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Zeferino falha controlo antidoping
após competir numa prova de veteranos
"O antigo diretor desportivo da extinta equipa de ciclismo profissional LA-MSS Manuel Zeferino faltou sábado a um controlo antidoping numa prova de veteranos, incorrendo em nova pena de suspensão.
Zeferino, de 50 anos e vencedor de uma Volta a Portugal como corredor (1981) e de quatro como treinador (2001, 2002, 2004 e 2007), sagrou-se campeão regional do Minho, no 4º. Circuito Terras de Camilo, com o 10.º lugar na geral e o primeiro na categoria C, pela equipa Navais-Póvoa Varzim, na região de Famalicão, mas não compareceu depois perante a brigada da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP).
"Apenas podemos confirmar, enquanto organizadores, que Manuel Zeferino foi um dos que não compareceu no pódio para receber o prémio a que tinha direito", disse à Lusa o presidente da Associação de Ciclismo do Minho (ACM), José Luís Ribeiro.
Testemunhas presentes na meta, ouvidas pela Lusa, mas que quiseram manter o anonimato, descreveram o sucedido como uma "fuga, logo depois de ter cortado a meta" por parte de Zeferino.
"Não fui (ao controlo) porque ninguém me avisou. Cinco minutos depois de ter chegado, comecei o treino que tinha previsto de regresso a casa e segui em frente", contrapôs Zeferino.
O antigo técnico revelou que só quando regressou a casa, "uma hora e meia depois", foi avisado por colegas que regressaram de carro do que tinha acontecido, tendo contactado a organização, a qual o informou que a brigada da ADoP já tinha partido.
"Aguardo com serenidade o que quer que venha aí. O que se pode fazer? Simplesmente, ninguém me disse nada", lamentou.
A legislação antidopagem, constante na lei n.º 27 de 2009, prevê como obrigação dos atletas certificarem-se de que vão ser alvo de controlos antidoping no final de cada prova. Foram indicados para controlos os vencedores de todas as categorias, além de outros atletas por sorteio.
O ilícito disciplinar pela falta a um controlo, previsto pelo regulamento antidoping da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), equivale a uma análise positiva, prevendo-se a suspensão de toda a actividade desportiva por dois a oito anos. Uma segunda infração é punida com suspensão de 15 a 20 anos.
Zeferino e o médico espanhol da equipa LA-MSS, Marcos Maynar, foram recentemente ilibados cada um de todos os oito alegados crimes de "administração de doping" e "corrupção de subst?ncias medicinais e alimentares" pelo Tribunal da Póvoa de Varzim.
Porém, em junho de 2009, a Justiça desportiva da FPC tinha condenado Maynar a 10 anos de suspensão e multado Zeferino em 2800 euros no âmbito do caso que envolveu a equipa poveira, após a operação conjunta da Polícia Judiciária e do então Conselho Nacional Antidopagem (CNAD).
Em maio de 2008, foram encontrados materiais suspeitos entre os elementos da equipa que corria sob licença do Póvoa Cycling Club e Zeferino, Maynar e outros sete elementos da LA-MSS foram suspensos preventivamente por um ano até às sanções aplicadas apenas ao técnico e ao clínico espanhol, uma vez que quatro corredores (Pedro Cardoso, Rogério Batista, Afonso Azevedo e Cláudio Faria) já tinham cumprido os respetivos castigos."
Retirado de O RECORD.
após competir numa prova de veteranos
"O antigo diretor desportivo da extinta equipa de ciclismo profissional LA-MSS Manuel Zeferino faltou sábado a um controlo antidoping numa prova de veteranos, incorrendo em nova pena de suspensão.
Zeferino, de 50 anos e vencedor de uma Volta a Portugal como corredor (1981) e de quatro como treinador (2001, 2002, 2004 e 2007), sagrou-se campeão regional do Minho, no 4º. Circuito Terras de Camilo, com o 10.º lugar na geral e o primeiro na categoria C, pela equipa Navais-Póvoa Varzim, na região de Famalicão, mas não compareceu depois perante a brigada da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP).
"Apenas podemos confirmar, enquanto organizadores, que Manuel Zeferino foi um dos que não compareceu no pódio para receber o prémio a que tinha direito", disse à Lusa o presidente da Associação de Ciclismo do Minho (ACM), José Luís Ribeiro.
Testemunhas presentes na meta, ouvidas pela Lusa, mas que quiseram manter o anonimato, descreveram o sucedido como uma "fuga, logo depois de ter cortado a meta" por parte de Zeferino.
"Não fui (ao controlo) porque ninguém me avisou. Cinco minutos depois de ter chegado, comecei o treino que tinha previsto de regresso a casa e segui em frente", contrapôs Zeferino.
O antigo técnico revelou que só quando regressou a casa, "uma hora e meia depois", foi avisado por colegas que regressaram de carro do que tinha acontecido, tendo contactado a organização, a qual o informou que a brigada da ADoP já tinha partido.
"Aguardo com serenidade o que quer que venha aí. O que se pode fazer? Simplesmente, ninguém me disse nada", lamentou.
A legislação antidopagem, constante na lei n.º 27 de 2009, prevê como obrigação dos atletas certificarem-se de que vão ser alvo de controlos antidoping no final de cada prova. Foram indicados para controlos os vencedores de todas as categorias, além de outros atletas por sorteio.
O ilícito disciplinar pela falta a um controlo, previsto pelo regulamento antidoping da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), equivale a uma análise positiva, prevendo-se a suspensão de toda a actividade desportiva por dois a oito anos. Uma segunda infração é punida com suspensão de 15 a 20 anos.
Zeferino e o médico espanhol da equipa LA-MSS, Marcos Maynar, foram recentemente ilibados cada um de todos os oito alegados crimes de "administração de doping" e "corrupção de subst?ncias medicinais e alimentares" pelo Tribunal da Póvoa de Varzim.
Porém, em junho de 2009, a Justiça desportiva da FPC tinha condenado Maynar a 10 anos de suspensão e multado Zeferino em 2800 euros no âmbito do caso que envolveu a equipa poveira, após a operação conjunta da Polícia Judiciária e do então Conselho Nacional Antidopagem (CNAD).
Em maio de 2008, foram encontrados materiais suspeitos entre os elementos da equipa que corria sob licença do Póvoa Cycling Club e Zeferino, Maynar e outros sete elementos da LA-MSS foram suspensos preventivamente por um ano até às sanções aplicadas apenas ao técnico e ao clínico espanhol, uma vez que quatro corredores (Pedro Cardoso, Rogério Batista, Afonso Azevedo e Cláudio Faria) já tinham cumprido os respetivos castigos."
Retirado de O RECORD.