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N10 e Ciclovias

jocarreira

Well-Known Member
... Tal como um ciclista perdeu o direito a ser indemnizado pela seguradora pois ia fora da faixa de rodagem (passeio) e para ser indemnizadoteria que estar dentro da faixa de rodagem. Resumo - Dentro do traço continuo es indeminizado.. Fora dele vulga berma és "encavado" .

Depois de uma reclamação o Seguro acabou por pagar a despesa.

Atenção porque berma é diferente de passeio.

Essa desculpa de o velocípede circular na berma para descartar responsabilidades já não pega, é preciso é saber argumentar como em tudo na vida:

https://dre.pt/web/guest/legislacao-consolidada/-/lc/117121508/201907311439/73639135/diploma/indice?consolidacaoTag=Automóveis

Artigo 17.º

Bermas e passeios

1 - Os veículos só podem circular nas bermas ou nos passeios desde que o acesso aos prédios o exija, salvo as exceções previstas em regulamento local.
2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, os velocípedes podem circular nas bermas fora das situações previstas, desde que não ponham em perigo ou perturbem os peões que nelas circulem.
3 - Os velocípedes conduzidos por crianças até 10 anos podem circular nos passeios, desde que não ponham em perigo ou perturbem os peões.
4 - Quem infringir o disposto no n.º 1 é sancionado com coima de (euro) 60 a (euro) 300.
 

NULL

Moderador
Staff member
Essa desculpa de o velocípede circular na berma para descartar responsabilidades já não pega, é preciso é saber argumentar como em tudo na vida:

https://dre.pt/web/guest/legislacao-consolidada/-/lc/117121508/201907311439/73639135/diploma/indice?consolidacaoTag=Automóveis

"2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, os velocípedes podem circular nas bermas fora das situações previstas, desde que não ponham em perigo ou perturbem os peões que nelas circulem."

Pois, é uma boa questão. Podem circular na berma, mas em caso de buracos na berma, isto é, fora da faixa de rodagem, a EP tenta descartar responsabilidades. Indo até às últimas consequências não sei como se resolverá...
 

jocarreira

Well-Known Member
Pois, é uma boa questão. Podem circular na berma, mas em caso de buracos na berma, isto é, fora da faixa de rodagem, a EP tenta descartar responsabilidades. Indo até às últimas consequências não sei como se resolverá...

Nesse caso depende do juiz :p
 

NULL

Moderador
Staff member
Nesse caso depende do juiz :p

Eu estou a falar porque soube de um caso em particular em que a EP pagou porque a pessoa em causa provou que o buraco estava na faixa de rodagem, caso contrário, segundo a EP, não pagavam.

Mas lá está... eles tentam salvaguardar os interesses deles...

Ainda há 4 semanas um amigo caiu a 50km/h quando estava a treinar de "cabra"... um buraco na estrada e foram 2 ao chão. Resultado: 2 semanas sem treinar quando estavam à porta as provas mais importantes da época... :mad:
 

cconst

Well-Known Member
Curiosidade:
Segregar os mais vulneráveis, é uma ideia feia, por vezes bem intencionada com origem num racionalismo iluminista pouco esclarecido, mas que escondeu no passado intenções mais sinistras – no caso das bicicletas, a popularização das pistas teve origem na Alemanha nazi. Retirar as bicicletas da rede viária, era considerada uma forma de progresso racional para promover a velocidade dos automóveis.
retirado daqui: https://massacriticapt.net/informa-...fego-ciclovias-no-planeamento-para-bicicletas

Está desatualizado (foi escrito em Janeiro de 2006) em algumas coisas, nomeadamente onde refere (não na citação acima, mas no conteúdo do link) que o ciclista é obrigado a circular em ciclovia quando esta existe.
 

Bianchi

Active Member
@Bianchi concordo quando dizes que as ciclovias em Lisboa de pouco servem. Na sua grande maioria servem apenas para passear e não como fomentador de mobilidade sustentável. Quanto às vias partilhadas com o limite de 30Km/h sei bem que os limites raramente serão cumpridos, mas o facto de existirem servem como sensibilizadores aos automobilistas.

Infelizmente não é isso que vejo diariamente. Até pode ser problemático porque dá uma falsa sensação de confiança ao ciclista.


@BianchiO problema é dar-se demasiada importância aos automóveis. Se a via não tem condições para um automóvel circular, que se proíba ou restrinja a moradores e viaturas em urgência.

Que eu saiba só os automóveis é que pagam IUC...

@Bianchi Quanto à proibição de ultrapassar, tenho ideia de que quer em Espanha quer em França, a transposição de traço continuo para ultrapassar uma bicicleta não é contra-ordenação. Cá na tugalândia, pelo que consegui apurar, não existe excepções nesse sentido. Podia ser uma opção.

Não sabia isso. Mas não tem muita lógica... para passar a 1,5m da bicicleta tens que entrar totalmente na via contrária.

