melhor se adapta com sua forma de pedalar.
como disse antes eu tenho e estou muito satisfeito
 

caetano

New Member
gostava de exprementar...por exemplo eu tenho um prato 52,da para mudar so de prato? a furaçao é igual?
 

Midas

New Member
Boas Caetano,

Temos um ciclomoina que tem pratos ovais, neste momento está de férias, quando ele voltar podes ver ao vivo.

Cumps,

Luis Lopes
 

nogueira.nuno

New Member
gostava de exprementar...por exemplo eu tenho um prato 52,da para mudar so de prato? a furaçao é igual?

Depende do tipo de Furação ou neste caso BCD que uses na tua Bicicleta e assim já te podemos dizer se funciona ou não mas de certo que sim, há de BCD 110 a BCD 135 e de 36 a 54 dentes.

Eu talvez instale é o pedaleiro 3D que será talvez um dos proximos Updates já que já uso os pratos á uns tempos e Adoro-os.
 

caetano

New Member
Depende do tipo de Furação ou neste caso BCD que uses na tua Bicicleta e assim já te podemos dizer se funciona ou não mas de certo que sim, há de BCD 110 a BCD 135 e de 36 a 54 dentes.

Eu talvez instale é o pedaleiro 3D que será talvez um dos proximos Updates já que já uso os pratos á uns tempos e Adoro-os.
essa de BCD,e 3D,fiquei baralhado. normalmente que a nomes que voces dizem que eu nao sei o que é,mas é provavel que saiba o que é por outras palavras.
podes me explicar melhor isso?

ok midas,sabes que eu ainda nao conheço o pessoal muito bem,depois diz-me s.f.f.

abraço
 
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