@Bianchi Resumidamente penso que o grande problema é a importância que é dada ao automóvel como meio de transporte individual principal. E isso vê-se na forma como as ciclovias (e todas as restantes vias e espaço público) são pensadas. Dá-se sempre prioridade a fluência de tráfego automóvel, pois os automóveis é que são o problema. E tentam mitigar o problema em vez de tentar eliminar (ou reduzir).

A redução de veículos na estrada é muito bonito... especialmente para quem tem transportes públicos entre casa-trabalho e não precisa da viatura para se deslocar para efeitos de trabalho. É cada vez mais uma ideia das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Contudo, haverá que não esquecer que nem todos somos fncionários públicos, nem todos temos um trabalho no mesmo local durante 8 horas e especialmente, que nem toda a população vive nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto... há um outro país para além da A1...
 

Bianchi

Active Member
Pelo que percebo o sinal indica que deves guardar 1.5 metros na ultrapassagem, é de aviso/advertência. Não diz para ultrapassares naquele local, mas sim que poderás encontrar ciclistas naquela zona e deverás cumprir com o código da estrada.

Sim, claro que não diz para ultrapassares naquele local. Diz apenas que deves reservar uma distância de 1.5 m para o ciclista quando ultrapassares...

Ora, vê lá este exemplo que é comum a todas as estradas municipais do concelho de Moncorvo (a estrada em causa é logo a seguir à barragem do Pocinho, fronteira de Trás-os-Montes e início do concelho de Moncorvo)

https://www.google.com/maps/@41.1366349,-7.1137627,3a,75y,104.38h,96.15t/data=!3m6!1e1!3m4!1sYWg7-NArzwM4bIX_xG0XYQ!2e0!7i13312!8i6656

Podes andar com a vista de rua. no google maps. A estrada é assim durante km e km e tem vários sinais destes (3 ou 4)... gostava de saber como é possível qualquer carro (até um Smart) reservar uma distância de 1,5 m... Normalmente para se cruzarem carros têm um de encostar na berma ou parar numa qualquer entrada de terra batida.

Melhor seria colocarem umas placas a indicar que é frequente andarem por ali ciclistas (o que até não é) e para terem cuidado com a velocidade (naquela estrada é difícil passar os 60 km/h) e trajectórias de curva (não cortarem as curvas). Mas já agora, são estradas que faço mais de 20 vezes por ano e só me cruzei com 1 ciclista a caminho da Açoreira e com um casal de ciclistas, mas já na estrada que desce para Ponte da Barca.
 

Bianchi

Active Member
... Tal como um ciclista perdeu o direito a ser indemnizado pela seguradora pois ia fora da faixa de rodagem (passeio) e para ser indemnizadoteria que estar dentro da faixa de rodagem. Resumo - Dentro do traço continuo es indeminizado.. Fora dele vulga berma és "encavado" .

Depois de uma reclamação o Seguro acabou por pagar a despesa.

Não és. A bicicleta pode circular na berma, não pode é circular no passeio. Claro que a seguradora terá alegado o que quis mas felizmente (para quem quiser) ainda vivemos num Estado de Direito.
 

Bianchi

Active Member
Sim 2 carros já apitaram e gritam para ir lá para dentro da ciclovia e eu sigo a pedalar nem me preocupo de responder ou quando respondo é a desconversar "Obrigado, tenha um bom dia , boa semana"

Pois... o problema é que não temos pára-choques... e além disso, a respostas dessas podem não se ficar por buzinadelas. Depois na cova ou no hospital, podes toda a razão do mundo...
 

NULL

Moderador
Staff member
Não és. A bicicleta pode circular na berma, não pode é circular no passeio. Claro que a seguradora terá alegado o que quis mas felizmente (para quem quiser) ainda vivemos num Estado de Direito.

No caso que eu coloquei antes não se trata de seguradoras... trata-se da EP. Tens a certeza que assumem responsabilidade em caso de queda na berma?
 

Bianchi

Active Member
"2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, os velocípedes podem circular nas bermas fora das situações previstas, desde que não ponham em perigo ou perturbem os peões que nelas circulem."

Pois, é uma boa questão. Podem circular na berma, mas em caso de buracos na berma, isto é, fora da faixa de rodagem, a EP tenta descartar responsabilidades. Indo até às últimas consequências não sei como se resolverá...

Pela lei... desde que a tua deslocação pela berma não implique perigo ou perturbação para os peões que nela eventualmente circulem, então aplicas o mesmo regime quer vás na berma, quer vás na estrada. A única diferença é se atropelares um peão... (nisso é que se diferencia, para o que aqui interessa, a berma da ciclovia).
 

Bianchi

Active Member
No caso que eu coloquei antes não se trata de seguradoras... trata-se da EP. Tens a certeza que assumem responsabilidade em caso de queda na berma?

Tenho a certeza que dificilmente assumem responsabilidades... tal como normalmente não assumem quando se trata da própria via de trânsito ou das concessionárias nas AE. Mas para isso é que existe um sistema judicial, para aplicar coercivamente a lei, quando a mesma não é respeitada voluntariamente.
 

jpacheco

Well-Known Member
Sim, claro que não diz para ultrapassares naquele local. Diz apenas que deves reservar uma distância de 1.5 m para o ciclista quando ultrapassares...

Ora, vê lá este exemplo que é comum a todas as estradas municipais do concelho de Moncorvo (a estrada em causa é logo a seguir à barragem do Pocinho, fronteira de Trás-os-Montes e início do concelho de Moncorvo)

https://www.google.com/maps/@41.1366349,-7.1137627,3a,75y,104.38h,96.15t/data=!3m6!1e1!3m4!1sYWg7-NArzwM4bIX_xG0XYQ!2e0!7i13312!8i6656

Podes andar com a vista de rua. no google maps. A estrada é assim durante km e km e tem vários sinais destes (3 ou 4)... gostava de saber como é possível qualquer carro (até um Smart) reservar uma distância de 1,5 m... Normalmente para se cruzarem carros têm um de encostar na berma ou parar numa qualquer entrada de terra batida.

Melhor seria colocarem umas placas a indicar que é frequente andarem por ali ciclistas (o que até não é) e para terem cuidado com a velocidade (naquela estrada é difícil passar os 60 km/h) e trajectórias de curva (não cortarem as curvas). Mas já agora, são estradas que faço mais de 20 vezes por ano e só me cruzei com 1 ciclista a caminho da Açoreira e com um casal de ciclistas, mas já na estrada que desce para Ponte da Barca.

Nesses casos em particular roça um bocado o ridículo quando a estrada realmente não permite que se dê a distância de 1.5m. No entanto não me parece razoável que um carro não ultrapasse, alertando e reduzindo a velocidade um ciclista com 1 metros de distância por exemplo.

Nestes casos mais valia usar um sinal alertar para a presença de ciclistas como se faz para alertar para a presença de animais :p

a-30a-b0d4ff1822865b73cc14663621170516-640-0.jpg
 

Bianchi

Active Member
...caso contrário, segundo a EP, não pagavam...

Felizmente, a aplicação da lei ainda não depende pelas entidades públicas administrativas...

Também costumas ir perguntar às Finanças se tens ou não de pagar determinado imposto?;)
 

Bianchi

Active Member
Nesses casos em particular roça um bocado o ridículo quando a estrada realmente não permite que se dê a distância de 1.5m. No entanto não me parece razoável que um carro não ultrapasse, alertando e reduzindo a velocidade um ciclista com 1 metros de distância por exemplo.

Nestes casos mais valia usar um sinal alertar para a presença de ciclistas como se faz para alertar para a presença de animais :p

a-30a-b0d4ff1822865b73cc14663621170516-640-0.jpg

Este "exemplo" é a situação habitual nas estradas de Moncorvo que têm esta sinalética (pelas freguesias rurais do concelho).

Claro que sim... Aliás, eu prefiro que passem a 0,5 m de mim com uma diferença 10km/h a do que passarem a 1,5 m mas com uma diferença de 60 ou 70 km/h como fazem na N3 onde vou na berma. Pesados então... é bom para o abanão.

Por isso é que digo, deviam colocar sinais diferentes e verdadeiramente auxiliadores dos ciclistas. Andar a colocar sinais só para aparecer nas noticias e gastar dinheiro na "moda" é que não tem interesse nenhum (e atenção que até sou bastante amigo do Presidente de Moncorvo que colocou estes sinais, no mandato anterior, mas a verdade tem de ser dita).
 

NULL

Moderador
Staff member
Tenho a certeza que dificilmente assumem responsabilidades... tal como normalmente não assumem quando se trata da própria via de trânsito ou das concessionárias nas AE. Mas para isso é que existe um sistema judicial, para aplicar coercivamente a lei, quando a mesma não é respeitada voluntariamente.

Não será literalmente assim. Tenho um amigo que teve uma queda devido a um buraco na faixa de rodagem. Preencheu um formulário no site da EP, enviou documentação com fotos, valores do material e foi indemnizado sem qualquer problema. Nem foi visitado por um perito.
 

NULL

Moderador
Staff member
Felizmente, a aplicação da lei ainda não depende pelas entidades públicas administrativas...

Também costumas ir perguntar às Finanças se tens ou não de pagar determinado imposto?;)

Sim... eu percebo. A questão é que por vezes para receberes 1000€ vais despender 1500€.
 

Bianchi

Active Member
Sim... eu percebo. A questão é que por vezes para receberes 1000€ vais despender 1500€.

Pois...

Por isso é que já há muitas famílias que contratam avenças a advogados, tal como as empresas. Para poderem tratar destes assuntos de pequena monta, que tudo somado ainda dá muito assunto e muito € em prejuízo por haver a tal ideia de que o que ganhas por contratares um advogado fica para os honorários do próprio advogado (ideia muito típica em Portugal).
 
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